Cidades

METEOROLOGIA

Por que está tão calor em pleno inverno em Mato Grosso do Sul?

Meteorologista explica o porquê Mato Grosso do Sul registra altas temperaturas há dias durante a estação de inverno

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O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Ernesto Alvin, afirmou ao Correio do Estado, que o calor intenso e contínuo registrado em Mato Grosso do Sul, em plena estação de inverno, se dá em razão do fenômeno Lã Niña.

O fenômeno Lã Niña causa tempo seco, clima quente e chuvas abaixo da média na região Centro-Oeste, onde Mato Grosso do Sul está localizado.

“O La Niña deixa as águas do oceano Pacífico mais frias que o normal na costa do Chile e o El Nino deixa as águas do oceano mais quentes que o normal”, explicou.

O prognóstico de inverno do meteorologista Natálio Abrahão apontou temperaturas acima do normal entre junho e agosto e tempo seco, sem perspectiva de chuva, entre julho e agosto. 

O fenômeno La Niña tem 69% de chance de ocorrer durante o inverno no hemisfério sul, entre junho e agosto. 

“A próxima estação [primavera] estará sob uma condição de La Niña, com um leve viés negativo”, indicou o prognóstico.

A chuva permanece abaixo da média no Centro-Sul da América do Sul entre os meses de agosto e setembro, com previsão de períodos acentuados de estiagem entre julho e setembro no Estado.

O inverno começou às 5h14min de 21 de junho com altas temperaturas e terminará às 21h04min de 22 de setembro de 2022.

Tempo seco

Campo Grande registrou acumulado total de 9,2 milímetros de chuva no mês de julho de 2022, de acordo com Alvin. 

Não chove desde 13 de julho de 2022 na Capital, portanto, Campo Grande está há 22 dias consecutivos sem chuva, segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Helena Balbino.

Uma massa de ar quente e seca está sob o Estado, provocando altas temperaturas, ausência de chuvas, sol, céu limpo, tempo firme e umidade do ar baixíssima. 

Inmet emitiu alerta amarelo e laranja de baixa umidade, que pode variar de 12% a 30% em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul. 

Segundo o Inmet, Coxim e Sonora foram as cidades mais secas do País nesta terça-feira (2), com índices de umidade relativa do ar em 14% e 13%, respectivamente.

Previsão do tempo para os próximos dias 

A previsão para esta semana é de calor, sol, céu limpo e tempo seco em Mato Grosso do Sul, de acordo com Abrahão. 

Não há previsão de chuva e a umidade relativa do ar permanecerá baixa, entre 15% e 60%. 

Uma frente fria fraca deve atingir o Estado a partir desta sexta-feira (5) e provocar leve queda nas temperaturas. As temperaturas devem cair de 30ºC para 25ºC. 

"Não há previsão de chuvas decorrer da semana, mas sexta-feira, nova frente fria chegando ao sul do estado, com nuvens, pouca a nenhuma chuva e sem queda acentuada na temperatura", afirmou Abrahão. 

Segundo o meteorologista Ernesto Alvin, há previsão de chuva a partir da próxima segunda-feira (8) em Mato Grosso do Sul, com acumulado de 10 a 20 milímetros.

Recomendações 

Segundo orientações do Ministério da Saúde, em caso de tempo seco o cidadão deve:

  • Beber dois litros de água por dia
  • Evitar atividades físicas das 9h às 17h
  • Umidificar o ambiente com toalha molhada ou balde de água
  • Evitar exposição solar
  • Hidratar a pele
  • Evitar ambientes fechados
  • Evitar uso de fogo

Influenza

Mais uma morte confirmada por gripe em MS

O boletim epidemiológico divulgado nesta quinta-feira (19) registrou o óbito de um homem, natural de Corumbá

19/09/2024 18h48

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Conforme o Boletim Epidemiológico desta quinta-feira (19), um idoso de 71 anos é a nova vítima de influenza em Mato Grosso do Sul. Em 2024, o Estado acumula 78 óbitos por gripe.

