Polícia

OPERAÇÃO LIGAÇÃO FAMILIAR

PF e Receita desmantelam mega esquema de descaminho de celulares

Empresas de fachada emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais falsas e realizaram movimentação atípica de R$ 290 milhões

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Polícia Federal (PF), Receita Federal do Brasil (RFB) e Ministério Público Federal (MPF) combatem crimes de descaminho e lavagem de dinheiro, nesta sexta-feira (3), durante a Operação Ligação Familiar, em Mato Grosso do Sul.

Ao todo, 29 policiais federais, 14 auditores fiscais e 16 analistas tributários cumprem 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara Federal, em Campo Grande (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS). Até o momento, ninguém foi preso.

Ao Correio do Estado, o superintendente da Receita Federal, Erivelton Alencar, afirmou que R$ 400 mil em mercadorias estrangeiras, a maioria celulares, foram apreendidos nesta manhã.

Em Campo Grande, as lojas alvos são:

  • Gold Imports - avenida José Nogueira Vieira, número 395, Jardim Itatiaia 
  • Sim Imports - avenida Ceará, número 891, vila Antônio Vendas
  • Carandá Imports CG - avenida Rodolfo José Pinho, número 605, bairro Itanhangá Park
Receita Federal recolhendo objetos na loja Gold Imports, no bairro Jardim Itatiaia. Foto: Naiara Camargo

Conforme apurado pela reportagem, celulares de alto valor (Iphones), de origem estrangeira, com notas fiscais falsas, entravam no país de maneira ilegal, sem declaração de importação.

Em seguida, o eletrônico era transportado, com notas fiscais frias, da fronteira (Paraguai) até lojas de eletrônicos em Campo Grande (MS) e Ribas do Rio Pardo (MS). 

O produto era divulgado pela internet por empresas de fachada e vendido com nota fiscal falsa.

O Correio do Estado foi até as lojas que são alvo da PF e RFB, na manhã desta sexta-feira (3), e constatou que nenhum objeto foi apreendido na loja Carandá Imports CG. Na loja Gold Imports, arma (calibre 9mm), celulares, capinhas e telas foram capturados.

Loja Carandá Imports, no bairro Itanhangá Park, que também foi alvo da operação. Foto: Naiara Camargo

As empresas de fachada seriam de um grupo de irmãos e amigos próximos. Eles vão responder pelos crimes de lavagem de dinheiro e descaminho.

A investigação aponta que as noteiras emitiram mais de R$ 18 milhões em notas fiscais de vendas entre janeiro de 2020 a abril de 2025. Além disso, a PF descobriu movimentação atípica de R$ 290 milhões, quantia que foi ocultada pelas empresas de fachada.

As informações fiscais dos sócios dessas empresas apontam indícios de movimentação financeira incompatível, ocultação de renda e patrimônio, enriquecimento ilícito, além de outros indícios de fraudes tributárias.

Receita Federal recolhendo celulares, capinhas e telas na Gold Imports. Foto: Naiara Camargo

De acordo com o advogado Cairo Frazão, que responde pela empresa Carandá Imports CG, a loja foi fiscalizada pelos agentes, mas nenhum objeto foi apreendido e ninguém foi preso. Ele afirmou ao Correio do Estado que a loja de seu cliente foi alvo pois, no passado, teve uma sociedade com as outras lojas envolvidas.

"Na manhã do dia 3 de outubro de 2025, a Receita Federal realizou diligência nas dependências da empresa Carandá Imports CG, localizada na Avenida Rodolfo José Pinho, nº 605, bairro Itanhangá Park. Durante a busca, não foram encontrados aparelhos celulares, tampouco notebooks ou qualquer outro bem irregular. Foram apenas identificadas planilhas de movimentação financeira, trocas de mensagens com clientes, além de agendas e comprovantes de transações envolvendo smartphones usados, todos dentro da normalidade e legalidade. Esclarecemos que nenhum item foi retido/apreendido pela Receita Federal, tendo a diligência transcorrido de forma transparente e colaborativa por parte da empresa e de seus representantes", informou o advogado por meio de nota.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Na ação, os agentes arrombaram um cofre na loja Gold Imports e encontraram quatro iPhones e uma arma calibre 9 mm registrada.
 

