Cidades

MAIS DO MESMO

Polícia Civil prende suspeito de estuprar e matar uma menina de 6 anos, em Douradina

Segundo as informações preliminares da Polícia, sob efeito de psicotrópicos, o assassino confesso disse que amarrou as mãos e os pés da criança, antes de efetuar o crime

Continue lendo...

Na manhã deste sábado (25), a Polícia Civil (PCMS) efetuou a prisão de um jovem de 18 anos, na cidade de Douradina, distante de 192 quilômetros de Campo Grande, acusado de assassinar uma menina de 6 anos. As informações preliminares indicam que o acusado sequestrou, amarrou e estuprou a criança, antes de matá-la.

O assassino confesso, disse à PCMS que efetuou o crime após usar drogas com outras pessoas, apesar disso, o suspeito diz que não houve a participação de terceiros no crime.

O Correio do Estado entrou em contato com a PCMS para saber mais sobre o caso sendo informado de que, em breve, a PCMS divulgaria mais informações.

MAIS DO MESMO

Este caso se aproxima do acontecido há cerca de um mês e noticiado pelo Correio do Estado. Na ocasião, uma série de erros do sistema de saúde, da Justiça e do Conselho Tutelar, contribuíram para o assassinato de Sophia de Jesus Ocampo, de 2 anos.

Neste domingo (26), o caso completa um mês e ainda não houve mudanças consideráveis no combate à violência contra crianças. 

Com a repercussão do assassinato bárbaro de Sophia, órgãos do Estado anunciaram medidas para que casos como da menina de 2 anos não voltassem a acontecer.

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) havia anunciado no dia 15 deste mês a implementação de uma sala de atendimento à criança vítima de violência dentro da Casa da Mulher Brasileira.

Na prática, o Estado só propôs medidas para atendimento às vítimas após os crimes serem consumados, o que, de forma imediata, não é suficiente para evitar que crianças e adolescentes continuem sendo as maiores vítimas de violência sexual em Mato Grosso do Sul.

Na véspera de completar um mês do caso Sophia, mais uma criança foi estuprada e assassinada. Após o crime, o assassino confesso disse que deixou a menina (de apenas 6 anos), com os pés e as mãos amarradas em um matagal. 

A PCMS encontrou a criança no local já sem vida.

O CASO SOPHIA

Em apenas dois anos de vida, a menina passou por 30 atendimentos nas unidades de pronto atendimento (UPAs), onde nenhum profissional identificou que a criança estava em situação de violência.

Ao Correio do Estado, a advogada que representa o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, e seu marido, Igor de Andrade, Janice Andrade, afirmou que os órgãos que deveriam zelar pela proteção das crianças ainda estão perdendo tempo com as burocracias.

“Ainda não tivemos resultado das apurações, inclusive, das falhas da rede de proteção à criança. Mas ainda temos muito o que avançar, principalmente na aplicação da Lei Henry Borel, quando está acontecendo diversos conflitos de competências no sistema judiciário”, disse a advogada.

BUSCA POR JUSTIÇA

Para honrar a memória da menina Sophia de Jesus Ocampo, morta após ser agredida pela mãe, Stephanie de Jesus da Silva, de 24 anos, e pelo seu padrasto, Christian Leitheim, de 25 anos, no dia 26 de janeiro, os familiares e os amigos da criança realizarão uma passeata para pedir justiça, neste domingo às 16h30min, no Parque das Nações Indígenas.

A concentração será feita na frente do Bioparque Pantanal. O local foi escolhido porque, na semana em que a menina veio a óbito, seu pai estava planejando levá-la para conhecer o lugar.

Em entrevista exclusiva ao Correio do Estado, o pai de Sophia, Jean Carlos Ocampo, e seu marido, Igor de Andrade, relataram que mesmo após a morte da criança o casal segue em busca de justiça.

