Cidades

DECLARAÇÃO

Polícia Federal critica delações das quais não participa, diz Janot

Polícia Federal critica delações das quais não participa, diz Janot

Leandro Colon e Reynaldo Turollo Jr., Folhapress

07/08/2017 - 15h10
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse à Folha de S.Paulo que as críticas à delação da Odebrecht feitas pela Polícia Federal decorrem de uma "disputa de poder", e que a PF só ataca acordos dos quais não participa.

"Toda a discordância da PF conosco gira em torno de um negócio que chama colaboração premiada. Existe uma disputa de poder em cima da colaboração. Aquilo que a PF faz, e bem, é investigação. Eu ajuizei [no Supremo] uma ADI [Ação Direta de Inconstitucionalidade] que diz que polícia não pode fazer colaboração premiada", disse Janot.

"E não pode mesmo, porque estamos fazendo a conta da PF no Supremo, [da PF] em Curitiba, mas não de Polícia Civil no interior de São Paulo, do Rio de Janeiro, do Piauí, de Pernambuco. A repercussão [de permitir à polícia fechar acordos de delação] é essa."

As declarações foram dadas em entrevista no sábado (5). Outros trechos foram publicados na edição desta segunda-feira (7) do jornal.

Na semana passada, reportagem da Folha de S.Paulo mostrou que a PF tem apontado, em relatórios e nos bastidores, supostas falhas no acordo da Odebrecht e em outros, como o do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.

Investigadores da PF que cuidam desses casos destacam, entre outras coisas, um exagero no número de delatores (77 no caso Odebrecht), a mudança de versão por parte de alguns deles e a falta de documentos que comprovem os relatos.

"Ela [a PF] quer dizer que, se ela estivesse nesse acordo, ele teria sido melhor. Por que eles não falaram mal da JBS? Eles não fizeram parte do acordo. Mas para eles sobrou algo muito importante, que foram as ações controladas e interceptações, e digo que a PF fez um trabalho perfeito, excelente. Mas é um trabalho de polícia. O embate que a gente tem é uma disputa de espaço", disse Janot.

"A Constituição diz que o monopólio da ação penal é do Ministério Público. Um delegado pode fazer um acordo concedendo imunidade a um investigado, sendo que o Ministério Público que tem que oferecer a denúncia? Um delegado pode oferecer uma composição de pena ou de cumprimento de pena sendo que isso decorre de um processo penal do qual ele não faz parte?", declarou.

Questionado sobre relatório da PF que diz que os senadores Romero Jucá (RR), Renan Calheiros (AL) e o ex-senador José Sarney (AP), todos do PMDB, não obstruíram a Justiça, conforme a Procuradoria havia entendido dos áudios entregues por Machado, Janot disse: "É o mesmo contexto, não participaram dessa delação, portanto a gente não fez bem feito."

No mês passado, o procurador da República no Distrito Federal Ivan Marx pediu arquivamento de uma investigação sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por, supostamente, ter se reunido com políticos para frear a Lava Jato.

O procurador afirmou que a delação do ex-senador Delcídio do Amaral, que havia dado origem à apuração, não trouxe provas para corroborar a acusação, e que seria impossível avançar porque todos os envolvidos na suposta reunião com Lula negaram o teor da conversa.

Perguntado sobre o caso, Janot disse que as colaborações são o início da investigação, e que os delatores têm o compromisso de ajudar -ou podem até perder os benefícios.

"São vários os fatos que o colaborador traz. Um fato pode dar 'no-show' [não se concretizar], dois fatos podem dar 'no-show', agora, a maioria não pode dar 'no-show'", afirmou o procurador-geral.

Sobre acordos do publicitário Duda Mendonça e do empresário Marcos Valério, assinados recentemente com a PF, porque o Ministério Público recusou as propostas, Janot reiterou que a polícia não pode firmar acordos do tipo. Os dois casos estão pendentes de decisão do STF.

"O Marcos Valério está preso há uma vida. Será que ele tem conhecimento de algum fato depois [disso]? Marcos Valério está falando de fatos lá atrás [muitos crimes já prescreveram]. Pode até ser interessante para registro histórico, eu teria até interesse em escrever um livro de história, mas como vou aceitar uma colaboração de um sujeito falando de fatos de 2000, de 2001?", disse Janot.

"[Sobre] O Duda, a gente aceita colaboração de coisa nova, não adianta falar de pessoas e fatos que a gente já tem."

HOU HOU HOU

Quando desmontar a árvore de Natal?

Árvore de Natal deve ser montada exatamente quatro semanas antes do Natal; veja quando desmontá-la

26/12/2024 11h00

Dia correto de desmontar a árvore de Natal é 6 de janeiro, Dia de Reis

Dia correto de desmontar a árvore de Natal é 6 de janeiro, Dia de Reis ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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O Natal é celebrado mundialmente e anualmente em 25 de dezembro. 