**(Matéria editada às 13h37 para acréscimo de posição da Superintendência da Receita Federal)

Veja as fotos da operação:

Operação Fake Bill

Polícias de MS e BA esclarecem "golpe do falso boleto" e desmantelam fraude eletrônica

Vítima de boleto bancário falsificado em janeiro de 2025, em MS, deu início as investigações

02/12/2025 10h45

Policiais do Garras em Salvador (BA)

Policiais do Garras em Salvador (BA) DIVULGAÇÃO/PCMS

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Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (GARRAS) – Polícia Civil de Mato Grosso do Sul – e o Departamento Especializado de Investigações Criminais (DEIC) – Polícia Civil da Bahia – cumpriram três mandados de prisão temporária e quatro mandados de busca e apreensão domiciliar, na manhã desta terça-feira (2), em Salvador (BA).

A.F.S, de 33 anos; T.N.B., de 28 anos e L.V.B.A., de 25 anos estão custodiados, em prisão temporária, na Capital Baiana, onde ficarão à disposição das investigações.

Eles respondem pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de capitais. Durante as buscas, foram apreendidos aparelhos celulares, computadores, notebooks, todos compatíveis na prática dos crimes investigados. A ação é chamada de Operação Fake Bill.

Conforme apurado pela reportagem, uma pessoa foi vítima de um boleto bancário falsificado, em janeiro de 2025, em Mato Grosso do Sul, com prejuízo financeiro gigantesco. Na época, o caso repercutiu na mídia sul-mato-grossense como "golpe do falso boleto".

A partir disso, o GARRAS iniciou a apuração e identificou uma associação criminosa, sediada na Bahia, responsável pela prática de inúmeras fraudes envolvendo boletos bancários falsos encaminhados por meios virtuais.

Durante as investigações, foi possível verificar que o grupo criminoso tinha seu núcleo principal na Bahia, apesar de praticar os delitos em diversos estados do Brasil.

De acordo com a Polícia Civil de MS, a associação criminosa se valia de vasta gama de informações de terceiros, necessária para a prática das fraudes, bem como realizava a conversão dos valores obtidos com os ilícitos em criptomoedas, com o intuito de dificultar sua recuperação e dificultar as investigações.

FRAUDE ELETRÔNICA

Fraude eletrônica é uma atividade criminosa que utiliza tecnologias digitais para obter benefícios financeiros de forma ilícita.

Essa prática envolve o uso de informações falsas, manipulação e engano para lesar indivíduos ou instituições.

pode ocorrer em diversas formas, como phishing, golpes de cartão de crédito, e outras atividades maliciosas no ambiente digital.

O objetivo principal dos fraudadores é obter ganhos financeiros de maneira fraudulenta, explorando vulnerabilidades nos sistemas de segurança e confiança dos usuários.

 

Operação Entre Amigos

PF combate lavagem de dinheiro e narcotráfico em MS e SC

Mandados foram cumpridos em Campo Grande (MS), Balneário Camboriú (SC), Itajaí (SC) e Itapema (SC)

27/11/2025 11h45

Imagem de ilustração - PF

Imagem de ilustração - PF

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Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (27), oito mandados de busca e apreensão em Mato Grosso do Sul e Santa Catarina, durante a “Operação Entre Amigos”.

Os mandados foram cumpridos em Campo Grande (MS), Balneário Camboriú (SC), Itajaí (SC) e Itapema (SC).

O objetivo é apurar a participação de terceiros nos crimes de tráfico de drogas, associação ao tráfico e lavagem de dinheiro, de modo a ocultar a origem e o destino dos valores ilícitos, por meio de movimentações financeiras.

A ação é um desdobramento da Operação Piloto Fantasma, deflagrada em 14 de setembro de 2023, que teve origem na apreensão de aproximadamente 530kg de cocaína em uma aeronave, em 18 de janeiro de 2023, no município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP).

As investigações continuam e a expectativa é que todos os envolvidos sejam identificados e responsabilizados pelos crimes praticados.

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