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RIO DE JANEIRO

Polícia descobre mais uma vítima do Parque Glória Center, onde no fim de semana uma adolescente mor

Polícia descobre mais uma vítima do Parque Glória Center, onde no fim de semana uma adolescente mor

O GLOBO

16/08/2011 - 16h46
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Um funcionário do parque Glória Center morreu num acidente envolvendo o brinquedo "Surf" em junho passado. Diogo Melo de Paiva, de 23 anos, foi atingido na cabeça por uma parte da atração durante a Festa do Tomate, em Paty do Alferes. A descoberta foi feita pela delegada Adriana Belém, da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), que solicitou cópia do inquérito instaurado na delegacia da cidade. Com isso, sobe para três o número de mortes ocorridas em brinquedos do parque de diversão. Na segunda-feira, a delegada já havia confirmado a descoberta de que em 2006 outro adolescente de 14 anos já havia morrido num acidente no parque Glória Center.

Na madrugada do último domingo, a adolescente Alessandra Aguilar, de 17 anos, morreu e oito pessoas ficaram feridas depois que um brinquedo do parque se soltou. Nesta terça-feira, Adriana Barreto, mãe da adolescente, e o pai da menina, Carlos Augusto Aguilar, conversaram durante 40 minutos com a delegada Adriana Belém. Ao sairem, muitos emocionados, eles pediram Justiça.

- Estou satisfeita com o trabalho da polícia e ficarei ainda mais satisfeita quando os responsáveis estiveram atrás das grades - disse Adriana Aguilar, chorando muito.

A dona do parque, Maria da Glória Pinto, esteve na 42ª DP (Recreio) para prestar depoimento, juntamente com seu filho. Os dois serão indiciado por homicídio doloso, quando há intenção de matar, e a pena dos acusados poderá variar de 12 a até 30 anos de prisão.

Também na tarde desta tarde-feira, integrantes da Comissão de Análise e Prevenção de Acidentes (CAPA) do Crea-RJ realizaram vistoria em três parques que receberam laudos técnicos favoráveis de funcionamento feitos pelo o engenheiro mecânico Luis Soares Santiago, que será chamado ao Crea para depor. O objetivo era verificar se as instalações desses parques estão em péssimo estado de conservação, a exemplo do parque Glória Center. A primeira vistoria foi realizada realizada num parque em São João de Meriti.

Em depoimento, na tarde desta segunda-feira, o engenheiro Luiz Soares Santiago, de 77 anos, disse que foi ao Glória Center com o laudo já pronto. Após testar os brinquedos, segundo ele, o laudo foi fornecido aos responsáveis do parque. Ao ser questionado se andaria em algum dos brinquedos do Glória Center, Luiz disse, em depoimento, que não. O engenheiro disse ainda que o acidente deve ter ocorrido por causa do desrespeito à capacidade do brinquedo. Segundo a delegada Adriana Belém, ele deve responder, pelo menos, por falsidade ideológica. Ao site G1 , a delegada disse, ainda, que o profissional afirmou que não permitiria que seus parentes andassem nos brinquedos:

- Ele disse que não viu nada de irregular. Aí eu perguntei 'o senhor andaria em um brinquedo desse?', ele disse que não. Eu perguntei 'o senhor permitiria que alguém da sua família andasse?' e ele disse que não.

Ainda de acordo com o G1, o engenheiro teria dito em depoimento que nunca respondeu a procedimento policial. A autorização concedida pelos bombeiros era para 200 pessoas, mas a polícia afirma que havia cerca de mil pessoas no local.

Na segunda-feira, a polícia finalizou a perícia complementar no parque de diversões. Segundo a delegada, essa nova perícia confirmou o que já havia sido observado logo após o acidente: o parque não tinha condições de funcionar. A nova perícia no Glória Center foi acompanhada pelo engenheiro Jacques Sherique. De acordo com ele, foi aberta investigação para verificar se o engenheiro mecânico Luis Soares Santiago, responsável técnico pelos equipamentos parque, estava habilitado a liberar o local para funcionamento.

