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Polícia investiga quadrilha de mulheres que usa 'Boa Noite Cinderela' em roubos

O crime foi descoberto após equipes do Batalhão de Choque serem acionadas com relatos sobre o roubo de camionetes no estado, cometido por duas mulheres, e que o veículo estaria a caminho do Paraguai.

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Nos últimos anos, devido à proximidade com a fronteira do Paraguai, quadrilhas especializadas em roubo de veículos têm se estabelecido em Mato Grosso do Sul, cometendo crimes ousados. Um exemplo recente ocorreu neste final de semana, quando uma Toyota Hilux foi roubada após a vítima cair no golpe do 'Boa Noite, Cinderela', aplicado por duas mulheres em Campo Grande. 

Um dos criminosos envolvidos no crime, Carlos Geovane Pereira Buchere, de 39 anos, conhecido como 'Paulista', foi morto após confronto com policiais do Batalhão de Choque no km 80 da MS-164, próximo ao Distrito de Nova Itamaraty, em Ponta Porã, a 312 quilômetros da capital de Mato Grosso do Sul.

Segundo informações apuradas pela reportagem, 'Paulista', que possui uma extensa ficha criminal por roubos de camionetes em Minas Gerais e São Paulo, residia há alguns meses em Campo Grande.

Conforme informações do comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, as investigações começaram após o comando ser acionado sobre um furto. No entanto, durante a apuração, descobriu-se que o crime se tratava do roubo de uma camionete Hilux.

A vítima, um homem cuja identidade não foi revelada, relatou à polícia que conheceu duas mulheres, foi dopado e levado até a região da Chácara das Mansões. Lá, ele foi agredido e teve seus pertences roubados.

De acordo com informações do Batalhão de Choque, as mulheres ligaram para 'Paulista', que foi até a Chácara das Mansões. Com a camionete roubada, ele saiu de Campo Grande em direção a Pedro Juan Caballero, onde planejava deixar o veículo. É possível que as placas do carro fossem trocadas para despistar as forças de segurança do país vizinho.

Segundo relatos do tenente-coronel Rigoberto Rocha da Silva, do Batalhão de Choque da PM, a polícia suspeita que o criminoso teria contatos na fronteira e pretendia passar o veículo para terceiros.

Quanto ao paradeiro das mulheres, a Polícia Civil continua a investigação para localizá-las. Até o momento, elas permanecem foragidas. A polícia também suspeita que as mulheres responsáveis pelo crime de 'Boa Noite Cinderela' em Campo Grande sejam de fora do estado.

Investigação e confronto 

Os militares do Batalhão de Choque foram informados sobre o roubo de uma camionete ocorrido em Campo Grande e que o assaltante responsável pelo crime estaria a caminho de Pedro Juan Caballero, onde pretendia deixar o veículo.  

Segundo as investigações, uma mulher teria dopado o proprietário do veículo e levado a Toyota Hilux. A suspeita entregou o veículo para Carlos Geovane levar a caminhonete até a fronteira com o Paraguai. 

Diante das informações, equipes do Batalhão de Choque decidiram se deslocar até Ponta Porã, na tentativa de antecipar a passagem do suspeito pela fronteira. 

Em determinado momento, a equipe do Choque avistou a caminhonete em direção contrária e deu ordem de parada ao condutor, iniciando perseguição pela MS-164. 

Em determinado momento da fuga, o motorista jogou a camionete nas margens da pista, descendo do veículo e apontando a arma para equipe policial. Os policiais revidaram.

"Após perseguição, o condutor saiu armado de dentro do veículo e apontou a arma para a equipe. Em proteção tivemos que revidar os tiros", relatou o Tenente-Coronel Rocha em coletiva de imprensa. 

Paulista foi alvejado e socorrido até o hospital de Ponta Porã, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. 

A ocorrência foi encaminhada para a delegacia da cidade de Ponta Porã. A Toyota Hilux foi recuperada e a arma do autor apreendida.  

Fotos: Divulgação/ Batalhão de Choque 

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Mato Grosso do Sul

Carrasco dos tribunais do crime do PCC é preso após dois anos de caçada

Wesley Honorato da Silva, o "Velho Bruxo", que liderava alguns julgamentos da facção, foi preso pelo Dracco, da Polícia Civil; veja detalhes dos crimes

26/11/2024 14h59

Wesley Celestino, o Velho Bruxo, um dos carrascos do PCC, voltou para a cadeia

Wesley Celestino, o Velho Bruxo, um dos carrascos do PCC, voltou para a cadeia Divulgação/Reprodução

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Um dos carrascos da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) mais procurados de Mato Grosso do Sul na atualidade, Wesley Celestino Honorato da Silva, 23 anos, foi preso no dia 19 deste mês pelo Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), em Campo Grande.

A caçada por ele durou aproximadamente dois anos. Em 2022, ele participou de duas execuções dos tribunais do crime da facção na cidade de Três Lagoas (distante 326 km de Campo Grande) e era procurado por sua participação nesses crimes.

Na época das execuções, Wesley ocupava uma função no poder judiciário “paralelo” do PCC. Ele era considerado o “disciplina-geral da Costa Leste”, o que não é pouca coisa em uma organização que, assim como o Poder Judiciário, se divide em comarcas, regionais e circunscrições, estruturando-se de forma semelhante.

