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Polícia investiga se atentado com 4 mortes na fronteira com Paraguai foi acerto de contas do PCC

Os atiradores chegaram em uma caminhonete e efetuaram mais de cem disparos, seis suspeitos foram presos

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A polícia paraguaia suspeita que o atentado que matou quatro pessoas na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai, divisa com o Mato Grosso Sul, seja um acerto de contas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

O crime aconteceu na madrugada de sábado (9) em frente a uma boate. Os atiradores chegaram em uma caminhonete e efetuaram mais de cem disparos –seis suspeitos acabaram presos.

A suspeita é de que os assassinos tivessem como alvo Osmar Vicente Álvarez Grance, 32, conhecido como Bebeto, que também foi morto. 

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Três mulheres foram mortas também. A polícia apura a suspeita de que Bebeto teria sido morto devido ao suposto envolvimento na prisão de 14 criminosos do PCC em uma lavanderia no dia 23 de março. 

Os membros da facção, por essa versão, suspeitariam que o homem possa ter dado informações à polícia que resultaram na operação.

Também são apurados relatos de que a vítima do atentado se portava de modo que desagradava os criminosos e teria dívidas.

No entanto, as mortes das três jovens que acompanhavam Bebeto teriam gerado indignação em outros grupos criminosos, que ameaçam agir em represália à situação.

Uma carta enviada por supostos criminosos de outras organizações citou suspeitas de que Bebeto se passaria por pessoa poderosa e que as três jovens foram mortas injustamente apenas por estarem em sua companhia. 

Essa mesma carta de organizações justiceiras cobrou a prisão dos assassinos em 48 horas, caso contrário, um grupo de 3.000 homens, integrantes dessas organizações, iria agir.

Atentado

As quatro pessoas foram mortas na saída de uma festa na manhã de sábado (9), em Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com Mato Grosso do Sul. Entre os mortos estava a filha do governador de Amambay (Paraguai), Haylee Carolina Acevedo Yunis, de 21 anos.

As vítimas estavam em uma camionete branca quando pistoleiros se aproximaram em outro veículo e atiraram contra eles, com pistolas e fuzis.

Dos quatro mortos, estão Haylee, Osmar Vicente Álvarez Grande (32), a mato-grossense Rhannye Jamilly Borges de Oliveira (19), e a sul-mato-grossense Kaline Reinoso de Oliveira (22).

Além destes, ainda há mais duas pessoas feridas, Bruno Elías Pereira Sánchez (20) e outra jovem brasileira, cujo nome não foi confirmado.

No veículo em que estavam as vítimas foram encontradas várias cápsulas de fuzil.

Prisão

Nesta segunda (11), a polícia paraguaia prendeu seis suspeitos de envolvimento com o crime. Segundo os dados divulgados, são seis brasileiros: Hywulysson Foresto, Juares Alvers da Silva, Luis Fernando Armani Silva e Simões, Gabriel Veiga de Souza, Farley José Cisto da Silva Leite Carrijo e Douglas Ribeiro Gomes.

Os homens foram presos em uma casa no bairro de Cerro Cora'i, em Pedro Juan Caballero. No local, também foram apreendidos três veículos, documentos de carros, celulares, joias e substância parecida com maconha. Eles deveriam ser transferidos para Assunção.

As mortes se somam a outras que vêm sendo registradas na região. No final de setembro, por exemplo, o corpo de um brasileiro decapitado foi encontrado em Pedro Juan Caballero, a apenas cinco quilômetros da fronteira com Mato Grosso do Sul.

Neste final de semana, o primeiro assassinato ocorreu no lado brasileiro da fronteira, em Ponta Porã, na tarde de sexta-feira. 

A vítima foi o vereador local Farid Afif (DEM), 37, assassinado a tiros de pistola enquanto andava de bicicleta. Conforme a Polícia Civil, o autor dos disparos estava em uma moto.

Horas antes do crime, o vereador, que estava em seu segundo mandato e foi o nono mais votado entre os 17 eleitos em 2020, com 964 votos, publicou um vídeo em suas redes sociais em que aparece com a bicicleta.

Na gravação, Afif relatou que estava em deslocamento para acompanhar atendimentos prestados à população da cidade de Mato Grosso do Sul.

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LUZES

Ônibus arranca iluminação de Natal na principal avenida de Bonito

Cordões e cascatas de pisca-pisca foram arrancados "com tudo" das estruturas de madeira e deixados no asfalto

17/11/2024 10h00

Iluminação de natal arrancada

Iluminação de natal arrancada DIVULGAÇÃO/Prefeitura de Bonito

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Ônibus desrespeitou a sinalização e arrancou a iluminação de Natal recém-instalada, na madrugada deste domingo (17), na avenida Coronel Pílad Rebuá, a principal e mais famosa de Bonito, município turístico localizado a 297 quilômetros de Campo Grande.

