Cidades

Campo Grande

Rede social é condenada a pagar R$ 20 mil a usuária que teve conta hackeada

A vítima teve a conta invadida por estelionatários, que publicaram anúncios de investimentos em seu nome e afetaram mais de mil seguidores

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Após ter o perfil invadido por golpistas e mais de 1.700 pessoas realizarem investimentos, uma usuária conseguiu, por meio da 15ª Vara Cível de Campo Grande, que a rede social pagasse a indenização.

Os criminosos acessaram o perfil da vítima e criaram um falso anúncio de investimento, enganando seguidores da conta que acabaram enviando dinheiro.

A mulher ficou sabendo da situação no dia 2 de janeiro de 2023, assim que uma pessoa enviou uma mensagem informando que havia transferido R$ 500 por Pix para o suposto investimento na conta dela.

Ao conferir a conta, percebeu que os golpistas haviam feito anúncios em seu perfil. Ela tentou acessar a conta, mas perdeu o acesso e, por isso, não conseguiu remover o conteúdo e tampouco alterar a senha.

O caso foi analisado pela 15ª Vara Cível de Campo Grande, e o juiz Flávio Saad Peron entendeu que, por conta da falha de segurança da empresa, a usuária deveria ser indenizada em R$ 20 mil por danos morais.

A decisão pontuou que a empresa deve proteger os usuários contra invasões e eventuais golpes, sendo um direito do usuário ter a segurança garantida.

Em decisão urgente, o magistrado determinou que a empresa recuperasse o perfil e solicitou informações sobre os IPs dos computadores usados pelos hackers na ação.

A empresa tentou se defender, sustentando que não havia falha de segurança no fornecimento do serviço e que o transtorno foi ocasionado pelos criminosos.

Portanto, solicitou que o pedido de indenização feito pela vítima fosse rejeitado.

No entanto, ao analisar o caso, o juiz chegou à conclusão de que os fatos apresentados pela usuária eram claros e indiscutíveis e afirmou que ela “tem a justa expectativa de que seu administrador possua sistemas de segurança que impeçam terceiros de acessar e operar indevidamente sua conta, postando conteúdo e mantendo diálogos, em seu nome, com os seguidores do perfil.”

Portanto, o juiz concluiu que cabe indenização pelos danos sofridos: “Nos termos do art. 14, caput, do CDC, pela reparação dos danos experimentados pela autora, em decorrência do defeito do serviço do réu, que, falhando no seu dever de segurança, propiciou que terceiros invadissem a conta da autora e a utilizassem para a prática de estelionato.”

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Cidades

Câmara aprova "Lei anti-Oruam", que proíbe shows de artistas que fazem apologia ao crime

Projeto de lei leva o nome do rapper filho do traficante Marcinho VP e ainda precisa ser sancionada pela prefeita para entrar em vigor

15/04/2025 15h30

Projeto de lei leva o nome do rapper Oruam, filho do traficante Marcinho VP

Projeto de lei leva o nome do rapper Oruam, filho do traficante Marcinho VP Foto: Arquivo

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Os vereadores da Câmara Municipal de Campo Grande aprovaram, em regime de urgência nesta terça-feira (15), o projeto de lei conhecido como "Lei anti-Oruam", que proíbe que a prefeitura contrate, apoie ou divulgue show de artistas que envolvam apologia ao crime organizado ou ao uso de drogas.

Conforme a proposta, os artistas não poderão ser contratados para eventos abertos a crianças e adolescentes e que sejam pagos pelo poder público.

Para efeito da lei, caso seja aprovada, considera-se a definição do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), de que crianças são pessoas de até 12 anos incompletos e adolescentes são pessoas entre 12 e 18 anos incompletos.

A proposta estabelece que “o Município de Campo Grande deverá adotar medidas eficazes para a prevenção da violência e da exploração de Crianças e Adolescentes, além de fomentar iniciativas que afastem a criança e o adolescente de atividades que o deixe vulnerável à criminalidade, como o uso de drogas e apologia ao crime organizado”.

