Cidades

JOGO DE CENA

Para tomar a 163 da CCR, concorrente precisa ter R$ 1,12 bilhão em caixa

Somente para quitar dívidas com o BNDES e com a Caixa, a empresa interessada em assumir a concessão da rodovia precisa dispor de R$ 700 milhões

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Embora esteja praticamente tudo acertado para que a CCR MSVia permaneça no controle da BR-163 em Mato Grosso do Sul, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a realização de um leilão para oferecer a rodovia para algum possível concorrente. 

Este leilão está previsto para 22 de maio. Mas, para desbancar a atual concessionária, o concorrente tará que comprovar que tem a bagatela de R$ 1,122 bilhão na conta bancária. Além disso, terá de cobrar pedágio em valor inferior ao que a CCR está disposta a praticar. 

Quase a metade deste valor, R$ 552 milhões, seria para quitar dívidas que a CCR tem com o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES). E, até o dia do leilão este valor já será maior, pois ele se refere a 31 de dezembro do ano passado. 

Outro banco público com o qual a CCR tem dívida milionária é a Caixa Econômica Federal (CEF). Para expulsar a CCR da rodovia, a empresa ou consórcio concorrente teria de apresentar, em 22 de maio, carta de fiança no valor de R$ 148,7 milhões. 

Para cobrir o capital social da CCR MSVia será necessário ter em caixa outra fortuna, de R$ 306,8 milhões. O montante se refere a veículos equipamentos e até a sede da empresa, localizada às margens do anel viário de Campo Grande. 

No edital ainda consta a exigência de depósito de R$ 96,2 milhões a título de garantia da proposta. O valor é exigido como prova de que os proponentes estão realmente interessados em assumir o controle dos 845 quilômetros da rodovia que liga Mundo Novo a Sonora, passando por outras 14 cidades, entre as quais Dourados e Campo Grande. 

Também consta no edital a exigência para que a nova concessionária pague à empresa Infra o valor de R$ 19 milhões relativos aos estudos que vem realizado desde 2021 nos quais foram embasados os estudos sobre necessidades de duplicação, terceira faixa, viadutos e fixação das tarifas de pedágio. Este valor, contudo, terá de ser corrigido pelos índices oficiais da inflação dos últimos três anos. 

Esses valores referem-se exclusivamente a desembolsos que devem ser feitos antes de assumir a rodovia. Depois disso, conforme a previsão, serão necessários pouco mais de R$ 17 bilhões em manutenção a ampliação de capacidade da rofocia. 

A atual concesscionária, CCR MSVia, está pré-habilitada e caso não haja interessados no leilão, ela permenacerá com a concessão por mais 29 anos. Ela assumiu o trecho em 2014, com o compromisso de duplicação total. 

Porém, depois de implantar a melhoria em 150 quilômetros e adquirir o direito ao início da cobrança de pedágio, parou os investimentos, fazendo somente a manutenção da principal rodovia de Mato Grosso do Sul. 

Existe a previsão de 203 quilômetros de duplicação , outros 148 quilômetros de terceira faixa, 28 quilômetros de contornos rodoviários para retirar o tráfego de algumas das cidades, como Mundo Novo e Itaquiraí, e outros 22 quilômetros de faixas paralelas em trechos urbanos. 

Já nos três primeiros anos, segundo a Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) serão investidos em torno de R$ 2 bilhões. E para garantir recursos, já no primeiro ano haverá reajuste de 33% no valor do pedágio, que atualmente está na casa dos R$ 7,50 para cada cem quilômetros rodados em pista simples. 

Mas, para os anos seguintes já estão previstos aumentos significativos. Depois de quatro anos da nova concessão, o pedágio chegará aos R$ 15,00 a cada 100 quilômetros em pista simples. 
 

Cidades

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Um dos suspeitos já estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN

20/03/2025 17h00

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS

Pai e filho são presos por roubarem e sequestrarem idoso em MS Divulgação

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Três homens, incluindo pai e filho, foram presos por envolvimento em um roubo cometido contra um idoso de 66 anos no município de Miranda, ocorrido na noite do dia 18 de março de 2025.

