Cidades

CASO ELIZA SAMÚDIO

Primo do goleiro Bruno diz que foi torturado pela polícia e forçado a mentir ao depor

Primo do goleiro Bruno diz que foi torturado pela polícia e forçado a mentir ao depor

folha online

03/11/2010 - 17h22
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Primo do goleiro Bruno Fernandes, Sérgio Rosa Sales, o Camelo, 22, disse nesta quarta-feira que foi torturado e ameaçado pela polícia e que mentiu em depoimentos sobre a permanência da modelo Eliza Samudio, no sítio do jogador, em Esmeraldas, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Sales é o único dos oito réus acusados pelo desaparecimento de Eliza que falou sobre o suposto crime à polícia e sobre o que viu no sítio do goleiro.

As declarações foram feitas nesta quarta durante uma audiência no fórum de Ribeirão das Neves, também na região metropolitana, onde estão sendo ouvidas testemunhas de defesa dos réus. Oito testemunhas já foram ouvidas.

O primo do goleiro também pediu à Justiça de Minas Gerais a substituição do seu advogado. Sales afirmou ainda que o delegado de Contagem, Edson Moreira, responsável pelo caso Bruno, o torturou com um saco plástico e o obrigou a aceitar o advogado Marco Antônio Siqueira como defensor.

O delegado, segundo Sales, ainda o obrigou a mentir em depoimentos e na reconstituição, incriminando os outros réus.

Em um depoimento em julho, Sales havia dito à polícia que a modelo foi mantida em cativeiro no sítio de Bruno, em Esmeraldas, e que o goleiro estava na casa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, quando Eliza foi supostamente morta por Santos.

O depoimento dele era uma das principais provas da polícia contra Bruno.

Além de Sales, também compareceram à audiência o goleiro Bruno e outros sete réus indiciados pelo desaparecimento de Eliza.

Na chegada ao fórum, o goleiro mandou beijos para pessoas que gritaram palavras de apoio. Parentes do jogador levaram as duas filhas do casamento de Bruno e Dayanne de Souza, outra réu do caso. A mulher chegou a dar beijos nas duas crianças antes da audiência.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que em nenhum momento Sales sofreu algum tipo de constrangimento, e que nos depoimentos ele era acompanhado por seu advogado, Marco Antônio Siqueira, e por um representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).

Siqueira não foi localizado pela reportagem. A Folha também tentou, mas não conseguiu falar com o delegado Moreira.

Nesta quarta, a Polícia Civil de Minas Gerais fez buscas pelo corpo de Eliza Samudio na região de Belo Horizonte. Os trabalhos ocorrem no parque Lagoa do Nado e na Mata do Planalto com a ajuda do Corpo de Bombeiros. Nada foi encontrado.

LONGA ESPERA

Fila de quase dois anos para exames em Campo Grande entra na mira do MP

Reagendamento de paciente com epilepsia trouxe à tona fila com mais de mil e cem pacientes e espera que data desde 2023

10/04/2025 12h59

Apenas o Hospital Nosso Lar e a Santa Casa executam o exame pelo SUS em Campo Grande, segundo a Sesau

Apenas o Hospital Nosso Lar e a Santa Casa executam o exame pelo SUS em Campo Grande, segundo a Sesau Reprodução/Internet

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Após um paciente epilético ter seu exames de eletroencefalografia (EEG) cancelada num primeiro momento, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul foi acionado e foi revelado que a fila para encefalogramas em Campo Grande beira dois anos de espera e tem mais de mil pessoas no aguardo pelo procedimento. 

 A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE) aparece como solicitante no processo, que levou à instauração de inquérito após a denúncia chegar à  76ª Promotoria de Justiça de Saúde Pública. 

Conforme o Ministério Público em nota, o paciente em questão trata-se de alguém com epilepsia fármaco-resistente, ou seja, cujo o organismo acaba resistindo aos efeitos de medicamentos que normalmente seriam eficazes. 

Seu procedimento teria sido cancelado na ocasião, sem justificativa prévia, com o Ministério Público apurando que o caso se tratava de um reagendamento, porém o tamanho da fila em questão para EEG é que chamou a atenção do MPMS. 

Fila de anos

A ABE reforça que tais exames são fundamentais em diversos diagnósticos e acompanhamentos de condições neurológicas, como no caso da própria epilepsia.

Entretanto, quem busca fazer o exame em Campo Grande pelo Sistema Único de Saúde (SUS) encontra uma fila preocupante, onde a solicitação mais antiga por um eletroencefalograma data de 09 de setembro de 2023, há quase dois anos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau). 

