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Para ONG, privatização do Rio Paraguai é "barca furada"

Além de ser condenável do ponto de vista ambiental, Ecoa entende que a hidrovia é inviável economicamente por conta das mudaças climáticas e da concorrência com a Ferronorte

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Além de ser contrário ao projeto de “privatização” da hidrovia do Rio Paraguai, Alcides Faria, diretor de uma das mais tradicionais ONGs ambientais do Estado, a Acoa, vê a concessão como uma espécie de “barca furada”, pois, segundo ele, será inviável economicamente.


       
 “O projeto da Hidrovia, em seu todo, considerando também o Tramo Norte, não se sustenta sequer economicamente,  pois tem a concorrência da Ferronorte, operada pela Rumo. Essa ferrovia é paralela ao rio Paraguai e atravessa toda a parte alta da sua bacia. A eficiência das ferrovias é maior devido ao fator tempo - mais curto para o transporte de cargas. A Ferronorte está em expansão rumo a Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, aumentado a possibilidade de atração de cargas que eventualmente se destinariam à hidrovia. Acrescente-se o fato de que com chuvas ou sem elas, continuará funcionando”, argumenta o biólogo Alcides Faria.

 
Quando fala de tramo norte, se refere aos pouco mais de 680 quilômetros entre Cáceres e Ladário,  trecho que ainda é pouco utilizado e que demanda de uma série de dragagens. 

Mas, ele vai além, questionando também a viabilidade econômica do trecho sul, entre Ladário e Porto Murtinho, por onde já passaram quase 8 milhões de toneladas de cargas no ano passado. 

“No trecho navegável sem maiores intervenções - o Sul - se tem o gravíssimo problema da crise climática, acarretando na falta de água para navegação. Entre 2019 e 2024 foram cerca de 31 meses com a régua de Ladário (MS) abaixo de mínimo possível para navegação”, cita.

Além disso, questiona: “como funcionar uma via que não tem certeza de seu funcionamento a cada ano? Como empresas fariam planejamento? Nas crises o governo bancaria mais e mais dragagens? Para as empresas do setor é um ótimo negócio, mas sem água não adianta dragar”.

Nesta terça-feira, na régua de Ladário, o nível do rio estava em apenas 1,4 metro em pleno período que seria de cheia. No ano ano passado, nesta mesma época, estava mais de dois metros acima disso, chegando ao pico de 4,24 metros. Agora, depois de o rio chegar a 1,47 metro, começou a baixar e a partir de julho possivelmente o transporte de cargas terá de ser suspenso. 

Do ponto de vista ambiental, lembra Alcides Faria, “o desastre já foi mostrado inclusive cientificamente. O mais grave é que requererá dragagens e retilinização do rio nas regiões mais remotas do Pantanal, regiões intocadas, como a que abarca a Estação Ecológica Tayamã e o Parque Nacional do Pantanal, em Mato Grosso”.

“PRIVATIZAÇÃO”

Um projeto que tramita na Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq) prevê a concessão da hidrovia do Rio Paraguai, entre Cáceres e Porto Murtinho, já no próximo ano. A medida prevê a cobrança de pedágio para o transporte de cargas, mantendo o tráfego livre para embarcações de pesca e turísticas. 

CURIOSO

Cidade gaúcha vai inaugurar estátua de Jesus maior do que o Cristo Redentor

Monumento na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, tem 43 metros, cinco a mais que a famosa estrutura instalado no Rio de Janeiro

04/04/2025 21h00

Monumento de Jesus Cristo no interior do RS é maior que Cristo Redentor

Monumento de Jesus Cristo no interior do RS é maior que Cristo Redentor Foto: Luciano Nagel

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Será inaugurada no próximo domingo, dia 6, na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, a maior estátua de Cristo do Brasil. O monumento tem 43 metros de altura, cinco a mais que o Cristo Redentor do Rio de Janeiro. A estrutura gaúcha é feita em aço e concreto armado e pesa 1.712 toneladas.

Há a expectativa de que a estátua seja capaz de movimentar o turismo na região do Vale do Taquari, atingida fortemente pela catástrofe das chuvas no ano passado. Encantado fica 145 km distante da capital Porto Alegre.

A imponente obra, esculpida pelo artista Markus Moisés Rocha Moura, foi construída ao longo de dois anos a partir de doações e arrecadações promovidas pela comunidade organizada a partir da Associação Amigos de Cristo de Encantado (AACE). Segundo a página do empreendimento, não houve recursos públicos empregados em sua construção.

A estátua fica no Morro das Antenas, 400 metros acima do nível do mar. O local é considerado um marco da cidade por ter sido onde começou o fornecimento de energia elétrica para o município

Além da estátua, o Complexo do Cristo Protetor tem outras instalações como uma capela de vidro e uma fonte representando os 12 apóstolos de Jesus.

O parque também terá o "Caminho dos Salmos", marcando pontos de peregrinação e indicando a distância até o Cristo.

O Cristo Protetor tem seis metros de pedestal e 39 metros de envergadura. Um fragmento da mão direita da obra foi abençoado pelo papa Francisco.

