Cidades

desembarque parcial

Petistas ameaçam deixar o Governo, não saem e Riedel demite

Publicação do diário oficial desta sexta-feira trouxe ao menos cinco demissões, mas os dois principais cargos seguem nas mãos de petistas

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Pouco mais de um mês depois de o Partido dos Trabalhadores (PT) anunciar que deixaria a administração do governador Eduardo Riedel, que no começo do mês criticou o decreto de prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, o próprio governo tomou a iniciativa e nesta sexta-feira (12) demitiu uma série de petistas que ocupavam cargos de confiança. 

Um dos exonerados pelo secretário Rodrigo Perez Ramos, que assina em nome do governador Eduardo Riedel (PP) é o  secretário-executivo  de Agricultura Familiar, dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais, Humberto de Mello Pereira, que ocupava cargo ligado à secretaria de Meio Ambiente e era uma das indicações do ex-governador Zeca do PT. 

Humberto estava no Governo desde janeiro de 2023 e ocupara um cargo de símbolo CCA-01, um dos mais altos da administração estadual. O decreto de exoneração deixa claro que, apesar de os petistas avisarem que sairiam do Governo, ele perdeu o cargo sem ter pedido. No lugar dele foi nomeada Karla Bethania Ledesma de Nadai. 

Outro indicado pelo ex-governador o sobrinho Vander Loubet e que perdeu o cargo é Marcos Roberto Carvalho de Melo, conhecido como "Betão", que ocupava um cargo de diretor-executivo na Agraer/MS (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural de Mato Grosso do Sul) desde agosto de 2023.

Da mesma forma que Humberto, a exoneração também não foi a pedido, mas por determinação do Secretário de Estado de Governo e Gestão Estratégica, Rodrigo Perez. O mesmo aconteceu com Vagner Campos Silva, que era Subsecretário da Subsecretaria de Políticas Públicas LGBTQIA+.

Vania Lucia Baptista Duarte, que tinha função de mesmo nível que Vagner, mas na subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, também não teve tempo de pedir demissão e está fora do Governo desde esta sexta-feira. 

Uma quinta demissão teve como alvo Zirleide Silva Barbosa, que ocupava a função de Subsecretária da Subsecretaria de Políticas Públicas para Pessoas Idosas.

Mas, apesar destas cinco demissões, o PT ainda segue no primeiro escalão da administração. Viviane Luiza da Silva, indicada por Vander Loubet, continua  à frente da Secretaria de Estado da Cidadania,  que por sua vez tem oito oito subsecretarias. Ele segue no comando, embora ao menos três das subsecretarias tenham mudado de comando nesta sexta-feira. 

Washington Willeman de Souza também segue, por enquanto, à frente da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), onde está desde o começo de 2023. Nesta sexta-feira, inclusive, o diário oficial ainda traz a homologação de licitações para compra de máquinas e equipamentos agrícolas que vão custar pouco mais de R$ 798 mil.

DESEMBARQUE

No dia 8 de agosto a cúpula do PT no Estado informou que estava deixando oficialmente a administração. “Há o entendimento, infelizmente, de que, pela situação política do país, e por conta do alinhamento do grupo político do governador com a extrema-direita, a permanência do Partido dos Trabalhadores no governo se torna inviável”, afirmou naquela data  Vladimir da Silva Ferreira, presidente do PT no Estado. 

“O denominador comum da nossa saída foi a nota do Riedel que ele [emitiu da Ásia]. E isso é incompatível com aquilo que nós defendemos. Nós lutamos pela vida, pela redemocratização dos países”, disse o deputado federal Vander Loubet naquele dia. 

 

Memorando de Entendimento

MS será palco de 'teste agropecuário' com a Google

Agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar decisões do produtor 

06/12/2025 13h30

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática.  Reprodução//Secom-GovMS/Saul Schramm

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Através de um acordo de cooperação técnica assinado recentemente, Mato Grosso do Sul está prestes a se tornar palco de um "teste agropecuário" com o Google. 

O Memorando de Entendimento (MoU) assinado com a Google Brasil, conforme o Governo de MS em nota, prevê "cooperação em tecnologia, inteligência artificial e infraestrutura em nuvem, envolvendo áreas essenciais da administração pública". 

Distante aproximadamente uns 980 quilômetros da Capital, o governador de Mato Grosso do Sul viajou com sua equipe de secretários de Estado - Rodrigo Perez (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) -  até o "coração" da popular Faria Lima, para reunião com executivos da empresa na sede da Google. 

Durante assinatura, Riedel relembrou o foco do Executivo sul-mato-grossense na transformação digital, que ele diz ser fundamental para a "efetividade da gestão estratégica sair do papel e ser executada", alcançando finalmente a população. 

Entre todos os focos a serem abordados, o agronegócio sul-mato-grossense tende a ser beneficiado com este acordo, sendo palco de testes para modelos que visem elevar os níveis de produtividade, além de apoiar as decisões do produtor. 

A inteligência artificial no campo, segundo o Governo do Estado, pode otimizar toda a cadeia produtiva, aprimorando por exemplo, entre outros pontos, até mesmo a previsão climática. 

