Cidades

FOCOS DE CALOR

Pantanal continua queimando e fumaça encobre Corumbá

Bombeiros afirmam que há vários focos, mas nenhum incêndio de grande proporção

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Nas últimas 48 horas, Corumbá registrou 126 novos focos de calor e a cidade amanheceu hoje encoberta por fumaça de queimadas no Pantanal.

A fumaça dos incêndios chegou até a área urbana, em situação que é não é considerada atípica devido a geografia local e ao grande número de focos de incêndio no bioma, segundo o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Fernando Carminati.

O município sul-mato-grossense é que o mais tem focos de calor entre as cidades do Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No ano, são 3.381 focos de calor na região.

Apesar de incêndios serem comuns no Pantanal no período, neste ano houve aumento dos focos em comparação com anos anteriores.

De janeiro a julho do ano passado, foram registrados 2.319 focos, o que aponta que em 2020 já são 1.062 focos a mais, conforme dados do Inpe.

Há cerca de duas semanas, um incêndio de grandes proporções destruiu dezenas de hectares na região do Paraguai-Mirim, próximo a escola rural do Jatobazinho, mas as chamas foram controladas.  

Tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, Fernande Carminati, disse ao Correio do Estado que há ainda vários focos de incêndio espalhados pelo Pantanal e que a situação deve continuar até meados de outubro ou novembro. A corporação está monitorando locais com possível incêndio de grandes proporções, mas que ficam em áreas de difícil acesso. 

“Nessa época do ano tem queimada todo dia. Equipe dos bombeiros sempre está atendendo, tem vários focos. Corpo de Bombeiros nessa época do ano está com plano que ficam guarnições extras para qualquer necessidade”, disse o tenente-coronel, afirmando que isso indica que as chamas estão em áreas menores, mas que também preocupam por estarem espalhadas e poderem se alastrar.  

A equipe solicitou reforço e oito bombeiros devem chegar na região amanhã para ajudar nos trabalhos de controle dos incêndios.

Carminati também comentou que a situação deste ano é diferente dos anos anteriores, não só pelo aumento de focos, mas pelo período em que começaram as queimadas. 

Segundo ele, indicadores da sala de situação apontam que os períodos mais críticos são entre maio e novembro, mas neste ano foi antecipado, com recorde de incêndios em março.

Em março, uma força-tarefa foi montada para combater grandes incêndios na região da Serra do Amolar, envolvendo mais de 70 homens, com o apoio aéreo de dois aviões Air Tractor. Fogo foi controlado após uma semana de uma operação.

Com a antecipação da ocorrência de focos, a Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), criou uma rede permanente de combate às queimadas e manteve ativa a Sala de Situação, onde as condições climáticas são monitoradas para embasar ações estratégicas e preventivas.

Ação humana

Incêndio no Pantanal é preocupante porque, além de destruir o bioma, há dificuldade no trabalho de combate, devido a alguns dos focos estarem em locais distantes e de difícil acesso, sendo necessária utilização de barco e parte do trajeto a pé

O tempo extremamente seco e o período de estiagem, típicos de inverno no Brasil, contribuem para os incêndios, mas a maioria são causados pela ação humana, segundo o tenente-coronel.

“A grade maioria é pela ação humana e pela imprudência. As vezes colocam foco para queimar pastagem e perde o controle, pelo clima seco. Ribeirinhos também culturalmente usam o fogo para ter acesso a isca em grandes alagados ou para fazer fogueira, e por negligência acaba queimando fora de controle”, explicou.

Historicamente, a maior incidência de queimadas ocorre entre os meses de agosto e outubro, mas previsão climática do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec) aponta período de forte estiagem para os meses de julho, agosto e setembro, o que levou o governo federal a suspender, na última quarta-feira (15), o emprego de fogo em áreas rurais por um período de 120 dias, em todo o Brasil.

Em nota, aecretaria-Geral da Presidência da República cita dados recentes do Inpe, que apontam grande quantidade de focos de queimadas no primeiro semestre deste ano no Pantanal, como uma das justificativas para a proibição.

*Matéria alterada às 16h35 para acréscimo de informação.

Campo Grande

Motoristas conquistam reajuste salarial e cancelam greve

Entre outros ganhos, salário dos motoristas saltou de R$ 2,7 mil para R$ 2,9 mil; pagamentos acontecem a partir de fevereiro de 2025

25/11/2024 19h30

Motorista realiza saída do Terminal Morenão

Motorista realiza saída do Terminal Morenão Foto: Gerson Oliveira

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Após cinco reuniões, motoristas e Consórcio Guaicurus finalmente chegaram a um acordo que reajusta o salário de 1,4 mil trabalhadores do transporte coletivo de Campo Grande e cancela a greve na Capital.

A conquista da categoria foi firmada nesta segunda-feira (25) em reunião que durou aproximadamente 2h30, realizada com portas fechadas e representantes do consórcio e do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU) na sede da Viação Cidade Morena, nas Moreninhas.

Com o reajuste, o salário dos motoristas saltou de R$ 2.749 para R$ 2.968, a serem pagos de forma retroativa a partir de fevereiro de 2025. Além disso, outro ganho da categoria foi o acréscimo de R$ 100 no vale alimentação, que agora passa a ser de R$ 350.

