Cidades

AGESUL

Réus da Lama Asfáltica são demitidos

Processo aberto em 2018 foi concluído com a demissão de dois fiscais de obras

EDUARDO PENEDO

07/08/2019 - 12h26
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Os fiscais da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul)  pública Wilson Roberto Mariano de Oliveira, conhecido como Beto Mariano, e Fausto Carneiro da Costa Filho são os primeiros réus da Operação Lama Asfáltica a serem punidos com demissão na esfera administrativa. A demissão assinada pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi publicada na edição desta quarta-feira (7) do Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul (DOE). 

Segundo a publicação no DOE, a demissão dos fiscais está baseado no art. 231, inciso IV, combinado com o art. 236, por violação aos deveres funcionais previstos nos incisos III e XII do art. 218, e no art. 235, incisos VII e XII, todos da Lei Estadual nº 1.102/1990. 

No Diário Oficial de terça-feira (6), a Controladoria Geral do Estado divulgou que o fiscal de obras públicas da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), poderia ser punido com suspensão de 90 dias, mas, o fato não se concretizou pois, segundo relatório final da Comissão Processante, o fato prescreveu. 

Beto Mariano foi preso em março de 2018 pela Polícia Federal, durante fase da operação Lama Asfáltica, por envolvimento em organização criminosa acusada de crimes como lavagem de dinheiro, peculato, corrupção ativa e passiva, dispensa de licitação, fraude à licitação, aplicação ilegal de recursos e associação criminosa. 

O engenheiro civil é réu em seis ações por improbidade administrativa na Justiça Estadual. Ele seria o responsável pela ponte sobre o Rio Santo Antônio, em Guia Lopes da Laguna, que desabou em “efeito dominó”, em janeiro de 2016, depois de intensas chuvas. 

Já Fausto Carneiro da Costa Filho foi acusado pelo Ministério Público Federal (MPF) de integrar a organização criminosa para desviar recursos públicos. 

Na sexta-feira (2), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge ajuizou reclamação contra a decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) em soltar cinco presos da Operação Lama Asfáltica. Isso quer dizer que foi pedido a cassação dos habeas corpus de João Amorim (dono da Proteco Construções), Elza Cristina Araújo dos Santos (sócia e secretária do empresário), Ana Paula Amorim Dolzan (filha de Amorim), Wilson Roberto Mariano de Oliveira (o Beto Mariano, servidor público) e Mariane Mariano de Oliveira Dornellas (médica e filha de Beto Mariano).   2), pedido da PGR foi enviado ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) em razão das decisões de ora soltar os suspeitos ora voltarem a prisão. Ela vê ainda afronta do TRF ao STF. ‘Ao revogar as prisões preventivas, pela segunda vez, o Tribunal reclamado, com fundamento em situação já vigente quando do julgamento, pela 1ª Turma desse STF, do HC nº 135.027, novamente violou a autoridade da decisão proferida por esse STF’. Para a procuradora, as ordens questionadas usaram como argumentos não acolhidos pelo Supremo.  

Entenda o caso  

LAMA ASFÁLTICA  

Em julho de 2015,  foi deflagrada a Operação Lama Asfáltica com objetivo de desarticular organização criminosa especializada em desviar recursos públicos de fraudes em licitações e contratações públicas. As investigações começaram dois anos antes e apontaram a existência de empresas em nome de integrantes de grupo criminoso e de terceiros que superfaturavam obras públicas, por meio de fraudes em licitações e corrupção de servidores públicos.  

As empresas investigadas são do ramo de pavimentação de rodovias, construção de vias públicas, coleta e limpeza pública, entre outros. Neste período, pelo menos 15 pessoas foram para cadeia, mas acabaram liberadas em seguida. A polícia também apreendeu centenas de documentos.  Na ocasião, o prejuízo calculado foi de R$ 11 milhões em obras executadas pelas empresas.  

FAZENDAS DE LAMA  

Na 2ª fase da Operação Lama Asfáltica que, recebeu o nome de Fazendas de Lama, e foi deflagrada em maio de 2016, as investigações ficaram em torno da aquisição de propriedades rurais por meio de desvios de recursos públicos de contratos de obras, fraudes em licitações e recebimento de propinas.  

As investigações apontaram para a prática do crime de lavagem de dinheiro, decorrente de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação dos valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie. Os contratos sob investigação ultrapassaram os R$ 2 bilhões.  

