Polícia

Investigação

Diretor Presidente da Funsat não fala com imprensa após depor na polícia

Após quase 3 horas no Dracco, Luciano Silva Martins deixou o local pela porta dos fundos

Continue lendo...

Na tarde desta sexta-feira (23), o diretor presidente da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat), Luciano Silva Martins, compareceu ao Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, para prestar depoimento acerca do inquérito que investiga supostas fraudes no Proinc, Programa de Inclusão Profissional da prefeitura de Campo Grande.

O depoimento estava marcado para às 14 horas, e a visita de Luciano à polícia só teve fim após quase três horas, às 16h52, quando o diretor presidente da Funsat deixou a delegacia pela porta dos fundos, sem conversar com a imprensa.

A polícia iniciou as investigações - em sigilo - devido à suspeita de que o Proinc, programa criado para beneficiar famílias com baixa renda e integrantes desempregados - na verdade estaria favorecendo microempresários e partidários e apoiadores de políticos.  

O Proinc foi criado há 12 anos, e oferta, além de emprego às pessoas com baixa qualificação profissional, um salário mínimo, cesta básica e vale transporte. A maior parte dos contratados atuam em serviços gerais e limpeza. Em torno de 2,5 mil pessoas são favorecidas com o projeto atualmente.

Depoimentos anteriores

Na manhã da última sexta-feira (16), o vereador André Luis Soares da Fonseca, o Professor André (Rede), que denunciou a "farra" do Proinc, prestou depoimento ao Dracco,  e reiterou as denúncias que apontam fraudes nas contratações de pessoas  do programa da Prefeitura de Campo Grande.  

Por ser o denunciante, o parlamentar foi o primeiro a depor ao Dracco. 

“Ratifiquei as informações que eu havia passado e fiz uma apresentação geral do que era o plano para o Proinc e quais são as possíveis irregularidades para que a delegada possa definir qual será a linha de investigação”, afirmou o vereador.

A chefe do Dracco, delegada Ana Cláudia Medina, limitou-se a dizer que “uma representação foi protocolada e encaminhada para apuração no Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado”.

Na última segunda-feira (19), duas testemunhas beneficiadas do programa, compareceram ao Dracco para depor. Uma das testemunhas não quis conversar com a imprensa, e outra afirmou que o delegado fez muitas perguntas, e que todas chamaram sua atenção. Ele também relatou não gostar de se envolver com política e afirmou não estar na campanha de nenhum candidato.  

Entenda o caso

Conforme noticiado anteriormente pelo Correio do Estado, a "farra" do Proinc virou notícia após denúncias do vereador professor André, do partido Rede, em uma sessão na Câmara Municipal. Houve uma tentativa de criar-se uma CPI, mas a intenção não avançou porque o presidente da Casa, Carlão, do PSB, disse que a comissão poderia ganhar um rumo político e isso poderia influenciar nas eleições de outubro.

Para obter a relação dos contratados pelo Proinc, o vereador teve de entrar com uma apelação judicial, devido à resistência da prefeitura em liberar a lista. Hoje, no entanto, o município mostra os nomes das pessoas empregadas pelo plano social por meio da internet.

Na relação dos beneficiários, há nomes de microempresários, influencer, presidiário e até integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC), a famigerada organização criminosa que mais impõe medo no País.

Diante da falta de providências, o vereador André Luis Soares da Fonseca, Professor André (Rede), solicitou investigação ao delegado-geral da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul (PCMS), Roberto Gurgel de Oliveira Filho, que encaminhou o caso para o Dracco.

No dia 25 de agosto, a Câmara Municipal de Campo Grande aprovou a terceira reforma, desde a sua criação em 2010, do Programa de Inclusão Profissional (Proinc), com o objetivo de acabar com essa “farra” no programa.

A investigação continua a cargo da titular do Dracco, a delegada Ana Cláudia Medina.

Assine o Correio do Estado.

TRÁFICO DE DROGAS

Sogro e genro são presos com 157 quilos de crack em Hilux

Sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade, já o genro atuava como batedor e olheiro

11/12/2025 11h30

Tabletes de crack

Tabletes de crack Divulgação/Polícia Civil - MS

Continue Lendo...

Sogro, 49 anos e genro, de 40 anos foram presos em flagrante transportando 157 quilos de crack, nesta quarta-feira (10), na região do Parque dos Coqueiros em Dourados, município localizado a 226 quilômetros de Campo Grande.

Tabletes de crackTabletes de crack. Foto: Polícia Civil

Um terceiro possível envolvido também foi conduzido à unidade policial e será investigado pelas autoridades.

O entorpecente estava distribuído em tabletes e acondicionado em uma Toyota Hilux. Eles foram presos por policiais civis da Seção de Investigação Geral/Núcleo Regional de Inteligência (SIG/NRI) de Dourados.

