Cidades

Arcebispo argentino

Papa Francisco completa
cinco anos de mudanças na Igreja

Papa Francisco completa
cinco anos de mudanças na Igreja

Jesuitas Brasil

13/03/2018 - 10h46
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No dia 13 de março de 2013, o arcebispo argentino Jorge Mario Bergoglio foi escolhido pela Igreja para suceder a Bento XVI. A notícia surpreendeu o mundo e dois fatores estavam no centro dessa admiração: pela primeira vez na história, um religioso nascido na América e pertencente à Companhia de Jesus passaria a ocupar o principal posto da Igreja Católica.

Antes da tradicional primeira bênção, após o anúncio do nome Francisco, ele pediu um favor à multidão que se encontrava na Praça São Pedro: “Peço-vos que rezem ao Senhor para que me abençoe, a oração do povo pedindo a bênção pelo seu bispo. Façamos em silêncio esta oração”.

Nesta terça-feira (13), o Papa Francisco completa cinco anos de pontificado. Nesse período, por meio de sua simplicidade e carisma, o Pontífice promoveu muitas mudanças na Igreja Católica e sempre buscou pôr em prática o Concílio Vaticano II [leia mais no final do texto], que prega que a Igreja deve manifestar e comunicar o amor de Deus, atualizando a mensagem do Evangelho, valorizando o ser humano, para facilitar a ação do Espírito Santo, por meio do reconhecimento do outro e de um diálogo misericordioso.

A pedido do Portal Jesuítas Brasil, o padre Mário de França Miranda, professor emérito do departamento de Teologia da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), elencou 10 conquistas do pontificado de Francisco. Confira:

1. Retomada de alguns pronunciamentos do Concílio Vaticano II que permaneciam esquecidos, marginalizados ou assumidos apenas parcialmente: a colegialidade episcopal, a Igreja como Povo de Deus, o diálogo com a sociedade, a importância e participação das igrejas locais e dos indivíduos na Igreja.

2. Defesa de uma Igreja ‘em saída’, voltada para um mundo em crise e atenta ao sofrimento da maioria dos habitantes do planeta, mais como um hospital de campanha, menos como educadora da sociedade (Igreja da cristandade).

3. Advoga o fim de uma Igreja presa de um centralismo europeu em vista de uma Igreja que respeite as características culturais e sociais dos diversos povos, como aparece na imagem do poliedro e não do círculo.

4. Demonstra preocupação maior pelo ser humano concreto, sujeito a condicionamentos e desafios, em vez de declarações doutrinais ou morais de cunho universal de pouco efeito em nossos dias.

5. Insiste no encontro individual com a pessoa de Jesus Cristo e na importância da dimensão mística da fé, nem sempre muito clara no passado, em meio a práticas e devoções tradicionais ou mesmo a certo moralismo dominante na pastoral da Igreja.

6. Oferece uma representação de Deus mais fiel à revelação de Jesus Cristo com a imagem do Pai que nos legou nas parábolas e em sua conduta diante do sofrimento ou do pecado; a onipotência de Deus se manifesta exatamente em sua misericórdia.

7. Retoma e insiste, mais concretamente, na opção da Igreja em favor dos pobres e dos descartados nesta sociedade marcada pelo individualismo, pelo hedonismo e pela indiferença globalizada diante dos próprios semelhantes vivendo em condições miseráveis.

8. Demonstra, com seus gestos que não se detêm diante de outras culturas ou religiões, quer um Cristianismo inclusivo, pronto a colaborar com todos que busquem a paz e a justiça na sociedade, como expressou na Encíclica Laudato Sì.

9. Insiste no aspecto positivo da fé cristã: não se trata de não cometer pecados, mas de viver a mensagem de Jesus de Nazaré, que traz alegria e paz, que não nos abandona nem quando caímos, devido à infinita misericórdia de Deus.

10. Nesta sociedade pluralista, consegue se fazer entender com uma linguagem ao alcance de todos, ao priorizar o ser humano, hoje ameaçado por um sistema econômico em busca frenética de lucro e de produtividade; sua luta em favor da pessoa humana é profundamente cristã e igualmente universal, como demonstra a repercussão de sua liderança fora do próprio Cristianismo.

Concílio Vaticano II

O Concílio Vaticano II, realizado entre 1962 e 1965, foi uma conferência que reuniu bispos de todo o mundo para diversos encontros, debates e votações no Vaticano. O Concílio é considerado um dos importantes acontecimentos da Igreja no Século XX. Constitui também um dos principais feitos do pontificado de Angelo Giuseppe Roncalli, o Papa João XXIII, e trouxe grandes renovações para a Igreja Católica.

CAMPO GRANDE

Após corrida em Bonito, secretária terá mais 29 dias de atestado médico

Com licença médica desde 25 de novembro, Márcia Hokama chegará a 44 dias longe da função, alegando questões de saúde

10/12/2025 16h46

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito

Márcia Helena Hokama durante os 10 km na corrida de Bonito Foto: Juliano Rigo

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Após a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, aparecer na corrida de Bonito 21K no último sábado (6), mesmo com atestado médico, foi divulgado hoje (10), em edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande), que a mesma seguirá afastada até dia 8 de janeiro de 2026. Com isso, Márcia seguirá com mais 29 dias de licença.  

Ao todo, Márcia chegará a 44 dias longe da função, pois está de atestado médico desde o dia 25 de novembro, alegando questões de saúde. 

Para substituir Hokama durante o período, a prefeita Adriane Lopes (PP) designou o secretário adjunto Isaac José de Araújo, para desempenhar a função de secretário municipal da Fazenda, no período de 10 de dezembro a 8 de janeiro de 2026.