Na ocasião, foram cumpridos 28 mandados de busca e apreensão, 15 de prisão temporária e 24 de sequestro de bens. As ações ocorreram nos municípios de Campo Grande (MS), Rio Negro (MS), Curitiba (PR), Maringá (PR), Presidente Prudente (SP) e Tanabi (SP).  

AVIÕES DE LAMA  

A 3ª fase da Operação Lama Asfáltica, chamada de Aviões de Lama, foi deflagrada em julho de 2016, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Na ocasião, os agentes descobriram que os investigados estavam se desfazendo do patrimônio com a revenda de bens e dividindo o montante entre diversas pessoas para ocultar a origem do dinheiro. Dentre os bens, uma aeronave no valor de R$ 2 milhões. A ação foi realizada mediante entrega de outra aeronave de R$ 350 mil, além de quatro cheques, que resultou no fracionamento do patrimônio com o objetivo de dificultar o rastreamento do dinheiro. Isto explica o nome da operação, “Aviões de Lama”.  

MÁQUINAS DE LAMA  

Em maio do ano passado foi deflagrada a 4ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada “Máquinas de Lama”. À época, os agentes já estimavam prejuízos no valor de R$ 150 milhões.  

Esta fase ocorreu após análise de exames periciais e diligências dos materiais apreendidos nas fases anteriores da Lama Asfáltica. Conforme as investigações avançaram, os agentes descobriram superfaturamento de obras; direcionamento de licitações; aquisição fictícia de produtos; e uso de documentos falsos para justificar o aditamento de contratos.  

À época, constataram também repasse de propina para servidores públicos em troca de benefícios e isenção fiscal.  

Nesta fase, foram cumpridos 32 de mandados de busca e apreensão, nove de condução coercitiva, três de prisão preventiva, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas em Campo Grande (MS), Nioaque (MS), Porto Murtinho (MS), Três Lagoas (MS), São Paulo (SP) e Curitiba (PR).  

PAPIROS DE LAMA  

Em novembro do ano passado, foi deflagrada a 5ª fase da Operação Lama Asfáltica, chamada Papiros de Lama, em que ficou constatado que os recursos desviados pelo grupo criminoso passavam por processos elaborados de ocultação da origem.  

As investigações apontaram para casos de desvios e superfaturamentos em obras, direcionamento de licitações, uso de documentos falsos, aquisição ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados e pagamento de propinas a agentes públicos.  

O grupo “mascarava” os valores repassados por propina com diversos tipos de operações simuladas. A ideia era justificar o aumento patrimonial dos integrantes da quadrilha dando. As investigações apontaram para a aquisição injustificada de obras jurídicas por parte de uma concessionária e direcionamento dos lucros a um dos integrantes. Neste período, o cálculo dos prejuízos causados pelo esquema ao Erário passaram dos R$ 235 milhões.    

Na ocasião, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva; dois de prisão temporária; seis de condução coercitiva; 24 de busca e apreensão; além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. As medidas foram sendo cumpridas em Campo Grande (MS), Nioaque (MS), Aquidauana (MS) e São Paulo (SP).  

COMPUTADORES DE LAMA  

A sexta fase da Operação Lama Asfáltica, intitulada Computadores de Lama, foi deflagrada nesta terça-feira (27). As investigações apontaram para remessas clandestinas de valores para o exterior realizadas por proprietários de empresas de informática investigadas nas fases anteriores.  

Desta vez, serão cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, 25 de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas. As ações ocorrem em Campo Grande, Jaraguari, Dourados e Paranhos e são resultado da análise dos materiais já apreendidos.  

Os agentes apuram os desvios de recursos públicos por meio do direcionamento de licitações em contratações de serviços de informática, aquisição fictícia ou ilícita de produtos, simulação de contratos para o repasse de recursos ilícitos e utilização de “laranjas” para ocultação patrimonial.  

Somando-se todas as seis fases da Operação lama Asfáltica as propinas pagas a integrantes da Organização Criminosa passam dos R$ 432 milhões.  

A ORGANIZAÇÃO   

Dentre os investigados em todas as fases da Operação Lama Asfáltica estão: o ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (MDB), o filho dele, André Puccinelli Júnior, o advogado João Paulo Calves,  o empresário João Amorim e o ex-secretário de Obras do Estado Edson Giroto, o empresário Flávio Henrique Scrochio; o fiscal de obras da Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul), Wilson Roberto Mariano de Oliveira, o Beto Mariano e o empresário João Roberto Baird.   

