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LUTO

Parentes e amigos lamentam morte de jovens vítimas de acidente na BR-163 nas redes sociais

Cinco amigas de 28 e 29 anos viajavam juntas para Rio Verde de Mato Grosso, quatro morreram; A sobrevivente, Analu Mali, deve passar por cirurgia de emergência na Santa Casa

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Na noite da última sexta-feira (11), quatro mulheres, de 28 e 29 anos, morreram em um grave acidente na BR-163, na saída de Campo Grande para Cuiabá. Uma quinta passageira do veículo, a servidora pública Analu Mendes Mali, 29, foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande.

O veículo em que estavam bateu, de frente, em uma caminhonete Hilux. O condutor foi socorrido e encaminhado para a Santa Casa, e seu estado de saúde não foi considerado grave pelos socorristas.

As vítimas fatais, Lais Morinigo Paim, Letícia de Mello da Silva, Carolina Peixoto dos Santos e Kaena Guilhen Fernandes, e a sobrevivente Analu Mendes Mali, estavam a caminho de Rio Verde de Mato Grosso, que fica a 205 quilômetros da capital, para ir a uma festa de aniversário.

Assim que souberam da notícia, familiares e amigos utilizaram seus perfis em redes sociais para lamentar a fatalidade.

"A minha filha Kaena Guilhen Fernandes, foi um para junto de Deus, virou uma estrela", publicou a mãe, Rita, em uma rede social.

"Que o Senhor Jesus te receba em em seus braços. Menina doce!" publicou uma tia de Kaena.

Kaena fazia faculdade de psicologia, trabalhava na recepção de uma clínica, e era presente na igreja. Sua última publicação nas redes sociais, feita no dia do acidente, foi com dois "irmãos" da Catedral Nossa Senhora da Abadia e Santo Antônio.

"Eu não consigo acreditar que você se foi, irmã (...) Agora você é literalmente meu anjo!" escreveu uma das amigas, ao republicar a foto com Kaena.

Em seu perfil nas redes, a Catedral Santo Antônio comunicou, com "profundo pesar", o falecimento de Kaena.

"Descanso eterno dai-lhe o Senhor e a luz perpétua a ilumine", diz publicação.

Carolina Peixoto dos Santos, de 28 anos, era engenheira civil, e desde 2019 atuava no Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) da Secretaria de Estado de Governo e Gestão Estratégica do Mato Grosso do Sul (Segov).

"Um dia, brincando, eu falei pra você que a única coisa que me traria de volta a Campo Grande seria o dia do seu casamento... Mal eu sabia que o destino me daria outro motivo... Encontrando forças para concluir essa viagem", publicou uma amiga de Carol - como era chamada carinhosamente - em suas redes sociais. 

Em nota, o EPE lamentou o falecimento da servidora, e afirmou que "A lembrança deixada por Carol é de uma mulher apaixonada pela profissão, por viagens, pelos amigos que a rodeavam e pelas pequenas alegrias diárias".

Eliane Detoni, secretaria especial do EPE, também lamentou a perda em suas redes sociais. "Sua alegria, simplicidade, comprometimento e dedicação definem você. Um ser de luz na nossa convivência diária. Amamos muito você. Ainda sem acreditar", concluiu.

Confira nota completa do EPE:

O Escritório de Parcerias Estratégicas lamenta profundamente o falecimento da servidora Carolina Peixoto dos Santos. A engenheira civil atuava no EPE desde 2019.

A lembrança deixada por Carol é de uma mulher apaixonada pela profissão, por viagens, pelos amigos que a rodeavam e pelas pequenas alegrias diárias. 

A secretária especial Eliane Detoni, em nome de todos os servidores do Escritório de Parcerias Estratégicas, se solidariza com a imensa dor da família e dos amigos neste momento tão difícil.

O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul perde uma excelente e comprometida profissional. Nós, do Escritório de Parcerias Estratégicas, perdemos uma profissional e uma grande amiga.

 

Segundo apuração do Correio do Estado, o grupo de amigas se conhecia há anos, e viajava junto sempre que aparecia uma oportunidade. 

"Meu coração tá dilacerado. Vão em paz minhas meninas, vocês quatro foram somente luz nesse mundo. Sempre vou me lembrar de vocês", disse um amigo do grupo, em seu perfil do Instagram.

Letícia de Mello da Silva era bancária, e Lais Moriningo Paim trabalhava como administradora de uma empresa de locação de caçambas de Campo Grande. Lais deixa um filho de 11 anos.

Acidente

O acidente aconteceu por volta das 20h30, na altura do KM 501 da BR-163. O grupo de amigas ia para Rio Verde de Mato Grosso, que fica a 205 quilômetros da capital, uma viagem que duraria cerca de duas horas e meia. A Colisão aconteceu cerca de dez quilômetros depois que o grupo pegou a BR-163.

Informações preliminares da Polícia Rodoviária Federal apontam que a condutora do Argo, que veio a óbito no momento do acidente, teria tentado uma ultrapassagem em faixa contínua.

 

Cidades

STF mantém regra da reforma que reduziu aposentadoria por incapacidade permanente

Valor mínimo do benefício será de 60% da média dos salários, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que ultrapassar 20 anos

18/12/2025 22h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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O Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, manter a mudança da reforma da previdência de 2019 na aposentadoria por incapacidade permanente causada por doença grave, contagiosa ou incurável. Em julgamento na tarde desta quinta-feira, 18, a maioria dos integrantes da Corte máxima validou regra que alterou o cálculo de tal tipo de aposentadoria, estabelecendo que o valor mínimo do benefício será de 60% da média dos salários, com acréscimo de 2% para cada ano de contribuição que ultrapassar 20 anos.