De acordo com o casal, além de todas as negligências sofridas pela menina enquanto estava viva, agora a luta também é para que a luta por justiça não seja silenciada e para que a verdade sempre prevaleça.

Ainda segundo Jean e Igor, os setores envolvidos na investigação do caso desde que o primeiro boletim de ocorrência foi registrado, em janeiro de 2022, agora tentam construir a narrativa de que foi feito tudo que era possível para tirar Sophia da convivência de seus agressores.

“Foi uma forma de silenciar tudo que está acontecendo e desmotivar as nossas manifestações”, afirmou Igor, ao comentar declarações dadas por autoridades durante a audiência pública, realizada na Câmara Municipal, no dia 15 de fevereiro, para debater violência contra crianças e adolescentes.

CASOS RECORRENTES

No dia 14 de fevereiro, mais um caso de agressão à criança resultou na prisão em flagrante de uma mãe e padrasto, em Campo Grande.

O casal foi detido pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), após o filho da mulher, um bebê de apenas um ano e um mês, ser internado em estado grave com lesões na cabeça e indícios de violência.

O laudo médico apontou que o bebê teve duas clavículas quebradas, traumatismo craniano e pneumotórax. Ele chegou a ficar internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande, respirando com a ajuda de aparelhos.

Conforme o boletim médico mais recente da instituição, a criança permanece acordada sob os cuidados do hospital, respirando sem ajuda de aparelho com quadro clínico estável.

Ao Correio do Estado, o pai da criança, que preferiu não se identificar e que já havia denunciado os casos de violência contra o seu filho ao Conselho Tutelar, destacou que o órgão que deveria zelar pela proteção dos mais vulneráveis não lhe deu uma devolutiva de como estava o caso.

“Me fizeram uma falsa promessa de que continuariam visitando a casa para ver como meu filho estava vivendo. E, para mim, é uma instituição insignificante, que, se não faz o seu papel, não deveria existir. É mais um caso em que houve descaso, com um serviço preguiçoso e desumano”, salientou o pai do bebê.

Ele destacou ainda, que considera comparecer à passeata no domingo organizada para buscar justiça contra todos os erros que foram cometidas contra Sophia. 

Saiba: Dados da Sejusp apontam que, entre os dias 1º de janeiro e 24 de fevereiro deste ano, Mato Grosso do Sul registrou 168 casos de estupro contra crianças de zero a 12 anos.

Em relação aos adolescentes, 80 pessoas de até 17 anos sofreram violência sexual em 2023. Juntos, os dois grupos representam 81,84% dos 303 estupros contabilizados no Estado até essa sexta-feira.

Assine o Correio do Estado

CAMPO GRANDE

Bioparque Pantanal terá Papai Noel mergulhador em programação especial de Natal

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

14/12/2025 18h00

Atração promete encantar visitantes de todas as idades

Atração promete encantar visitantes de todas as idades Divulgação/ Gov MS

Continue Lendo...

O Bioparque Pantanal preparou uma programação especial de Natal para receber o público em dezembro, com uma das atrações mais aguardadas do período: o Papai Noel Mergulhador.

A apresentação está marcada para as 10h dos dias 23 e 24 e promete surpreender famílias e visitantes ao unir magia, educação ambiental e o contato direto com a biodiversidade.

A ação, que já se tornou tradicional no calendário do atrativo, leva o personagem natalino para dentro dos tanques, reforçando de forma lúdica a importância da conservação ambiental e da relação harmoniosa entre o ser humano e a natureza.

Atenção nos horários!

No dia 24 de dezembro, o Bioparque Pantanal funcionará em horário especial, das 8h30 às 14h30, permitindo que o público aproveite a véspera de Natal com uma experiência diferente em um dos maiores complexos de água doce do mundo. O último horário de entrada será até 13h30.

Já nos dias 25 e 31 de dezembro, não haverá visitação. O empreendimento também permanecerá fechado entre 1º e 7 de janeiro de 2026, período destinado à realização de manutenções internas, voltadas à segurança dos visitantes e ao bem-estar dos animais. As atividades serão retomadas normalmente no dia 8 de janeiro.