Muitas casas, comércios e empresas estão decorados com árvores de Natal, guirlandas, coelgos, pinhas, corações, flores, papai noel, pisca pisca, enfeites, bonecos de neve, entre outros. 

Com isso, surge a dúvida: as festividades natalinas encerram na noite de Natal?

A resposta é não. As festividades natalinas encerram no Dia de Reis, celebrado anualmente em 6 de janeiro. Portanto, a árvore de Natal e o presépio devem ser desmontados e guardados neste dia, que neste ano cai em uma segunda-feira. 

A data é marcada pela visita dos três reis magos – Belchior, Baltasar e Gaspar – ao reino, onde comunicam o nascimento de Jesus.

No Brasil, muitas regiões e culturas comemoram a data com festas tipicamente folclóricas chamadas de Folia de Reis ou Ternos de Reis.

De acordo com o catolicismo, a árvore de Natal deve ser montada no primeiro domingo do Advento, mais conhecido como quatro semanas antes do Natal. Em 2024, essa data caiu no dia 1º de dezembro, em um domingo.

ÁRVORE DE NATAL

A árvore de Natal, além de ser um símbolo tradicionalmente associado às celebrações natalinas, carrega significados profundos que permeiam diversas culturas e tradições.

Em sua essência, representa a vida e a renovação, simbolizando a esperança em meio ao inverno, quando muitas árvores perdem suas folhas.

Decorar a árvore com luzes, enfeites e ornamentos coloridos também é uma forma de expressar a alegria e a beleza que a vida oferece.

Segundo uma antiga tradição alemã, a decoração de uma árvore de natal deve incluir 12 ornamentos para garantir a felicidade de um lar:

  • Casa: proteção
  • Coelho: esperança 
  • Xícara: hospitalidade
  • Pássaro: alegria    
  • Rosa: afeição
  • Cesta de frutas: generosidade 
  • Peixe: benção de Cristo
  • Pinha: fartura
  • Papai Noel: bondade  
  • Cesta de flores: bons desejos 
  • Coração: amor verdadeiro

Melhorias

Lei põe fim à construção de rodovias "de segunda linha" em MS

Após implantação de centenas de quilômetros de asfalto sem acostamento, prática começará a ser proibida

26/12/2024 09h42

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento. Paulo Ribas/Correio do Estado

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Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) a Lei que torna obrigatória a implantação de acostamento na construção de rodovias estaduais em Mato Grosso do Sul.

Conforme previsto, os projetos deverão apresentar acostamento em ambos os lados, sendo ele com ou sem revestimento asfáltico, de acordo com o padrão de construção adotado para a rodovia.

Os requisitos técnicos construtivos dos acostamentos seguirão as regras estabelecidas no Manual de Implantação Básica do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), de acordo com as exigências contidas na publicação do Instituto de Pesquisas em Transportes (IPR) nº 742, que dispõe sobre normas a serem aplicadas em projetos e construção de estradas federais e dos órgãos rodoviários estaduais, ou norma que a substituir.

A Lei não se aplica nos casos em que:

  • os trechos das rodovias atravessem áreas urbanas, devidamente delimitadas pelo perímetro urbano, que obedecerão a legislação municipal, bem como, rodovias que interligam cidades com volume médio diário (VMD) inferior a 50 (cinquenta) veículos/dia;
  • os trechos apresentarem condições topográficas e/ou geotécnicas que imponham restrições de ordem técnica ou orçamentária;
  • os trechos contem com implantação de faixa adicional, refúgio, áreas de descanso, belvedere, acessos locais, taper de acesso, faixas de aceleração e desaceleração.

O texto, sancionado pelo governador Eduardo Riedel, começa a valer apenas 180 dias após a publicação, ou seja, no dia 24 de junho de 2025.

Rodovias mais caras

Um dos principais fatores que fazem com que rodovias sejam entregues sem acostamento é a economia no valor da execução. Além disso, as rodovias sem acostamento podem ser finalizadas em um menor período de tempo, o que as torna ideais para entregas políticas.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.Falta de acostamento favorece o acontecimento de acidentes. Foto: Paulo Ribas/Correio do Estado.

A MS-040, por exemplo, rodovia que liga Campo Grande a Santa Rita do Pardo, não tem acostamento. Ela foi entregue em 2015, no fim da gestão André Puccinelli. Agora, a rodovia faz parte da chamada "Rota da Celulose", e será privatizada. Dentre as melhorias, o projeto já prevê acostamento, que deve custar cerca de R$ 500 milhões.

A MS-112, entre os municípios de Inocência e Cassilândia, também não tem acostamento, o que favorece a ocorrência de acidentes. Além disso, esses acidentes, bem como veículos que estragam no trecho, acabam travando completamente o fluxo da rodovia.

A MS-040 é uma das rodovias estaduais que não possui acostamento.Foto: Paulo Ribas

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