Visitação e preços

A visitação estará aberta sábado, domingo e feriados de 9 horas às 17 horas. O ingresso para visitar o parque custa R$ 30 para adultos. Crianças até 12 anos não pagam. Idosos e moradores da cidade pagam R$ 15.

Provocações

Em 2021, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Encantado, Jonas Calvi, trocaram provocações em tom bem-humorado nas redes sociais sobre os tamanhos das duas estátuas. Paes usou o X (ex-Twitter) para escrever: "Construir estátua maior é moleza! Quero ver é ter essa vista ..." A frase acompanhava uma foto do Cristo Redentor de costas, com a Baía de Guanabara e o Pão de Açúcar ao fundo.

Calvi respondeu aproveitando para chamar os turistas a conhecer a cidade gaúcha. "Sem discussão. O Rio de Janeiro continua lindo e o mundo inteiro já conhece. Agora venham todos conhecer o Cristo Protetor de Encantado e as belezas do Vale do Taquari, conhecer nossa cultura e saborear nossa culinária maravilhosa!", escreveu.

"FAXINÃO"

Em reunião com secretários, prefeita define início de força-tarefa de limpeza e tapa-buracos

Adriane Lopes informou que operação começa na manhã desta segunda-feira (7) nas sete regiões de Campo Grande

04/04/2025 19h09

A prefeita Adriane Lopes durante reunião com todo o seu secretariado para alinhamento da força-tarefa

A prefeita Adriane Lopes durante reunião com todo o seu secretariado para alinhamento da força-tarefa Divulgação

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Após reunião de mais de duas horas com todo o secretariado na noite desta sexta-feira (4), a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), definiu que uma verdadeira força-tarefa começa, na manhã de segunda-feira (7), para fazer a limpeza das calçadas, canteiros e terrenos, bem como o tapa-buraco das ruas pavimentadas.
 
“Já verificamos a previsão meteorológica e não teremos chuvas ao longo da próxima semana. Por isso, após conversar com os secretários, entendemos que será o momento ideal para iniciarmos os trabalhos que a cidade está precisando tanto”, disse Adriane Lopes ao Correio do Estado.
 
Na terça-feira (2), a prefeita já tinha explicado que não poderia iniciar esses serviços devido ao período chuvoso e que a medida seria colocada em prática quando as chuvas cessassem.
 
“Se o buraco estiver com água, o solo todo encharcado e houver a execução do trabalho, esse trabalho vai ser perdido, com certeza, porque na próxima chuva vai ser levado”, lembrou a gestora.
 
A prefeita também informou que, para resolver os danos causados pelas chuvas no asfalto da cidade, um plano foi feito para tapar buracos e realizar recapeamento de vias no período da estiagem.
 
“Temos vivenciado dias em que o solo da nossa cidade está encharcado. As equipes do município têm monitorado as regiões e nós temos um plano de ação para ser executado, recuperando as áreas degradadas pela chuva e trazendo as melhorias que a população tem nos cobrado”, declarou.
 
O Correio do Estado apurou ainda que a reunião de trabalho com todo o secretariado e a porta fechada. O encontro serviu para definir as medidas para a próxima semana, que incluem a recuperação das vias, com tapa-buraco e recapeamento nas sete regiões urbanas, além de serviços de zeladoria.

MUITA CHUVA

Em março, choveu em Campo Grande 191,4 mm e, em comparação com janeiro e fevereiro deste ano, o mês foi o mais chuvoso até agora. De acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os dias 31 e 19 foram os mais chuvosos em março.
 
No último dia do mês passado, choveu 43,6 mm e, no dia 19, foram registrados 64,2 mm. Ontem, conforme dados do Inmet, a precipitação foi de 9,2 mm. Atualmente, os serviços de reparos após estragos causados pela chuva estão concentrados na barragem do Lago do Amor, que cedeu novamente após um temporal.
 
Um dos pontos onde o asfalto foi carregado pela chuva na semana passada está localizado na Rua Nelson Figueiredo Júnior, no Jardim Bela Vista. O trecho já recebeu reparos emergenciais da prefeitura, com a colocação de camadas de brita graduada que taparam partes tiveram o asfalto levado pela água.

BURACOS

O problema dos buracos em Campo Grande não é de agora, porém, diversas regiões da cidade estão necessitando de reparos no asfalto em função da ação das chuvas nos últimos meses.
 
Entre esses locais está a Rua Portugal e adjacentes, que fazem parte do Jardim América, onde diversos buracos dificultam a passagem de motoristas pela via. Ao Correio do Estado, moradores e comerciantes do Jardim América reclamam da situação.
 
Para o vendedor João Nantes, de 57 anos, o problema de buracos na Rua Portugal poderia ser resolvido de vez se houvesse um recapeamento total da via.
 
“Os bueiros aqui não conseguem drenar a água que vem descendo pelas ruas até chegar na avenida [das Bandeiras], aqui inunda tudo. Para acabar com buraco, deveria melhorar o escoamento de água, porque, se não chove, não tem buraco”, disse.

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