Cidades

ALERTA MÁXIMO

Rio Paraguai começa a baixar após atingir apenas 1,47 metro

É uma das menores cheias da história e um indicativo de que o nível do rio chegue ao mais baixo já registrado desde 1900, quando começaram as medições

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Depois de chegar ao pico de 1,47 metro na régua de Ladário no dia 6 de maio, faz nove dias que o nível do Rio Paraguai está parado ou em declínio, indicando que o principal rio pantaneiro entrou no chamado período de vazante, configurando assim uma das menores “cheias” da história. 

Segundo o professor e estudioso do comportamento do nível do Rio Paraguai, Carlos Padovani, da Embrapa Pantanal, a menor cheia desde 1900, quando começaram as medições, ocorreu em 1971, ano em que máxima foi de apenas 1,11 metro. Antes disso, em 1964, o pico havia ficado em apenas 1,33 metro. Na maior cheia que se tem registro ocorreu em 1988, quando o rio chegou a 6,64 metros em Ladário. 

Nesta quarta-feira (15), conforme dados divulgados diariamente pela Marinha, o rio já havia recuado para 1,43 metro em Ladário. Isso significa 25 centímetros abaixo daquilo que estava na mesma data de 2021, ano em que a mínima chegou a 60 centímetros abaixo de zero na régua de Ladário. 

E este foi o segundo menor nível desde 1900. A pior seca foi registrada em 1964, quando o nível caiu para 61 centímetros abaixo de zero. 

Levando em consideração que nesta quarta-feira o nível está 25 centímetros abaixo daquilo que estava em meados de maio de 2021, a tendência é de que a seca deste ano seja pior que a registrada em 2021 e em 1964, tornando-se a mais severa em 124 anos. 

Outro indicativo de que a situação tende a ser pior que em 2021 é que naquele ano a máxima chegou a 1,88 metro, ou 41 centímetros acima do pico de agora. 

Fonte:Marinha do Brasil

Justamente por conta deste cenário é que a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) decretou nesta segunda-feira (13), pela primeira vez na história, situação de escassez hídrica na bacia do Rio Paraguai.  A média histórica do rio para meados de maio é de 3,69 metros, ou 2,26 metros acima daquilo que está nesta quarta-feira. 

A situação atual só não está pior por conta das chuvas tardias do final de março e das primeiras duas semanas de abril. No dia 7 de março o rio chegou aos 90 centímetros e depois disso estacionou e começou a recuar durante 12 dias. Depois disso, porém, aumentou em quase 60 centímetros, alcançando  1,47 metro no dia 5 de maio. 

Este aumento tardio no nível está sendo fundamental para o transporte hidroviário, que ganhou fôlego por algumas semanas. A partir do momento em que o nível chega a um metro em Ladário as barcaças com minério já conseguem descer rumo à Argentina, mas sem carga total. 

No ano passado, quando o pico da cheia chegou a 4,24 metros, ou 2,77 metros acima do nível máximo deste ano, o transporte de minérios foi possível até o fim de novembro. Agora, caso a vazante iniciada agora se mantenha, é provável que a partir de julho os comboios já tenham dificuldades para navegar. 

Por causa da lentidão no ritmo de aumento do rio, os três primeiros meses de 2024 tiveram redução de 38% nos embarques de minério em Ladário e Corumbá. No ano passado haviam sido despachados 1,4 milhão de toneladas, ante 849 mil toneladas em igual período de 2024. 

PREVENÇÃO ÀS QUEIMADAS

E para tentar evitar tragédia abiental semelhante às de 2020 e 2021, quando os focos de incêndio destruíram mais de um milhão de hectares de vegetação pantaneira, o Governo do Estado está instalando 13 postos avançados de bombeiros e brigadistas em diferentes regiões do Pantanal.

O trabalho dos bombeiros começou ontem (14) com o envio de equipamentos pelo Rio Paraguai - por uma barca - para quatro bases localizadas em regiões conhecidas como Jatobazinho, Barra do São Lourenço e Redário, além da Santa Mônica, que é uma base terrestre com acesso mais rápido pelo rio.

Prevendo possíveis incêndios, equipes dos bombeiros começaram nesta terça-feira (14) a se espalhar pelo Pantanal 

Nesta quarta-feira (15), mais três bases estão sendo estabelecidas, via terrestre, na fazenda Novo Horizonte, Forte Coimbra e Campo Lourdes. Na próxima semana, outras seis bases serão instaladas.

