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Produtores rurais alegam que articulação dos sem-terra reflete um movimento político

Produtores rurais alegam que articulação dos sem-terra reflete um movimento político

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A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul) manifestou repúdio às invasões de propriedades privadas do Estado.

Entre outras colocações, a instituição ontem destacou ao Correio do Estado que as articulações dos sem-terra refletem um movimento de cunho político e ideológico. 

“A articulação desse grupo expressivo de pessoas reflete um movimento organizado de cunho político e ideológico”, destacou a Famasul. A manifestação da federação ocorre após algumas invasões e ocupações no Estado.

Na quarta-feira, o coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Claudinei Barbosa, destacou que cerca de 450 famílias ligadas ao MST devem ocupar a região do Assentamento Itamarati já nos próximos dias. 

Segundo Barbosa, os integrantes devem ocupar a região situada a 50 km de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, já no início de março.

Cabe destacar que, além do assentamento, segundo o coordenador, o MST também se organiza para ocupar a região centro-norte do Estado, entre os municípios de Corguinho e Rochedo. 

Do mesmo modo, no dia 18, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) invadiu a Fazenda Fernanda, localizada em Japorã, município distante cerca de 475 km da Capital. Além de Mato Grosso do Sul, invasões, conflitos e prisões de integrantes da FNL ocorreram em São Paulo e no Paraná. 

“Tais invasões seriam motivadas, de acordo com declarações dessas lideranças noticiadas pela imprensa, para pressionar as autoridades competentes a encaminharem tais áreas para reforma agrária e para que seja organizado um assentamento imediato de famílias que lutam pelo direito à terra”, afirmou a Famasul.

PROVIDÊNCIAS IMEDIATAS

Ainda de acordo com a federação dos agricultores, não há como aceitar a ação com normalidade. O órgão solicitou “providências imediatas” ao poder público para que seja restabelecido o direito de propriedade e, com ele, preservadas garantias como segurança e integridade a todos os cidadãos brasileiros.

Do mesmo modo, o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul (Acrissul), Guilherme Bumlai, pontuou que tal ação causa tensão entre as classes. 

“Essas invasões e ocupações causam tensão entre as classes e ocasionam insegurança jurídica para ambas as partes. O que nós precisamos neste momento é de conversas e articulações sobre as políticas públicas que impulsionem o desenvolvimento agrário de Mato Grosso do Sul”, explicou ao Correio do Estado

Conforme o presidente da Acrissul, a alegação dos invasores que as ocupações acontecem em razão de reivindicações por terra e moradia não passa “de uma falácia”. 

Em nota, a Acrissul destacou que a solução para tal embate deve ocorrer por meio do diálogo, de forma legal, entre as partes.

“A solução da questão fundiária brasileira depende de interlocução entre os Poderes Constituídos da República, devendo prevalecer sempre a segurança jurídica e o devido processo legal, não podendo ser admitidas quaisquer espécies de invasão, seja em bens públicos, seja em bens particulares”. 

Segundo a Acrissul, as invasões afetam toda a cadeia produtiva do agronegócio. Assim como a Famasul, a associação alegou que já oficiou e iniciou interlocução com as autoridades competentes, para que sejam tomadas medidas legais preventivas para coibir tais atos.

SITUAÇÃO

Paulo Cesar Franjotti (PSDB), prefeito de Japorã, base da invasão à Fazenda Fernanda, ocupada por integrantes da FNL, disse à reportagem que não foi procurado nem por produtores nem pelos ocupantes das terras. 

“Acredito que, dos fundiários que estiveram em Japorã, apenas dois ou três eram do município. Soube que produtores até do Paraná vieram para cá”, frisou Franjotti. 

Questionado sobre as eventuais motivações que insuflaram a ocupação, o prefeito disse que a ação deve ter sido coordenada por meio de informações recebidas por parte dos integrantes da FNL. 

“Muito provavelmente, os integrantes sabiam de alguma informação sobre a terra. A grande maioria dos lotes aqui tem cerca de 25 hectares a 30 hectares [cerca de 300 mil metros quadrados]”. 

O líder do Executivo municipal disse ser defensor dos movimentos sociais e que a terra do município é utilizada, majoritariamente, por “agricultores familiares e alguns indígenas da região”.

TÍTULO INDIGESTO

O município de Japorã é o último colocado no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) entre os 79 municípios do Estado – os números são do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 

Composto pela média dos indicadores de longevidade, educação e renda de cada município, Japorã (0,526) é acompanhada no fim da lista pelas cidades de Paranhos (0,588) e Coronel Sapucaia (0,589).

No outro ponto da lista, Campo Grande (0,784), Chapadão do Sul (0,754) e Dourados (0,747) são destaques positivos do índice. 