Conforme o projeto, “em caso de descumprimento da vedação a apologia ao crime ou ao uso de drogas, haverá a imediata rescisão contratual, além de multa no valor de 100% do valor do contrato, sem prejuízo de demais sanções administrativas”. A proposta teve uma emenda da vereadora Luiza Ribeiro aprovada, alterando termo da proposta

O projeto foi denominado "Lei anti-Oruam", em alusão ao rapper Oruam, filho do traficante e um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho, Marcinho VP, que está preso na Penitenciária Federal de Campo Grande.

De autoria dos vereadores André Salineiro (PL) e Rafael Tavares (PL), foi inspirado em proposta da vereadora de São Paulo, Amanda Vettorazzo, que também apresentou texto sobre o mesmo tema e convidou parlamentares de todo o Brasil para abraçarem as propostas em suas cidades. Campo Grande foi uma das que aderiu.

Na justificativa do projeto, Salineiro afirmou que vários artistas nacionais fazem apologia ao crime e drogas em seus shows e cita, em especial, os do gênero funk.

Entre os casos, citados, ele ressalta show da cantora Ludmilla, em 2022, durante o evento Campão Cultural, onde ela cantou a música "Verdinha", com letra que fala de forma velada sobre maconha.

Denúnias poderão ser feitas por meio da ouvidoria do município ou outro canal de denúncia que for definido pela prefeitura, caso a lei seja sancionada.

Oruam

Projetos  conhecidos como "Lei anti-Oruam" vêm sendo apresentados em diferentes estados e cidades brasileiras.

O nome faz referência ao rapper Oruam, nome artístico do Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, 23 anos.

Ele é filho de Márcio Nepomuceno, o Marcinho VP, condenado a mais de 40 anos por crimes relacionados ao tráfico de drogas e homicídio. Preso desde 1996 , ele está em penitenciárias federais desde 2010, atualmente em Campo Grande.

O encarceramento não impediu que ele continuasse no mundo no crime. Mesmo de dentro do presídio, ele ordenou uma série de crimes que foram cometidos por outros faccionados.

O rapper Oruam já fez manifestações públicas pedindo a liberdade do pai, sendo a mais polêmicas a apresentação no Lollapalooza 2024, onde vestiu uma camiseta que pedia a liberdade de Marcinho VP.

O cantor tem uma tatuagem em homenagem ao pai e também ao traficante Elias Maluco, condenado pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.

Em março, ele visitou o pai na Penitenciária Federal de Campo Grande.

Tentativa de feminicídio

Polícia Civil procura foragido acusado de esfaquear professora no interior do estado

Vilmar Meza da Silva deu 8 facadas na ex-esposa após uma discussão.

15/04/2025 15h13

O agressor, Vilmar Meza da Silva, está foragido.

O agressor, Vilmar Meza da Silva, está foragido. Arquivo Pessoal

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Uma mulher de 44 anos foi esfaqueada na última segunda-feira (14) em São Gabriel do Oeste, cidade a 133 quilômetros de Campo Grande. A professora teria tido uma discussão com o ex-marido, que teria ferido a mulher 8 vezes na região do tórax, sendo três facadas profundas e cinco superficiais. 

O filho da professora, uma criança de 9 anos, teria presenciado o momento em que a mãe foi esfaqueada pelo ex-companheiro. 

Mesmo com a gravidade dos ferimentos, a vítima conseguiu dirigir até o hospital da cidade e pedir ajuda, mas devido a complexidade da situação, foi encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande. 

A faca utilizada no crime foi localizada dentro da residência da mulher. O agressor, Vilmar Meza da Silva, está foragido. A Polícia Civil de São Gabriel do Oeste iniciou as buscas pelo suspeito na manhã desta terça-feira (15). 

Nas redes sociais, familiares e amigos da professora desejaram recuperações e pedem orações pela mulher. 

“Peço orações pela minha sobrinha, está hospitalizada. Ela sofreu [tentativa de] feminicídio”, disse o tio da vítima. 

A reportagem apurou que Vilmar Meza da Silva possui processos e acusações por tráfico e posse de drogas e medida protetiva de urgência contra ele em favor da vítima, a professora, expedida em setembro de 2024. 

Busque ajuda

Para denúncias em caso de violência doméstica, Campo Grande tem a Casa da Mulher Brasileira, localizada na Rua Brasília, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana. Além da DEAM, Delegacia da Mulher, funcionam na Casa da Mulher Brasileira a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. 

Também é possível ligar para 153, o 180, que garante o anonimato, e o 190. 
 

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