Cidades

MOBILIDADE URBANA

Recapeamento da Rua Bahia foca no corredor exclusivo de ônibus

Corredor deve ligar Centro a dois terminais da cidade

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A prefeitura de Campo Grande começou o recapeamento da rua Bahia, na região central da Capital, com foco na faixa reservada ao corredor do transporte coletivo. O trabalho começou pela primeira quadra, entre a avenida Afonso Pena e a rua da Paz, e a previsão é de que em cinco dias, dependendo das condições climáticas, toda a pista receba novo pavimento até a esquina com a rua Antônio Maria Coelho, com exceção dos cruzamentos.

A intervenção na avenida, que é o primeiro braço do corredor norte do transporte coletivo, que liga o Centro aos terminais General Osório e Nova Bahia, começou há 10 dias. Está programada ainda a implantação de quatro  estações de pré-embarque, com semáforos “inteligentes”, que vão reduzir em 20% o tempo de viagem entre o centro da cidade e os terminais General Osório e Nova Bahia.

Corredor Norte

Quando estiver concluído, o corredor norte se estenderá até o Terminal Nova Bahia, passando pelo Terminal General Osório, servindo de interligação com os demais terminais do transporte coletivo da cidade.

O corredor está planejado para uma extensão de  22,7 km, abrangendo além da Bahia, as avenidas Coronel Antonino e Cônsul Assaf Trad e as ruas Alegrete e 25 de Dezembro. Todas estas vias receberão obras de drenagem e recapeamento. Já está em implantação o Corredor Sudoeste, com aproximadamente 12,5 km de extensão, ligação entre os terminais Bandeirantes e Aero Rancho. Foram recapeadas as ruas Guia Lopes e Brilhante e está em obras a avenida Bandeirantes.

SEGURANÇA PÚBLICA

Queda na apreensão de cigarros pode ter ligação com fábricas clandestinas no País

Em MS, número de maços apreendidos caiu 26% no ano passado, em relação a 2023, segundo a Receita

31/03/2025 09h00

Queda na apreensão de cigarros está ligada a fábricas clandestinas

Queda na apreensão de cigarros está ligada a fábricas clandestinas Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A diminuição de apreensões de cigarros contrabandeados em Mato Grosso do Sul pode estar atrelada à transferência de fábricas clandestinas do produto para o Brasil.

Em entrevista ao Correio do Estado, o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Mato Grosso do Sul, João Paulo Pinheiro Bueno, declarou que o crime de contrabando pode ter mudado sua atuação no País, o que possivelmente fez diminuir o número de apreensões anuais de cigarros nas rodovias.

“Antes o contrabando de cigarro era muito maior aqui no estado de Mato Grosso do Sul, hoje em dia reduziu bastante, não tem tanto como tinha antes. O que a gente entende desta mudança é que muitas dessas fábricas de cigarros passaram a atuar dentro do nosso país, e, possivelmente, é isso que está acontecendo [para as apreensões terem diminuído]”, informou.

De acordo com o superintendente da PRF, ainda não há indícios claros da instalação de fábricas clandestinas no Mato Grosso do Sul, mas em grandes centros, como Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, a fiscalização para desmantelar possíveis fábricas é muito difícil de ser feita.

Segundo dados da Receita Federal, de janeiro a dezembro de 2023, a Polícia Federal (PF) e a PRF apreenderam 27.090.650 de maços de cigarro contrabandeado em Mato Grosso do Sul, que gerariam um lucro total de R$ 135,7 milhões para os contrabandistas.

Já em 2024 os números apresentaram uma queda de 26% em relação aos registrados no ano anterior, e as forças policiais aprenderam no período 20.044.645 de maços contrabandeados, avaliados em R$ 102 milhões.

Neste ano, dados de janeiro e fevereiro mostram que já foram apreendidos 4.224.318 de maços no Estado, estimados em R$ 22.429.319,70.

O superintendente da PRF ainda comenta que, além do contrabando de cigarros ser lucrativo para os criminosos, o modo de transporte do produto pela fronteira sul-mato-grossense era feito em grandes quantidades de maços pelas rodovias.

“É um crime que parece de menor potencial, mas o contrabando de cigarro é muito lucrativo, é o que alimenta as organizações criminosas. Antigamente, no Estado, os contrabandistas vinham em bitrens carregados de cigarros. Em algumas ocorrências que participei, chegamos a interceptar cinco carretas cheias de cigarro”, disse.

FÁBRICA CLANDESTINA

Um exemplo disso foi uma operação feita pela PF na quinta-feira, no Rio de Janeiro e no Espírito Santo, para combater uma organização criminosa especializada no comércio ilegal de cigarros.

O grupo comercializava os cigarros que produzia com o emprego de embalagens falsas, além de cometer crimes como trabalho análogo à escravidão, tráfico de pessoas e imposição de violência para que comerciantes fossem obrigados a adquirir o produto para revender apenas o cigarro fornecido pela organização criminosa.