Isaac já vinha ocupando o cargo interinamente e seguiria até esta terça-feira (9), quando acabava a licença de Márcia Hokama.

O Correio do Estado entrou em contato, por meio de e-mail, com a Prefeitura de Campo Grande e a Secretaria Municipal de Fazenda, mas não obteve resposta até a publicação da reportagem.

Prova

A secretária municipal Márcia Helena Okama participou da 11ª edição da corrida Bonito 21K, disputada no último final de semana, na cidade homônima, no interior do Estado.

Flagrada pelos fotógrafos da prova, Márcia Okama finalizou a prova de 10km em 1h11min e concluiu o trajeto na 23ª colocação geral entre as competidoras com 50 e 59 anos de idade.

A competição, que atrai principalmente atletas com alto poder aquisitivo, além de profissionais, recebeu R$250 mil em recursos públicos advindos do Governo do Estado que, declaradamente, atravessa momento de crise financeira. 

Conforme publicado na edição desta terça-feira (09) do Diário Oficial Eletrônico de Mato Grosso do Sul, dois dias após a realização da corrida no município "mais turístico" do MS, do extrato de contrato entre a LS Turismo e Eventos e a Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul,  o empenho da nota emitida em 03 de dezembro para apoio da Fundtur soma exatos 250 mil reais.

IBGE

Mato Grosso do Sul tem a 3ª maior taxa de divórcio do País

Em contrapartida, a taxa de casamentos caiu em 2024, seguindo a tendência de queda desde 2017

10/12/2025 16h15

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no Estado

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no Estado Divulgação

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Mato Grosso do Sul manteve sua posição como o terceiro Estado com maior número de divórcios no ano de 2024, de acordo com a pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Estatísticas do Registro Civil, divulgada nesta quarta-feira (10). 

Em todo o Estado, foram registrados 7.624 divórcios concedidos em 1ª instância ou por escrituras, o que mostra uma queda de 2,3% em relação ao total contabilizado em 2023, que foi de 7.805. 

Com a redução, a taxa geral de divórcios, isto é, o número de divórcios para cada 1.000 pessoas de 20 anos ou mais caiu de 3,8% em 2023 para 3,7% em 2024. 

Mesmo com a pequena queda, o número ainda é maior que o registrado na época pré-pandemia, colocando o Estado na posição bronze do ranking entre as Unidades da Federação com os maiores índices. 

Mato Grosso do Sul já ocupava esse mesmo lugar no pódio em 2023, mantendo a posição em 2024. As maiores taxas registradas foram em Rondônia (4,9%) e no Distrito Federal (3,8%). 

Em Campo Grande, o número cresceu desde 2020, chegando a 3.669 em 2024. Em Dourados, foram 706 no mesmo período e em Três Lagoas, 227.

No Estado, o tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio era de 18,5 anos em 2004, caindo para 13 anos em 2014. Em 2024, o tempo médio de duração dos casamentos era menor ainda, chegando a 11,8 anos, o 4º menor tempo entre as Unidades da Federação. 

A pesquisa observou que o tipo de arranjo familiar predominante nos divórcios era o de casais somente com filhos menores de idade, que atingiu 42,9%. As famílias somente com filhos maiores de idade eram 14,6% e 6,3% tinham filhos menores e maiores de idade. 

Com isso, notou-se um aumento significativo no divórcio onde consta na sentença a guarda compartilhada dos filhos, onde tanto mãe quanto pai são responsáveis pela criação da criança. 

Em MS, a mulher ainda detém 48,9% da guarda de filhos menores de idade. A guarda compartilhada atingiu 43% dos casos. A guarda com o pai reflete 3,3% dos casos e outras formas, como a guarda de parentes ou cuidadores, representam 0,7%

A nível nacional, pela primeira vez, a guarda compartilhada superou a taxa de guarda unilateral onde a responsável pelos filhos é a mulher, atingindo 44,6% dos casos, contra 42,6%, respectivamente. 

Os casos onde o homem detém a guarda do menor é de 2,8% no País. 

Mesmo em queda, taxa de divórcio se mantém alta no EstadoFonte: IBGE

Casamentos

Em 2024, foram registrados 15.094 casamentos em Mato Grosso do Sul, uma queda de 0,4% em relação ao ano anterior, quando foram 15.150. No acumulado de dez anos, desde 2014, a redução acumulada chega a 1,6%. 

Do total de casamentos, 14.9149 foram entre cônjuges de sexos diferentes e 175, entre pessoas do mesmo sexo. 

Entre casamentos com cônjuges masculinos, foram 61 registros e entre cônjuges do sexo feminino, 114. 

O número de registros de casamento entre pessoas homoafetivas foi o maior registrado no Estado, superando o recorde do ano de 2018, quando foram 166 registros. 

No Estado, o mês mais escolhido pelos noivos para casar em 2024 foi em dezembro, com 1.582 casamento. Em seguida, aparecem novembro, com 1.409 casamentos, e agosto, com 1.343. 

A taxa de nupcialidade, que é a porcentagem para cada 1.000 habitantes com 15 anos ou mais de idade, no Estado, foi de 6,7 pessoas, colocando MS na 7ª posição entre os estados brasileiros. As maiores taxas foram observadas em Rondônia (8,9 casamentos por 1.000 habitantes), Distrito Federal (8,4 casamentos por 1.000 habitantes) e o Tocantins (7 casamentos por 1.000 habitantes). 

No Brasil, a taxa de nupcialidade ficou em 5,6 casamentos por 1.000 habitantes. 


 

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