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Prefeitura deve vetar emenda que "enterraria" Plano Diretor da Capital

Após alterações na lei sobre uso do solo na Zona de Expansão Urbana feitas por vereadores, projeto segue para sanção da prefeita

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Emenda feita pela Câmara Municipal de Campo Grande que modificou projeto de lei do Executivo e que praticamente “enterraria” o Plano Diretor da Capital, que delimita o loteamento de empreendimentos na Zona de Expansão Urbana (ZEU), deverá ser vetada pela prefeita Adriane Lopes (PP). 

Segundo a apuração do Correio do Estado, a prefeita deve ser aconselhada pela Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb), autora do projeto, para que a Lei nº 6.795 seja vetada parcialmente, tirando a emenda que contraria o que está estabelecido no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande (PDDUA).

Esse processo de mudanças começou a ser debatido na Câmara Municipal no fim de abril, quando a prefeitura enviou para a Casa de Leis o projeto para alteração da lei sobre uso do solo na ZEU. 

A proposta era estabelecer a cobrança de uma taxa para construções fora do perímetro urbano (outorgas onerosas), além de acrescentar os requisitos para elaboração do Estudo de Impacto de Vizinhança para loteamentos fora da zona urbana.

No dia 30 de abril, os parlamentares debateram na Câmara Municipal o projeto de lei encaminhado pela prefeitura, aprovando o texto com emendas a serem observadas pelo Poder Executivo.

Entre as cinco emendas encaminhadas para alteração do projeto, o corte na “alínea ‘b, do inciso I do art. 4º” é o mais provável de ser vetado pela prefeita de Campo Grande. 

Isso porque esse trecho diz que um dos requisitos para transformar uma área de uso rural para de uso urbano deve ser a “contiguidade ao perímetro urbano delimitado pelo PDDUA”. 

A retirada da necessidade de os loteamentos serem construídos próximo do perímetro urbano significaria que empreendimentos poderiam ser feitos em qualquer área onde haja uma via oficial (rua, estrada ou rodovia).

Outra emenda que pode sofrer alterações trata do artigo 14 da Lei nº 6.795, em que a prefeitura propôs para a Câmara a retirada da necessidade de ser fazer novos bairros projetados no entorno de empreendimentos fora do perímetro urbano. Porém, por meio de emenda, a Câmara colocou novamente na lei esta necessidade de estabelecer novos bairros.

IMPACTOS

De acordo com reportagem publicada na quinta-feira pelo Correio do Estado, para o arquiteto e urbanista Ângelo Arruda, que fez parte da elaboração do PDDUA, não há necessidade urbanística de se aumentar a delimitação da ZEU, o que também poderia causar insegurança jurídica.

“Não tem cabimento, do ponto de vista urbanístico, se fazer isso [expandir a zona urbana] porque não há necessidade. O Plano Diretor ainda tem cinco anos em vigor e temos mais cinco [anos] para fazer a revisão. No momento em que existe a tentativa de regulamentar algo novo dentro de um plano que está em processo de regulamentação, isso traz essa insegurança”, explicou o arquiteto.

A criação de um conjunto habitacional no espaço rural, por exemplo, poderia acarretar novos bairros no entorno do empreendimento, o que geraria altos custos de investimento em infraestrutura para o município.
Problemas recorrentes da cidade, como o alto custo da tarifa do transporte coletivo, poderiam ser agravados com a expansão do perímetro urbano e, consequentemente, o aumento de linhas de ônibus.

“Urbanizar uma área muito longe do último estágio de ligação urbanística, com área de moradia, vai gerar processos de custos de bens de serviços que serão caros para todo mundo, porque é preciso saber quantas pessoas vão morar lá, se terá ônibus, água e luz para o município prover”, disse Arruda.

Conforme destaca o arquiteto, a ZEU existente é mais que suficiente para comportar os mais de 900 mil moradores da cidade.

“Temos uma cidade pronta, que não precisa aumentar o perímetro urbano e que pode comportar até 1.940.000 em até 78 anos de crescimento populacional”, destacou.

Outro fator levantado pelo arquiteto que causaria impacto negativo seria a ampliação dos vazios urbanos na cidade. 

Segundo estudo realizado pela Planurb sobre as diretrizes de ocupação para a ZEU, “a combinação da existência dos vazios com a possibilidade de se ocupar a Zona de Expansão Urbana gerará a descontinuidade do tecido urbano, o que vai contra os princípios do plano diretor”.

Ou seja, propostas de medidas de ocupação fora da continuidade da zona de expansão urbana, podem multiplicar os vazios urbanos já existentes na cidade, o que causaria novas pressões por ocupação e novas dificuldades de colocar em prática o planejamento urbano de Campo Grande.

Saiba

Para a efetivação de estudos sobre a alteração no uso da Zona de Expansão Urbana, a Planurb criou a Comissão de Controle Urbanístico (CCU), instituída em março de 2022, que tratou com um grupo técnico a regulamentação de alteração do uso do solo na ZEU. 

ETAPA

Passe da UFMS é realizado hoje com 18 mil inscritos

As provas serão aplicadas na manhã deste domingo (14), das 8h às 13h, em 11 cidades do Estado

14/12/2025 08h00

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14)

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Programa de Avaliação Seriada Seletiva (Passe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul será realizado na manhã deste domingo (14), com mais de 18 mil inscritos em todo o Estado interessados em ingressar no Ensino Superior.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Cronograma

  • Divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva – 16 de dezembro de 2025;
  • Período de recurso administrativo do gabarito preliminar – 17 e 18 de dezembro de 2025;
  • Divulgação do gabarito definitivo da prova objetiva e dos recursos administrativos do gabarito – 29 de dezembro de 2025;
  • Resultado preliminar da prova objetiva – 08 de janeiro de 2026;
  • Período de recurso administrativo do resultado preliminar da prova objetiva – 08 e 09 de janeiro de 2026;
  • Divulgação do resultado final – 11 de março de 2026.

*Colaborou Noysle Carvalho

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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