Cidades

COLETIVA

Polícia anuncia amanhã fim do mistério sobre a morte de Marielly

Polícia anuncia amanhã fim do mistério sobre a morte de Marielly

MICHELLE ROSSI E VANYA SANTOS

17/07/2011 - 08h30
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O caso Marielly deve ter desfecho amanhã. A Polícia Civil vai convocar, nesta segunda-feira (18), coletiva de imprensa para esclarecer os mistérios acerca do episódio de aborto malsucedido que resultou na morte da jovem. Marielly Barbosa Rodrigues, 19, desapareceu em 21 de maio em Campo Grande, e vinte dias depois seu corpo foi encontrado em um canavial em Sidrolândia – a 70 quilômetros da Capital.

O adjunto da Delegacia Especializada em Homicídio (DEH), Fabiano Nagata, informou que vai relatar o inquérito policial sobre a morte da estudante ao Ministério Público (MPE) em 10 dias. O responsável pelo caso disse que tem pressa em encerrar as investigações pois, com o passar do tempo, as provas ficam mais frágeis e difíceis de serem adquiridas.

O delegado explicou que aproveitará que os suspeitos Hugleice da Silva, 25, cunhado da vítima e Jodimar Ximenes Gomes, 40 – enfermeiro acusado de ter feito o aborto na jovem – estão presos temporariamente para juntar provas que indicam ligação entre os dois.

A expectativa é de que afastando os acusados da sociedade, eles não tenham mais interferência externa e mais testemunhas colaborem com as apurações. "Estamos descobrindo as peças. A situação melhorou muito agora", frisou o adjunto.

 

Confissão

A estratégia de prisão dos suspeitos já rendeu frutos. Na sexta-feira, Hugleice, que até então, negava qualquer envolvimento no episódio de desaparecimento de Marielly, admitiu ter levado a cunhada até Sidrolândia, para realizar o aborto. Hugleice chegou a ir com a família da estudante, no dia seguinte ao desaparecimento da jovem, para "procurar" a garota. Ele não teria informado a família sobre a "carona" que deu a Marielly para Sidrolândia, no dia anterior. A suspeita é de que ele mantinha uma relação extra-conjugal com a estudante e era o pai do bebê que ela esperava. Ela morreu grávida de três meses.

Já o enfermeiro, apontado pela polícia como suspeito de autoria do aborto na jovem, nega veementemente o procedimento e afirma que a confissão de Hugleice é uma estratégia de defesa para o cunhado da vítima. Jodimar continua preso em Sidrolândia e Hugleice, em Campo Grande. Ambos tiveram prisão temporária decretada na quarta-feira passada.

D-Edge

Tradicional casa noturna de campo-grandense em SP abriga culto evangélico e vira alvo de polêmica

Espaço em São Paulo repercutiu após cantora e pastora Baby do Brasil discursar que mesmo em casos de abuso sexual, o perdão deve ser incondicional

14/03/2025 18h30

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores

Em culto, cantora e pastora Baby do Brasil pediu para que vítimas de abuso sexual 'perdoem' seus agressores Foto: Reprodução

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Uma casa noturna de São Paulo repercutiu nas redes sociais após a realização de um evento evangélico ocorrido na noite da última segunda-feira (10).

Durante o culto, a cantora e pastora Baby do Brasil discursou dizendo que, mesmo em casos de abuso sexual, se ocorrido dentro da família, o perdão deve ser incondicional.

Conforme a pastora, "Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", enfatizou. O comentário gerou várias críticas e debates.

Após a imediata repercussão negativa, o campograndense e dono do estabelecimento, Renato Ratier, publicou uma nota oficial nesta tarde de quarta-feira (12).

No texto, o empresário destacou que o discurso não representa seus valores e nem os da D-Edge, nome oficial da tradicional casa noturna.

"Infelizmente, algumas falas isoladas de convidados vão contra aquilo que acredito. Antes de mais nada, quero expressar meu profundo respeito a todas as pessoas que foram atingidas por declarações de terceiros durante o culto e reafirmar os valores que sempre guiaram minha trajetória. Jamais foi minha intenção ferir ou desrespeitar qualquer pessoa", disse Ratier.

O campograndense reforçou ainda que o evento foi um caso isolado e que a programação tradicional deve retornar.

"O evento do culto foi uma exceção isolada e não irá mais acontecer. A casa continua com suas atividades normais, oferecendo a cada noite um espaço de música eletrônica, como sempre fez", concluiu.

Influente na cena da música eletrônica, vale destacar que a D-Edge já foi palco de apresentações de artistas renomados do gênero, como Steve Aoki, Mark Farina e Gui Boratto. 

O culto "Frequência de Deus" foi marcado por louvores e testemunhos religiosos e reuniu aproximadamente 150 pessoas na casa noturna.

Confira a nota publicada por Renato Ratier:

 

 

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RECUPERAÇÃO AMBIENTAL

Concessionária que administra usina de MS é processada pelo MPF

A UHE Ilha Solteira, localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está há mais de 50 anos sem cobertura florestal, segundo ação do órgão fiscalizador

14/03/2025 17h00

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF

Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira, com a concessionária processada pelo MPF Foto: Divulgação

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A concessionária Rio Paraná Energia S.A., que administra a Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira (SP), localizada no Rio Paraná e instalada entre o município paulista e Selvíria, está sendo processada pelo Ministério Público Federal (MPF) por “negligenciar” a cobertura florestal do reservatório.

Segundo ação civil pública, o órgão fiscalizador cobra que a concessionária realize a recuperação ambiental da faixa que contorna todo o lago da usina no prazo estabelecido na licença ambiental.

Ainda, o MPF reforça que desde 2016, quando a empresa “adquiriu” a administração da unidade, reflorestou apenas 3,66% do que deveria na área degradada: 235,5 hectares contra 6.427,91 hectares.

Diante disso, o órgão exige que a Justiça Federal ordene que a concessionária plante 671 mil mudas de árvores por ano, além de investir R$ 7,7 milhões anuais em medidas para a recomposição florestal. Tudo isso dentro de 16 anos, já que o limite previsto na licença de operação da usina é de 25, mas nove já passaram.

Também consta na ação que a Rio Paraná deve iniciar o plantio de uma faixa de árvores na divisa entre a área de preservação permanente da unidade e as propriedades vizinhas dentro de 90 dias, como se fosse um primeiro passo para o cumprimento da punição.

Esse mesmo prazo de três meses também vale para a empresa elaborar um projeto ambiental de reflorestamento da área, com cronograma detalhado, solicitado pelo MPF e já pedido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) há quatro anos, mas sem resposta adequada da concessionária.

Como forma de comprovar que a empresa tem condições de realizar todas essas solicitações, o MPF afirmou que todo o investimento necessário para concluir o reflorestamento representa menos de 6% do lucro líquido da Rio Paraná, que chegou a R$ 2,2 bilhões em 2023.

Por fim, o órgão pede que haja punições para a empresa no caso de descumprimento das medidas, como, por exemplo, R$ 100 milhões para cada ano de atraso na conclusão do reflorestamento.

UHE Ilha Solteira

A Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira começou suas operações em julho de 1973. Hoje, ela é uma das dez maiores usinas do Brasil em capacidade instalada, com 3.444 MW.

Segundo dados da CTG Brasil, detentora da empresa Rio Paraná Energia S.A., gerou no ano passado cerca de 11.768.314 MWh, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 4 milhões habitantes.

O reservatório da UHE Ilha Solteira tem um volume de cerca de 21 bilhões de m³, o equivalente a seis vezes a Baía da Guanabara no Rio de Janeiro.

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