Obras de revitalização na avenida Duque de Caxias, sentido Indubrasil-Aeroporto, começaram em agosto de 2023, com previsão de entrega para fevereiro de 2024.
Porém, a Prefeitura Municipal de Campo Grande (PMCG) anunciou que a obra vai atrasar e a entrega será adiada, por conta das chuvas de verão, que dificultaram os serviços.
O Correio do Estado entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) para saber quando a obra será inaugurada e foi informado que não há definição, pois a reprogramação da obra está sendo elaborada.
"Assim como toda obra, quando ocorre o período de chuvas intensas, há paralisação temporária na execução, sendo retomada em seguida, assim como ocorreu na Duque de Caixas, que segue sendo executada. Com isso, está sendo feita uma reprogramação dos trabalhos para definir um novo prazo", afirmou a Prefeitura de Campo Grande, por meio de nota.
Segundo a prefeitura, 2,82 quilômetros foram recapeados até o momento. Ao todo, 9,4 quilômetros serão revitalizados até o fim da obra. A drenagem foi concluída integralmente.
O recapeamento contempla grande parte da avenida, entre a rotatória do Nova Campo Grande e o Aeroporto Internacional.
A reportagem esteve no local na manhã desta quarta-feira (17) e constatou que máquinas estão trabalhando, atualmente, na frente da Academia de Polícia Militar e na altura da avenida Nove.
A Duque de Caxias também ganhará 2,8 quilômetros de ciclovia, entre o Aeroporto Internacional e a rotatória do bairro Nova Campo Grande.
Com isso, a nova ciclovia possivelmente irá emendar com a já existe na via. No total, serão 6,8 quilômetros de ciclovia na Duque de Caxias, entre o Hospital Militar e a rotatória do bairro Nova Campo Grande.
Além disso, 187 metros de defensa metálica, 187 metros de drenagem e 11 estações de embarque de ônibus também serão implantados na via.
O investimento é de R$ 16.534.788,98. Os recursos são oriundos da prefeitura e governo do Estado, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e Agência Estadual de Gestão e Empreendimentos (Agesul).
De acordo com o comerciante da região, Fernando, a Duque de Caixas/Saída para a BR-262 merece a revitalização, por ser porta de entrada do Pantanal.
“Essa era a única saída da cidade que era esquecida. As outras saídas, para Sidrolândia ou Cuiabá, são bonitas, só a da BR-262 estava esquecida. Faz 7 anos que tenho comércio aqui e o asfalto sempre foi péssimo. O pior de tudo era as valetas, direto eu erguia motoqueiro caído no chão. Dou nota 10 para as obras e recapeamento, está ficando muito bom. A camada de asfalto é bem grossa", disse.
A avenida Duque de Caxias está localizada na região Oeste de Campo Grande e abrange os bairros Amambaí, Vila Alba, Taveirópolis, vila Base Aérea, vila Duque de Caxias, Santo Antônio, Jardim Aeroporto, Jardim Sayonara, vila Serradinho, Nova Campo Grande, Popular, Jardim Carioca e Indubrasil.
Tem cerca de 15 quilômetros de extensão, com início no Hospital Militar e fim no Indubrasil. A via dá acesso a BR-262, saída para Corumbá. Abriga diversas unidades das Forças Armadas, como quartéis do Exército Brasileiro e bases da Força Aérea Brasileira.
PROBLEMAS
A avenida Duque de Caxias, entre o Aeroporto Internacional e a rotatória do bairro Nova Campo Grande, enfrenta graves problemas de infraestrutura.
O asfalto está 'afundado' há anos, devido ao desgaste natural e excesso de carga de caminhões que trafegam na via todos os dias.
A roda dos caminhões formaram uma valeta de cerca de sete centímetros na via, e, consequentemente, desnivelou o asfalto.
A equipe de reportagem do Correio do Estado esteve no local, em agosto do ano passado, e flagrou as "ondas" no asfalto.
Os pneus do veículo encaixam perfeitamente nesta valeta e, com isso, o carro é rebaixado e corre o risco do escapamento, tanque de combustível, caixa de marcha e cárter do motor, arranharem no asfalto.
Quando chove, poças d'água se formam nessas valetas e o motorista corre o risco de aquaplanar o veículo. A avenida se tornou palco de acidente de motociclistas, que se desequilibram com as "ondas" na via.