"É a primeira vez que algo assim está acontecendo. Esta é a grande resposta que o Estado dá para o combate aos incêndios no Pantanal. A gente acredita muito nesta iniciativa porque estaremos aonde começam os incêndios, que é o mais importante, por conta da dificuldade de acesso às regiões do Pantanal", afirmou o coronel Adriano Rampazo, subcomandante geral da corporação. 

Educação e ensino

UFGD divulga gabarito preliminar do vestibular 2026; confira

Convocação para as matrículas da primeira chamada está prevista para 14 de janeiro de 2026

17/12/2025 18h18

Divulgação/ UFGD

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A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) divulgou nesta quarta-feira (17) o resultado preliminar do Vestibular 2026, etapa do processo seletivo aguardada pelos mais de 6,8 mil candidatos que realizaram a prova em 19 de outubro. O resultado final do vestibular e a convocação para as matrículas da primeira chamada estão previstos para 14 de janeiro próximo. 

O cronograma previsto também inclui o período para recursos, que poderá ser acessado nos dias 18 e 19 de dezembro. O Boletim de Desempenho Individual, com a pontuação da redação e o total de acertos, ficará liberado ao candidato durante todo o processo.

No último dia 12 de novembro, o Centro de Seleção divulgou o gabarito definitivo e as respostas aos recursos sobre o gabarito preliminar.

As matrículas serão realizadas pela Pró-reitoria de ensino e graduação (Prograd), com editais e cronogramas próprios, seguindo a ordem de desempenho e o número de vagas disponíveis em ampla concorrência e cotas sociais.

Inicialmente, serão chamados os candidatos que escolheram o curso como 1ª opção, e aqueles que selecionaram como 2ª opção serão convocados apenas se restarem vagas. A lista de documentos pode ser consultada em edital.  

O Vestibular 2026 oferece 984 vagas em 35 cursos presenciais e gratuitos, com provas aplicadas nas cidades de Amambai, Campo Grande, Dourados, Naviraí e Nova Andradina.

Confira a lista preliminar da 1ª opção de curso aqui!

Confira a lista preliminar da 2ª opção de curso aqui!

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Cidades

Tribunal de Justiça aprova projeto com 300 cargos para assessores de confiança

Aprovado na LOA para 2026, TJMS terá orçamento avaliado em mais de R$ 1,4 bilhão, o que equivale a um aumento de 7,3% em relação ao valor atual

17/12/2025 17h30

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul

Fachada do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul Foto: Divulgação / TJMS

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul aprovou, nesta quarta-feira (17), projeto que cria novos cargos em comissão de assessoria. De acordo com o órgão público, a medida busca enfrentar o aumento da demanda processual, reduzir atrasos e garantir melhores condições de trabalho às unidades judiciais, especialmente aquelas com maior acúmulo de processos.

Ao todo, o projeto prevê a criação de 300 cargos para assessores comissionados, sendo 50 vagas para assessor de desembargador e 250 para assessoria vinculados a juizes de primeiro grau, divididos em 150 para a entrância especial, 75 para a segunda entrância e 25 para a primeira entrância, além de cargos de assessoramento jurídico-administrativo. 

Durante a discussão na sessão administrativa do Órgão Especial, foi destacado que o Judiciário estadual enfrenta dificuldades decorrentes da vacância de cargos e da elevada carga de trabalho em determinadas varas. Como alternativa, a administração propôs a ampliação do número de assessores, priorizando juízos mais sobrecarregados, de forma gradual e conforme a disponibilidade orçamentária.

A iniciativa da presidência do TJMS, sob o comando do desembargador Dorival Renato Pavan, será submetida à apreciação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e, após os trâmites necessários, poderá ser implementada conforme as possibilidades financeiras do Tribunal.

Aumento na gastança

Em meio ao cenário de corte de gastos por conta da queda na arrecadação de tributos, o Governo do Estado publicou, na terça-feira (16), no Diário Oficial, a Lei Orçamentária Anual (LOA), que prevê aumento de gastos nos Poderes.

Enquanto os orçamentos dos respectivos setores aumentaram em 7,9%, a estimativa de crescimento geral de receitas do Executivo, responsável pelos repasses a estes órgãos públicos, teve acréscimo de apenas 2,9%. 

O Tribunal de Justiça, que terá mais 300 salários de assessores para pagar caso seja implementado o projeto, simplesmente acrescentou R$ 100 milhões ao orçamento de 2026, passando dos atuais R$ 1.364.912.200,00 para R$ 1.464.780.100,00, o que equivale a um acréscimo de 7,3%.

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