Preso no Paraguai em posse de documentos falsos na última semana, Kleber Lucas Paz de Oliveira (32), então foragido da justiça e apontado como um dos mais procurados pela polícia potiguar, no Rio Grande do Norte, foi transferido para a Superintendência da Polícia Federal de Campo Grande.
Com três mandados de prisão em aberto, Kleber Lucas Paz de Oliveira, conhecido Klebinho ou Primo, foi preso em uma ação conjunta da Polícia Federal em Ponta Porã e da Secretaria Nacional Antidrogas (Senar) do Paraguai.
Após o ocorrido, o foragido da justiça foi expulso do país vizinho, em ação que ocorreu no posto de controle migratório de Pedro Juan Caballero (PJC), fronteira seca com Ponta Porã.
Em posse de Kléber Oliveira, os oficiais encontraram uma certidão de nascimento, uma carteira de identidade, um título de eleitor, um cartão do Sistema Único de Saúde (SUS) e um certificado de alistamento militar todos falsos, com nome de Diego Santos de Almeida. Além dos documentos, a Polícia Federal encontrou junto dele junto dois telefones celulares, já apreendidos.
Natural de Alexandria, no Rio Grande do Norte, os documentos em posse de Primo eram de Curuçá, no Pará. Apresentado na delegacia de Polícia Federal de Ponta Porã no último dia 19.
Mandados
Expedido em dezembro de 2020, Primo era procurado, junto de outros nomes, por promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa com emprego de arma de fogo, causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia, receptação, adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou equipamento.
Neste caso, o mandado foi assinado pela juíza Vanessa Lysandra Nogueira de Souza, da comarca de São Paulo de Potengi, outro município potiguar. Na ocasião, além de Kléber Lucas Paz de Oliveira, o mandado foi estendido para Allefi Massilon de Oliveira, Allan Pereira Paes Maciel, Camilo Cassimiro Nunes, José Augusto Teixeira, Franklin Charlles da Silva Lima, Ranielly Brito de Azevedo, André dos Santos Dantas, Anderson Xavier de Souza Pontes e José Arian Pereira Gabriel.
Em abril do ano seguinte, a comarca de Alexandria, cidade de nascimento de Primo, expediu a prisão preventiva de Kléber Oliveira, desta vez por organização criminosa, em decisão amparada pela Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado do Rio Grande do Norte.
Além dele, Alvaro Sarmiento também teve a prisão decretada. Aqui, ambos são parte de um inquérito policial decorrente da prisão de Camilo Cassimiro Nunes, conhecido como Camilo Bombado, ambos apontados como coautores da prática dos crimes de organização criminosa especializada em roubo a agências bancárias e carros-fortes.
No mandado de prisão, de acordo com a polícia, todos planejavam explodir uma unidade prisional potiguar.
Segundo consta no processo, Primo e o comparsa concederam guarida ao flagranteado no momento de sua prisão,” já que o último, sua mulher e filhos passavam uns dias em propriedade rural local, pertencente à sogra do último”. A ação ocorreu na zona rural do município.
A decisão sobre a prisão foi do Ministério Público. Por fim, o terceiro e último mandato de prisão expedido contra Kleber Lucas, em outubro de 2022, aconteceu na comarca de Marcelino Vieira, também no Rio Grande do Norte. Desta vez a acusação foi de um homicídio envolvendo outros dois homens.
Membro do “Novo Cangaço”, o então foragido atuava em quadrilhas responsáveis por ataques a instituições financeiras e carros-fortes. Segundo a Polícia, também atua no tráfico de entorpecentes no Nordeste. Ele foi citado na Operação Senhor das Armas, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em comércio ilegal de armas de fogo de grosso calibre.


