Cidades

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Pantanal vira laboratório para representantes de 17 estados e o DF estudarem sobre conservação

A atividade aconteceu ao longo de uma semana, em navegação pelo rio Paraguai

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Comandantes, subcomandantes e oficiais das Policias Militares Ambientais de 17 estados, além do Distrito Federal, fizeram uma imersão de uma semana no Pantanal, entre Corumbá e a região da Serra do Amolar, rio Paraguai acima, para discutirem estratégias de conservação. Também participaram dessa capacitação civis que vivem em Corumbá.

Esse trabalho foi realizado por meio de um curso chamado Estratégias de Conservação da Natureza, que é promovido pelo Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS) e o Instituto Homem Pantaneiro (IHP). No total, a capacitação tem 18 meses e essa imersão é etapa final do curso.

As discussões envolveram medidas para mitigar os efeitos climáticos no Brasil, bem como atuarem no monitoramento e fiscalização ambiental. Os representantes que participaram entre os dia 21 e 28 de novembro são do Rio Grande do Norte, Maranhão, Mato Grosso, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, São Paulo, Espírito Santo, Roraima, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, Amazonas, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Ceará, Acre e Distrito Federal.

Todos integrantes dessa pós-graduação ainda precisam apresentar uma proposta de trabalho a partir de um TCC para ser desenvolvido em um território brasileiro com foco na conservação. Essa etapa é obrigatória para que haja a certificação da pós-graduação chancelada pelo governo federal, via IFMS.

Fábio Olmos, biólogo e especialista em pesquisas sobre mudanças climáticas, foi um dos palestrantes nessa imersão. “As mudanças climáticas são resultado de um processo que começou há milhares de anos, quando os humanos domesticaram o fogo, depois domesticaram plantas e animais para formatar a agropecuária.

Essa situação foi acelerada com o início do uso dos combustíveis fósseis e agora com o crescimento explosivo da população. Não devemos nos conformar com as situações que estamos vendo e para manter o Pantanal brasileiro e outros biomas é responsabilidade da nossa sociedade como um todo manter os esforços para se fazer algo.”

Carlos Roberto Messias Franco, ex-presidente do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e pioneiro na construção da legislação ambiental brasileira apontou na imersão a necessidade de tirar as leis do papel e transferir os conceitos para a prática.

“Há 50 anos não existia legislação ambiental. Ela foi sendo criada aos poucos a partir de realidades diferentes no Brasil, que é tão complexo. Temos o desafio de transformar esses conceitos em práticas efetivas para a sociedade. É uma consciência de responsabilidade que todos devemos ter com o futuro.”

Jaime Roy Doxsey é sociólogo e integra o corpo docente do curso desde a primeira edição - o curso já tem 16 edições.

“Procurei analisar junto com o grupo as questões sociais e as dificuldades que o policiamento encontra na nossa atual conjuntura. Esse curso representa um alerta para todos os Estados sobre a dificuldade nacional de aparelhamento das Polícias Ambientais.”

Além desses temas, ainda foi abordada a estrutura sobre os créditos de carbono e de biodiversidade, uso da legislação ambiental nas atuações das Polícias Ambientais, estratégias de comunicação para fortalecer as ações de conservação, coexistência entre humanos e grandes felinos, uso de tecnologias como do Mapbiomas para monitoramento ambiental, o uso de Reservas Particulares de Patrimônio Natural (RPPNs) para a proteção do meio ambiente, aulas práticas que envolveram atividades no Paraguai Mirim e em trilhas dentro da RPPN Engenheiro Eliezer Batista.

Milena Isa de Oliveira Sales, 27 anos, é bióloga, mora em Corumbá e participou da especialização. A proposta dela é unir tecnologia e conservação para ações no Pantanal.

“Essa especialização, com a etapa de imersão, mudou completamente minha visão no sentido profissional e pessoal. Convivi aqui com pessoas tão diferentes de mim, despertou para mim um amor ainda maior pelo Pantanal. Pretendo unir a conservação e a tecnologia para desenvolver diferentes trabalhos.”

Felipe Santos das Chagas é major em Rondônia, onde está a Amazônia, e destacou que as ações do Pantanal sobre conservação ajudam a inspirar o trabalho na região Norte.

“Essa capacitação faz a diferença para estar mais preparado para atuar na conservação. Houve uma discussão muito valiosa nessa imersão sobre políticas públicas. Aqui no Pantanal, observei que o cidadão tem um amor por conservar, por cuidar desse local. Na Amazônia a gente sofre com outros crimes, com organizações criminosas agindo."