Foi estabelecida a seguinte tese: "É constitucional o pagamento do benefício de aposentadoria por incapacidade permanente, nos termos fixados pelo artigo 26, parágrafo segundo, inciso terceiro da Emenda Constitucional 103 de 2019, para os casos em que a incapacidade para o trabalho seja constatada posteriormente à reforma da Previdência."

A discussão sobre o pagamento da aposentadoria, se integral ou seguindo as regras da reforma, foi finalizada em sessão plenária realizada nesta tarde. No julgamento, os ministros Luiz Fux e Gilmar Mendes acompanharam o voto do relator, Luís Roberto Barroso (aposentado). Já haviam seguido tal corrente os ministros Kassio Nunes Marques, Cristiano Zanin e André Mendonça Ficaram vencidos Flávio Dino, Edson Fachin, Alexandre Moraes, Dias Toffoli e Carmen Lúcia.

Os ministros analisavam um recurso do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) contra decisão do Juizado Especial do Paraná que determinou o pagamento integral de aposentadoria a um beneficiário com incapacidade permanente. Em abril de 2024, a Corte máxima reconheceu a repercusssão geral do caso - que a decisão do STF valeria para outros casos semelhantes em todo o país. Com a finalização do julgamento nesta tarde, foi reformada a decisão que beneficiou o segurado paranaense.

O voto de Barroso, que restou vencedor, rejeitou as alegações de que a mudança proporcionada pela reforma da previdência de 2019 ofenderia os princípios constitucionais da isonomia, à dignidade humana e à irredutibilidade do valor dos benefícios. O ministro assinalou, por exemplo, que não havia inconstituionalidade na diferenciação dos benefícios de incapacidade temporária e incapacidade permanente.

Também não viu violação de isonomia na diferenciação da aposentadoria por incapacidade permanente, de uma forma geral, e a aposentadoria por incapacidade permanente decorrente de acidente de trabalho.

Quem abriu divergência no julgamento foi o ministro Flávio Dino, que votou pela inconstitucionalidade da mudança. A avaliação foi a de que a forma de cálculo da reforma fere diversos princípios estruturantes do Estado Democrático de Direito e que não é possível a distinção de aposentadoria "lastreada na origem da deficiência". "O segurado confronta-se com o mesmo risco social e com um quadro de saúde severo, frequentemente associado à maior dependência e à consolidação da inaptidão para o trabalho", apontou.

 

 

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Em crise financeira, Hospital Alfredo Abrão terá contratos analisados pelo MPMS

Os documentos analisados pela Promotoria de Justiça apontam um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal

18/12/2025 19h20

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado

O Hospital do Câncer atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado Divulgação: Hospital do Câncer Alfredo Abrão

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O Hospital de Câncer Alfredo Abrão (HCAA) vive cenário de desequilíbrio financeiro, agravado por limitações orçamentárias e pela crescente demanda por serviços oncológicos de média e alta complexidade no Sistema Único de Saúde (SUS). Diante das circunstâncias, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou procedimento administrativo para acompanhar a contratualização e o financiamento do local.

De acordo com os documentos analisados pela 76ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, há um déficit mensal próximo de R$ 780 mil, reconhecido pela própria gestão municipal, além de perdas adicionais decorrentes da não cobertura de produção excedente desde novembro de 2024. 

O hospital também enfrenta atrasos no pagamento de procedimentos já realizados, redução temporária do teto MAC (Média e Alta Complexidade), pendências de liberação de emendas parlamentares e insuficiência de repasses para custear cirurgias, quimioterapias, radioterapias, exames de imagem e manutenção de leitos clínicos. 

Como o HCAA atende cerca de 70% dos pacientes com câncer no Estado, qualquer interrupção representa risco imediato de desassistência em larga escala.

Em resposta às requisições, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou repasses mensais que totalizam R$ 1.738.005,52, distribuídos entre incentivos de custeio e projetos específicos.

A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), por sua vez, reconheceu o excedente de produção e informou que o pedido de majoração do teto MAC está protocolado no Ministério da Saúde desde 2023, aguardando disponibilidade orçamentária federal.

O Ministério da Saúde confirmou que os pleitos permanecem em análise, tendo havido apenas um repasse pontual de R$ 2.999.840,00 ao Município para ações de média e alta complexidade.

Diante desse quadro, o MPMS expediu portaria e edital tornando pública a instauração do procedimento e notificou formalmente o Ministério da Saúde, a SES, a Sesau e a direção do HCAA.

Entre as diligências determinadas, estão pedidos de informações sobre repactuações contratuais, recomposição financeira, cobertura da produção excedente, valores recebidos em 2025, déficit acumulado e providências adotadas para garantir a continuidade dos atendimentos.

O MPMS destaca que sua atuação é preventiva, institucional e colaborativa, voltada para preservar a continuidade do atendimento oncológico e a promover soluções coordenadas entre Município, Estado e União. O objetivo é assegurar estabilidade financeira ao HCAA, evitar a interrupção de tratamentos que não podem ser suspensos e garantir que a assistência oncológica permaneça integral, resolutiva e acessível à população.

Com o procedimento instaurado, a Promotoria de Justiça seguirá monitorando respostas, prazos, repasses e eventuais reprogramações orçamentárias, além de fomentar pactuações que permitam ampliar a oferta de serviços com segurança, transparência e qualidade. A atuação ministerial busca prevenir o colapso assistencial e assegurar a efetividade do direito fundamental à saúde dos pacientes oncológicos de Mato Grosso do Sul.

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