Homem, de 29 anos, integrante de organização criminosa no Piauí, foi preso na manhã desta quinta-feira (21), durante a Operação “Indébito”, em uma residência localizada no bairro Cristo Redentor, em Corumbá, município situado a 416 quilômetros de Campo Grande.
O mandado de prisão temporária foi deflagrado pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) da Polícia Civil do Piauí (PI) e executado por policiais civis da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Corumbá (MS).
Ao todo, 80 mandados judiciais (prisões e buscas) foram cumpridos e 43 contas bancárias foram bloqueadas.
A operação é de âmbito nacional, envolvendo as polícias civis dos estados de São Paulo, Paraíba, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Bahia, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. O objetivo é garantir o futuro ressarcimento das vítimas.
Ele é acusado de suposta participação em crimes de estelionato eletrônico e associação criminosa em Teresina (Piauí).
Segundo a polícia, a organização criminosa era especializada em aplicar golpes contra clientes de planos de saúde. A fraude envolvia a criação de sites falsos e anúncios na internet que simulavam serviços legítimos, como a emissão de segunda via de boleto.
Ao clicar nesses anúncios, a vítima era direcionada a um site fraudulento e, posteriormente, contatada por criminosos que se passavam por atendentes via WhatsApp.
Os dados fornecidos eram usados para gerar boletos falsos, e os valores pagos eram depositados em contas de “laranjas” e rapidamente transferidos, dificultando o rastreamento.
Estima-se que mais de 200 pessoas em todos os estados do país tenham sido vítimas do esquema.
De acordo com o delegado Guilherme Pena, a prisão em Corumbá é um exemplo de que o crime não tem fronteiras e a atuação policial também não.
“A integração entre as forças de segurança de todos os estados é fundamental para combater com eficiência a criminalidade cibernética, que vitima pessoas em todas as regiões do Brasil. O trabalho em apoio à DRCI-PI foi decisivo para o sucesso desta etapa da operação”, comentou.
“A Polícia Civil alerta a população para os riscos no ambiente virtual e recomenda sempre acessar sites oficiais das empresas, desconfiar de anúncios patrocinados com preços ou condições muito vantajosas e nunca compartilhar dados pessoais ou bancários por canais não verificados”, orientou a PCMS, por meio de nota.
De acordo com o Código Penal Brasileiro, o estelionato é definido como "obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento", ou seja, o "famoso" golpe.
Em 2024, 14.231 pessoas foram vítimas de estelionato.
Os estelionatos podem acontecer de diversas formas, como através de vendas fraudulentas, pirâmides financeiras, falsificação de documentos, roubo de dados bancários, falsas ofertas, e muitos outros.