O parque estava funcionando no local, ilegalmente, há duas semanas. O local havia sido vistoriado pelo Corpo de Bombeiros, que analisou as saídas de incêndio, capacidade de lotação de localização dos extintores de incêndios. "A vistoria foi feita pelo CBMERJ no parque no dia 3 de agosto. O Corpo de Bombeiros não vistoria brinquedos", informou o órgão, em nota. No entanto, o Glória Center não tinha recebido alvará de funcionamento da prefeitura, segundo informou a Secretaria Especial de Ordem Pública. Por isso, foi multado em R$ 535,50. O órgão esclareceu que o alvará é concedido somente após os proprietários entrarem com pedido na prefeitura, mediante autorização dos bombeiros.

O acidente ocorreu por volta das 2h30m de domingo e houve pânico no parque. A estimativa é que havia entre 1.500 e duas mil pessoas no local, onde era realizada uma festa junina fora de época, com shows de artistas como a funkeira Verônica Costa. Segundo testemunhas contaram à família de Alessandra, o carrinho que se soltou estaria com seis pessoas, quando a lotação é quatro. Os promotores da festa, no entanto, afirmaram na polícia que havia apenas três pessoas.

TEMPO

Capital amanhece nublada e com chuvas que se estendem por todo Estado

Inmet registrou somente pela manhã mais de 140 milímetros de chuva apenas em Campo Grande

16/12/2025 11h03

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma

Campo Grande amanhece nublada e chuvosa, previsão indica que semana seguirá da mesma forma Gerson Oliveira

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Em meio ao clima natalino, greves e paralisações, Mato Grosso do Sul a 5 dias para o verão enfrenta grandes volumes de chuvas e trovoadas. Na manhã desta terça-feira (16), na Capital já foram registrados mais de 140 milímetros desde o início da manhã.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Campo Grande registra chuva desde às 4h, com 147,8 milímetros até o momento. Na região da estação Santa Luzia foram 52 milímetros, já no Universitário foram registrados até agora 39,6 milímetros, e 56,2 milímetros na região do Panamá.

Ainda de acordo com o Inmet, na região do Anhanduizinho não houve registros de chuva nessa manhã, até o momento de publicação da matéria.

A previsão, de acordo com o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec/MS), é que a chuva não pare ao longo do dia e nem durante a semana.

Interior

Pelo Estado, as cidades do interior também registraram números expressivos de volume de chuva durante a última segunda-feira (15). Na região sudoeste, Guia Lopes da Laguna registrou 84,8 milímetros, Maracaju com 60,2 milímetros e Rio Brilhante que registrou 20,4mm com ventos a 54,8 km/h.

Na região Leste, Bataguassu também registrou ventos fortes, que chegaram a 55,1 km/h, com 31 milímetros de chuva. Em Dourados, na região Sul, foram registrados 30,2 milímetros e em Paranhos, faixa de fronteira e região Cone-Sul, também cena de estragos noticiado pelo Correio do Estado nos últimos dias, registrou ontem 36,5 milímetros.

Anteriormente, a cidade chegou a registrar 181 milímetros em apenas 14h, e deixou ponte caída, além de ruas interditadas por alagamento.

Apenas na região pantaneira, desde o início do dia de hoje, já foram registrados 101,6 milímetros de chuva em Corumbá.

Previsão

Segundo o mapa do Inmet, hoje as condições de chuva perduram ao longo da tarde e também durante a noite por todo o Estado.

Para a tarde, a chuva continua em todo o estado. Na parte de cima, na região Pantaneira, além de Campo Grande e regiões Centro-Norte, Norte e Bolsão, as condições são de muitas nuvens, com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas. O restante segue com tempo fechado e chuvas isoladas.

Já à noite, as condições se mantêm as mesmas na região Norte e Centro-Norte, em Campo Grande, e chega também o tempo fechado com pancadas de chuvas e trovoadas isoladas nas regiões do Bolsão, Leste, Grande Dourados e Cone-Sul. O restante segue com chuvas isoladas e tempo fechado.