O presidente do IHP, Angelo Rabelo, destacou que a proposta da imersão é ampliar a capacidade das Polícias Militares Ambientais em atuar com a conservação em todos os biomas brasileiros e também capacitar civis para exercerem ações ligadas à proteção da biodiversidade.

“O programa começou em 95, com apoio da WWF e Fundação O Boticário, e hoje está na sua 16ª edição, com cerca de 700 oficiais como alunos. O programa de capacitação busca, a partir do conteúdo do curso como tecnologias, biodiversidade, recursos naturais, capacitar os comandantes para planejar o emprego de seu efetivo a partir de critérios de prioridade e visão preventiva.”

A coordenadora do curso de especialização Estratégias de Conservação da Natureza pelo IFMS campus Corumbá, Michele Soares de Lima, explicou que a etapa imersiva representou um momento fundamental para o aprendizado de conceitos para a conservação.

“A disciplina de imersão da pós-gradução é a culminância de 18 meses que os participantes tiveram com estudos que abordaram aspectos da conservação, da educação ambiental. Essa última etapa é importante porque todos puderam compartilhar experiências do que viveram no Pantanal e ainda trouxeram os conhecimentos de mais de uma dezena de estados brasileiros."

Essas atividades práticas da pós-graduação ainda foram realizadas com parceria da AEGEA, Wetlands International Brasil, Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, via Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e Documenta Pantanal.

BENEFÍCIO EXTRA

Cuidar de Quem Cuida paga 13º à 1,3 mil famílias nesta terça (10)

Programa social destina apoio financeiro de R$ 900 por mês a cuidadores de pessoas com deficiências de nível de dependência 2 ou 3

10/12/2024 10h30

Cuidados de pessoas com deficiência serão

Cuidados de pessoas com deficiência serão "contemplados" com 13º de R$ 900 Foto: Freepik

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O programa social Cuidar de Quem Cuida, que garante apoio financeiro a cuidadores de pessoas com deficiências de nível de dependência 2 ou 3, vai pagar um benefício extra, como se fosse um 13º salário, para cerca de 1,3 mil pessoas nesta terça-feira (10).

Programa lançado pelo governador Eduardo Riedel em outubro do ano passado, a Lei para criar a ação já falava na possibilidade de pagamento do benefício extra no final de cada ano, o que gera uma injeção de mais de R$ 1 milhão na economia do estado. 

Obviamente, além do “13º salário”,  o pagamento mensal também está sendo feito ao mesmo tempo, ou seja, as famílias contempladas pelo programa social receberão R$ 1,8 mil cada neste final de ano.

Podem se inscrever no programa os cuidadores que comprovem renda familiar per capita mensal não superior a um sexto do salário mínimo nacional vigente, considerada a renda bruta, e que preencham os demais requisitos, dentre eles, residam com a pessoa com deficiência sob sua responsabilidade e sejam cuidadores (familiar ou responsável legal) em tempo integral de pessoa com deficiência que possua grau de dependência II ou III.

O interessado pode se cadastrar através do site da Secretaria de Estado de Assistência Social e dos Direitos Humanos (Sead), que pode ser acessado clicando aqui.

Depois da inscrição, a família receberá uma visita da Sead, para que seja verificada a elegibilidade dos cuidadores ao benefício social.

Vagas restantes

Quando o programa foi criado, 2 mil vagas foram abertas aos interessados. Porém, em julho deste ano, foi reportado pelo Correio do estado que apenas 40,7% dessas vagas haviam sido preenchidas, mais especificamente 814 pessoas, restando 1.186 em aberto.

Atualmente, o governo de MS informou que 1.291 pessoas estão inscritas no programa, ou seja, 64,55% foram preenchidas, sobrando ainda 709 vagas quase um ano depois do lançamento do Cuidar de Quem Cuida.

Dúvidas

O telefone (67) 3314-4842 está à disposição para esclarecimentos por parte da Sead.

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FEIRÃO

Campo-grandenses dormem na fila para 'garimpar' no bazar da AACC-MS

Com aproximadamente 150 pessoas, fila tinha cerca de 200 metros e virava a esquina

10/12/2024 10h15

Fila dobrava o quarteirão na avenida Ernesto Geisel

Fila dobrava o quarteirão na avenida Ernesto Geisel Paulo Ribas

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Fila gigantesca se formou no Super Feirão da Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC/MS), na manhã desta terça-feira (10), na sede da instituição, localizada na avenida Ernesto Geisel, número 3475, bairro Orpheu Baís, em Campo Grande.

