Após mais de uma semana fechando mais cedo por falta de energia elétrica, o Parque das Nações Indígenas voltou a abrir no período noturno, até às 21h, nessa quarta-feira (29), mas com restrições ao público, em Campo Grande.
De acordo com o governo do Estado, o parque está passando por manutenção na rede elétrica, o que ainda afeta a iluminação e implica nas restrições temporárias de visitação.
Parte das luminárias já foram reativadas e a população pode utilizar o espaço à noite, mas apenas no circuito em torno do lago principal, segundo informou o coordenador do parque, Wagner Pereira.
Durante o período de manutenção, as áreas fechadas para visitação estarão isoladas com cones e faixas de isolamento para evitar riscos de acidentes.
Os trechos bloqueados estendem-se desde a entrada do Museu das Culturas Dom Bosco até a entrada do Museu de Arte Contemporânea (Marco), próximo ao parque infantil.
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), responsável pela gestão do parque, afirma que a manutenção preventiva da rede elétrica visa evitar falhas e garantir uma "infraestrutura segura e funcional a longo prazo".
"A intervenção visa garantir a segurança dos frequentadores e preservar a infraestrutura do parque, que recebe milhares de visitantes semanalmente", diz o Imasul, em nota.
Falta de luz
O problema de falta de luz foi verificado no dia 19 de janeiro no Parque das Nações. Desde então, o local estava fechando às 18h, tendo em vista que não havia luz para as atividades noturnas.
Com parte das luminárias funcionando, o funcionamento voltou a ser até às 21h.
No início da semana passada, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) informou, em nota, que a equipe técnica estava analisando toda a rede de energia para detectar o ponto em curto e fazer o reparo.
Privatização
Conforme noticiou o Correio do Estado, o Escritório de Parcerias Estratégicas (EPE) do governo de Mato Grosso do Sul já concluiu o estudo para a concessão do Parque das Nações Indígenas e do Parque Estadual do Prosa para a inciativa privada. A expectativa é que o edital seja lançado ainda neste ano.
Em dezembro de 2024, um estudo com toda a modelagem econômico-financeira da concessão, com fluxo de caixa, payback (retorno do investimento) e custo médio ponderado do capital, chegou a ser apresentado. Entretanto, os cálculos tiveram de ser todos refeitos.
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financia os estudos para a concessão dos parques à iniciativa privada. A concessão demandará investimentos de pelo menos R$ 1 bilhão.
Ainda, abrangerá todos os equipamentos que estão dentro dos parques, como o Bioparque Pantanal, o Museu de Arte Contemporânea (Marco) e a Casa do Homem Pantaneiro – essa última reformada e inutilizada há pelo menos três anos.
Apenas o Museu Dom Bosco deve continuar fora da concessão.
O Parque das Nações Indígenas ocupa uma área de 119 hectares em área nobre da Capital, enquanto o Parque Estadual do Prosa tem 135,26 hectares de mata fechada, com vegetação do Cerrado, entre o Parque das Nações Indígenas e o Parque dos Poderes, o complexo administrativo do governo de Mato Grosso do Sul.
Parque das Nações Indígenas
O Parque das Nações Indígenas está localizado na Região Urbana do Prosa, em Campo Grande.
A criação ocorreu em 1993, com a desapropriação pelo Governo do Estado de diversas chácaras e terrenos, localizados às margens dos córregos Prosa e Reveilleau, situados no perímetro urbano compreendido pelas avenidas Afonso Pena e Mato Grosso, e pelo córrego Sóter.
Por meio do Decreto Estadual no 7.354, de 17 de agosto de 1993, a área urbana passou a ser denominada Parque das Nações Indígenas.