Cidades

conduta antidemocrática

Polícia vai às ruas para identificar participantes de atos bolsonaristas

Alexandre de Moraes ainda cobrou o compartilhamento dos dados das pessoas envolvidas nas manifestações ilegais em frente aos quartéis das Forças Armadas

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu prazo de 48 horas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) enviar informações à Corte sobre participantes dos atos bolsonaristas. 

Conforme apurado pelo Correio do Estado, em Campo Grande, as forças policiais devem a partir de hoje coletar informações, aplicar multas e intervir de uma forma mais direta nos atos em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), que perduram há mais de uma semana e que impedem o direito de ir e vir da população.

Os atos dos seguidores do atual presidente, que começaram na capital de Mato Grosso do Sul na segunda-feira pós-eleição, pedem que as forças militares assumam o comando do País e recontagem dos votos, entre outras medidas contrárias à democracia.

Financiados por apoiadores do setor do agronegócio, os bolsonaristas passaram os últimos dias entoando o Hino Nacional, alternando com gritos pedindo por intervenção militar em frente ao CMO. 

Em seus discursos, os líderes de movimentos políticos de ultradireita destacaram que as Forças Armadas são pagas com o dinheiro do contribuinte e que “chegou a hora de os militares retribuírem com ações que garantam a moralidade do País”.

No entanto, é importante destacar que, na eleição de 30 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) obteve 60,3 milhões de votos (50,9%), e Jair Bolsonaro (PL), 58,2 milhões de votos (49,1%). Ao superar a marca de 60 milhões de votos, Lula tornou-se o presidente eleito mais votado da história. 

DECISÃO DO STF

A decisão do STF deverá ser cumprida também pela Polícia Federal (PF) e as polícias civil e militar dos estados. O ministro Alexandre de Moraes determinou, ainda, que as entidades policiais apresentem, em até dois dias, todas as informações sobre os organizadores, os financiadores e os líderes dos atos antidemocráticos promovidos por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). 

As manifestações atentatórias à democracia são realizadas em diversas cidades do País, por inconformismo com os resultados das eleições que deram vitória ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O ministro ainda cobrou o compartilhamento dos dados dos bolsonaristas envolvidos nas manifestações ilegais em frente aos quartéis das Forças Armadas.

Os responsáveis pelas forças policiais ainda terão de informar todas as medidas adotadas até o momento para lidar com os bloqueios de rodovias e estradas por apoiadores de Bolsonaro, assim como o que foi feito em relação aos atos antidemocráticos em frente aos quartéis das Forças Armadas. 

“Determino às polícias civis e militares dos estados e Distrito Federal, bem como à Polícia Federal e à Polícia Rodoviária Federal, o envio de e sobre a identificação dos caminhões e veículos que participaram ativamente dos bloqueios e nas manifestações em frente aos quartéis das Forças Armadas, assim como os dados dos respectivos proprietários, pessoas físicas ou jurídicas. Determino, ainda, que informem se identificaram líderes, organizadores e/ou financiadores dos referidos atos antidemocráticos, com a remessa dos dados e providências realizadas”, escreveu Moraes.

BLOQUEIOS

Na sexta-feira (4), a PRF informou ter liberado todos as vias bloqueadas nos estados. De acordo com a PRF, o fluxo de veículos está parcialmente interrompido em 15 pontos do País. 

Há quatro bloqueios totais: Bom Jesus do Araguaia (MT), Campos de Júlio (MT), Sapezal (MT) e Rio do Sul (SC). Desde a semana passada, 1.049 manifestações foram desfeitas pelos agentes da corporação.

Mais cedo nesta segunda, apoiadores do atual presidente Jair Bolsonaro foram flagrados tacando pedras em um comboio da PRF enviado à cidade de Novo Progresso, no Pará, para desbloquear um trecho da rodovia BR-163. (Com informações da Agência Brasil)

Ataque à imprensa

Diante da continuidade de atos antidemocráticos em Mato Grosso do Sul, o Sindicato dos Jornalistas de MS (Sindjor-MS) hoje vai protocolar uma representação no Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e no Ministério Público Federal (MPF).

A representação tem o objetivo de pedir que as determinações judiciais que criminalizam os atos antidemocráticos, que estão acontecendo desde a semana passada, sejam cumpridas e os protestos se encerrem.

Também será pedido que sejam tomadas providências quanto às agressões que profissionais da imprensa estão sofrendo ao realizar reportagens no local do movimento antidemocrático realizado em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO).

Ao Correio do Estado, o presidente do Sindjor-MS, Walter Gonçalves, afirmou que também será feito um pedido para que a Avenida Duque de Caxias, que está ocupada por bolsonaristas inconformados, seja desobstruída e o direito de ir e vir de todos os campo-grandenses seja preservado.

Veja o vídeo

Câmeras registraram briga entre caminhoneiro morto em motel e travesti

Segundo delegado Sam Ricardo, que investiga o caso, vítima pode ter morrido em razão de overdose

08/01/2025 18h47

Câmeras de segurança registram imagens da briga envolvendo caminhoneiro

Câmeras de segurança registram imagens da briga envolvendo caminhoneiro Divulgação

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Câmeras de segurança registraram os últimos momentos do caminhoneiro encontrado morto em motel no começo da tarde desta quarta-feira (8), na Vila Taveirópolis, em Campo Grande

Durante as imagens de vídeo em que o Correio do Estado teve acesso, é possível visualizar a vítima, identificada como Jeferson Pontes Barbosa, de 32 anos, em vias de fato com uma travesti - sua acompanhante.