Saiba: No dia 18, a Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) invadiu a Fazenda Fernanda, localizada em Japorã, município distante cerca de 475 quilômetros da Capital.

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Direito Conquistado

Mulher trans consegue na Justiça que Estado pague cirurgia de mudança de sexo

O Estado tem até 30 dias para fazer o agendamento e, como o Sistema Único de Saúde não oferece o procedimento, a cirurgia será realizada em São Paulo

26/11/2024 16h30

Divulgação Defensoria Pública

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Helena, de 56 anos, (que terá o nome preservado) procurou a Defensoria Pública e a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, para que o Estado pague a cirurgia de feminilização facial e mudança de sexo.


O procedimento faz alterações faciais para que a pessoa fique com aparência mais feminino. Hoje, esse serviço não é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e a mulher venceu na Justiça que o Estado pague pela cirurgia. 


Além disso, ela irá passar pela transgenitalização que é o método que envolve cirurgia para redesignação sexual em que será feita uma  neovagina, prevista para o ano que vem.


Conforme divulgado pela Defensoria, é possível que este seja o primeiro caso em que uma pessoa transgênero conquistou o direito ao acesso do procedimento por meio de judicialização.


Sobre o tema, o titular da 4ª Defensoria Pública de Atenção à Saúde e responsável pela petição inicial, Nilton Marcelo de Camargo, pontuou que esse caso abre um precedente para que outras pessoas trans tenham novas conquistas. 


“A feminização facial ainda não integra o rol de procedimentos cirúrgicos cobertos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Por outro lado, o sofrimento psíquico e a saúde mental de alguém não podem estar sujeitos a agravo”, explicou. 


Com isso, por meio de ordem judicial a paciente será encaminhada a um hospital particular e todo pagamento da cirurgia será feito pelo governo do Estado.


Judicialização


A liminar foi concedida pelo Poder Judiciário, e como o Sus não fornece o serviço ela irá para São Paulo e fará a cirurgia em uma clínica particular. 


Com a decisão o prazo para o agendamento da cirurgia deve ser em até 30 dias úteis, passando a valer a partir do dia 8 de novembro. E mais um mês para que seja realizada.


Entenda


Helena, nasceu em um corpo masculino, mas sempre se reconheceu como mulher, portanto sua identidade de gênero é transgênero. Portanto, é crucial para seu bem estar passar tanto pela cirurgia facial quanto a de readequação genital.


“Essa cirurgia é importante para poder ter uma característica feminina e ser mais bonita e mais feliz! Para quando tirar fotos para documentos e estiver vestida de mulher em algum local não ser confundida com um homem”, pontua Helena.


Entre os procedimentos estão:

 

  • diminuição da testa;
  • reduzir a distância entre o nariz e o lábio superior;
  • remover parcialmente o pomo-de-adão;
  • cirurgia plástica no nariz;


Os médicos especialistas apontaram que os resultados finais serão imediatos e alguns podem levar mais tempo, como até dois anos até que sejam completamente atingidos.

Ainda assim, Helena comemorou a realização de “um sonho muito grande” de suavizar os traços faciais. 


Baixa renda


Ao ingressar com a judicialização, Helena explicou que possui baixa renda, não tem plano de saúde e explicou ao Defensor a importância de conseguir acesso aos procedimentos. 

Além de explicar que passa por acompanhamento médico constante que auxilia no processo de transição.


“Muitas pessoas estão seguras em seu propósito de transexualização, mas não o realizam porque condicionam a prévia realização de cirurgia de feminilização facial. Por tudo isso, essa decisão judicial representa uma porta que se abre para a concretização do direito à saúde e ao direito cultural dessa minoria”, comenta o defensor de Atenção à Saúde.

 

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VEM NATAL AÍ

Com iluminação quase pronta, Cidade do Natal promete atração nacional

O espaço deve ficar aberto ao público até o dia 31 de dezembro; a programação completa ainda não foi divulgada, mas a gestão municipal adiantou algumas atrações

26/11/2024 16h15

Com iluminação quase pronta, Cidade do Natal promete atração nacional

Com iluminação quase pronta, Cidade do Natal promete atração nacional Gerson Oliveira

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Vem Natal aí! Isso porque o campo-grandense que passa pela região central já pode observar vários trabalhadores instalando a famosa decoração natalina para a tão esperada festa na 14 de Julho. Além disso, também foi confirmado nesta terça-feira (26), a data para a estréia da Cidade do Natal. 

O espaço localizado nos altos da Avenida Afonso Pena, deve ser aberto ao público no dia 13 de dezembro, a partir das 17h30. A programação oficial completa ainda não foi divulgada, mas a gestão municipal adiantou que haverá atrações culturais com shows regionais, praça de alimentação, carrossel, área kids, casa do Papai Noel e a parada natalina.

