Cidades

PERDA

Poeta Manoel de Barros morre aos 97 anos em Campo Grande

Morte foi confirmada pelo hospital Proncor, onde ele estava internado

TARYNE ZOTTINO

13/11/2014 - 09h33
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Morreu nesta quinta-feira (13), às 8h05min, aos 97 anos, o poeta Manoel de Barros. Ele havia passado por uma cirurgia de desobstrução do intestino e estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Proncor de Campo Grande.

A morte foi confirmada em nota enviada pelo hospital e assinada pela coordenadora médica da UTI, Carmelita A. Vilela. O poeta completaria 98 anos no dia 19 de dezembro. O velório aconteceu no Cemitério Parque das Primaveras, onde o corpo foi sepultado por volta das 18h.

O fazendeiro, advogado e poeta Manoel de Barros nasceu em Cuiabá (MT), em 1916. Mudou-se para Corumbá e depois para Campo Grande, onde morava atualmente. 

Na família, era chamado carinhosamente de Nequinho. Ele escreveu 18 livros de poesia, além de livros infantis e relatos autobiográficos. Recebeu prêmios literários, incluindo dois Jabutis, em 1989, com "O Guardados de Águas" e, em 2002, com "O Fazedor do Amanhecer".

Obras
1937 — Poemas concebidos sem pecado.
1942 — Face imóvel.
1956 — Poesias.
1960 — Compêndio para uso dos pássaros.
1966 — Gramática expositiva do chão.
1974 — Matéria de poesia.
1980 — Arranjos para assobio.
1985 — Livro de pré-coisas. [Ilustração da capa: Martha Barros].
1989 — O guardador das águas.
1990 — Gramática expositiva do chão: Poesia quase toda.
1993 — Concerto a céu aberto para solos de aves. Rio de Janeiro, Editora Civilização Brasileira.
1993 — O livro das ignorãças.
1996 — Livro sobre nada. (Ilustrações de Wega Nery).
1996 — Das Buch der Unwissenheiten. Edição da revista alemã Akzente.
1998 — Retrato do artista quando coisa. [Ilustrações de Millôr Fernandes].
2000 — Ensaios fotográficos.
2000 — Exercícios de ser criança.
2000 — Encantador de palavras. Edição portuguesa.
2001 — O fazedor de amanhecer
2001 — Tratado geral das grandezas do ínfimo. [Ilustrações de Martha Barros].
2001 — Águas.
2003 — Para encontrar o azul eu uso pássaros.
2003 — Cantigas para um passarinho à toa.
2003 — Les paroles sans limite. Edição francesa.
2003 — Todo lo que no invento es falso. [Antologia]. Espanha
2004 — Poemas Rupestres.[Ilustrações de Martha Barros].
2005 — Riba del dessemblat. [Antologia poètica]. Edição catalã. [Lleonard Muntaner, Editor].
2005 — Memórias inventadas I. [Ilustrações de Martha Barros].
2006 — Memórias inventadas II. [Ilustrações de Martha Barros].
2007 — Memórias inventadas III. [Ilustrações de Martha Barros].
2010 — Menino do Mato.
2010 — Poesias Completas.[Editora LeYa].
2011 — Escritos em Verbal de Aves. [Editora LeYa].

2013 — Portas de Pedro Viana.