Na ocasião, os homens invadiram uma conveniência em Miranda, onde, além de subtrair jóias e outros pertences da vítima, mantiveram o idoso sob ameaça, utilizando uma arma de fogo. Após tomar conhecimento do crime, o DRACCO iniciou as investigações para identificar os responsáveis, recuperar os objetos roubados e apreender a arma usada no crime.

A operação contou com a troca de informações entre as equipes do DRACCO e as Polícias Civil e Militar de Bonito. Após diligências, os policiais identificaram três suspeitos: I.P.O. (50), líder do grupo, seu filho W.F.O.L. (26) e J.S.R.J. (34).

Já na tarde da última quarta-feira (19), o líder do grupo foi localizado enquanto se deslocava para Campo Grande, dirigindo um veículo GM/Onix de cor prata. Durante a busca no veículo, os policiais encontraram as jóias roubadas, que foram prontamente reconhecidas pela vítima.

Além disso, foi constatado que o suspeito estava sendo monitorado por tornozeleira eletrônica, mas havia instalado dois bloqueadores de sinal para dificultar o monitoramento pela AGEPEN/MS.

Dando continuidade às investigações, policiais civis e militares de Bonito conseguiram prender W.F.O.L. e J.S.R.J. e apreenderam a arma usada no crime um revólver calibre .38 além de roupas e outros objetos relacionados ao crime.

Os três suspeitos foram autuados em flagrante pelos crimes de roubo contra pessoa idosa, com as qualificadoras de concurso de agentes, emprego de arma de fogo e restrição da liberdade da vítima. Vale ressaltar que tanto I.P.O. quanto seu filho W.F.O.L. possuem passagens na polícia, por crimes como roubos e extorsão mediante sequestro.

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Polícia indicia "falsa biomédica" que deformou paciente em Campo Grande

A suspeita, que não possui nível superior, foi investigada após quatro mulheres que passaram por procedimentos estéticos irem parar no hospital, e uma delas ficar com deformidades

20/03/2025 15h33

Crédito: Freepik

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Uma mulher de 27 anos, que atendia pacientes se passando por biomédica e esteticista e levou pacientes a diversas internações após o atendimento, foi indiciada pela Polícia Civil de Campo Grande.

A investigação teve início quando quatro mulheres que foram atendidas pela suspeita, que atuava em um espaço de coworking, apresentaram sintomas graves após um tratamento estético de preenchimento labial em setembro de 2024.

A suspeita sequer possui formação superior e, ainda assim, se apresentava para as clientes como biomédica e esteticista.

Para se ter ideia, depois de realizar o procedimento, as vítimas foram parar no hospital, passaram por atendimento médico e, em um dos casos, uma paciente precisou ser submetida a uma traqueostomia.

Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) indicaram que, ocorreram lesões de natureza gravíssima, já que uma vítima acabou com deformidade permanente na região da mandíbula em decorrência de fibrose.

Investigação

Policiais da Segunda Delegacia de Polícia (2ª DP) apreenderam, na residência da investigada, medicamentos de uso estético que só podem ser utilizados por profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina.

Além disso, a medicação não estava armazenada da maneira indicada. Outro ponto é que os produtos não possuíam registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e foram importados ilegalmente.

Na casa da “falsa biomédica”, a equipe localizou um diploma de estética falsificado em nome de uma faculdade de Campo Grande, o que, segundo a investigação, foi utilizado para induzir os pacientes ao erro, já que confiavam na suposta formação técnica da profissional.

Ao analisarem o certificado, os peritos constataram que o documento era falso.

Com isso, a Polícia Civil acionou a Justiça, que proibiu a mulher de continuar atuando como esteticista. A suspeita foi indiciada por lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, indução do consumidor a erro e uso de documento falso.

O próximo passo fica a cargo do Ministério Público, que definirá por quais crimes ela será denunciada. Para se ter ideia, somando apenas as penas mínimas dos delitos cometidos, a reclusão ultrapassa dez anos e pode chegar a mais de 25 anos no máximo.

“São, em geral, métodos invasivos, com injeção de medicação além da derme”, explica a delegada que atuou no caso, Bárbara Alves. “São procedimentos caros, então o interessado deve sempre desconfiar de preços muito promocionais e pesquisar antes se o profissional possui registro no conselho de sua categoria”, alertou a Polícia Civil.

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