Ainda está previsto um show infantil nacional na Cidade do Natal para o dia 14 de dezembro, mas a atração em questão, segue em suspense. Além da região central, a iluminação decorativa deve contemplar algumas praças e ruas nos sete pontos da cidade. 

Atraso na Cidade do Natal

Com origens em festas pagãs romanas, o Natal foi ressignificado com o tempo; relacionado ao nascimento de Cristo no fim do século 2 e início do 3, tornando-se feriado da família a partir do século 20 quando popularizado ao redor do globo até chegar em Campo Grande, onde as celebrações em 2024, além de atrasadas, devem durar duas semanas a menos. 

É o que mostra o chamamento - publicado em suplemento no dia 13 no Diário Oficial de Campo Grande - para seleção das chamadas Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) com projetos para realização das festividades natalinas na Cidade Morena. 

A Prefeitura de Campo Grande detalha que, diferente do que foi em 2023, neste ano as festividades estão programadas para acontecer entre os dias 13 a 31 de dezembro. 

Se lançado olhar para o ano passado, como bem acompanhou o Correio do Estado, a programação especial da Prefeitura começou ainda em 30 de novembro. Trazendo toda a decoração natalina e atrações tanto na rebatizada "Vila Morena", espaço que antigamente se chamava "Cidade do Natal" quanto na rua 14 de julho. 

A prefeitura complementou que para o termo de parceria a candidata teve de apresentar um projeto de no máximo R$ 125.534,00 em custos a serem arcados pela municipalidade. 

Em 2023, toda a programação chamada "Natal de CG é Tamanho Família" foi de 30 de novembro até 7 de janeiro, com o evento na 14 de julho começando em 06 de dezembro e na "Vila Morena" no dia seguinte. 

Caravana da Coca-Cola

As famosas caravanas de Natal da Coca-Cola, já tem data para passar em Campo Grande, no dia 13 de dezembro, as carretas natalinas percorrerão várias avenidas. Os caminhões estarão enfeitados com luzes natalinas, sistema de bolhas d’água, decoração interativa, painéis LED, cenografia natalina, cenários montados e Casa móvel do Papai/Mamãe Noel.

O tema deste ano é “Desperte o Papai Noel que Há em Você”.

Confira o trajeto que a Caravana da Coca-Cola fará em Campo Grande:

  • INÍCIO - 19 horas – Comper Itanhangá – Avenida Ricardo Brandão
  • Avenida Arquiteto Rubens Gil de Camilo
  • Avenida Afonso Pena – Bioparque Pantanal até a 13 de maio
  • Avenida Ceará
  • Avenida Mato Grosso – apenas três quadras
  • Avenida Antônio Maria Coelho
  • Avenida 14 de julho
  • Avenida 13 de Maio – apenas três quadras
  • Avenida Eduardo Elias Zahran
  • Avenida Bom Pastor
  • Avenida Toros Puxian
  • Avenida Dr. Olavo Vilella de Andrade
  • FIM – Avenida Gury Marques

Com iluminação quase pronta, Cidade do Natal promete atração nacional

Confira aqui mais informações.

A caravana tem uma operação de 58 dias, com passagem por 70 cidades, em 7 estados, e 38 paradas em pontos de vendas parceiros.

História do Natal

Ligada à história humana, as celebrações natalinas foram tomando forma e sendo influenciadas conforme as sociedades no passar do tempo, desde as festividades embrionárias populares no Império Romano em comemoração ao solstício de inverno (do Hemisfério Norte). 

Material da gigante National Geographic, com base na histórica Enciclopédia Britannica, mostra com as celebrações pagãs passaram a ser associadas aos costumes cristãos. 

Marcando o ressurgimento do sol, um historiador cristão do final do século 2, conhecido como "Sextus Julius Africanus" passou a difundir a história em meados de 221 d.C (depois de Cristo), já ligando ao nascimento de quem passaria a ser conhecido como "Jesus". 

Isso porque escritores cristãos da época, segundo a enciclopédia britânica, passaram a associar o dito "renascimento do sol" ao marco que seria o nascimento de Jesus.

A matemática, que crava o dia 25 de dezembro ao nascimento, leva em consideração um raciocínio que liga o dito equinócio da primavera (21 de março) como o dia da criação do mundo. 

Sendo portanto o mundo criado em sete dias, segundo escrituras cristãs, o quarto (quando criada a luz) seria o nascimento do sol ou concepção de Jesus, 25 de março, o que faria com que os nove meses de gestação caísse assim em 25 de dezembro. 

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