Os trabalhadores também conquistaram um reajuste de R$ 10 no plano de  assistência médica, que salta para R$ 200 mensais. Entre as outras pedidas, sem avanços. A categoria não conseguiu com que o Consórcio Guaicurus passasse a pagar o vale-gás mensalmente, benefício que segue cedido em meses intercalados.

Outras solicitações não atendidas foram o reajuste de 2% na Participação nos Lucros (PL), que atualmente é de 9% ao mês, acumulada em seis meses (os motoristas gostariam que esse valor fosse para 11%), além de uma melhoria no plano odontológico já pago, que segue em R$ 40 por mês.

Presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Coletivo Urbano (STTCU), Demétrio Ferreira comemorou a conquista dos motoristas.

“Essa é a quinta reunião, processo já desgastante, saímos com um ganho real de 4%, foi muito bom, a única coisa que não ficou boa, foi a questão do (pagamento) retroativo, foi o que conseguimos fazer para que o reajuste de 8% fosse conquistado”, falou ao Correio do Estado.

Com isso, apesar do cancelamento da greve, os 1,4 mil funcionários só terão os salários reajustados a partir de fevereiro do ano que vem, isso porque, segundo Ferreira, a diferença salarial entre o que já é pago mensalmente e o novo salário da categoria, cerca de R$ 219 mensais referentes aos meses de novembro, dezembro e janeiro, só chegará ao bolso do trabalhador a partir do ano que vem. 

“Esse valor reajustado já passa a valer desde então, porém, os pagamentos (da diferença) só serão quitados em três parcelas entre fevereiro, março e abril de 2025”, destacou o sindicalista.

Anteriormente, o sindicato havia recuado sobre a possibilidade de uma paralisação devido à retomada das negociações com a empresa. Além disso, uma solicitação do Hemosul para adiarem a  greve também foi levada em consideração pelos motoristas.

Sem reajuste salarial, a cada ano, a renovação do contrato entre os motoristas de ônibus de Campo Grande e o Consórcio Guaicurus se tornou um ponto central nas discussões sobre o transporte público da capital.

Reajuste

Devido ao desequilíbrio econômico alegado pela empresa, as contas do Consórcio Guaicurus, responsável pelo transporte público de Campo Grande, passam por uma perícia desde outubro. O objetivo da análise é avaliar a necessidade de reajuste na tarifa do ônibus , fixada atualmente em R$ 4,75. O consórcio, no entanto, solicita um aumento para R$ 7,79.

O processo de reajuste, que se arrasta desde o ano passado, foi suspenso em agosto deste ano pelo o juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, que decidiu suspender a revisão do contrato de concessão e o reajuste da tarifa até que a perícia fosse realizada. A reportagem esteve presente na reunião, entretanto, não conseguiu falar com ninguém vinculado ao Consórcio Guaicurus. O espaço segue aberto.

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Capacitação

Campo Grande sedia Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio

Com inscrições gratuitas, evento vai de terça-feira (26) a quinta-feira (28)

25/11/2024 18h00

Parktec

Parktec Divulgação

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A Semana de Inovação, Tecnologia e Agronegócio começa nesta terça-feira (26) no Parque Tecnológico de Campo Grande (ParkTec-CG). 

O evento, que vai até 28 de novembro, reunirá agentes de tecnologia, representantes de empresas, instituições de ensino e gestores públicos do Brasil.

O evento abordará temas como:

  • Cidades Inteligentes
  • Inovação Aberta
  • Captação de Recursos
  • Fomento em Projetos de Inovação
  • Rota Bioceânica
  • GovTech

Programação

O diretor executivo adjunto da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Matheus Ferreira, abre o ciclo de palestras na terça-feira às 18h30. Em seguida, Álvaro Prata, diretor-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e que participou das discussões do Science20 (S20) - grupo de discussões do G20 sobre ciência e tecnologia -, falará sobre inovação e tendências tecnológicas no Brasil.

Programação completa:

26 de novembro

18h30 – 19h00: Credenciamento
19h00 – 19h15: Abertura oficial
19h15 – 19h30: Solenidade com Universidades e Instituições parceiras
19h30 – 20h00: Palestra: Confederação da Agricultura do Brasil
Matheus Ferreira – Diretor Executivo Adjunto
20h00 – 20h30: Palestra: Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii)
Álvaro Prata – Diretor-Presidente
20h30 – 21h30: Coquetel

27 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 09h20: Potencializando Ambientes de Inovação
Ricardo Senna – Secretário Executivo da Semadesc
09h20 – 09h40: Fomento à Pesquisa Científica e Inovação em MS
Prof. Dr. Nalvo Franco – Diretor Científico da Fundect
09h40 – 10h20: Coffee break
10h20 – 12h00: Painel: Inovação Aberta e Captação de Recursos
Casos Bayer, Nestlé e outros
12h00 – 14h00: Pausa para almoço
14h00 – 16h30: Painéis sobre Cidades Inteligentes, Marco Legal e Startups

28 de novembro

08h30 – 09h00: Credenciamento
09h00 – 10h20: Palestras sobre Rota Bioceânica e Conexões Estratégicas
14h00 – 16h30: Painel: Tecnologia e Agronegócio no Mato Grosso do Sul

Como participar

As inscrições são gratuitas e obrigatórias, podendo ser feitas pelo site do evento. As atividades ocorrerão no Parque Tecnológico de Campo Grande, localizado na Avenida Rachid Neder, 760, bairro Monte Castelo.

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