Bioparque Pantanal

Inaugurado em março de 2022, o Bioparque Pantanal já recebeu mais de 1 milhão de visitantes e se consolidou como referência nacional em turismo científico, inclusivo, sustentável e contemplativo. O espaço é reconhecido pela estrutura moderna e pelo compromisso com a educação ambiental, acessibilidade e conservação da fauna.

A visita ao Bioparque Pantanal é gratuita, mas o agendamento é obrigatório e deve ser feito exclusivamente pelo site bioparquepantanal.ms.gov.br.

Assine o Correio do Estado

MANIFESTAÇÃO

"Sem anistia", manifestantes protestam contra PL da Dosimetria em todo o Brasil

Atos ocorreram em diversas cidades e classificam projeto como anistia disfarçada aos envolvidos no 8 de Janeiro

14/12/2025 17h00

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo Divulgação/ Agência Brasil

Continue Lendo...

Manifestantes de diversas cidades brasileiras foram às ruas neste domingo (14) em protesto contra a aprovação do chamado Projeto de Lei da Dosimetria, que altera o cálculo das penas aplicadas aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Para os organizadores, o texto representa uma “anistia disfarçada” e abre caminho para beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro e integrantes de seu governo.

Os atos foram organizados pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, que reuniram movimentos sociais, centrais sindicais, estudantes e partidos de esquerda. Pela manhã, manifestações ocorreram em capitais como Belo Horizonte, Campo Grande, Cuiabá, Maceió, Fortaleza, Salvador e Brasília.

Na capital federal, o protesto teve início em frente ao Museu da República e seguiu em direção ao Congresso Nacional. Durante o trajeto, manifestantes entoaram palavras de ordem e exibiram cartazes com frases como “Sem anistia para golpista” e críticas diretas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB).

Campo Grande

Em resposta a aprovação por 291 a 148 votos na última quarta-feira (10), centenas de campo-grandenses liberais se encontraram na esquina da Rua 14 de Julho com a Avenida Afonso Pena para protestar contra a tentativa de Anistia das pessoas que foram condenadas pelo 8 de janeiro, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Além de apoiadores, a manifestação contou com a presença de algumas autoridades da esquerda de MS, como o deputado estadual Pedro Kemp (PT), que foi o primeiro político a chegar no local.

Em conversa com a reportagem, o parlamentar falou sobre o movimento desta manhã e a importância de dar uma rápida resposta ao PL da Dosimetria.

"Mais uma vez, a população dá um recado para a Câmara dos Deputados, que está votando na contramão de tudo aquilo que a população deseja, porque quem atentou contra a democracia, quem quebrou a série dos poderes em Brasília, quem tentou dar um golpe de estado no Brasil tem que ser condenado e pagar por esses crimes. Dar uma lição na história de que nós não aceitamos mais golpes no Brasil", disse o petista.

O ex-deputado estadual e agora candidato ao governo de Mato Grosso do Sul pelo Partido dos Trabalhadores, como oficializado neste sábado (13) pelo presidente do partido, Fábio Trad também compareceu ao protesto.

"É um momento muito importante, mas não só para a esquerda, para todos os democratas. Eu convido também a direita liberal que respeita a democracia, aquela direita dos anos 90 que respeitava a vontade das urnas, que não apoiava os Estados Unidos contra o próprio Brasil. Ela deveria estar aqui conosco, porque o que está em jogo aqui hoje não é só uma disputa partidária, é uma questão de civilização e barbárie", destaca.

Paulista ocupada

Em São Paulo, a Avenida Paulista foi ocupada por manifestantes concentrados nos quarteirões próximos ao Museu de Arte de São Paulo (Masp). O ato reuniu representantes de sindicatos, movimentos sociais, estudantis e partidos políticos contrários ao projeto.