Prêmios e condecorações
1960 — Prêmio Orlando Dantas. Diário de Notícias, com o livro "Compêndio para uso dos pássaros".
1966 — Prêmio Nacional de poesias, com o livro "Gramática expositiva do chão".
1969 — Prêmio da Fundação Cultural do Distrito Federal, com o livro "Gramática expositiva do chão".
1989 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria Poesia, como o livro "O guardador de águas"
1990 — Prêmio Jacaré de Prata da Secretaria de Cultura de Mato Grosso do Sul, como melhor escritor do ano.
1996 — Prêmio Alfonso Guimarães da Biblioteca Nacional, com o livro "Livro das ignorãças".
1997 — Prêmio Nestlé de Poesia, com o livro "Livro sobre nada".
1998 — Prêmio Nacional de Literatura do Ministério da Cultura, pelo conjunto da obra.
2000 — Prêmio Odilo Costa Filho da Fundação do Livro Infanto Juvenil, com o livro "Exercício de ser criança".
2000 — Prêmio Academia Brasileira de Letras, com o livro "Exercício de ser criança".
2002 — Prêmio Jabuti de Literatura, na categoria livro de ficção, com "O fazedor de amanhecer"
2005 — Prêmio APCA 2004 de melhor poesia, com o livro "Poemas rupestres".
2006 — Prêmio Nestlé de Literatura Brasileira, com o livro "Poemas rupestres".
2010 — Prêmio Bravo (Bradesco Prime de cultura), como Artista Bradesco Prime 2010.
2012 - Prêmio de Literatura da Casa da América Latina/Banif 2012 (Portugal), de criação literária, pelo livro "Poesia completa", publicado pela Caminho.

Matéria editada às 19h para atualização de informações

ANUÁRIO 2024

Acidentes em rodovias mataram uma pessoa a cada 2 dias em MS

Anuário da PRF aponta que 1.940 pessoas ficaram feridas e 182 morreram nas BRs do Estado no ano passado

17/04/2025 18h00

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes

BR-163 é a rodovia do Estado com maior número de mortes em acidentes Marcelo Victor/ Correio do Estado

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No ano passado, 182 pessoas morreram e 1.940 ficaram feridas em acidentes registrados nas rodovias federais de Mato Grosso do Sul, segundo dados do Anuário da Polícia Rodoviária Federal, divulgados nesta quinta-feira (17). Com relação aos óbitos, em média, houve uma morte a cada dois dias.

De janeiro a dezembro de 2024, foram 1.803 acidentes. Dentre os feridos, 1.393 tiveram ferimentos leves e 547 foram graves.

O tipo de veículo em que os acidentes mais resultaram em mortes foram os de passeio. Na sequência, aparecem caminhões, motos e ônibus.

No Estado, são 4.109,2 quilômetros de rodovias federais, segundo a PRF, e a maioria dos acidentes aconteceram na BR-163, conhecida como rodovia da morte.

Infrações

A PRF também flagrou imprudência nas estradas em 2024, quando 228. 602 autos de infrações foram emitidos em Mato Grosso do Sul.

Dentre as condutas mais observadas no Estado estão o excesso de velocidade (125.630), as ultrapassagens indevidas (14.578) e o não uso do cinto de segurança (6.003).

Com relação a embriaguez ao volante, foram constatados 517 casos, além de 1.585 motoristas que se recusaram a fazer o teste de alcoolemia.

A BR-163 também foi a rodovia do Estado que concentrou a maioria dos flagrantes de infrações, com 143.349.

No ano, foram 835.165 pessoas fiscalizadas, 854.465 veículos e realizados 172.671 testes de alcoolemia.

A BR-101, no Rio de Janeiro (1.174.194), a BR-116, em São Paulo (883.880), e a BR-101, no Espírito Santo (695.947), lideram as estatísticas de infrações. 

Brasil

Em todo o Brasil, o levantamento revela que 6.160 pessoas morreram e 84.526 ficaram feridas em meio a 73.156 acidentes.

As unidades federativas que se destacaram negativamente foram Minas Gerais, com 794 mortes e 11.756 feridos em cerca de 9,3 mil acidentes de trânsito, seguida pelo Paraná, com 607 mortes e 8.456 feridos em cerca de 7,6 mil sinistros. Já em Santa Catarina foram 415 mortes e 8.381 feridos nos mais de 9,5 mil acidentes no decorrer do ano.

Com relação ao tipo de acidente, o anuário não traz dados regionalizados, mas, em todo o País, colisões traseiras lideram as estatísticas, seguidas por saída de pista e tombamento.

As estradas com mais ocorrências de acidentes foram as BRs-101, 116 e a 381.

