A Polícia Federal recebeu por volta da meia-noite desta sexta-feira (3) a ordem do ministro Edson Fachin para prender o ex-assessor de Michel Temer Rodrigo Rocha Loures.
Após isso, montou durante toda a madrugada um esquema de vigilância com duas equipes nas proximidades da casa do ex-parlamentar, no Lago Sul, região nobre de Brasília.
A Constituição determina que a casa é "asilo inviolável do indivíduo", só podendo ser acessada por determinação judicial durante o dia.
Por volta das 6h, os policiais fizeram a detenção, que ocorreu de forma tranquila, segundo a reportagem apurou.
ROCHA LOURES
Na ordem de prisão que assinou, Fachin determinou que o cumprimento do mandato fosse feito "com a máxima discrição e com a menor ostensividade", sem uso de algemas, por não se tratar de "indivíduo perigoso, no sentido físico". "Deverá a autoridade policial responsável pelo cumprimento da medida tomar as cautelas apropriadas para a preservar a imagem do preso, evitando qualquer exposição pública", escreveu o ministro do Supremo Tribunal Federal.
Loures foi levado para exame no Instituto Médico Legal e, depois, para a superintendência da PF em Brasília, onde ocupa uma cela padrão individual, de seis metros quadrados de tamanho.
Ele deverá prestar depoimento possivelmente na segunda-feira (5). Após isso, deve ser transferido para o presídio da Papuda.