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Desastre

Prefeito de Jaraguari garante que barragem era regular: "pegou todo mundo de surpresa"

Edson Rodrigues Nogueira afirmou que havia fiscalização por parte da prefeitura, e atribuiu responsabilidade ao Nasa Park, empreendimento privado onde ela estava inserida

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Edson Rodrigues Nogueira, prefeito de Jaraguari, município pouco mais de 47 quilômetros distante de Campo Grande, onde uma barragem rompeu na manhã desta terça-feira (20), garantiu que a barragem era regular e já havia passado por fiscalização da Prefeitura, mas atribuiu a responsabilidade à Nasa Park Empreendimentos Ltda, empresa responsável pelo loteamento.

"É regular, tudo certinho, até onde a gente sabe. Eu conversei com o dono do Nasa Park, a gente ia lá e via um lago normal, sabe? É uma coisa que pegou todo mundo de surpresa, por que como é que foi romper aquilo ali?", questionou Edson Rodrigues Nogueira.

Em conversa com o Correio do Estado, o prefeito indagou algumas situações, como o rompimento ter acontecido em um período de seca, sem ter sido causado por fortes chuvas ou grande volume de água.

"Você passava ali, você não via meio de romper. Não houve chuva, não houve nada pra dizer 'ah, rompeu por excesso de água'", pontuou Edson.

Questionado sobre possíveis problemas anteriores na barragem, que pudessem dar indícios de rompimento, o prefeito disse apenas que ela não aparentava estar prestes a causar problemas.

Segundo ele, já existiu fiscalização por parte da prefeitura, mas a barragem era de uma empresa particular, e por isso a manutenção era de responsabilidade da Nasa Park.

"Olha, é em um condomínio particular, né? A gente ia lá, os fiscais nossos, mas não tinha como fazer autuação", disse Edson.

A causa do rompimento ainda não foi divulgada.

"Segundo o que eu conversei com o dono do condomínio, ele não tem nenhuma suspeita ainda do porquê isso aconteceu. Ele falou que não sabe o motivo", finalizou o prefeito de Jaraguari.

Sem vítimas

Segundo Edson, até o momento não há registro de vítimas. 

"Nós não sabemos de nenhuma vítima, graças a Deus. Só teve mesmo o rompimento do lago", disse Edson.

Interdição da BR-163

A rodovia federal mais importante do Estado, que fica a cerca de 8 km de onde a barragem rompeu, foi rapidamente alcançada pela água e passou 4 horas interditada, até que a água terminasse de descer e que a equipe da CCR MSVia confirmasse que a via estava segura para o tráfego.

Um vídeo, feito momentos após o rompimento da barragem, mostra os estragos sendo causados pela água, confira:

 

Em nota, a CCR MSVia disse que o plano de contingência para segurança da rodovia e de seus clientes foi acionado, junto com demais órgãos competentes para apoiar o atendimento a ocorrência, como Polícia Rodoviária Federal, Defesa Civil, Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

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Cidades

Morre professor Jânio Batista, conhecido pela luta no movimento comunitário em Campo Grande

O educador e importante liderança comunitária teve complicações durante uma cirurgia e não resistiu, vindo a óbito neste sábado (12) o velório será no final da tarde

12/04/2025 15h15

Reprodução Redes Sociais

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Formado em Filosofia, Jânio Batista de Macedo morreu na manhã deste sábado (12). Ele estava internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI), em Campo Grande.
Jânio sofreu uma parada cardíaca durante uma cirurgia. Após o procedimento, ficou internado no CTI, não resistiu e veio a óbito aos 66 anos.

O professor Jânio, como ficou conhecido, assumiu a Associação de Moradores do Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian (Amape) no dia 1º de abril de 2022 e permaneceu como presidente até meados do mesmo ano, em seu quinto mandato.

Natural de Cáceres (MT), Jânio nasceu no dia 30 de agosto de 1959 e mudou-se para o Mato Grosso do Sul na década de 1980, onde trabalhou como professor no Colégio Dom Bosco e na Escola Estadual Maria Constança de Barros Machado.

Por meio das redes sociais, a Amape lamentou a partida da importante liderança comunitária do bairro:

“É com imenso pesar que comunicamos o falecimento do nosso líder e professor Jânio Batista Macedo.
Professor Jânio, como é conhecido, dedicou sua vida à luta pelas causas comunitárias. Reconhecido como uma das lideranças mais importantes de Campo Grande.”

A Federação das Associações de Mato Grosso do Sul (Famems) também lamentou a perda do professor:

“O professor Jânio deixa um legado de dedicação à educação e ao serviço público, sendo uma referência de compromisso e ética em nossa sociedade.”

Velório:
Sábado (12)
Local: Pax Mundial
Endereço: Rua Ernesto Geisel, nº 3887
Hora: 16h30
Sepultamento: 10h, no Cemitério Park Monte das Oliveiras

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Campo Grande

Rede social é condenada a pagar R$ 20 mil a usuária que teve conta hackeada

A vítima teve a conta invadida por estelionatários, que publicaram anúncios de investimentos em seu nome e afetaram mais de mil seguidores

12/04/2025 14h30

Crédito FreePik

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Após ter o perfil invadido por golpistas e mais de 1.700 pessoas realizarem investimentos, uma usuária conseguiu, por meio da 15ª Vara Cível de Campo Grande, que a rede social pagasse a indenização.

Os criminosos acessaram o perfil da vítima e criaram um falso anúncio de investimento, enganando seguidores da conta que acabaram enviando dinheiro.

A mulher ficou sabendo da situação no dia 2 de janeiro de 2023, assim que uma pessoa enviou uma mensagem informando que havia transferido R$ 500 por Pix para o suposto investimento na conta dela.

Ao conferir a conta, percebeu que os golpistas haviam feito anúncios em seu perfil. Ela tentou acessar a conta, mas perdeu o acesso e, por isso, não conseguiu remover o conteúdo e tampouco alterar a senha.

O caso foi analisado pela 15ª Vara Cível de Campo Grande, e o juiz Flávio Saad Peron entendeu que, por conta da falha de segurança da empresa, a usuária deveria ser indenizada em R$ 20 mil por danos morais.

A decisão pontuou que a empresa deve proteger os usuários contra invasões e eventuais golpes, sendo um direito do usuário ter a segurança garantida.

Em decisão urgente, o magistrado determinou que a empresa recuperasse o perfil e solicitou informações sobre os IPs dos computadores usados pelos hackers na ação.

A empresa tentou se defender, sustentando que não havia falha de segurança no fornecimento do serviço e que o transtorno foi ocasionado pelos criminosos.

Portanto, solicitou que o pedido de indenização feito pela vítima fosse rejeitado.

No entanto, ao analisar o caso, o juiz chegou à conclusão de que os fatos apresentados pela usuária eram claros e indiscutíveis e afirmou que ela “tem a justa expectativa de que seu administrador possua sistemas de segurança que impeçam terceiros de acessar e operar indevidamente sua conta, postando conteúdo e mantendo diálogos, em seu nome, com os seguidores do perfil.”

Portanto, o juiz concluiu que cabe indenização pelos danos sofridos: “Nos termos do art. 14, caput, do CDC, pela reparação dos danos experimentados pela autora, em decorrência do defeito do serviço do réu, que, falhando no seu dever de segurança, propiciou que terceiros invadissem a conta da autora e a utilizassem para a prática de estelionato.”

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