A investigação foi iniciada em fevereiro de 2023, em decorrência da descoberta de três fábricas clandestinas de cigarros e do resgate de trabalhadores paraguaios submetidos a regime análogo à escravidão.

LUCRATIVO

Conforme já informado em reportagens do Correio do Estado, em Mato Grosso do Sul, a comercialização de cigarros contrabandeados do Paraguai é muito mais comum que no restante do Brasil. Essa situação faz com que, de 10 maços vendidos no Estado, 7 sejam de marcas ilegais, o que resulta em uma perda bilionária aos cofres do governo de Mato Grosso do Sul, que não recolhe o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre esse produto.

Estimativa feita pelo Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP), com base nos dados do Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), mostra que, nos últimos seis anos, R$ 2,7 bilhões deixaram de ser arrecadados em Mato Grosso do Sul em razão da venda ilegal de cigarros
contrabandeados.

Só no ano passado, ainda de acordo com o FNCP, foram R$ 150 milhões perdidos em imposto que poderia ter sido cobrado.

CIGARRO ELETRÔNICO

Além dos cigarros convencionais, os eletrônicos também entraram no radar das quadrilhas de contrabandistas. Só no ano passado, mais de 200 mil unidades foram apreendidas pela Receita Federal em Mato Grosso do Sul.

O cigarro eletrônico não foi legalizado no Brasil, então, todos os produtos vendidos no País são fruto de contrabando.

O aumento de apreensões desse tipo de mercadoria também foi confirmado pelo superintendente da PRF em entrevista.

“Apesar de ter diminuído, o contrabando de cigarro não parou, eles continuam vindo, e esses cigarros eletrônicos estão sendo contrabandeados em maior quantidade nos últimos anos”, afirmou João Paulo Pinheiro Bueno.

SAIBA

O volume de cigarros eletrônicos apreendidos em 2024 representa mais de R$ 12 milhões em produtos.

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Cidades

Primeira morte por Covid-19 em MS completa 5 anos

Ao longo do período, foram 11.342 vítimas do coronavírus em Mato Grosso do Sul, sendo 25 neste ano

31/03/2025 07h30

Aposentada Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, foi a primeira vítima de Covid-19 em MS

Aposentada Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, foi a primeira vítima de Covid-19 em MS Foto: Arquivo

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No dia 31 de março de 2020, a aposentada Eleuzi Silva Nascimento, 64 anos, morreu vítima de Covid-19, sendo o primeiro óbito pela doença registrado em Mato Grosso do Sul. Ela era moradora de Batayporã, mas faleceu em Dourados, onde estava internada.

Desde o primeiro óbito registrado, foram 11.342 vítimas do coronavírus em Mato Grosso do Sul, sendo 25 neste ano.

Eleuzi foi merendeira em escola pública estadual durante quase toda a vida, estava internada no Hospital da Cassems, em Dourados desde o dia 24 de março de 2020, quando morreu sete dias depois.

Antes disso, no entanto, ela já havia ficado internada uma semana - de 16 a 23 de março - em Nova Andradina.

No hospital ela apresentou problemas respiratórios graves e chegou a receber alta sem realizar o teste. Importante ressaltar que no início da pandemia os testes eram escassos e realizados apenas conforme critérios estabelecidos pelas unidades de saúde.

O teste na aposentada só foi realizado um dia após receber alta e passar mal novamente. Neste ponto, ela já estava em estado grave, foi entubada e levada as pressas para Dourados.

Na época, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a aposentada pegou o coronavírus da irmã, de 59 anos, que esteve na Bélgica e, posteriormente, testou positivo. A irmã teve sintomas leves e cumpriu isolamento em casa.

A aposentada era fumante e tinha como comorbidade problemas respiratórios. Segundo a família, ela fazia tratamento para efisema há quatro anos.

Antes do primeiro óbito, no dia 14 de março de 2020 haviam sido registrados os dois primeiros casos da doença em Mato Grosso do Sul.

Em Campo Grande, a primeira morte foi registrada no dia 13 de abril de 2020. A vítima tinha 71 anos e estava internada no Hospital Regional de Campo Grande. Ela tinha problemas cardíacos e diabetes. 

Panorama

Ao longo doscinco  anos após o registro da primeira morte por Covid-19, outros 11.342 sul-mato-grossenses faleceram em decorrência da doença. No Brasil, são 7.090.480 mortes desde o início da pandemia.

Quanto aos casos, foram confirmados 639.570 em Mato Grosso do Sul e 777.637.340 no País.

Conforme o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde, na última terça-feira (28), neste ano, a Covid fez 25 vítimas no Estado, com 2.238 casos confirmados.

Em todo o ano passado, foram 11.998 casos, com 135 óbitos.

Ainda segundo o boletim epidemiológico, a cobertura vacinal é de 83,6% em Mato Grosso do Sul. No entanto, quando consideradas o reforço bivalente, a cobertura é menor.

No dia 5 de maio de 2023, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou uma alteração no status da covid-19, que deixou de ser classificada como emergência de saúde pública de interesse internacional

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