Polícia

BANCO DO BRASIL

Investigação de tentativa de furtar R$ 200 milhões ultrapassa os limites de MS

Policiais de vários estados brasileiros buscam os chefões do grupo: "Barba" e "Véio"

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O promotor de Justiça Rodrigo Yshida Brandão pediu ao Poder Judiciário para manter com os colegas do Grupo de Apoio Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a investigação para chegar aos chefões da quadrilha que tentou invadir o cofre do Banco do Brasil, em Campo Grande, no dia 23 de dezembro, antevéspera de Natal, para furtar centenas de milhões de reais que estavam guardados no local. No pedido, o promotor alega que o caso tem características “transnacionais”, e que a investigação deve ser compartilhada com grupos de combate ao crime organizado de outros estados brasileiros. O Correio do Estado apurou que o inquérito ultrapassou os limites de Mato Grosso do Sul, e que diversos outros roubos a banco poderão ser elucidados na investigação. 

No momento, os promotores do Gaeco, e os policiais civis do Grupo Armado de Repressão a Assaltos e Sequestros (Garras), estão em busca dos chefões da quadrilha, identificados como “Barba” e “Véio”. Eles não moram em Mato Grosso do Sul. No mesmo documento, Yshida aproveitou a ocasião para reforçar a periculosidade do grupo que já está preso, e confrontar o principal argumento da defesa dos acusados: de que o furto não se concretizou (não teria objeto do crime) e que a quadrilha teria desistido da ação por causa de um erro de cálculo. 

CAMINHONETES, FUZIS...

O promotor ressaltou o poder econômico da quadrilha, que alugou três imóveis, foi flagrada com sete automóveis (entre eles duas caminhonetes Toyota Hilux e um caminhão Iveco) e mais cinco armas de fogo, dentre elas, três fuzis. A quadrilha ainda utilizava equipamentos de inteligência, como bloqueadores de sinais de telefonia celular, micro câmeras e até mesmo escutas ambientais.  

A estimativa dos policiais, é de que os cofres do Banco do Brasil estariam armazenando, na data em que o plano seria executado (véspera de Natal) aproximadamente R$ 200 milhões. Uma casa, distante 70 metros da central bancária foi o ponto de partida do túnel, que tem a mesma extensão. 

Enquanto os envolvidos alegam que tinham a intenção de desistir do plano por causa de um erro de cálculo, os policiais relatam que o flagrante ocorreu justamente na festa em que eles celebravam o fim das escavações do túnel, com tudo pronto para a execução do plano. 

Estão presos Wellington Luiz dos Santos Júnior, Lourinaldo Belisario de Santana, Robson Alves do Nascimento, Gilson Airis da Costa, Eliane Goulart Decursio, Francisco Marcelo Ribeiro e Bruno Oliveira Souza. Eles foram denunciados pela prática de furto triplamente qualificado, organziação criminosa. Bruno, que reagiu à abordagem policial, também foi denunciado por esta prática. 

Há a suspeita que criminosos que teriam participado do furto ao Banco Central de Fortaleza, em agosto 2005, poderiam ter auxiliado a quadrilha. Naquela ocasião, a maior invasão a um banco da história do Brasil, foram furtados R$ 164 milhões. 

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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