Cidades

CORUMBÁ

Ribeirinhos afetados pelos incêndios no Pantanal recebem assistência médica

Equipe de saúde do Exército Brasileiro atendeu mais de 70 ribeirinhos com ações de aferição de pressão, distribuição de medicamentos e procedimentos odontológicos

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Com problemas de respiração devido a inalação de fumaça oriunda de incêndios no Pantanal sul-mato-grossense, ribeirinhos receberão nesta semana atendimento médico do Comando Conjunto da Operação Pantanal II, por meio do Navio de Assistência Hospitalar (NAsH).

Comandante do NAsH Tenente Maximiano, o Capitão-Tenente Toledo explica a importância da atuação da equipe médica do exercito brasileiro para auxiliar a comunidade Ribeirinha de Corumbá e região.

“As comunidades que habitam o Pantanal enfrentam não apenas os impactos ambientais dos incêndios devastadores, mas também as consequências diretas para sua saúde e bem-estar. Nossa presença significa alívio e apoio, com profissionais de saúde e equipamentos que fazem a diferença. Cada consulta, cada atendimento é uma demonstração do compromisso das Forças Armadas em cuidar do nosso povo, especialmente nos momentos de maior necessidade”, ressaltou o Capitão-Tenente Toledo.

Desde o dia 14 de setembro, mais de 70 ribeirinhos foram assistidos pela equipe de saúde do NAsH, com ações de aferição de pressão, distribuição de medicamentos e procedimentos odontológicos

Na tarde desta quinta-feira (19), um homem de 55 anos, que recebia acompanhamento desde o dia 16, precisou de atendimento médico emergencial e foi resgatado na região de Jatobazinho, a aproximadamente 100 km de Ladário (MS). 

Após o resgate, o paciente foi levado para o Complexo Naval de Ladário, de onde seguiu em uma ambulância do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) para a Santa Casa de Corumbá.

De acordo com o exercito o NAsH Tenente Maximiano tem a capacidade de realizar atendimentos hospitalares e odontológicos, possuindo consultórios, farmácia e diversos equipamentos e utensílios médicos a bordo.

É capaz de transportar até 46 tripulantes com uma autonomia de 15 dias e possui tanque de aguada com capacidade de 9 mil litros.

O navio é capaz de prover assistência hospitalar às populações ribeirinhas e atuar como navio de recebimento e tratamento de baixas em Operações Ribeirinhas

Navio Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) transitando no Rio Paraguai - Foto: Divulgação / Exército Brasileiro

ATUAÇÃO NO PANTANAL

Atuando pela Força Naval Componente (FNC), o navio de assistência hospitalar se deslocou de Ladário no dia 12 de setembro, com uma brigada de combate a incêndios florestais (BdaCIF), composta por 11 Fuzileiros Navais do 3º Batalhão de Operações Ribeirinhas, organização militar subordinada ao Comando do 6º Distrito Naval.

Os militares realizam ações de reconhecimento fluvial e aéreo, por meio de drones e combate direto aos focos de incêndio na região, em apoio ao PrevFogo-Ibama e CBMMS.

O Comando Operacional Conjunto Pantanal II foi ativado no dia 27 de junho, por meio da portaria 3.179, assinada pelo Ministro da Defesa.

Com essa medida, as Forças Armadas brasileiras (Marinha, Exército e Força Aérea) somam esforços para combater os incêndios na região do Pantanal, pelo período de quatro meses.

CONSERVAÇÃO

Maior fiscalização provoca queda de 84% na extração de ouro

Novas regras do governo dificultaram comércio ilegal do minério

22/09/2024 08h30

Foto: REUTERS/Amanda Perobelli/Direitos Reservados

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O combate à extração ilegal e ao comércio ilegal de ouro no Brasil resultou em uma queda de 84% da produção de ouro registrada nos garimpos do país. Segundo o Instituto Escolhas, a diminuição na produção está relacionada às medidas de controle adotadas pelo governo brasileiro em 2023.

Entre as medidas citadas pelo instituto, está o uso obrigatório de notas fiscais eletrônicas para o comércio de ouro nos garimpos. “Até então, as notas fiscais eram em papel, preenchidas a mão, abrindo espaço para fraudes e dificultando o controle pelas autoridades”, diz o estudo.

Outra medida significativa para este resultado "imediato no mercado" foi o fim das transações de ouro em garimpos “com base na boa-fé dos envolvidos”. É o que mostra o estudo Ouro em Choque: Medidas que Abalaram o Mercado, divulgado esta semana pelo instituto.

“Prova disso é que, em 2022, os garimpos registraram uma produção de 31 toneladas de ouro. Em 2023, após as mudanças, o volume caiu para 17 toneladas, uma diminuição de 45%”, diz o estudo ao apresentar um balanço sobre o impacto das mudanças nas regras do comércio de ouro. Essa redução de 14 toneladas de ouro equivale a R$ 4,3 bilhões.

Em 2024, a queda já se mostra ainda mais acentuada. Entre janeiro e julho, o volume de produção dos garimpos é 84% menor do que o registrado no mesmo período em 2022.

O estudo mostra que mais de 70% dessa queda de produção do valioso metal ocorreu nos garimpos do Pará. Segundo o levantamento, a redução chegou a 57% (o que corresponde a 10 toneladas) no volume de ouro produzido entre 2022 e 2023 em solo paraense. Do total, a redução de 6 toneladas foi apenas em um município: Itaituba, no sudoeste do Pará.

“Entre janeiro e julho de 2024, o recuo na produção garimpeira do estado já é de 98% em comparação com o mesmo período de 2022”, acrescentou o instituto.