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CAMPO GRANDE

Fefecomércio lamenta prejuízo e culpa Consórcio e Prefeitura por greve de ônibus

Com transporte coletivo servindo mais de 100 mil passageiros por dia, impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho

16/12/2025 10h10

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas,

greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, Marcelo Victor/Correio do Estado

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Diante de um cenário de greve em Campo Grande, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Mato Grosso do Sul emitiu uma nota nesta terça-feira (16) em que lamenta o prejuízo, alegando que a falta de ônibus afeta a população de inúmeras formas, e colocando a culpa dessa paralisação sobre o Consórcio Guaicurus e a Prefeitura da Capital. 

Essa greve do transporte coletivo na Cidade Morena, que entra em seu segundo dia nesta terça-feira (16), já é a maior das últimas três décadas, desde que os ônibus ficaram parados por três dias em 1994, sendo que a atual paralisação reivindica: 

  • Pagamento do 5º dia útil, que deveria ter sido depositado em 5 de dezembro – foi depositado apenas 50% - está atrasado
  • Pagamento da segunda parcela do 13º salário – vai vencer em 20 de dezembro
  • Pagamento do vale (adiantamento) – vai vencer em 20 de dezembro

Em nota, a Fecomércio chama atenção para os reflexos da paralisação em pleno período que antecede as celebrações de fim de ano, bem pontuada como a época anual de maior movimentação econômica, em um cenário classificado como "de grave crise" e com prejuízos que se alastram por toda a comunidade. 

Para a Federação, uma vez que o transporte coletivo de Campo Grande serve um número acima de 100 mil passageiros por dia, os impactos são imediatos e abrangentes, indo além de afetar inclusive milhares de funcionários impedidos de chegar aos seus locais de trabalho. 

"Resultando em faltas, redução da produtividade e perdas salariais. Para muitos, a ausência de ônibus significa a impossibilidade de manter o emprego, afetando o sustento de suas famílias", cita.

Além disso, o texto não deixa de destacar o quanto o período que antecede o Natal é crucial para o comércio de Campo Grande, com a própria dificuldade no deslocamento em si sendo responsável por derrubar o fluxo de possíveis consumidores. 

Para a Fecomércio, a falta de ônibus na Cidade Morena impacta ainda o custo de vida diante do "aumento exorbitante nos preços das corridas por aplicativos e táxis", que aumentam os gastos não somente para quem vai às compras, mas para qualquer família que necessite de deslocamento para atendimento em postos de saúde e hospitais, por exemplo. 

Culpa de quem? 

Em complemento, o texto que mede os impactos da greve lista ainda o que a Fecomércio-MS cita como atores responsáveis por levar ao colapso do sistema por não cumprirem com seus deveres. 

Segundo a Federação, o Consórcio Guaicurus por um lado atribui parte de seus problemas à falta de repasses da Prefeitura de Campo Grande, o que faz a concessionária passar por uma crise financeira e dificuldades em obter crédito 

"No entanto, o atraso sistemático no pagamento dos trabalhadores, em um serviço público essencial, demonstra uma falha grave de gestão e compromisso", diz o texto. 

Para a Fecomercio, o segundo responsável seria justamente o poder concedente, nesse caso quem é responsável pelo município: a Prefeitura, que afirma estar em dia com os repasses e critica a falta de comunicação formal sobre a greve. 

"Contudo, a crise do transporte coletivo não é um evento isolado, e a omissão na fiscalização rigorosa do contrato de concessão, ou na busca por soluções preventivas para problemas administrativos alertados na Câmara Municipal, torna o poder público co-responsável pelo caos instalado". 

Por fim, a Federação lembra o atual momento "sensível para a economia e para a vida social da Capital", dizendo ser inadmissível que a população seja penalizada pela falta de atitude e descumprimento de obrigações básicas por parte do Consórcio e pela falta de ação efetiva do poder Executivo. 

"Exigimos uma solução imediata e definitiva para que o serviço seja restabelecido com urgência, garantindo os direitos dos trabalhadores e a mobilidade da população, a fim de minimizar os danos causados por esta crise de gestão e responsabilidade".
**(Colaborou Naiara Camargo)

 

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