Cidades

BOTÂNICA/GASTRONOMIA

Proibida em MS, murta pode ser usada em sorvete, molho, licor e até frisante

Apesar de proibida, planta tem uso culinário

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Plantio da murta, famosa planta arbustiva popularmente conhecida como dama-da-noite, está proibido em Mato Grosso do Sul desde 24 de agosto de 2024.

A planta é hospedeira da bactéria huanglongbing (HLB), que causa doenças cítricas e destrói plantações de laranja, limão, tangerina, mexerica e pomelos.

É amplamente utilizada em calçadas como cercas-vivas, proteção de muros e como labirintos em parques/praças.

Murta. Foto: Marcelo Victor

Com isso, considerando que Mato Grosso do Sul é produtor de citros (laranja e limão), o plantio, comércio, produção e transporte da murta está suspenso, para que não haja propagação da bactérica e danos à colheita.

"Ela não traz nenhum problema diretamente, não é uma planta tóxica por si. O problema é que como ela é da mesma família da laranja e do limão, pega facilmente um parasito que dá nessas outras também. Aí para evitar a propagação, foi proibido", explicou o biólogo Pedro Isaac, em entrevista ao Correio do Estado.

Mas, o que poucos sabem é que, apesar de proibida, a murta também tem uso culinário e pode ser usada em diversas receitas. Suas flores, frutos e folhas são comestíveis e relevantes para a gastronomia.

É possível fazer temperos, chá, suco, refresco, geleia, mousse, sorvete, refresco, molhos (agridoce e vermelho/salgado), licores e até frisante.

As folhas são utilizadas como tempero, para aromatizar o famoso prato Curry Indiano, mas, são fortes e picantes, portanto, a moderação é recomendada.

As flores são utilizadas para aromatizar chás, podendo ser utilizadas frescas ou secas para chá próprio ou serem adicionadas em outros chás para incrementar o aroma e sabor. As flores também podem aromatizar água, deixando-a em maceração.

Os frutos bem maduros são comestíveis, podendo ser usados em geleias, sucos, sorvetes, refrescos, molhos (agridoce e vermelho/salgado) e licores. Os frutos também podem ser utilizados para fazer bebida fermentada (frisante).

Confira algumas receitas:

GELEIA DE MURTA

Colha os frutos maduros, lave-os e esmague os em peneira média de arame para extrair a polpa e reter as sementes (não esmague muito). Adicione metade de açúcar cristal em relação ao total de polpa.

Mexa até dar o ponto. Fica uma geleia escarlate (levemente picante) que pode ser usada como molho agridoce para carnes ou molho vermelho para massas. Aliás, da polpa pode-se fazer molho vermelho salgado com alho, manjericão e outros temperos.

SUCO DE MURTA

Colete folhas e frutos do pé de murta. Aproveite as sementes que ficaram retidas na peneira e adicione água e misture bem. Coe e terá um refresco bem avermelhado e de sabor ainda intenso, pois o sabor e o premento são fortes.

Se preferir pode-se usar a polpa concentrada para suco com Água ou leite, mas coloque menos polpa, pois é bem forte, 100g por um copo de liquidificador. A polpa também pode ser usada para mousse, sorvete, saborizador e corante de cachaça ou licor.

CHÁ DAS FLORES DE MURTA

Colete as flores frescas, as quais podem também ser desidratadas e usadas para chá, assim como se faz com jasmim. Lave-as. Use punhado de flores frescas para 11 de água.

Esquente a água até quase o ponto de fervura já com as flores. Coloque na garrafa térmica e deixe extraindo mais por alguns minutos antes de beber ou deixe em maceração ainda na chaleira. Coe e sirva quente ou frio. Sempre sem açúcar, se possível, como todo chá.

* receitas são do livro KINNUP

MURTA

Murta. Foto: Marcelo Victor

Murta é um gênero botânico que possui uma ou duas espécies de plantas com flor. É do gênero botânico Murraya Paniculata e da família Rutaceae. É popularmente conhecida como dama-da-noite.

São plantas arbustivas com muitos ramos de folhas verdes-escuras; flores brancas muito perfumadas e frutos oblongos, vermelhos e lisos.

Possuem de cinco a sete metros de altura. É nativa do Sul da Índia. São utilizadas em calçadas como cercas-vivas, proteção de muros e como labirintos em parques/praças. Possui uso paisagístico, ornamental medicinal e culinário.

PROIBIÇÃO DA MURTA

Deputados estaduais de Mato Grosso do Sul aprovaram, em 20 de agosto de 2024, projeto de lei que proíbe o plantio, comércio, transporte e produção de murta no Estado.