A pesquisa informa que, de acordo com os registros oficiais, o Brasil exportava, até 2022, mais ouro do que produzia – cerca de 7 toneladas a mais na média. “Esse número é um indício de ilegalidade no mercado, pois aponta para volumes de ouro, que, possivelmente, não eram registrados na produção oficial, mas chegaram aos mercados externos nos últimos anos”, diz o estudo.

“Em 2023, esse padrão mudou”, acrescentou, ao informar que, naquele ano, a produção brasileira de ouro registrou um excedente de 8 toneladas em relação à exportação. “Isso pode indicar que esse excedente tenha sido vendido por canais distintos das exportações oficiais”, complementou.

Exportações

Diante desse cenário mais controlado, as exportações de ouro caíram 29% em 2023; e 35% entre janeiro e julho de 2024 – volume 35% inferior ao registrado em igual período em 2022.

Os estados que registraram a maior queda nas exportações de ouro em 2023 foram São Paulo, “que não produz ouro, mas escoa o metal de garimpos na Amazônia”; e Mato Grosso, onde predomina a extração por garimpos.

Já com relação ao destino, o instituto chama atenção para a queda nas exportações para Índia, Emirados Árabes Unidos e Bélgica. Juntos, estes países deixaram de comprar 18 toneladas de ouro, principalmente de São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

Portas fechadas para ouro ilegal

“O mercado de ouro entrou em choque. A produção oficialmente registrada e as exportações caíram significativamente, mesmo em um cenário de preços bastante elevados para o ouro, o que tenderia a elevar esses números”, detalhou o estudo, ao afirmar que esse movimento mostra que “uma porta importante foi fechada para o ouro ilegal”, aumentando custos e riscos de operações ilícitas de um ouro que, antes, era facilmente esquentado e exportado como legal.

De acordo com a diretora de Pesquisa do Instituto Escolhas, Larissa Rodrigues, sempre que medidas de controle legal são implementadas, naturalmente há um aumento de custo para aqueles que produzem ou comercializam o ouro de forma ilegal, inclusive para o exterior.

“E ao aumentarmos o custo da atividade ilícita, sufocamos o mercado ilegal”, disse a pesquisadora à Agência Brasil.

Segundo a diretora, essas medidas são apenas o início de um trabalho que pretende promover uma transformação completa no setor. “Combater a extração ilegal deve ser uma prioridade, porque ela provoca danos ambientais e sociais enormes e de difícil reversão”, justifica.

O Instituto Escolhas sugere, como próximos passos a serem dados, que o poder público aumente as exigências para as permissões de lavra garimpeira e apresentação de garantias financeiras para o cumprimento de obrigações ambientais e sociais, pelas empresas de mineração.

Foi também sugerido reforço das fiscalizações da atividade; cancelamento de processos minerários em locais onde a atividade não é permitida, como terras indígenas e unidades de conservação; e a criação de um sistema obrigatório de rastreabilidade de origem do ouro.

Histórico

No início de 2023, os danos causados pelo garimpo ilegal ganharam maior visibilidade devido aos problemas relacionados com a crise humanitária na Terra Indígena Yanomami, em Roraima. Mas instituições públicas e organizações não-governamentais já vinham alertando para o cenário nos últimos anos. A expansão de garimpos na Amazônia brasileira quadruplicou entre 2010 e 2020, segundo um dossiê da Aliança em Defesa dos Territórios, entidade criada em 2021 por povos indígenas.

Previsão do tempo

Confira a previsão do tempo para hoje (22) em Campo Grande e demais regiões de Mato Grosso do Sul

Após chuvas, calor e baixa umidade retornam ao estado

22/09/2024 04h30

Temperaturas voltam a beirar os 40°C

Temperaturas voltam a beirar os 40°C

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Neste domingo (22) a previsão indica tempo firme, com sol e variação de nebulosidade. Essa situação ocorre devido a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica favorecendo o tempo quente e seco no estado de Mato Grosso do Sul. O destaque são as temperaturas acima da média, podendo atingir os 41°C aliado a baixos valores de umidade relativa do ar, com valores entre 10% e 30%.

Por isso, recomenda-se que a população beba bastante líquido, evite exposição ao sol nos horários mais quentes e secos do dia e umidifique os ambientes. Além disso, as condições meteorológicas previstas, de tempo quente e seco, favorecem a ocorrência de incêndios florestais. Desta forma, recomenda-se que a população não ateie fogo em nenhuma situação, pois é crime ambiental.

Os ventos atuam entre o quadrante leste e norte com valores entre 40 km/h e 60 km/h. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Confira abaixo a previsão do tempo para cada região do estado: 

  • Para Campo Grande, estão previstas temperatura mínima de 25°C e máxima de 36°C. 
  • A região do Pantanal deve registrar temperaturas entre 26°C e 40°C. 
  • Em Porto Murtinho é esperada a mínima de 28°C e a máxima de 41°C. 
  • O Norte do estado deve registrar temperatura mínima de 24°C e máxima de 40°C.
  • As cidades da região do Bolsão, no leste do estado, terão temperaturas entre 22°C e 39°C. 
  • Anaurilândia terá mínima de 22°C e máxima de 36°C. 
  • A região da Grande Dourados deve registrar mínima de 21°C e máxima de 37°C. 
  • Estão previstas para Ponta Porã temperaturas entre 22°C e 34°C. 
  • Já a região de Iguatemi terá temperatura mínima de 20°C e máxima de 35°C. 

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