O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Jerson Domingos (PMDB), reagiu ontem às críticas da senadora Marisa Serrano (PSDB) declarando que o PMDB não tem medo de enfrentar os tucanos na sucessão estadual. Nem por isto, assegurou Jerson, há mal-estar com os tucanos. O que existe, na sua avaliação, é a posição de Marisa de fazer duros ataques ao PMDB e ao Governo. “Como que a senadora, que se elegeu às barbas do governador (André Puccinelli), faz críticas. Ora, ela faz parte do compromisso de ajudar, por isso, não aceito este tipo de posicionamento”, afirmou. Jerson decidiu partir para o contra-ataque depois de saber das declarações de Marisa de que o PMDB tem medo de enfrentar o PSDB na eleição. O que irritou também o parlamentar foi Marisa afirmar em entrevistas que o discurso de eventual campanha contra o Governo do Estado seria o questionamento: “você está satisfeito com o que está aí?”. Para Jerson, o posicionamento foi um equívoco, pois o PSDB faz parte do Governo e é co-responsável com as ações do Executivo. Ainda sobre os tucanos classificarem o ataque do PMDB como demonstração de medo de enfrentá-los na sucessão estadual, o presidente da Assembleia garantiu que o partido “não tem receio de disputar com a Marisa, com o Zeca (ex-governador José Orcírio dos Santos/PT)...”. “Não que eu desmereça a candidatura da senadora, mas em hipótese nenhuma há temor”, completou. Ao contrário de Jerson, o governador André Puccinelli silenciou-se, esquivando-se de rebater as críticas dos tucanos sobre possível medo do PMDB de enfrentá-los. Ele fugiu do assunto, repetindo que só falará de política no próximo dia 31 de março. Sem mal-estar Apesar da troca de farpas, Jerson foi taxativo ao declarar que “não existe qualquer tipo de mal-estar com os tucanos”. Inclusive, ele revelou ter “certeza” da continuidade da aliança do PSDB com o PMDB em Mato Grosso do Sul. “Só não tem como confirmar a coligação porque o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), ainda não oficializou sua disposição de concorrer a presidente da República”, frisou. “Anunciar, agora, a aliança seria uma atitude precipitada, que poderia causar desgaste ao governador”, completou. O deputado relacionou a certeza da parceria com os tucanos à teimosia do PT de lançar José Orcírio dos Santos na batalha pela sucessão estadual. “Se o Zeca concorrer, de maneira nenhuma o PMDB vai oferecer palanque a Dilma (ministra Dilma Rousseff)”, afirmou. Em nível nacional, tudo caminha para o PMDB fechar aliança com os petistas. “Cabe ao Michel Temer (presidente nacional do PMDB) resolver esta pendenga. Nós, aqui, não vamos nos meter mais”, finalizou.