“A PRF atendeu 12.778 sinistros na BR-101, sendo 4.375 deles em Santa Catarina. Já na BR-116 houve 11.478 casos, a maior parte, 3.478, em trechos que cortam São Paulo. Em terceiro lugar está a BR-381, com 3.469 sinistross. Desse total, 2.793 aconteceram em Minas Gerais”, detalhou a PRF.

Cerca de 35,3 mil ocorrências foram em pistas simples, resultando em 4.291 mortes. Foi observado também que os acidentes ocorreram em maior número entre as sextas-feiras e os domingos entre 17h e 19h.

ACESSIBILIDADE

Mato Grosso do Sul é o estado com maior arborização e acessibilidade, aponta IBGE

A pesquisa entrevistou 2.397.255 moradores de um total de 2.757.013

17/04/2025 17h11

MS é o estado mais arborizado do Brasil

MS é o estado mais arborizado do Brasil Foto: Gerson Oliveira / Arquivo

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Mato Grosso do Sul é o estado com maior acessibilidade do País, quando se trata de vias urbanas com rampas para cadeirantes, e também a unidade da federação mais arborizada, segundo dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados nesta quinta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com relação a acessibilidade, o censo aponta que os municípios de MS com maior destaque em número de rampas são: Alcinópolis, com 69,39%, seguido por Paraíso das Águas (62,59%) e Nova Andradina (58,98%). Na contramão, vêm Miranda (5,66%), Jateí (5,79%) e Bela Vista (6,91%).

Ainda conforme o levantamento, mesmo sendo o líder no ranking, em média ainda há três em cada cinco moradores que não tem acesso a este item de acessibilidade.

Atrás de Mato Grosso do Sul, vem o Paraná, com 37,33% e Distrito Federal, com 30,42%. Os menores valores foram vistos no Amazonas, com 5,61% e Pernambuco, com 6,19%.

Arborização

Além disso, Mato Grosso do Sul continua ocupando o primeiro lugar no país em arborização urbana, segundo os dados da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, realizada no Censo Demográfico 2022. O levantamento mostrou ainda que 92,44% dos moradores do Estado vivem em vias com arborização, o que representa o equivalente a 2.216.098 pessoas. Isso é o maior percentual entre todas as Unidades da Federação.

O estado também se destaca pela densidade de árvores nas vias públicas. Do total de moradores contabilizados, 1.413.865 (58,98%) vivem em ruas com cinco ou mais árvores, enquanto 360.764 (15,05%) residem em vias com uma ou duas árvores, e 441.469 (18,42%) vivem em locais com três ou quatro árvores.

Os números reforçam a liderança de Mato Grosso do Sul em arborização urbana, posição que o estado já ocupava em 2010, quando apresentava o maior índice do país, com 95,56% da população vivendo em vias arborizadas.

Entre os municípios sul-mato-grossenses, os maiores percentuais de moradores em vias com arborização são encontrados em Bataguassu (99,15%), Iguatemi (98,23%), Mundo Novo (97,85%), Nova Andradina (97,60%) e Aquidauana (97,60%).

No ranking das capitais, Campo Grande também lidera, com 91,39% de seus moradores vivendo em vias arborizadas. Em seguida aparecem Goiânia (89,64%), Palmas (88,70%), Curitiba (85,24%) e Brasília (84,19%).

No interior do Estado, Chapadão do Sul apresentou o maior percentual de vias pavimentadas, sendo 99,96%. Em MS eram 78,77% os moradores que viviam em vias pavimentadas em 2022, totalizando 1.888.310 pessoas, enquanto 507.247 viviam em vias não pavimentadas (21,16%).

Além de Chapadão do Sul, o município que apresenta mais vias pavimentadas é Laguna Carapã, com 99,73%. Já entre os que apresentaram as menores porcentagens foram Nioaque (42,08%) e Bela Vista (29,89%).

A pesquisa divulgada contempla grande parte da população do estado, tendo investigado o entorno de 2.397.255 moradores, de um total de 2.757.013 residentes no estado em 2022.

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