Cidades

LEI

Prefeitura de Campo Grande proíbe corte de árvores em que haja ninhos de arara

Lei foi sancionada pelo prefeito e publicada no Diário Oficial

RENAN NUCCI

29/08/2018 - 07h47
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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), sancionou lei que proíbe o corte de árvores em que hajam ninhos de arara. Segundo publicado no Diário Oficial do Município desta quarta-feira, a medida já está em vigor e a fiscalização cabe à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur).

Conforme o projeto aprovado pela Câmara e sancionado pelo Executivo, “É vedado o corte, derrubada, remoção ou a prática de qualquer ação que possa provocar dano em árvores onde esteja situado ninho de arara-canindé (ara ararauna) e arara-vermelha (arachloropterus), em logradouros públicos ou particulares, mesmo se a árvore se encontrar morta”.

Havendo necessidade de corte, o município deverá ser  comunicado. O pedido deverá ser fundamentado por laudo técnico realizado por órgão ambiental competente. As penas variam de multa à interdição temporária de direitos, recolhimento domiciliar e suspensão parcial ou total de atividades, entre outras.

Projeto 

O projeto de lei foi aprovado na Câmara Municipal em segunda discussão e votação simbólica, com a aprovação de todos os vereadores, durante sessão ordinária no dia 17 de julho.

De acordo com um dos autores do projeto, o vereador João César Mattogrosso (PSDB), o projeto é de extrema importância para preservar as araras do tipo arara-canindé e a arara-vermelha, por ser símbolos do Mato Grosso do Sul.

Segundo Mattogrosso, as aves costumam fazer seus ninhos em buracos no tronco, onde põem seus ovos. Ali, os filhotes permanecem no ninho até a décima terceira semana, período no qual são alimentados pelos pais. “Nos dias atuais, é comum vermos casos onde as aves são forçadas a se retirarem de seus ninhos por mãos humanas, propiciando ainda mais sua extinção”, explicou.

*Colaborou Bruna Aquino

POLICIA FEDERAL

Desmatamento e grilagem em MS são alvos da PF

Operação em Mato Grosso e em território sul-mato-grossense apreendeu pedras que parecem "citrinos, o qual um único exemplar do tamanho de uma unha pode chegar ao preço de R$ 150 em média

22/08/2024 13h00

Entre as apreensões, os itens que mais chamam atenção são as sete pedras preciosas que, vale ressaltar, por mais que pareçam com

Entre as apreensões, os itens que mais chamam atenção são as sete pedras preciosas que, vale ressaltar, por mais que pareçam com "citrinos amarelos" Reprodução/PF

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Terras sul-mato-grossenses estão sendo investigadas hoje (22) através da Operação Chamberlin, desdobrada pela Polícia Federal (PF) na popular Cidade Branca, com objetivo de reprimir crimes de desmatamento e outras ilegalidades que se misturam à prática. 

Conforme a Polícia Federal em nota, além de Corumbá - distante cerca de 425,7 km da Capital de Mato Grosso do Sul -, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão também em Cuiabá (MT), sendo quatro na Cidade Branca e um quinto no Estado vizinho. 

Ressaltando o compromisso da instituição de prevenção e repressão a crimes ambientais no Pantanal, bioma encontrado em tanto em Mato Grosso quanto Mato Grosso do Sul, a PF destaca que entre os crimes investigados estão: 

  • Condição análoga de escravidão, 
  • Mineração ilegal e 
  • Grilagem de terras.

Apreensões

Entre as apreensões, os itens que mais chamam atenção são as sete pedras preciosas que, vale ressaltar, por mais que pareçam com "citrinos amarelos"

As informações oficiais repassadas, pela polícia em nota, apontam para uma série de apreensões aconteceram na manhã desta quinta-feira (23) no escopo da Chamberlin. 

Entre as apreensões, os itens que mais chamam atenção são as sete pedras preciosas que, vale ressaltar, por mais que pareçam com "citrinos amarelos" - o qual um único exemplar do tamanho de uma unha pode chegar ao preço de R$ 150 em média - há uma série de pelo menos 10 gemas classificadas com a mesma coloração. 

Entre os itens apreendidos também aparecem: 

  • mídias com conteúdo digital, 
  • dinheiro em espécie e
  • maletas com armas de fogo.

A polícia completa apontando para um dos investigados na operação, que foi encontrado com arma de fogo irregular e preso, em flagrante, por portar o modelo de uso permitido.  
**(Com informações da Assessoria)

 

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represa do nasa park

De olho no faturamento, CCR 'esconde' rotas para fugir da fila na BR-163

Somente com caminhões a concessionária fatura em torno de R$ 340 mil por dia nos dois pedágios dois quais a os motoristas escapariam ao utilizar a rota paralela

22/08/2024 12h06

Embora os trabalhos de recuperação da pista estejam sendo feitos durante 24 horas, obra deve se estender por mais duas semanas

Embora os trabalhos de recuperação da pista estejam sendo feitos durante 24 horas, obra deve se estender por mais duas semanas Marcelo Victor

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Apesar de haver rotas alternativas para escapar dos congestionamentos quilométricos que estão ocorrendo na BR-163, entre Campo Grande e Jaraguari por conta do solapamento de uma parte da pista, a CCR MSVia, que administra a rodovia, não disponibilizou nenhuma informação aos usuários da rodovia sobre a possibilidade de optarem por vias alternativas. 

