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Prefeitura eleva 3,3 milhões contrato com serviço de ônibus

Executivo Municipal oficializou texto aprovado há 13 dias na Câmara Municipal de Campo Grande que aumenta subsídio para R$ 19,5 milhões

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Texto publicado na manhã desta segunda-feira (13), no Diário Oficial de Campo Grande, mostra que a chamada "subvenção econômica" ao serviço de transporte público de passageiros - valor pago à concessionária por todas as gratuidades do sistema - subiu, 13 dias após aprovação da Câmara, ao custo agora de R$ 19,5 milhões. 

Basicamente, o texto oficializa o que a bancada de vereadores já havia concordado em 30 de abril: 

  • Aumento do subsídio de R$ 16,236 milhões para R$ 19,536 mi. 
  • Parcelas de R$ 1,476 milhão para R$ 1,776 mi. 

Cabe apontar que 1,776 milhão é o teto da parcela a ser paga pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, com conferência em estudo de equilíbrio econômico-financeiro feito pela Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg). 

"E mediante prévia apresentação de relatório mensal dos gastos à Secretaria Municipal de Educação (Semed) e à Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS)", complementa o texto oficial.  

Dinheiro para quem? 

Conforme a prefeitura, esse valor é pago com o intuito de atender a gratuidade do passe usado por alunos da Rede Municipal de Ensino (Reme), mas também outros grupos garantidos por leis e decretos que são aplicados ao Sistema de Transporte Público Coletivo, como, por exemplo: 

  • Passageiros idosos
  • Pessoas portadoras de câncer
  • Pessoas com deficiência e seus acompanhantes
  • *Candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) **que vale para provas realizadas nos demais vestibulares de Universidades Públicas em Campo Grande. 

Fantasma do reajuste duplo

Ainda em março deste ano, durante agenda na Casa da Mulher Brasileira, em abordagem à equipe do Correio do Estado - às vésperas do aumento tarifário - a prefeita municipal de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), garantiu que não iriam "onerar duplamente a população" neste ano eleitoral. 

A fala se deu pelo conflito de ideias em relação à qual seria a data-base, com a Agência de Regulação apontando para março, enquanto o Consórcio Guaicurus indicava na Justiça um descumprimento do reajuste sinalizando que o mês correto seria outubro. 

Há tempos sinalizando a pré-candidatura na tentativa de se manter no cargo de chefia do Executivo Municipal, a prefeitura já se dizia "à mercê do judiciário", com o diretor-presidente da Agereg, Odilon de Oliveira Júnior, classificando a discussão como delicada e indicando o que estaria porvir. 

"Até porque se prevalecer o interesse deles vamos ter que ter outro reajuste nesse ano, dois em um ano só", argumentou Odilon de Oliveira Júnior na ocasião. 

Depois do aumento da tarifa efetivado em 15 de março - que ficou R$ 0,10 mais caro, saindo de R$ 4,65 para R$ 4,75 - mais recente nesse início de maio o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) decidiu que a Prefeitura de Campo Grande deverá realizar os reajustes do transporte coletivo sempre em outubro. 

Na afirmação do desembargador Nélio Stábile, ele inclusive frisa que o reajuste de março "não pode ser entrave para descumprimento do contrato", sendo que ainda caberia à prefeitura recorrer da decisão. 

**(Colaboraram Alanis Netto e Daiany Albuquerque) 

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Até fim do ano, Petrobras terá projeto de transição energética interessante aprovado, diz Magda

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero

05/12/2025 22h00

Sede da Petrobrás

Sede da Petrobrás Imagem: Agência Petrobras

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A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse que o Conselho de Administração da estatal vai aprovar, até o final do ano, um projeto de transição energética "interessante, e que não é greenwashing (sem impacto efetivo)". A declaração foi realizada em evento na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

A executiva apresentou o Plano de Negócios 2026-2030 da empresa para empresários fluminenses, lembrando que o plano se estende até 2050, quando a companhia pretende atingir emissões líquidas zero.