Em complemento Fábio Coelho, presidente do Google Brasil, apontou os índices de crescimento econômico e social sul-mato-grossense, que só tendem a melhorar com as ações de modernização e otimização de políticas públicas que passarão a contar com maior amparo tecnológico. 

"Mato Grosso do Sul já é uma potência no agronegócio e a tecnologia pode ser uma aliada para o crescimento do Estado. Queremos apoiar o Governo do Estado a levar o impacto positivo da tecnologia para a população", disse o executivo em nota. 

Demais áreas

Além do campo, as tecnologias do Google também devem ser aplicadas nas mais diversas áreas, possibilitando um melhor desempenho para alunos e até aumentando a eficiência administrativa das unidades escolares da Rede Estadual de Ensino (REE). 

As chamadas soluções de nuvem (para armazenamento de dados e sistemas online) e machine learning (aprendizado de máquina) permitiram um avanço na organização de dados, por parte da gestão pública, além de trazer mais transparência e economia dos recursos.

Toda essa nova base de dados permitirá, ainda, no futuro, que novas aplicações da Inteligência Artificial sejam integradas aos serviços essenciais à população, beneficiando áreas como saúde, segurança e finanças, como bem cita o Governo do Estado. 

Na visão do Executivo de MS, esse novo acordo é tido como um passo decisivo rumo a uma administração mais moderna, inteligente e conectada às necessidades da população. 
**(Com assessoria)

 

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SEM ACORDO

Dentistas negam proposta de Adriane Lopes e podem virar ano em greve

Categoria está em estado de greve desde o dia 15 de novembro, e acordo com o executivo municipal ainda está 'longe' de acontecer

06/12/2025 12h30

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5)

Proposta da Prefeitura foi abaixo do esperado pela classe, que recusou em Assembleia nesta sexta-feira (5) Foto: Divulgação/Sioms

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Há cerca de 20 dias em estado de greve, os dentistas que trabalham na rede pública de Campo Grande negaram a proposta da Prefeitura e indicaram entrar em greve a partir do dia 17 de dezembro, seguindo assim por 30 dias caso não haja acordo com o executivo municipal.

Desde o dia 15 de novembro, o Sindicato dos Odontologistas de Mato Grosso do Sul (Sioms) e a Prefeitura Municipal de Campo Grande estão em sério debate sobre o descumprimento judicial referente ao reposicionamento do plano de cargos e carreiras, provisionado desde 2022.

Nesta última semana, o executivo enviou uma proposta à categoria, para tentar chegar a um acordo antes que uma paralisação ocorra.

Sobre o reposicionamento do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR):

  • 30% dos reflexos financeiros no mês de maio de 2026;
  • 35% no mês de maio de 2027;
  • 35% no mês de fevereiro de 2028;

Já sobre o auxílio alimentação:

  • 50% dos reflexos financeiros no mês de outubro de 2027;
  • 50% no mês de março de 2028;

Sobre o índice inflacionário, a Prefeitura pontuou “estar impossibilitada por questões legais”.

Porém, a proposta foi negada pela categoria. Na assembleia desta sexta-feira (5), além de votar sobre o acordo ou não com o executivo, os dentistas também indicaram data para a greve, iniciando-se no dia 17 de dezembro e durando cerca de 30 dias, ou seja, até dia 17 de janeiro. Todavia, a data é passível de alteração e até anulação caso as partes entrem em acordo.

“Haverá um cuidado, que foi discutido nesta Assembleia, para não haver prejuízos à população, tanto que 100% dos atendimentos em plantões, sejam ambulatoriais ou emergenciais, vão continuar em funcionamento. Então, a população que tiver alguma situação de dor ou de procura do cirurgião-dentista da unidade de saúde, de emergência, terá seu atendimento garantido”, explica o presidente do Sioms David Chadid.

Novela

A categoria afirma que o movimento é consequência do descumprimento, por parte da gestão municipal, do prazo judicial para efetivar o reposicionamento salarial determinado pela Justiça, decisão já confirmada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Desde maio deste ano, a categoria busca reaver ajustes salariais que ficam entre 15% e 68%.

O descumprimento da liminar que garante a progressão vertical da carreira foi considerado o estopim para a organização da assembleia, uma vez que, segundo o sindicato, os profissionais estão há três anos sem atualização salarial e a não regulamentação do auxílio-alimentação.

Entre os pedidos, os sindicalistas querem a implementação a partir de abril de 2026 de auxílio alimentação de R$ 800, além de reposição de 15% sobre os pagamentos de plantões a partir de setembro do próximo ano - sendo os dois últimos pedidos escalonados em duas parcelas. 

Além de reposições salariais, a categoria também está pedindo melhores condições de trabalho. Em uma assembleia recente, cerca de 100 dentistas relataram condições precárias de trabalho nas unidades municipais de saúde, incluindo compressores quebrados, falta de insumos básicos, como luvas e rolinhos de algodão, além da pressão crescente sobre os profissionais, fatores que, segundo o sindicato, impactam diretamente a qualidade do atendimento à população.

*Colaborou Alison Silva

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