Cidades

Seca e queimadas

Queimadas no Pantanal e estiagem causam preocupação no MT e MS

Rios estão com baixo nível devido a mais severa seca dos últimos anos

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A estiagem e os incêndios que há mais de meses destroem o Pantanal vêm alterando a paisagem no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso. Em meio a mais severa seca das últimas décadas, cursos d’água estão secando, enquanto nuvens de fumaça encobrem a paisagem.

Corumbá (MS), no sábado (12), voltou a amanhecer encoberta por névoa e fuligem. Em alguns pontos, o Rio Paraguai chegou a ficar invisível à distância.

Na sexta-feira (11), o gerente de Recursos Hídricos do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), Leonardo Sampaio, apresentou dados que sugerem que, em breve, os principais rios que cortam o território sul-mato-grossense atingirão os níveis mais baixos dos últimos cinco anos.

Além do Rio Paraguai, que, segundo o Imasul, apresenta baixos níveis ao longo de toda sua extensão estadual, os rios Miranda, Aquidauana (ambos na bacia do Rio Paraguai), além do Pardo (na bacia do Rio Paraná), já sofrem com a escassez de chuvas. E devem continuar secando pelas próximas semanas.

Segundo o centro estadual de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec/MS), não há expectativa de chuvas até pelo menos o próximo dia 19, quando pancadas d’água podem atingir parte do estado, embora em proporções insuficientes para elevar o nível dos rios.

Os incêndios também ameaçam importantes sítios arqueológicos existentes no Parque Estadual Nascentes do Rio Taquari, entre as cidades sul-mato-grossenses de Costa Rica e Alcinópolis. 

Desde o início da semana, oito bombeiros e voluntários tentam conter as chamas que, até ontem (10), tinham destruído cerca de 8,9 mil hectares de vegetação típica do Cerrado, sendo 4,5 mil hectares dentro do parque estadual, e pouco mais de 4 mil em propriedades rurais vizinhas à unidade de conservação administrada pelo Imasul.

“Este incêndio começou no último domingo, no estado do Mato Grosso, no município de Alto Taquari, e adentrou nosso estado pelo município de Alcinópolis”, explicou o diretor-presidente do Imasul, André Borges, em um vídeo divulgado nas redes sociais. O estado solicitou o apoio do Exército.

Mato Grosso

A navegabilidade e o abastecimento hídrico preocupa também os moradores de Mato Grosso. Em Cáceres (MT), a prefeitura divulgou, hoje (12), em suas redes sociais, uma foto da Baía dos Malheiros, ou Baía de Daveron, cujas águas se fundem às do Rio Paraguai. 

Na curta mensagem, a prefeitura alertou os donos de embarcações para o risco do rio secar nos próximos dias, bloqueando a ligação com o Rio Paraguai e deixando encalhados os barcos que não tiverem deixado o local.

Também em Cáceres, as chamas destruíram, nesta sexta-feira (11), um prédio desativado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), e mataram, na quarta-feira (9), o zootecnista Luciano da Silva Beijo, 36 anos. 

Segundo a Associação Brasileira de Zootecnistas, Beijo foi atingido enquanto tentava conter o avanço do fogo na fazenda onde trabalhava e teve quase 100% do corpo queimado.

Em outra região do Mato Grosso, na Serra do Parecis, a cerca de 242 quilômetros da capital, Cuiabá, há quase uma semana bombeiros tentam apagar um incêndio de grandes proporções. Nem o apoio de produtores rurais e de moradores da região tem sido suficiente para impedir que as chamas se espalhem rapidamente pela vegetação seca, em meio a áreas de difícil acesso.

A fumaça, o calor e a baixa umidade exigem que a população redobre os cuidados com a saúde. Especialistas recomendam que as pessoas bebam bastante água, deem preferência a alimentos saudáveis, pouco gordurosos, lavem narinas e olhos com soro fisiológico, utilizem umidificadores se necessário e evitem atividades físicas durante as horas mais quentes do dia.

Maracaju

Policiais apreendem produtos de contrabando avaliados em mais de R$ 1 milhão

Os produtos de contrabando foram encontrados neste final de semana na zona rural do município de Maracaju. Até o momento, ninguém foi encontrado

25/11/2024 13h30

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju

Veículo foi encontrado abandonado na zona rural de Maracaju Imagens/ DOF

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Em duas operações separadas, agentes do Departamento de Operações de Fronteira (DOF) encontraram cargas de agrotóxicos e cigarros contrabandeados, avaliados em R$ 1,1 milhão, abandonados na zona rural de Maracaju, a 159 quilômetros de Campo Grande. Até o momento , ninguém foi preso ou localizado

A primeira operação ocorreu na zona rural da MS-460, onde os policiais avistaram um GM Classic abandonado às margens da rodovia. Durante a vistoria, foram encontrados diversos pacotes de agrotóxicos de origem estrangeira, avaliados em R$ 722 mil.

Durante diligências em busca de suspeitos, nenhum foi localizado. O material apreendido foi encaminhado à Receita Federal, em Ponta Porã.


Mais apreensões 

A segunda operação, que também aconteceu neste final de semana, foi na MS-164, também na zona rural do município de Maracaju. Durante a ação, os policiais do DOF encontraram 400 caixas de cigarros contrabandeados, abandonados em um veículo nas margens da BR-164. O automóvel estava sem ocupantes, por isso os policiais não conseguiram localizar o dono da carga. 
 