Conforme apurado pela reportagem, o sogro era responsável pelo transporte e logística do entorpecente na cidade. Já o genro atuava como batedor (escoltando a droga) e olheiro (observando a presença de forças policiais).

A ação faz parte de uma investigação contra uma organização criminosa que atua na cidade e região da fronteira, abastecendo pontos de distribuição em Dourados e região.

TRÁFICO DE DROGAS

O tráfico de drogas é um problema crescente no Brasil.

Comércio, transporte e armazenamento de cocaína, maconha, crack, LSD e haxixe são proibidos no território brasileiro, de acordo com a Lei nº 11.343/2006.

Mas, mesmo proibidos, ainda ocorrem em larga escala em Mato Grosso do Sul. O Estado é conhecido como um vasto corredor no Brasil, devido à sua extensa fronteira com outros países. Com isso, é uma das principais rotas utilizadas para a entrada de substâncias ilícitas no país. 

O tráfico resulta em diversos crimes direta e indiretamente, como furto, roubo, receptação e homicídios.

Dados divulgados pela Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 13.130 quilos de cocaína, 502.682 quilos de maconha e 378 quilos de outras drogas foram apreendidos, entre 1º de janeiro e 11 de dezembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

As forças de segurança responsáveis em apreender entorpecentes são Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Federal (PF), Polícia Militar (PMMS), Polícia Civil (PCMS) e Guarda Civil Metropolitana (GCM).

 

HOMICÍDIO E TRÁFICO

Mulher foge de violência doméstica em MG e é morta por ordem da prima em MS

Mulher encontrada morta na tarde de quarta-feira (3), na BR-262, estava cansada de apanhar do marido em Minas Gerais e veio buscar abrigo na casa da prima em MS, que a abandonou

05/12/2025 11h45

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5) Foto: Naiara Camargo

Continue Lendo...

Maria de Fátima Alves, de 40 anos, encontrada morta na tarde de quarta-feira (3) no anel viário da BR-262, saiu de Minas Gerais para Mato Grosso do Sul para fugir de violência doméstica que sofria do marido. Ela deixou três filhos no estado mineiro.

Ela veio para Campo Grande (MS), há três meses, procurar abrigo na casa da prima, que prometeu acolhê-la em sua casa, localizada no bairro Moreninhas. Mas, não foi o que aconteceu. Sua prima, de 32 anos, recusou o abrigo, pegou seus documentos por motivos ainda desconhecidos e a abandonou nas ruas.

Ela se tornou moradora de rua, passou a fazer uso exagerado de bebidas alcoólicas e foi abrigada no Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (CENTRO POP), em Campo Grande.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Vítima, Maria de Fátima Alves, de 40 anos

Na tarde de terça-feira (2), Maria de Fátima pegou uma bicicleta emprestada e foi buscar seus documentos na casa da prima, pois queria arrumar um emprego. De acordo com a vítima, sua prima seria uma pessoa “muito perigosa”.

Ao chegar no endereço, a prima se negou a devolver os documentos. Em seguida, Maria de Fátima foi até o quarto, abriu o guarda-roupa e flagrou diversos tabletes de cocaína dentro do móvel e, curiosa, começou a manuseá-los.

Com receio de ser denunciada, a prima repreendeu a vítima e a colocou dentro de um Hyundai HB20 com ajuda de um comparsa, de 41 anos. Em seguida, a levaram até o anel viário da BR-262, onde a executaram com um tiro na cabeça e outro no ombro. Após o crime, eles fugiram e o corpo ficou abandonado.

O titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, acredita que a vítima tenha sido morta pelo rapaz e não pela prima.

Titular da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Rodrigo Daltro, em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (5)Prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos

“Ele assumiu que a droga era dele, mas negou a questão de ser o coautor do homicídio. Todo o tempo ele negou o homicídio e sempre confessou o tráfico de drogas. Na cabeça deles, o tráfico é mais fácil obter a liberdade.

Na tarde de quarta-feira (3), a Polícia Militar recebeu uma denúncia que havia um cadáver, às margens do anel viário da BR-262, saída para Terenos/Rochedo.

Viaturas se deslocaram até a rodovia e os militares constataram que se tratava de uma mulher, sem identificação até então. Polícia Civil e Polícia Científica estiveram no local para recolher os indícios do assassinato e retirar o corpo.

A prima, de 32 anos e seu comparsa, de 41 anos, estão presos preventivamente pelos crimes de homicídio qualificado, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

A mulher é empresária, possui transportadoras e não tem passagens pela polícia. O homem tem passagens por tráfico de drogas.

O caso continua sendo investigado pela DHPP.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).