Em resposta ao Ministério Público, a Sesau informa que apenas o Hospital Nosso Lar e a Santa Casa executam o exame em Campo Grande pelo SUS, confirmando inclusive a existência da longa fila de espera. 

Os números repassados pela Secretaria Municipal de Saúde apontam para 1.142 pessoas no aguardo para a realização do exame, com o pedido mais antigo por EEG feio há mais de um ano e meio. 

Com isso, o Estado de Mato Grosso do Sul e Executivo de Campo Grande foram provocados pelo MPMS a tomarem ações concretas, a fim de melhorar o acesso aos mais variados tipos de encefalograma, como: 

  • Em vigília, com ou sem fotoestímulo; 
  • Em sono induzido, com ou sem medicamento;
  • Quantitativo com mapeamento.

A Sesau fez questão de ressaltar a adesão do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul ao Programa MS Saúde que, apesar da unidade não estar sob gestão municipal, auxilia com a execução dos exames na fila crescente.

Com intuito de resolver a imensa fila, que impacta a qualidade de vida e saúde de quem aguarda por um EEG, o inquérito servirá para levar as investigações a fundo, bem como levantar medidas adotadas principalmente pela Sesau e Secretaria de Estado de Saúde (SES). 

Enquanto era candidata em período eleitoral, a atual prefeita da Capital, Adriane Lopes, afirmou que o Hospital Municipal estará em funcionamento até outubro de 2025, que pelas estimativas da Sesau estaria apto a fazer os exames eletroencefalograma, entre outros procedimentos. 

Cabe apontar que tanto o Hospital Regional quanto a Santa Casa foram procurados, para que pudessem citar a quantidade de EEGs feitos no último ano, indicando quantas pessoas aguardam nas filas e de quando data a solicitação mais antiga, porém, até o fechamento da matéria não foi obtido retorno. O espaço segue aberto ao posicionamento.

 

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Acidente

Equipe de Munhoz & Mariano esclarece que dupla não teve relação com acidente em rodeio

Falha durante show pirotécnico ocasionou ferimentos em pessoas da plateia

10/04/2025 12h30

Show de Munhoz e Mariano após rodeio em Nioaque

Show de Munhoz e Mariano após rodeio em Nioaque Reprodução

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A assessoria da dupla sertaneja Munhoz & Mariano divulgou, na manhã desta quinta-feira (10), um comunicado oficial esclarecendo que o acidente envolvendo fogos de artifício no 1º Rodeio Festival de Nioaque (MS) não teve qualquer ligação com o show dos artistas.

O incidente ocorreu na noite da última terça-feira (8), durante a queima de fogos que marcou o encerramento do evento.

Confira o informativo na íntegra:

"COMUNICADO

Gostaríamos de esclarecer que os fogos de artifício foram disparados ao final das apresentações do RODEIO na cidade de Nioaque/MS, no dia 08/04 (terça-feira), e não durante os shows dos artistas, como pode ter sido mal interpretado. É importante frisar que os fogos não foram disparados pela equipe da dupla Munhoz & Mariano, e não ocorreram durante o show.

A segurança do público, dos artistas, do staff e da nossa equipe é sempre nossa prioridade. Assim que os serviços de socorro realizaram os devidos atendimentos às pessoas que necessitaram de ajuda, seguimos com o show de forma segura, sem comprometer o bem-estar de todos.

Agradecemos a compreensão de todos e reafirmamos nosso compromisso com a segurança e a qualidade de nossos eventos.

Equipe Munhoz & Mariano, Ninho do Entretenimento, Ame Arte e música."

O incidente 

O acidente aconteceu quando uma estrutura metálica em formato de violão, carregada com fogos de artifício, foi acionada no centro da arena do rodeio.

Imagens feitas por espectadores mostram o momento em que um dos disparos atingiu a arquibancada, causando pânico entre o público.

A fumaça encobriu rapidamente o local, e uma mulher a desmaiar após ser atingida. Ela foi socorrida por seguranças e encaminhada ao hospital da cidade para atendimento médico. 

De acordo com a organização do evento, os fogos foram disparados por uma equipe terceirizada contratada pelo rodeio.

O caso está sendo investigado pelas autoridades locais para apurar possíveis falhas na execução do espetáculo pirotécnico ou na segurança do evento. Até agora, não há registros confirmados de feridos graves além da mulher socorrida no hospital.

O show

O 1º Rodeio Festival fez parte das comemorações pelos 176 anos de Nioaque e contou com diversas atrações culturais e musicais, incluindo o aguardado show da dupla Munhoz & Mariano. A entrada foi solidária, mediante a doação de alimentos não perecíveis.

Apesar do susto, o show da dupla prosseguiu normalmente após o incidente.

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