Entre as causas de morte, estão:

  • 18 - Influenza A H1N1
  • 50 - Influenza A H3N2
  • 9 - Influenza A não subtipado
  • 1 - Influenza B


Neste boletim, destaca-se que apenas o idoso de 71 anos, natural de Corumbá, faleceu em 11 de setembro por Influenza A não subtipado. A vítima possuía comorbidades de doença cardiovascular crônica e diabetes mellitus.

Imunização

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) alerta que a única forma de prevenção é manter o esquema vacinal atualizado.

“A vacinação contra a influenza é uma das medidas de prevenção mais eficazes para proteger contra essa doença e, principalmente, contra a evolução para complicações e óbitos. A vacinação também contribui para a redução da circulação viral na população, protegendo especialmente os indivíduos que apresentam fatores ou condições de risco.”

O perfil dos casos de influenza hospitalizados é composto por crianças de 1 a 9 anos, que correspondem a 20,9%; seguido por idosos com idade entre 80 e 98 anos, com 15,0%; e, em seguida, por aqueles com 60 a 69 anos, com 13,4%.

A faixa etária de 70 a 79 anos corresponde ao menor índice de internação entre os idosos, com 11,6%.

Divulgação SES

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Poluição

Fumaça tóxica de queimadas pode tomar céu de Campo Grande

Conforme a medição feita pela QualiAr, a condição do ar em Campo Grande caiu para moderada, e deve piorar com a chegada da fumaça das queimadas de outros estados

19/09/2024 18h00

Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Depois de dias de refresco devido à frente fria que trouxe chuva a diversas regiões do Estado, o céu será, mais uma vez, encoberto por fumaça com poluentes nocivos à saúde incluindo a Capital.

No dia 1º de setembro a fumaça tomou o céu de Campo Grande, foram treze dias em que a poluição intensificou a ponto de a qualidade do ar ser apontada como a pior do ano.

Com o avanço da frente fria e a chuva no final da noite de domingo (15), o meteorologista do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), Vinícius Sterling, explicou que os ventos vindos do sul empurraram a fumaça para a região mais ao norte, especificamente para os estados de Mato Grosso (MT) e Goiás (GO).

Divulgação Cemtec

É preciso ressaltar que, como não houve chuva na Amazônia (brasileira e boliviana) e em Mato Grosso - o estado que mais queima no país -, com a mudança de direção do vento, a fumaça tóxica das queimadas retorna para Mato Grosso do Sul.

No entanto, conforme o meteorologista ressaltou, é difícil cravar um cenário; as condições podem variar. Em uma estimativa favorável parte do Estado volta a receber chuva a partir de amanhã.

Poluição

Em conversa com o Correio do Estado, o professor e coordenador do Laboratório de Ciências Atmosféricas, Widinei Alves Fernandes, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, alertou que a qualidade do ar nesta quinta-feira (19) está moderada, e a tendência para os próximos dias é de piora.

“A qualidade do ar hoje está moderada, mas possivelmente ela vai piorar”, pontuou o professor.

Durante a semana, a condição do ar chegou a ficar boa. A mudança ocorre devido a várias regiões do país estarem em chamas e, é claro, ao Pantanal e à Amazônia.

Segundo o professor, ventos vindos do leste do estado de São Paulo, que registrou focos de incêndio em diversos municípios, também contribuem para a situação. “Vamos ter uma fumaça proveniente da Bolívia e da região noroeste do estado, está vindo da Amazônia. Então, haverá uma piora da qualidade do ar entre hoje e amanhã cedo.”

Índice

A qualidade do ar moderada está na medida 43, enquanto, para ser considerada como “boa”, precisa estar em 40. “Nesses próximos dias, possivelmente, vai ficar nessa condição moderada que estamos tendo, que estamos vendo hoje.”

O alerta para o perigo da poluição das queimadas está na presença do material particulado, que em altos índices pode causar diversas doenças, como câncer de pulmão.

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