Após desentendimento, ambos saem do quarto e a situação sai do controle. É possível identificar o caminhoneiro sendo agredido por socos e tapas. Após as agressões, a vítima vai em direção à entrada do estabelecimento, onde perdeu a consciência e morreu.

Veja o vídeo completo:

 

Caminhoneiro pode ter sofrido overdose

Segundo o delegado da 6ª Delegacia de Polícia Civil (DP), Sam Ricardo - que investiga o caso - a causa da morte de Jeferson pode ter sido uma overdose por cocaína.

Isso porque ao analisarem o corpo do motorista, a perícia constatou que ele sofreu apenas uma lesão no lábio.

Nesse sentido, não seria possível morrer em razão das agressões sofridas. "A suspeita inicial é de que Jeferson sofreu uma parada cardiorrespiratória. A gente não sabe ainda o motivo, se foi natural ou por overdose, provocada por um possível uso de drogas”, explicou o delegado.

Ainda segundo o delegado, foi o próprio caminhoneiro quem acionou a Polícia Militar, no começo da tarde por volta das 13h. "Pelo o que os nossos policiais militares que estiveram no local me relataram, foi a própria vítima quem fez o acionamento", esclareceu.

Contudo, ao chegarem no endereço, os militares já encontraram Jeferson sem vida. Tanto a travesti envolvida quanto um segundo homem que também estava no quarto, foram levados para a delegacia para prestar esclarecimentos. 

Desentendimento aconteceu por limite de Pix excedido

Segundo o boletim de ocorrência, a briga entre Jeferson e a travesti aconteceu por causa de uma dívida de R$ 100. Conforme o registro, Jeferson teria excedido seu limite de transferência via Pix, e por isso, não conseguiu pagar pelo serviço utilizado integralmente.

O caso foi registrado como crimes de Lesão Corporal Dolosa e Morte a Esclarecer; e segue em investigação pela Polícia Civil.

Falta de Pagamento

Aposentados reclamam de atraso no pagamento em Campo Grande

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Marcos Tabosa, servidores inativos e ativos não receberam

08/01/2025 18h00

Prefeitura de Campo Grande

Prefeitura de Campo Grande Divulgação

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Após a revolta dos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), a Prefeitura de Campo Grande realizou o pagamento nesta quarta-feira (8), no quinto dia útil. No meio desse imbróglio, aposentados relataram não ter recebido o pagamento.

Em conversa com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (Sisem), devido a denúncias sobre o não recebimento de salários por parte de Guardas Civis Metropolitanos (GCM) e servidores administrativos, Tabosa garantiu que o pagamento estava na conta.

No entanto, afirmou que os aposentados e os ativos do Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande (IMPCG) não receberam.

"Os que não receberam ainda, pelo que fui informado, são do IMPCG, os inativos e ativos. Mas a informação que obtive é que será pago amanhã", informou Tabosa.

Revolta dos professores

O quinto dia útil começou com especulações por parte dos professores do município. Alguns receberam parte do pagamento, enquanto outros não. No entanto, no final da tarde desta quarta-feira (8), servidores da educação teriam tido o restante do valor depositado na conta.

A situação gerou transtorno ainda mais que no dia anterior, a categoria se inflamou pelo não recebimento do pagamento de maneira antecipata, o que ocorreu, por exemplo, no ano anterior. 

O secretário jurídico do Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACPMS), Leonel Alves do Bonfim explicou que os professores que não haviam recebido o salário integral pela manhã tiveram o restante depositado ao longo do dia.

A situação teria ocorrido do pagamento fracionado, conforme o secretário, devido a falhas no sistema.

Outras categorias

Em relação à situação envolvendo os servidores da Guarda Civil Metropolitana e os servidores administrativos, o presidente do Sisem reforçou que todas as categorias ligadas ao sindicato, “filiadas e organizadas”, tiveram o pagamento efetuado.

Entretanto, segundo informações de um servidor de carreira, que terá o nome preservado, nem todos receberam.

"Uma grande quantidade ainda não recebeu. Existe um grupo só de guardas mais antigos: alguns receberam, mas a maioria não", afirmou.

Baixo escalão

Entre os servidores que enfrentam dificuldades estão os comissionados, que foram exonerados e supostamente também não receberam. Relatos obtidos de conversas que rolam nos bastidores (a famosa "rádio corredor"), tudo indica que alguns terão de procurar seus “padrinhos políticos” na tentativa de recontratação.

A situação do que foi chamado de “baixo escalão” não parece positiva.

"Realmente, procede que alguns servidores receberam e outros não. Creio que deve atrasar ainda mais. Isso parece afetar principalmente o pessoal do baixo escalão. Tanto que removeram todos que estavam no grupo de comunicação das secretarias, pois são todos comissionados", disse.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande pedindo um posicionamento acerca do salário dos servidores. A resposta recebida foi que o pagamento está na conta.

“A Prefeitura de Campo Grande informa que o pagamento dos salários referentes ao mês de dezembro de 2024 dos servidores públicos municipais — ativos, aposentados e pensionistas — está disponível nas contas dos trabalhadores nesta quarta-feira (8)”.

Em relação aos casos em que o dinheiro não foi creditado, a Secretaria Municipal de Fazenda informou que está fazendo o possível para que a situação seja resolvida ainda hoje.

 

Prefeitura de Campo GrandeReprodução Redes Sociais

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