Em 23 de agosto deste ano, o governador de MS, Eduardo Riedel (PSDB), sancionou a lei que restringe a murta no Estado.

Veja o trecho redigido no Diário Oficial:

“Ficam proibidos, em todo o território do Estado de Mato Grosso do Sul, o plantio, o comércio, o transporte e a produção da planta exótica murta (Murraya paniculata), hospedeira da bactéria
Candidatus liberibacter ssp., disseminada pelo inseto vetor psilídeo dos citros (Diaphorina citri), causadora da doença dos citros denominada huanglongbing (HLB) ou greening”.

Frutas cítricas afetadas pela bactéria que hospeda na murta

Apesar de parecer inofensiva, a planta prejudica o cultivo de citros (laranja, limão, tangerina e mexerica).

Isto porque a planta é hospedeira da bactéria huanglongbing (HLB), que causa doenças cítricas e destrói plantações de laranja, limão, tangerina, mexerica e pomelos.

Recentemente, Mato Grosso do Sul foi incluído pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) com ocorrência da doença que coloca em risco o cultivo de citros.

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) estão encarregadas de uma série de "próximos passos" em relação à restrição da murta. Seriam funções da pasta:

  • Fiscalizar e elaborar um plano de supressão e erradicação da murta em áreas próximas ao cultivo de citrícolas (com substituição por outra);
  • Celebrar convênio de cooperação com outros órgãos para conscientizar a população;
  • Gestão e operacionalização das medidas necessárias para o cumprimento do plano de supressão e de erradicação de todas as árvores da espécie exótica murta.

Mas, mesmo proibida, ainda permanece em calçadas e muros de Campo Grande e, surpreendentemente, é vendida em floriculturas de Mato Grosso do Sul. 

PLANTAS QUE PODEM SUBSTITUIR A MURTA

De acordo com o mestre em biologia vegetal, Luan Hernandez, a murta pode ser substituída esteticamente pelas seguintes plantas:

  • Dama-da-noite
  • Aroeira-pimenta
  • Balsámo
  • Tumbérgia Arbustiva
  • Podocarpo (pinheiro de Buda)
  • Escova-de-garrafa
  • Ipê-Mirim

EXPANSÃO DA CITRICULTURA EM MS

Mato Grosso do Sul confirmou a posição de "novo cinturão citrícola" do Brasil, de acordo com resultados do MS Day Internacional em Nova Iorque, realizado em maio de 2024.

Várias regiões do Estado possuem plantio de frutas cítricas, sobretudo a laranja.

O plantio de laranja na área de Ribas do Rio Pardo, perto de Água Clara, tem investimento previsto ao longo de quatro anos em busca da meta de colher 9 milhões de caixas. 

Grupo Cutrale anunciou, em abril deste ano, o investimento de R$ 500 milhões para o plantio de 5 mil hectares de laranja em Mato Grosso do Sul. 

SAÚDE

MS integra o Centro de Operações de Emergência no combate a Dengue

COE auxilia na definição de diretrizes de vigilância, com o objetivo de ampliar a prevenção e o monitoramento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika)

10/01/2025 12h00

Larvas do mosquito da Dengue

Larvas do mosquito da Dengue ARQUIVO/CORREIO DO ESTADO

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Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), do Ministério da Saúde, foi instaurado para auxiliar os 79 municípios de Mato Grosso do Sul no combate as arboviroses.

O COE auxilia na definição de diretrizes de vigilância, com o objetivo de ampliar a prevenção e o monitoramento das arboviroses (Dengue, Chikungunya e Zika) e orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e controle de vetores.

O projeto tem servidores da Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MS).

O COE pode convidar representantes de órgãos públicos e entidades privadas, especialistas e técnicos, para participarem de reuniões, com o objetivo de prestar assessoramento sobre temas específicos relacionados às arboviroses.