Magda também destacou os investimentos no Estado do Rio de Janeiro, com foco no Complexo de Energias Boaventura, em Itaboraí, que segundo ela vai ganhar uma petroquímica "moderníssima", mas também não deu detalhes.

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Novo Bolsa Família reduziu beneficiários e valor total de benefícios entre 2023 e 2025

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família

05/12/2025 21h00

Crédito: Lyon Santos / MDS

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Um novo estudo com dados administrativos do governo federal mostra que, entre o início de 2023 e outubro de 2025, o número total de beneficiários do Novo Bolsa Família diminuiu, assim como o número de famílias e o valor total gasto em benefícios. O levantamento, conduzido pelos professores da Escola de Economia e Finanças da Fundação Getúlio Vargas (FGV EPGE) Valdemar Pinho Neto e Marcelo Neri, chama atenção para os fluxos mensais, que indicam mais saídas do que novas entradas. Isso apontaria "sustentabilidade e rotatividade saudável no programa".

O Novo Bolsa Família foi relançado em 2023 e tem renovado o público atendido ao longo do tempo, diz o relatório "Filhos do Bolsa Família - Uma Análise da Última Década", lançado hoje no Rio de Janeiro. Entre os beneficiários observados no início de 2023, 31,25% já não estavam mais no programa em outubro de 2025. De acordo com a pesquisa, o Bolsa Família oferece proteção em momentos de vulnerabilidade de renda, não se configurando como uma política de dependência permanente. "Mesmo em um horizonte inferior a três anos, o programa segue associado à transição para arranjos de renda mais autônomos, sobretudo nas idades em que o ingresso no mercado de trabalho é mais intenso".

A análise diz que a Regra de Proteção, que permite que a família permaneça no programa por um período quando a renda do trabalho ultrapassa o limite de entrada no programa, tem funcionado como um "amortecedor" entre o Bolsa Família e o mercado de trabalho.

"Isso evita quedas bruscas de renda, diminui o medo de aceitar empregos formais ou registrar-se como Microempreendedor Individual (MEI) e, ao mesmo tempo, garante que, em caso de nova perda de renda, a família possa retornar com prioridade ao programa", cita a publicação.

O lançamento do estudo foi acompanhado pelo ministro do Desenvolvimento, Assistência social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.

"Quando a gente vê a elevação do PIB no Brasil, surpreendendo muitas vezes a área econômica e técnica, ali tem o PIB dos mais pobres. Aquelas pessoas que lá atrás viviam de transferência de renda, agora tem consumo", afirmou.

Segunda geração

O estudo sustenta que o Bolsa Família conjuga proteção social "robusta" e mobilidade socioeconômica. A evidência, de acordo com o pesquisador, é que muitos filhos do programa deixam de receber o benefício futuramente.

A pesquisa acompanha, ao longo da última década (2014-2025), os membros de famílias que recebiam o benefício em 2014, com foco em crianças e adolescentes. Os resultados indicam que uma parcela expressiva da chamada "segunda geração" de beneficiários deixou de depender da transferência de renda. Entre todos os beneficiários de 2014, 60,68% não recebiam mais o Bolsa Família em 2025. As taxas são ainda mais altas entre os que eram adolescentes naquele ano: 68,8% entre jovens de 11-14 anos e 71,25% entre 15-17 anos. Nas áreas urbanas, a taxa de saída para jovens de 6-17 anos chega a 67,01%.

A escolaridade do adulto responsável também faz diferença: quando a pessoa de referência concluiu o ensino médio, quase 70% dos jovens que tinham 6-17 anos em 2014 deixaram o Bolsa Família ao longo da década.

"Essa emancipação do Bolsa Família é acompanhada por uma saída relevante do Cadastro Único e por aumento da participação no mercado de trabalho formal", cita o estudo. Entre os jovens que tinham 15-17 anos em 2014, por exemplo, mais da metade deixa o CadÚnico até 2025, e 28,4% possuem vínculo formal de emprego no ano de 2023.

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