Cordões e cascatas de pisca-pisca foram arrancados “com tudo” das estruturas de madeira e deixados no asfalto. A decoração invadiu a pista e atrapalhou motoristas a trafegarem.

Cones tiveram que ser colocados na via para evitar transtornos no trânsito. O condutor do ônibus fugiu.

De acordo com a prefeitura do município, a Guarda Municipal vai apurar quem é o responsável pela depredação.

O autor será multado por descumprimento das normas de trânsito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e processado por dano ao patrimônio público.

É proibido o trânsito de veículos com altura superior a 4,5 metros na Rua Coronel Pílad Rebuá (trecho central).

A Prefeitura Municipal de Bonito divulgou nota em suas redes sociais. Confira na íntegra:

“A Prefeitura de Bonito, por meio do DEMTRAT (Departamento de Trânsito e Transporte), reforça que é PROIBIDO o trânsito de veículos com altura superior a 4,5 metros na Rua Coronel Pílad Rebuá (trecho central). Na madrugada deste domingo (17), um ônibus desrespeitou a sinalização e danificou a iluminação de Natal recém-instalada.

A Guarda Municipal já está trabalhando para identificar o responsável, que será multado por descumprimento das normas de trânsito, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e processado por dano ao patrimônio público.

Pedimos a colaboração de toda a população e dos comerciantes para denunciar irregularidades dessa natureza à Guarda Municipal pelos números 153 ou 3255-2107”.

DENÚNCIA ANÔNIMA

MPMS vai investigar compra de votos em troca de cargo público e benefício fiscal

Denúncia aponta que servidora estaria atuando em cargo maior e diferente do qual é concursada, em troca de favores políticos

17/11/2024 09h15

Fachada do MPMS, em Campo Grande

Fachada do MPMS, em Campo Grande DIVULGAÇÃO

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Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) recebeu uma denúncia anônima de suposta compra de votos em troca de cargo no serviço público de Nova Alvorada do Sul, município localizado a 115 quilômetros de Campo Grande.

Com isso, o órgão instaurou inquérito civil para investigar e apurar possíveis crimes de fraude de benefício fiscal, violação de princípios administrativos e desvio de função de cargo público.

De acordo com a denúncia, Viviane Cabral dos Santos, concursada e funcionária pública na Secretaria de Saúde (agente de combate de endemias), está atuando como coordenadora do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) na Secretaria de Assistência Social, sendo que tal cargo exige nível superior e ela ainda estaria cursando a faculdade de Serviço Social.

Segundo a denúncia, ela não atende os requisitos necessários para ocupar o cargo.

Ou seja, caso os fatos sejam verídicos e deferidos pelo MPMS, a servidora estaria em desvio de função em um cargo maior e diferente do qual é concursada, consequentemente recebendo remuneração maior.

Tal benefício teria sido concedido pela antiga secretária municipal de Assistência Social, Rosana Alves Pinheiro, em troca de favores políticos, em esquema de compra de votos.

O voto seria comprado em troca da concessão do benefício ‘Auxílio Material de Construção’, que, em tese, deveria ser concedido à famílias em situação de vulnerabilidade social.

A denúncia ainda revela que Rosana e Viviane são amigas íntimas. Além disso, expõe que ambas coagem, denigrem e ameaçam funcionários do CRAS.

A pessoa que fez a denúncia preferiu não se identificar pois o marido, de uma das partes, é policial de alta patente e, portanto, tem medo de possíveis represálias e ameaças.

Confira a denúncia, enviada ao MPMS, em anexo:

Fachada do MPMS, em Campo Grande
Fachada do MPMS, em Campo Grande

A denúncia é pública, foi publicada no Diário Oficial do MPMS e qualquer um pode vê-la.

Conforme apurado pela reportagem, Rosana Pinheiro foi vereadora no município entre 2013-2016 pelo DEM. Nas eleições de 2016 e 2020, ficou como vereadora suplente. 

Os documentos, disponibilizados publicamente pelo MPMS, não fornecem o contato de Viviane ou Rosana, não sendo possível entrar em contato com as investigadas. A reportagem procurou ambas nas redes sociais, mas não as encontrou.

O espaço segue aberto para resposta, bastando entrar em contato com o jornal pelo número (67) 3323-6090 de segunda à sexta-feira, em horário comercial.

SAIBA

Desvio de função ocorre quando um servidor público é designado para realizar atividades que não estão incluídas em sua descrição de cargo ou que não são compatíveis com sua formação e experiência.

No Brasil, a legislação sobre desvio de função está prevista na Constituição Federal, no Estatuto dos Servidores Públicos Civis da União (Lei nº 8.112/90) e em outras leis e regulamentos específicos.

Já a fraude fiscal é um crime que envolve a evasão ou sonegação de impostos, contribuições ou outros tributos.

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