Cidades

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Proibição de médicos em partos caseiros reativa briga de classes

Proibição de médicos em partos caseiros reativa briga de classes

terra

26/07/2012 - 05h00
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O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj) proibiu a participação de médicos em partos domiciliares e reabriu uma guerra entre os profissionais de saúde de diversas áreas. A medida inviabiliza que os partos em casa continuem sendo feitos porque não é mais possível que os médicos participem de equipes multidisciplinares necessárias - compostas por enfermeiras e doulas - ao procedimento.

O Conselho Regional de Enfermagem do RJ (Coren-RJ) vai ajuizar uma ação civil pública - que será acompanhada pela Defensoria Pública da União - contra a medida nesta sexta-feira. A vice-presidente da entidade não poupa críticas aos médicos. "A definição do Cremerj é 'medicocêntrica'. Eles se acham no direito de definir como as pessoas devem levar suas vidas", afirma Therezinha Nóbrega. "Os médicos não têm o direito de fazer terrorismo com a saúde pública. Há partos que precisam de hospitalização, mas a maioria não. Um bom acompanhamento pré-natal pode definir isso", declarou.

Segundo Therezinha, a medida é contrária a recomendações do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS). "É uma recomendação para que se faça o menor número possível de cesarianas, mas o Brasil continua sendo campeão mundial disso e os médicos não parecem preocupados", disse a vice-presidente do Coren-RJ. "É uma medida até machista da categoria. Eles querem dizer o que a mulher tem que fazer, quando é um direito nosso escolher como queremos fazer nossos partos".

A presidente do Cremerj, Márcia Rosa de Araújo, respondeu que nem o Ministério da Saúde, tampouco a Organização Mundial de Saúde têm aconselhamento claro sobre os partos domiciliares. Para ela, a medida do conselho levou em conta estudos científicos que apontam risco no procedimento.

"O Cremerj tem por atribuição legal regulamentar a ação do médico na sociedade. Estamos fazendo isso. A medida regulamenta apenas a atuação deles. Se a escolha cabe à mulher, ela vai ter que correr este risco. O médico não vai se responsabilizar", explica Márcia.

Para o Coren-RJ, a medida do Cremerj era desnecessária. "É apenas um pequeno número de mulheres que preferem fazer o parto em casa. Todos os conselhos deviam se unir para exigir uma rede de atendimento melhor, isso sim. É um vício que os médicos têm. A saúde não pode ser nem 'hospitalocêntrica' nem 'medicocêntrica'. As pessoas deviam ter a possibilidade de escolher como querem se tratar", opina Therezinha.

Tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei do Ato Médico, que vai atualizar a regulamentação do exercício da medicina no País. O ato médico não é atualizado desde 1931 e, desde então, outras 13 profissões de saúde foram regulamentadas no Brasil. Há polêmica a cada vez que o Conselho Federal de Medicina ou suas representações regionais tomam medidas que afetam estas outras profissões.

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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