Prejuízo

Falta de energia elétrica afeta moradores em oito bairros de Campo Grande

Rajadas de vento de até 85 km/h comprometeram toda a fiação elétrica de diversos bairros de Campo Grande. A empresa informa que os funcionários estão trabalhando para resolver rapidamente o problema

10/10/2024 18h30

Oito bairros de Campo segue com problemas no reestabelecimento da energia elétrica

Oito bairros de Campo segue com problemas no reestabelecimento da energia elétrica Reprodução/ Energisa

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Após 24 horas da tempestade que atingiu Campo Grande, deixando rastros de destruição, aproximadamente 8 bairros ainda estão com problemas no fornecimento de energia elétrica, causando transtornos a moradores que calculam prejuízos financeiros devido à interrupção do serviço na região.

Segundo a última atualização da Energisa, às 17h45, cerca de 95% dos clientes afetados pela interrupção do fornecimento de energia já tiveram o serviço restabelecido.

A tempestade que caiu na noite de ontem, com rajadas de vento de 85 km/h, causou estragos na rede elétrica de diversos bairros da cidade. Na tentativa de restabelecer os serviços, a empresa aumentou o número de equipes nas ruas, trabalhando de forma ininterrupta para restabelecer a energia nas áreas que ainda estão sem fornecimento.

Na manhã desta quinta-feira (10), 34 bairros estavam enfrentando problemas devido à falta de energia elétrica, o que aumentou ainda mais o clima de tensão por causa dos prejuízos financeiros dos comerciantes.

Apesar de os serviços continuarem pelos bairros da cidade, a Energisa informou que segue atendendo como prioridade hospitais, unidades de saúde e situações que coloquem a segurança da comunidade em risco, como presídios.

Os bairros que seguem sendo afetados pela queda de energia são: 

  • Parque Residencial Maria Aparecida Pedrossian
  • Jardim Batistão
  • Carandá Bosque
  • Bairro Tiradentes 
  • Universitário
  • Vila Popular
  • Moreninha 
  • Mata do Jacinto

Após o alerta do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) para novos riscos de rajadas de vento que podem atingir entre 60 e 100 km/h, a Energisa avisa que, diante dessas situações de temporais, pode haver curto-circuito e rompimento de cabos que, ao cair ao solo, podem estar energizados.

A orientação da empresa é manter a distância. Não se aproxime em hipótese alguma e acione a Energisa.

Inmet alerta para tempestades nas próximas 24 horas 

Alertando a população para as próximas horas, o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), renovou nesta quinta-feira (10) o alerta de tempestades em todos os 79 municípios de Mato Grosso do Sul nas próximas 24 horas.

Conforme informações meteorológicas, a chuva esperada no estado pode atingir entre 30 até 100 milímetros, com rajadas de vento que devem atingir entre 60 a 100km por hora. 

Preocupados com a magnitude do vendaval que pode atingir os municípios de Mato Grosso do Sul, o Inmet reforça a população que não se abrigue debaixo de árvores e não estacione veículos próximos a placas de publicidade e também de torres de transmissão. 

Na chuva desta madrugada, segundo dados do meteorologista Natálio Abrahão, em Campo Grande, caiu mais 2.450 raios em mais de três horas de chuva. Por causa desta preocupação, o Inmet alerta que se possível  desligue aparelhos elétricos e também o quadro geral de energia elétrica.

 

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Cidades

Servidores terão quatro dias de molho com feriadão em novembro

A folga prolongada será dada graças ao Dia do Servidor, que foi transferido para o dia 14 de novembro

10/10/2024 18h00

Servidores terão quatro dias de molho com feriadão em novembro

Servidores terão quatro dias de molho com feriadão em novembro Gerson Oliveira

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Os servidores estaduais já podem comemorar, com a mudança do ponto facultativo em alusão ao Dia do Servidor Público Estadual para o mês de novembro, agora serão 4 dias de feriado. 

A transferência do feriado foi publicada na edição desta quinta-feira (10) do Diário Oficial do Estado. É importante frisar que a decisão é válida para a administração direta, autarquias e fundações do Poder Executivo estadual.

Devido a mudança, agora o Estado deverá trabalhar normalmente no dia 28 de outubro - data em que é comemorado o Dia do Servidor Estadual. Em novembro, a folga ocorrerá nos dias 14, 15, 16 e 17, neste período todos os órgãos deverão ser fechados.

Por fim, enfatiza que pontos facultativos não são válidos para serviços essenciais, que por natureza não podem ser interrompidos. O decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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