Com aproximadamente 150 pessoas, a fila tinha cerca de 200 metros e virava a esquina.

Conforme apurado pela reportagem, a primeira pessoa chegou às 17 horas do dia anterior, nesta segunda-feira (9), ou seja, garantiu o lugar 15 horas antes da abertura do Feirão e dormiu na fila.

Fila dobrava o quarteirão na avenida Ernesto GeiselBolas, brinquedos, boias e eletrônicos são alguns do itens à venda 

São três dias de feirão: terça-feira (10), quarta-feira (11) e quinta-feira (12), das 8h às 17h. As formas de pagamento são pix, dinheiro, débito e crédito. Os preços variam de R$ 2 a R$ 250. 

Os produtos são novos, foram apreendidos pela Receita Federal e posteriormente doados à instituição. Ao todo, são 8 mil itens disponíveis nas prateleiras.

São vendidos no local:

  • Boia infantil
  • Bola
  • Brinquedos (carrinho, trator, avião, personagens, casinha, piscina de bolinhas, cercadinho, castelo, boneca, laptop, cozinha infantil, teclado maluco, dinossauro, arma de água, arma infantil, algema, skate, dado inteligente, urso, mola e máscara de personagem)
  • Mochila
  • Copo térmico
  • Aparelho de barbear
  • Fone de ouvido
  • Mouse
  • Controle de TV
  • Caixinha de som
  • Headset, headphone
  • Balança de precisão
  • Balança
  • Controle de videogame
  • Rádio
  • Carregador de celular
  • Webcam
  • Jogos (dominó, cartas, dama)
  • Copos
  • Cadeado para bicicleta
  • Booster cable (‘chupeta’ veicular)
  • Suporte para TV
  • Parabrisa
  • Camisa de time
  • Xícara
  • Vaso para planta
  • Chinelo
  • Chaleira elétrica
  • Garrafa térmica para tereré
  • Meia
  • Luva
  • Touca
  • Suporte para celular
  • Mouse
  • Luz LED
  • Mousepad

Autônomo, Windson Robson Pereira Araújo, chegou 3 horas da manhã para garantir o lugar na fila.

“Eu sou o décimo sétimo da fila e cheguei 3 horas da madrugada. Vim comprar eletrônicos. Veio eu e minha filha. Não vim economizar não, vim para gastar mesmo. Vim comprar presentes de Natal, o que der para levar, vou levar”, disse.

Assistente de educação infantil, Magna Luz, foi garantir os presentes de Natal dos filhos.

“Estou grávida e vim comprar brinquedos para os meus filhos, um está na barriga e o outro em casa. Quero comprar dinossauros para ele. Soube desse feirão pela internet”, contou.

Atendente de farmácia, Maycon de Lima Gonçalves, também madrugou para guardar lugar na fila. 

“Cheguei 4 horas da manhã aqui hoje e eu estava mais ou menos no vigésimo lugar da fila. Estava super escuro e de noite quando eu cheguei. Não tive medo de ficar aqui no escuro não, já trabalhei de madrugada e estou acostumado. Vim comprar brinquedos e eletrônicos", contou.

O dinheiro arrecadado será revertido em verbas para a a instituição, que acolhe e trata crianças com câncer. A AACC-MS espera arrecadar R$ 80 mil com a venda dos produtos, apenas neste feirão.

Os recursos arrecadados serão utilizados para cobrir despesas essenciais, como água, luz, combustível, telefone, alimentação, materiais de limpeza e medicamentos não fornecidos pelo SUS. Atualmente, os custos mensais da AACC/MS chegam a aproximadamente R$ 315 mil.  

AACC-MS

A Associação dos Amigos das Crianças com Câncer (AACC/MS) foi fundada em 29 de março de 1998 com a missão de cuidar, amparar e auxiliar crianças e adolescentes com câncer em Mato Grosso do Sul.

Está localizada na avenida Ernesto Geisel, número 3475, bairro Orpheu Baís, em Campo Grande.

A Casa de Apoio oferece:

  • Acolhida e hospedagem à criança e adolescente com câncer e 1 acompanhante do sexo feminino
  • Distribuição de cestas básica e cestas sociais às famílias
  • Transporte
  • Atendimentos Multiprofissionais
  • Serviço Social
  • Atividades lúdico-pedagógicas
  • Salão de Beleza

De acordo com a instituição, em 2023, 335 crianças foram atendidas, 16.292 atendimentos multiprofissionais foram realizados, 7.158 pessoas foram hospedadas e 35.790 refeições foram servidas.

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