DIRETRIZES

Veja quais são as diretrizes do COE, de acordo com o governo de MS:

  • Planejar, coordenar e articular ações de resposta às emergências de saúde pública relacionadas a Arboviroses;
  • Monitorar a situação epidemiológica e entomológica das Arboviroses no território estadual e avaliar e propor medidas de controle, prevenção e mitigação de impactos;
  • Definir as estratégias e procedimentos na esfera estadual para o enfrentamento da situação epidemiológica das Arboviroses, com a finalidade de reduzir os potenciais impactos dessas doenças, por meio de uma resposta coordenada, estruturada, eficiente e oportuna;
  • Apoiar os municípios na estruturação das Vigilâncias em Saúde, bem como realizar o monitoramento, acompanhamento e avaliação de sua atuação;
  • Mobilizar instituições de sua governança e convidar as parceiras para participarem de ações de conscientização e de combate contra o vetor;
  • Estimular a sociedade quanto a importância da atuação de cada cidadão nos cuidados preventivos necessários para evitar a proliferação do mosquito;
  • Avaliar os resultados das ações e estratégias, com o intuito de mantê-las, substituí-las ou aprimorá-las, conforme cada caso;
  • Capacitar profissionais da saúde envolvidos na resposta às Arboviroses e fornecer orientações técnicas para enfrentamento de surtos e epidemias;
  • Desenvolver outras ações inerentes à sua área de atuação, necessárias ao enfrentamento da crise;
  • Analisar dados epidemiológicos, consolidar informações para subsidiar a tomada de decisão e divulgar boletins epidemiológicos e relatórios periódicos.

De acordo com a gerente de Doenças Endêmicas da SES, Jéssica Klener, o Centro de Operações de Emergência em Saúde tem como foco o planejamento, organização, coordenação e controle das medidas a serem adotadas durante a resposta às emergências.

“O COE para Dengue e outras Arboviroses visa fortalecer a capacidade de resposta diante dos desafios de saúde pública, garantindo uma atuação eficaz e coordenada para proteger a saúde da população e evitar casos graves e óbitos”, detalhou.

Em 2025, medicamentos para tratamento sintomático de arboviroses, como dipirona, paracetamol, sais de hidratação e soro fisiológico, serão distribuídos.

“Para 2025, é essencial que continuemos essa colaboração, focando em duas situações específicas. Primeiramente, muitos municípios estão passando por uma nova gestão e têm novos secretários de saúde. Esses profissionais precisam estar integrados ao nosso projeto estadual, garantindo que todos estejam alinhados com as estratégias e metas estabelecidas. Em outra frente, devemos prestar atenção especial àqueles municípios que, por diversos motivos, apresentaram números maiores de casos em 2024 em comparação com o restante do Estado. Um trabalho específico e direcionado será realizado nesses locais, com o objetivo de melhorar os resultados e promover a saúde da população. Com essa abordagem colaborativa e focada, acreditamos que poderemos alcançar resultados ainda mais significativos neste ano”, pontuou o titular da SES.

CASOS, MORTES E VACINAÇÃO

Mato Grosso do Sul registrou 16.229 casos de dengue e 919 de Chikungunya em 2024.

Números ainda apontam que 32 óbitos foram confirmados em decorrência da doença e outros 17 estão em investigação.

Segundo o documento, 121.368 doses da vacina contra dengue foram aplicadas no Estado. MS recebeu 207.796 doses do imunizante até o momento.

O esquema vacinal é composto por duas doses com intervalo de três meses entre as doses. A vacinação é recomendada para crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos.

Alistamento Feminino

Mulheres terão mesmas funções que homens durante o serviço militar

Responsável pela Seção de Serviço Militar Regional garantiu que não haverá distinção de gênero, e respondeu a algumas dúvidas sobre o alistamento feminino voluntário, inédito no Brasil

10/01/2025 11h00

Marcelo Victor/Correio do Estado

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Pela primeira vez na história, as Forças Armadas abriram o alistamento feminino voluntário, destinado a jovens que completam 18 anos em 2025. Na primeira semana, quase 200 mulheres fizeram o alistamento para o exército, que terá 99 vagas, todas elas para Campo Grande.

Por ser uma medida inédita, ela pode causar dúvidas, que foram respondidas pelo tenente-coronel Roberto Júnior, o responsável pela Seção de Serviço Militar da 9ª Região, e compiladas neste material. Confira:

As vagas são para quais funções?

No Comando Militar do Oeste (CMO), as vagas estão divididas da seguinte forma:

  • 60 para a Base de Administração e Apoio ao CMO;
  • 12 para o Hospital Militar de Área de Campo Grande;
  • 27 para o Colégio Militar de Campo Grande.

As mulheres vão fazer as mesmas funções dos homens?

Sim. As mulheres terão os mesmos direitos dos soldados homens, e deverão cumprir as mesmas funções.

"Não vai haver distinção nenhuma entre o masculino e o feminino, vão ser as mesmas atividades", reforçou o tenente-coronel. 

Como vai funcionar o alojamento?