Na quarta-feira, a fila de veículos chegou a ultrapassar os dez quilômetros em cada lado do local onde a pista sofreu danos em decorrência do rompimento da represa do condomínio Nasa Park. Conforme estimativa da Polícia Rodoviária Federal, motoristas estavam perdendo em torno de três horas para seguirem viagem. E isso em um dia em que os termômetros chegaram a 36,6 graus e a umidade mínima do ar caiu para apenas 12% em Campo Grande.

No começo da manhã desta quinta-feira o tamanho da fila e o tempo de espera estavam menores que no dia anterior, mas a própria assessoria da CCR MSVia esclareceu que a fila aumentaria próximo ao horário do almoço. 

E, questionada por que não existiam informações para que os condutores optassem por vias alternativas, a assessoria garantiu que estas informações seriam incluídas no site da empresa ainda nesta quinta-feira. 

Esta rota alternativa, principalmente para veículos de carga, começa na altura do quilômetro 495 da BR-163, segue pelo anel viário até a MS-080. Por esta rodovia é possível passar por Rochedo, Corguinho e Rio Negro. 

Embora os trabalhos de recuperação da pista estejam sendo feitos durante 24 horas, obra deve se estender por mais duas semanasNo mapa à esquerda, em azul escuro, o percurso da Capital até Rio Verde.  No outro, o trajeto alternativo de Campo Grande a São Gabriel do Oeste

Depois de Rio Negro é possível retornar à BR-163 pela MS-430, chegando a São Gabriel do Oeste. Neste caso, a distância entre a Capital e São Gabriel aumenta em 80 quilômetros, percurso que se percorre em tempo bem inferior às três horas que se perde no congestionamento. 

Mas, também existe a possibilidade de, após Rio Negro, acessar a BR-419 e seguir até Rio Verde de Mato Grosso (MS). Neste caso, o percurso aumenta somente em 25 quilômetros na comparação com a viagem pela BR-163 entre a Capital e Rio Verde..

Quem optar em retornar à BR-163 a partir de São Gabriel se livra de uma praça de pedágio. Já quem for até Rio Verde, escapa de duas. Somando as duas taxas, são R$ 14,50 por eixo. 

FATURAMENTO

E são justamente estas praças de pedágio que possivelmente explicam o desinteresse da concessionária em informar aos condutores que poderiam optar pelas rotas alternativas. Em outros eventos semelhantes de interdições, uma séria de painéis luminosos volantes foram instalados ao longo da rodovia para informar aos condutores sobre a possibilidade de "fuga". 

Desta vez, porém, o único luminoso que existe na saída de Campo Grande para Cuiabá é um que informa a existência de um “pare e siga” mais à frente. 

Na praça de pedário entre Campo Grande e Jaraguari, da qual fugiriam os caminhoneiros que optassem pela MS-080, passaram 255.800 veículos em junho, conforme dados da CCR. Isso significa quase 8,5 mil por dia. Destes, 112.292 eram caminhões, o equivalente a 3,7 mil por dia. 

E, supondo que, em média, estes caminhões tenham sete eixos, o faturamento diário chega à casa dos R$ 190 mil por dia. Então, se orientasse os caminhoneiros a evitar a fila quilométrica, automaticamente ficaria sem parte deste faturamento. 

No pedágio entre São Gabriel do Oeste e Rio Verde, o tráfego foi um pouco menor, de 181.614 veículos em junho. Deste total, 90.851 foram caminhões. Seguindo o mesmo raciocínio, o faturamento somente com os caminhões é da ordem de R$ 150 mil por dia. 

Então, se a fila próximo ao local da interdição parcial continuar gigantesca, a chance de continuar faturando os R$ 340 mil por dias nos dois locais de cobrança continuará viva ao longo das duas semanas em que devem se estender os trabalhos de recuperação da rodovia. 

PRF e AGESUL

Conforme a assessoria da Agesul, no dia em que ocorreu o incidente (dia 20), a CCR consultou a administração estadual sobre rotas alternativas. E, no mesmo dia a Agesul garantiu à concessionária que as rodovias estaduais 080 e 430, além da BR-419, teriam condições de absorver o tráfego. Mas, como a interdição foi apenas parcial, a CCR abandonou a possibilidade de indicar estas vias aos condutores. 

A própria Polícia Rodoviária Federal (PRF) somente passou a sugerir o uso da rota alternativa mais de 36 horas depois do rompimento da represa e da enxurrada que danificou a rodovia. 

E esta rota alternativa passou a ser sugerid depois de o Correio do Estado questionar a assessoria da PRF por que a instituição não divulgava a opção de escapar do congestionamento na BR-163. “Grato pela sua sugestão...iremos avaliar essa possibilidade”, respondeu a assessoria da PRF às 18 horas.

Quase duas horas depois, às 19:50, divulgou nota informando que existia a possibilidade de os condutores evitarem a fila e colaborar para que ela ficasse menor. A nota alertou, porém, que este percuros é carente de postos de combustíveis e de sinal de internet. Além disso, havia o risco de atropelamento de animais silvestres. 

Antes disso, a única rota de fuga apontada pela PRF era pela MS-010, seguindo até o distrito de Rochedinho e depois disso retornar à 163. Este percurso, porém, é adequado somente para veículos de até 15 toneladas, já que parte dele é por estrada sem asfalto e tem pontes de madeira que não suportam o peso de carretas. 

Na manhã desta quinta-feira a reportagem do Correio do Estado percorreu o anel viário de Campo Grande, entre a BR-163 e a MS-080. O movimento de veículos de carga era praticamente inexistente. O mesmo cenário foi verificado no trecho inicial da MS-080, indicando que a quase totalidade dos caminhoneiros segue optando pela 163, enfrentando a longa fila e pagando pedágio. 

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