Wesley Celestino foi preso perto de onde morava, no Jardim Tijuca, em Campo Grande. Nos registros policiais, ele consta como pedreiro ou auxiliar de serviços gerais.
Dentro do PCC, ele tem vários apelidos, como “Velho Bruxo” ou “Príncipe da Facção”.

A atuação de Wesley Honorato é detalhada pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul em processos nos quais ele é acusado de dois homicídios: o de Pablo Cristian Azambuja de Queiroz, ocorrido no dia 20 de setembro de 2022, em Três Lagoas, e o de Elias Ribeiro, ocorrido dois dias depois.

Tribunal do Crime: julgamento sumário e execução a sangue frio

Wesley Honorato é tido como o carrasco do PCC, pela função que exerce, a de “disciplina”. É ele, por exemplo, o responsável por garantir que os membros sigam o código de conduta da facção. Ele também é um dos aplicadores do código de justiça paralela do crime organizado.

Foi assim no dia 20 de setembro de 2022. Na ocasião, ele e mais nove identificados pela Polícia Civil executaram Pablo Cristian Azambuja de Queiroz.

Pablo era suspeito de ter abusado sexualmente da própria filha. Isso, porém, era uma acusação conduzida pela Polícia Civil.

O PCC, por ter ligação com Pablo, decidiu puni-lo, e assim foi feito. Ao procurar os integrantes da facção em Três Lagoas, após ter recebido várias ameaças, Pablo foi submetido a um julgamento no tribunal do crime.

Depois de ter sido espancado e chamado de “lixo” por vários integrantes, uma das participantes da facção, Priscila Dayane Ferreira Silva, que ocupa o cargo de disciplina em Três Lagoas, fez contato com os faccionados e a família da vítima.

O julgamento foi online, realizado por meio de uma ligação de vídeo da qual participaram pelo menos 32 pessoas.

A sessão de julgamento terminou com Pablo, que inicialmente negou o crime, confessando o estupro. Não se sabe se ele cometeu de fato o crime ou confessou sob coação.

Após a confissão, foi Wesley quem passou uma corda em seu pescoço e o enforcou. Na sequência, Fábio Ferreira de Souza, o “Fiel PCC”; Micael Henrique Kovalek Moura, o “Lucas Paquetá”; Luciano Oliveira Santos, vulgo “Barriguinha” ou “Conquistador do PCC”; e o próprio Wesley levaram o corpo de Pablo, em um Fiat Pálio pertencente a Fábio, para uma região conhecida como Cascalheira. Lá, o corpo da vítima foi queimado e encontrado alguns dias depois.

Quando o corpo foi encontrado, o tribunal do crime do PCC já havia matado outra pessoa: Elias Ribeiro. Em 22 de novembro, dentro de uma casa de integrantes da facção, ele foi morto com várias facadas, ou “chuchadas”, como eles costumam dizer.

Dessa vez, Wesley participou do julgamento apenas virtualmente. Na ligação, ou “radiação”, como é chamado esse tipo de reunião pela facção, também havia mais de 30 pessoas.

Todos os citados na reportagem respondem por assassinato, cárcere privado e organização criminosa relacionados aos dois homicídios. No caso específico da execução de Pablo, também há a acusação de ocultação de cadáver.

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Campo Grande

Motorista de Fusca que colidiu com ônibus não tinha CNH, segundo registro policial

O acidente ocorrido na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques e Guaicurus, foi registrado como crime de trânsito, pois o motorista avançou o sinal e colidiu violentamente contra um ônibus coletivo.

26/11/2024 13h30

Acidente grave aconteceu na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques com Guaicurus, região sul de Campo Grande

Acidente grave aconteceu na tarde de ontem, nas avenidas Gury Marques com Guaicurus, região sul de Campo Grande Fotos: Gerson Oliveira

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O motorista, de 33 anos, que dirigia um Volkswagen fusca e colidiu violentamente com um ônibus de transporte coletivo na tarde desta segunda-feira (25), entre as avenidas Guaicurus e Gury Marques, na região sul de Campo Grande, não possuía a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Conforme informações do boletim de ocorrência, o acidente foi tão violento que o fusca ficou completamente destruído. Equipes da Polícia Militar foram no local e, durante a checagem dos envolvidos, foi constatado que o motorista não possuía CNH, caracterizando o incidente como crime de trânsito.

Dentro do veículo, os policiais encontraram fios de energia amarrados e uma bateria veicular. As vítimas, o motorista e o passageiro, foram encaminhados para a Santa Casa, onde continuamos em observação.

Conforme informações da perícia técnica, a dinâmica do acidente ocorreu quando o fusca, que trafegava pela Avenida Guaicurus em direção ao bairro Centenário, passou de raspão pelos motociclistas que desciam por Gury Marques e colidiu com a lateral esquerda do ônibus, atingindo sua parte frontal 

A colisão foi tão violenta que um dos bancos do veículo foi arremessado a cerca de 15 metros de distância, enquanto a parte dianteira do fusca ficou cravada no coletivo.

O motorista sofreu cortes pelo corpo, mas não corre risco de morte. Já o passageiro ficou preso nas ferragens e foi resgatado por equipes da Unidade Avançada do Corpo de Bombeiros, apresentando fratura no fêmur e outros ferimentos graves.


Veja as imagens do acidente logo mais abaixo: 

 


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