Durante o protesto, o coro de “sem anistia” foi repetido diversas vezes. Cartazes com dizeres como “Congresso inimigo do povo” ganharam destaque, assim como críticas ao comando da Câmara. Parte dos participantes vestiu roupas verde e amarelas para reforçar a rejeição à anistia dos envolvidos nos atos golpistas.

A votação do PL na Câmara ocorreu em meio a um episódio de tensão, após a retirada forçada do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da Mesa Diretora pela Polícia Legislativa. Jornalistas foram impedidos de acompanhar a ação, e profissionais da imprensa relataram agressões.

Parlamentares da oposição avaliam que, com as mudanças previstas no texto, Bolsonaro poderia ter a pena reduzida de 7 anos e 8 meses para cerca de 2 anos e 4 meses em regime fechado, conforme o cálculo atual da Vara de Execuções Penais.

Segundo Juliana Donato, da Frente Povo Sem Medo, a mobilização foi motivada pela gravidade da proposta. “Nós entendemos que isso é uma anistia. Os crimes cometidos contra a democracia são muito graves e não podem ser perdoados. A impunidade abre espaço para novas tentativas de golpe”, afirmou. Ela acredita que a pressão popular pode influenciar a tramitação do projeto no Senado.

Protestos no Rio

No Rio de Janeiro, milhares de pessoas ocuparam as ruas próximas ao Posto 5, em Copacabana. O ato contou com a participação de movimentos sociais, sindicatos, estudantes, parlamentares, artistas e militantes de esquerda.

A manifestação ganhou caráter cultural com a participação de artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil, que se apresentaram durante a tarde. O evento foi batizado de “Ato Musical 2: o retorno”, em referência a uma mobilização anterior contra a PEC da Blindagem.

Além do PL da Dosimetria, os participantes protestaram contra a escala de seis dias de trabalho por um de descanso, o marco temporal para demarcação de terras indígenas, o feminicídio e cobraram transparência em investigações envolvendo o Banco Master.

Uma performance realizada por um grupo de mulheres chamou atenção ao comparar parlamentares favoráveis ao projeto a “ratos traiçoeiros”, com a distribuição de animais de borracha e fotos de deputados que votaram pela redução das penas.

A aposentada Angela Tarnapolsky, de 72 anos, afirmou que não poderia se omitir diante do que considera retrocessos democráticos. “Depois de tudo o que vivi desde a ditadura, é impossível aceitar um Congresso com esse nível de retrocesso”, declarou.

O deputado Glauber Braga participou do ato e agradeceu o apoio popular. Com a suspensão de seu mandato por seis meses, ele afirmou que levará o gabinete “para as ruas” e seguirá mobilizado contra o PL da Dosimetria e contra as chamadas emendas Pix, que permitem repasses de recursos públicos sem detalhamento do uso.

O que prevê o projeto

O PL da Dosimetria estabelece que os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado Democrático de Direito, quando cometidos no mesmo contexto, sejam punidos apenas com a pena mais grave, e não pela soma das penas. O texto também reduz o tempo necessário para a progressão de regime, do fechado para o semiaberto ou aberto.

A proposta pode beneficiar, além de Bolsonaro, militares e ex-integrantes do alto escalão do governo anterior, como Almir Garnier, Paulo Sérgio Nogueira, Walter Braga Netto e Augusto Heleno.

Parlamentares da oposição preveem, para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que o total da redução pode levar ao cumprimento de 2 anos e 4 meses em regime fechado em vez dos 7 anos e 8 meses pelo cálculo atual da vara de execução penal, segundo a Agência Câmara de Notícias. Mas a definição dos novos prazos será do STF e pode ser influenciada pelo trabalho e estudo em regime domiciliar, que diminuem o período de prisão.

O texto original previa anistia a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro e dos acusados dos quatro grupos relacionados à tentativa de golpe de Estado julgados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Mas esse artigo foi retirado do projeto.

**Colaborou Felipe Machado**

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).