Países latino-americanos, caribenhos e africanos se preparam para produzir etanol e outros biocombustíveis, nos próximos anos. México, Panamá, Moçambique, Honduras e Equador, por exemplo, já cultivam a cana-de-açúcar para a fabricação de açúcar e desenvolvem planos de expansão da cultura para a produção do álcool combustível.
Durante a 1ª Semana do Etanol: compartilhando a experiência brasileira, realizada em Araras (SP) nesta semana, os representantes estrangeiros reafirmaram que a experiência brasileira de 30 anos no setor contribuirá para a concretização dos programas em seus países.
?Queremos implantar um programa alcooleiro coerente com os interesses sociais do povo equatoriano, promovendo progresso com geração de empregos?, disse o vice-ministro de Agricultura do Equador, Edgar Saavedra. O vice-ministro explica que o país produz 80 mil hectares de cana-de-açúcar para produção de açúcar e cerca de 50 mil para fabricação de rapadura e aguardente. A intenção, segundo ele, é destinar outros 50 mil hectares para o etanol.
Já o assessor do governo hondurenho para projetos especiais, Moisés Starkman, afirmou que a tecnologia flex fuel é uma opção real para seu país, pois este tipo veículo brasileiro já circula nas ruas de Honduras.
?Pretendemos criar um mercado local para a mistura do etanol à gasolina. Para isso, em dezembro passado, foi aprovada a lei de biocombustíveis e este mês deve ser finalizado um regulamento com uma série de incentivos para atrair investimentos para o setor?, esclareceu Starkman, que prevê o início da produção de etanol no país nos próximos anos. O empresário panamenho Aurélio Linério, compartilha da mesma opinião. Segundo ele, o governo do Panamá pretende adotar a mistura de 10% de álcool à gasolina. ?Para isso, teremos que incorporar 15 mil hectares de cana?, afirmou.
(Com Informações do Mapa)