Polícia

Depoimento

Esposa e melhor amigo relembram últimos momentos com entregador atropelado por Porsche

Família busca por justiça após trágico acidente que matou Hudson Ferreira de 39 anos; o autor, um empresário de Campo Grande fugiu do local do acidente e se apresentou à polícia somente depois de 15 dias

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No desdobramento do trágico incidente que culminou na morte do motoentregador Hudson de Oliveira Ferreira, na noite de 22 de março, esposa e amigo próximo compartilham os últimos instantes vividos com a vítima.

O fatídico acidente ocorreu na Rua Antônio Maria Coelho, quando Hudson foi brutalmente atingido por um Porsche Cayenne, conduzido pelo empresário, Arthur Torres Rodrigues Navarro, de 34 anos, que em seguida fugiu do local. Hudson veio a falecer dois dias após o incidente, na Santa Casa da Capital, devido à gravidade de seus ferimentos.

Segundo relatos, Hudson enviou um áudio desesperador à esposa, Kelly Ferreira, pedindo-lhe que fosse até o local do acidente.

"Vem aqui. Vem ligeiro, vida. Acabou com a minha perna, acabou", disse ele.

Kelly, ao responder ao chamado, assegurou que estava a caminho para socorrê-lo e comunicou que outra pessoa também estava se dirigindo ao local para prestar auxílio.

Em seu depoimento, Kelly Ferreira, de 39 anos, atendente no Restaurante Kobe, situado na Artur Jorge, relatou que Hudson, seu esposo, também trabalhava no mesmo estabelecimento, como entregador. Ela descreveu o momento em que recebeu a ligação de Hudson, por volta das 20h08min, informando sobre o acidente e a localização.

"Já estava presente no local uma Unidade do Corpo de Bombeiros prestando o atendimento a Hudson, que apresentava ferimento (fratura e esmagamento) da perna e pé direito", detalhou Kelly em seu depoimento à DEPAC/CEPOL.

Por sua vez, Marcos Ewerton Paulo de Campos, de 35 anos, também entregador e amigo de infância de Hudson, reiterou a proximidade entre eles, inclusive no ambiente profissional, onde ambos trabalhavam como motoentregadores.

Ele descreveu o momento em que encontrou a vítima caída na rua, com graves ferimentos, e ficou ao seu lado tentando acalmá-lo até o encaminhamento de Hudson para o hospital.

“Ele estava assustado com o ferimento e contou que o motorista fugiu do local em alta velocidade. Fiquei com ele e falei pra olhar pra cima, para não ficar olhando a perna. O Corpo de Bombeiros chegou e eu me ofereci para levar a moto dele para casa”, relembra o amigo de Hudson.

O caso, que inicialmente fora registrado como acidente de trânsito, teve sua tipificação alterada para Homicídio culposo Artigo 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conforme solicitação da família da vítima.

Enquanto Arthur Torres Rodrigues Navarro se apresentou à polícia após duas semanas do ocorrido, a família clama por justiça e questiona a impunidade diante de casos de irresponsabilidade ao volante, que ceifam vidas e deixam marcas irreversiveis nos que ficam.

“Se o motorista tivesse parado, prestado socorro. Esses minutos foram o diferencial entre a vida e a morte do Hudson”, analisa a advogada da família de Hudson, Janice Andrade.


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COMBATE AO TRÁFICO

Polícia Civil cumpre 24 mandados em Campo Grande, Corumbá e Naviraí

Policiais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão contra o tráfico de drogas e armas

18/10/2024 09h15

Sede da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar)

Sede da Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) Paulo Ribas

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Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico (Denar) deflagrou, na manhã desta sexta-feira (18), força-tarefa contra o tráfico de drogas e armas nos municípios de Campo Grande, Corumbá e Naviraí. Os policiais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 8 de prisão.

A operação tem apoio de equipes da Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco e Resgate a Assaltos e Sequestros (Garras), Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Dracco), Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (Decon).

OUTRAS OPERAÇÕES

Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira (18), a Operação “Apolo”, com o apoio da Polícia Militar (PMMS) em Selvíria, município localizado a 403 quilômetros de Campo Grande.

Os policiais cumpriram cinco mandados de busca e apreensão e um de prisão, em combate ao tráfico de drogas na cidade. Foram apreendidos aparelhos celulares e drogas para consumo.

Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (17), a Operação Rede Limpa XIII, em Coxim, município localizado a 253 quilômetros de Campo Grande.

A ação visa reprimir crimes de abuso sexual infantojuvenil via internet. Durante a operação, foram coletados dispositivos eletrônicos relevantes para as investigações.

O material apreendido será submetido à perícia para identificar possíveis envolvidos e ampliar as ações de combate à produção, posse e divulgação de conteúdos de abuso sexual infantil.

A Operação Rede Limpa XIII é parte de um esforço contínuo da Polícia Federal para desmantelar redes criminosas que operam via internet.

PONTA PORÃ

Foragido condenado a 100 anos de prisão morre em confronto com a PM

Criminoso estava foragido da justiça e somava mais de 100 anos de prisão, por crimes de estupro de vulnerável contra cinco meninas

17/10/2024 08h45

Movimento após confronto policial em Ponta Porã

Movimento após confronto policial em Ponta Porã DIVULGAÇÃO/Ponta Porã News

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Francisco Antônio Ribas, de 53 anos, morreu em confronto com policiais militares, na tarde desta quarta-feira (16), no Jardim Parque dos Eucaliptos, na fronteira Brasil/Paraguai, em Ponta Porã, município localizado a 298 quilômetros de Campo Grande.

Ele estava foragido da justiça e somava mais de 100 anos de prisão, por crimes de estupro de vulnerável contra cinco meninas.

Conforme apurado pela mídia pontaporanense, uma mulher de 21 anos, a qual possuía medida protetiva contra o homem, acionou a Polícia Militar alegando que ele estava descumprindo a ordem judicial.

Com isso, militares se deslocaram até o endereço informado na denúncia para cumprir o mandado de prisão, mas, foram recebidos com uma arma em punho apontada para os policiais.

Para se defender, a equipe baleou e desarmou o criminoso. Ele socorrido e encaminhado para o Hospital Regional de Ponta Porã, mas morreu enquanto recebia atendimento médico.

* Com informações de Ponta Porã News

OUTRO CONFRONTO

Em 14 de outubro, homem, de 34 anos, morreu em confronto com policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), na rua Timbiras, bairro Jokey Clube, em Campo Grande. 

Conforme apurado pela reportagem, o homem assaltou um carro-forte, em 27 de junho de 2024, em Icapuí (CE), município localizado a 201 quilômetros de Fortaleza. Ele estava sendo procurado pela polícia.

Com apoio da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco), a Polícia Militar (PMMS) descobriu a localização do criminoso. Com isso, se deslocaram até o endereço.

O autor estava na frente de casa, sem camisa, sendo possível reconhecer as diversas tatuagens que tem no braço e peito.

Os policiais deram voz de abordagem, mas ele desobedeceu e tentou fugir pulando o muro da residência.

De acordo com a PM, o criminoso viu que estava cercado e que não tinha escapatória e, então, sacou uma arma e apontou em direção aos policiais.

Os militares revidaram, balearam e desarmaram o bandido. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

ESTATÍSTICA

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que 61 pessoas morreram em confronto com agentes de Estado, de 1º de janeiro a 26 de setembro de 2024, em Mato Grosso do Sul. O sistema está fora do ar e não foi possível levantar os números de setembro.

Das 61 mortes,

  • 33 ocorreram em Campo Grande
  • 28 ocorreram no interior do Estado
  • 9 ocorreram em janeiro
  • 6 ocorreram em fevereiro
  • 13 ocorreram em março
  • 4 ocorreram em abril
  • 5 ocorreram em maio
  • 8 em junho
  • 2 em julho
  • 5 em agosto
  • 7 em setembro
  • 2 em outubro
  • 54 são homens
  • 1 mulher
  • 6 não tiveram o sexo divulgado
  • 31 são jovens
  • 21 são adultos
  • 3 são adolescentes
  • 6 não tiveram a faixa etária divulgada

Mortes registradas em confronto policial são classificadas como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial.

O confronto entre forças de segurança governamentais e grupos armados ocorrem em situações de abordagem policial, roubos, flagrantes de tráfico de drogas, policiamento ostensivo em bairros, entre outras ocorrências.

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