As dependências do CMO vão ser modificadas para receber as mulheres. Segundo o tenente-coronel Roberto Júnior, Mato Grosso do Sul está entre os 14 estados selecionados para receber as jovens que se alistarem porque há uma maior "facilidade" na adequação dos dormitórios e banheiros, que vão ser destinados às novas militares.

"Foi feito um grupo de trabalho, um estudo, e foram escolhidos somente esses 14 porque eram os que tinham, nesse primeiro momento, as melhores condições de uma reestruturação e de pessoal militar capacitado para receber da melhor forma possível essas jovens", explicou.

Ele revelou ainda que a fase de reestruturação já teve início, com projetos para readequação dos dormitórios e dos banheiros, que serão separados em todos os prédios.

"Quando for a incorporação delas, com certeza já vai estar tudo alinhado e funcionando, porque o exército já vem se preparando desde o ano passado pra isso", garantiu.

Quanto tempo dura o alistamento?

Por lei, o alistamento tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado a cada período de um ano até o prazo máximo de oito anos.

Haverá salário?

Sim. O tenente-coronel Roberto Júnior afirmou que a remuneração corresponde a cerca de um salário mínimo, que é de R$ 1.518 em 2025.

Quais são as etapas de seleção?

Serão quatro etapas de seleção das jovens que vão integrar o serviço militar inicial feminino. Primeiro, é feita uma Seleção Geral, onde serão realizadas inspeções de saúde, feitas por médicos e dentistas, além de uma entrevista, da mesma forma que é feito no alistamento masculino.

Depois, no fim do ano, serão feitas as Designações, ou seja, cada jovem será direcionada para uma das áreas disponíveis.

Após essa etapa, é feita uma Seleção Complementar, que funciona como uma espécie de "peneira", feita já nas organizações militares para onde forem designadas.

Por fim, é feito o ato oficial de Incorporação daquelas selecionadas.

Como fazer o alistamento?

O alistamento pode ser feito pela internet, através do site alistamento.eb.mil.br, e presencialmente, na Junta do Serviço Militar, localizada na Rua Antônio Maria Coelho, 300. Caso o alistamento seja feito presencialmente, é necessário documento oficial com foto e comprovante de residência.

Quais são os critérios?

As voluntárias devem completar sua maioridade no ano de inscrição e, ainda, residir em algum dos municípios que possuem Organização Militar e que foram contemplados com a iniciativa pioneira.

Até quando posso fazer o alistamento?

O alistamento feminino segue até o dia 30 de junho, mesmo período do alistamento masculino. E atenção: mesmo que complete 18 anos apenas após a data de encerramento do alistamento, a jovem deve fazer o alistamento no período indicado, caso contrário, ela não poderá se alistar no ano que vem, já que será o ano em que completa 19 anos.

Após a incorporação, o serviço vira obrigatório?

Sim. A militar fica sujeita às obrigações e deveres previstos na Lei 4.375/64 e ao respectivo regulamento de cada Força.

"Quando ela incorporar, que é o ato oficial de uma jovem servir em uma organização militar, aí já passa a ser obrigatória. Deixa de ser voluntária, aí ela vai estar sujeita à lei do serviço militar e ao regulamento, que é um decreto do serviço militar. Então ela passa a ter todas as direitos e obrigações como um soldado normal", comentou o tenente-coronel.

A soldado terá, inclusive, que se apresentar anualmente após o cumprimento do serviço, pelos cinco anos que sucederem.

"Ao fim dos quase 12 meses de serviço militar, elas vão para a reserva não remunerada, e vão compor, assim como os homens, a reserva mobilizável do exército. Elas vão ter que se apresentar anualmente, por cinco anos, num exercício que a gente chama de 'exercício de apresentação da reserva', que é feito nas organizações militares", acrescentou.

Ele explicou que as quatro primeiras apresentações podem ser online, mas a última, a quinta, tem que ser presencial em uma organização militar.

"Então, durante essas fases, ela vai estar em dia com o serviço militar. Se ela faltar qualquer uma dessas apresentações, é fácil resolver a situação. Porém, se não resolver, ela (a militar) vai estar em débito com o serviço militar. Quando ela finalizar os cinco anos, aí ela vai estar quite com o serviço militar", concluiu.

Mulheres nas Forças Armadas

Atualmente, as Forças Armadas possuem 37 mil mulheres, o que corresponde a cerca de 10% de todo o efetivo. Com a adoção do alistamento, o número de oportunidades deve crescer gradativamente. Hoje, as mulheres atuam nas Forças principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos públicos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval (CN), da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército (EsPCEx) e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), da Aeronáutica.

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