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superação

Venda de Sopa Paraguaia abre portas em meio a luta contra o câncer

Fonte de renda de Noemi e 'boom' de vendas do prato típico sul-mato-grossense surgiu a partir da doença de seu filho

25/11/2024 11h45

Clientes comprando sopa paraguaia de Noemi

Clientes comprando sopa paraguaia de Noemi ARQUIVO PESSOAL

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A oportunidade bateu na porta de Noemi D’Ávila Colognesi Leandro, pedagoga, de 51 anos, na época mais difícil, torturante e dolorosa de sua vida.

Ela jamais imaginaria que sua fonte de renda e 'ganha pão' diário nasceria do momento mais terrível e angustiante da vida de uma mãe: descobrir que seu filho, de 6 anos, estava com câncer.

Em 7 de novembro de 2012, seu filho, Henri Lean Colognesi Leandro, foi diagnosticado com Leucemia Linfóide Aguda (LLA), uma espécie de câncer no sangue, aos 6 anos.

Ao ser desenganada pelos médicos, Noemi viu seu chão desabar. Exames de Henri indicavam 178.000 leucócitos no sangue, sendo que o normal é de 4.500 a 11.000. Seus sintomas eram dor de barriga, dor abdominal, náusea, febre e indisposição.

Clientes comprando sopa paraguaia de NoemiHenri Lean, aos 6 anos, durante tratamento contra a leucemia. Foto: Arquivo Pessoal

“O hematologista me deu o diagnóstico sem rodeios: ‘Mãe, seu filho está com leucemia’. Meu chão sumiu dos pés na hora e questionei o doutor como despenca uma leucemia de uma hora para outra sendo que há pouco mais de um mês havia feito um check-up nele e estava tudo normal”.

A partir disso, solicitou que repetisse o exame. Mas, no segundo teste, houve a confirmação da LLA.

Sem dinheiro para bancar o tratamento do filho e abastecer o carro para levá-lo no hospital toda semana, teve que recorrer a planos secundários para arrecadar dinheiro.

Foi então que decidiu fazer bolo de cenoura para sair vendendo nos corredores do hospital, mas, as pessoas pediam algo salgado para comer e não doce.

Com isso, uma amiga lhe deu a sugestão de fazer sopa paraguaia, espécie de bolo de milho salgado, prato típico sul-mato-grossense, para vender.

A partir de então, Noemi começou a vender o prato salgado no hospital, em frente de escolas particulares, no Uber e também sob encomenda.

O dinheiro arrecadado com a venda do salgado foi mais que suficiente para bancar o tratamento do filho e pagar as contas básicas, como água, luz e alimentação.

Em 2015, após três anos de tratamento, Henri Lean foi totalmente curado da doença. Atualmente, o rapaz está com 18 anos. A cura veio em meio ao ‘boom’ de vendas de sopa paraguaia.

Clientes comprando sopa paraguaia de NoemiLogomarca de Noemi

Após a cura, ficou a ‘parte boa’ da doença de seu filho: o lançamento da marca caseira “Noemi Sopa Paraguaia”.

Há 12 anos, a famosa Sopa Paraguaia de Noemi é um prato de mão cheia e faz o maior sucesso em Campo Grande.

Além da sopa, ela também acrescentou ao cardápio pão recheado com calabresa, empada, torta de frango e bolo de cenoura com chocolate.

Em 12 anos, Noemi se tornou referência na panificação campo-grandense e abriu o seu próprio negócio de salgaderia.

Para ela, a oportunidade surgiu em meio a adversidade e dificuldade. “A ideia da sopa surgiu de uma necessidade. Creio que foi uma oportunidades que Deus me abriu em meio a adversidade. Por isso não devemos desistir. Em meio à luta Deus sempre dá o escape. É o que me ajuda a pagar as contas todo mês”, disse.

“Meu chão desmoronou quando descobri o câncer do meu filho, mas graças a Sopa Paraguaia conseguimos concluir o tratamento por 3 anos e depois eu nao parei mais de fazer , virou um complemento de renda muito importante hoje pra mim e meu filho hoje está curado para a honra e glória de Deus. Jesus curou o meu filho da leucemia!”, complementou.

RECEITA

Noemi compartilhou a receita de sua famosa Sopa Paraguaia ao Correio do Estado. Confira:

INGREDIENTES

3 latas de milho verde ou espigas
5 ovos
6 cebolas médias
Óleo pra cobrir e fritar
Sal a gosto
1 e 1/2 pacote de flocão
1 litro de água ou leite

500g de queijo

Mussarela a gosto

MODO DE PREPARO

1. Pique a cebola em cubos medios e frite em oleo suficiente pra cobrir, até murchar
2. Enquanto isso bata no liquidificador, o milho e os ovos. Acrescente à essa mistura a cebola ainda no fogo

3. Em seguida, coloque 1 litro de água ou leite e depois acrescente o flocão

4. Mexa até fazer uma polenta mole

5. Coloque nas formas e distribua por igual 500 gramas de queijo cortado em cubos médios

6. Polvilhe mussarela por cima

7. Leve ao forno 180 graus por 40 minutos

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