Cidades

baixa umidade

Risco de queimadas aumenta
na região de 36 municípios

Inmet alertou que umidade relativa do ar pode chegar a menos de 20%

RODOLFO CÉSAR

28/08/2017 - 15h49
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O risco de queimadas em região que abrange 36 cidades de Mato Grosso do Sul aumentou consideravelmente com a queda da umidade do ar. O Instituto Nacional de Meteorologia emitiu alerta de grau de severidade de perigo, que teve início na manhã de hoje e vai até as 19h de terça-feira (29).

As áreas mais afetadas devem ser no norte, região central e leste do Estado. A umidade relativa do ar pode chegar a 12%, muito abaixo do estágio já considerado perigoso que é de 30%.

A relação de cidades que deve ser atingida por essas condições climáticas inclui Aparecida do Taboado, Bataguassu, Brasilândia, Camapuã, Campo Grande, Corguinho, Corumbá, Costa Rica, Paraíso das Águas, Pedro Gomes, Sidrolândia, Três Lagoas e Água Clara.

"A alta pressão que bloqueia a entrada de sistemas frontais ainda atua em grande parte do Brasil. Esse sistema mantém a baixa umidade relativa do ar à tarde e início da noite, o sol aparece entre poucas nuvens. O tempo seco ocasiona dificuldade na lubrificação da mucosa nasal e eleva o risco de queimadas, especialmente às margens das estradas", explicou a meteorologista do Inmet, Helena Turon Balbino

Hoje, em Campo Grande, a situação crítica da baixa umidade do ar deve ter influenciado em incêndio de grandes proporções registrado em transportadora que fica na saída para Três Lagoas. Ainda haverá investigação, mas há suspeita que fogo começou em terreno e depois atingiu a empresa. Duas carcaças de carretas foram atingidas e foi preciso isolar a área.

Na previsão do tempo para hoje, Sidrolândia deve ter temperatura de até 36º C e umidade relativa do ar de 20%. Essa deve ser a mesma situação de Campo Grande, Coxim e Camapuã. Em Três Lagoas, Água Clara e Bataguassu, a temperatura máxima deve chegar a 34º C, com umidade do ar de até 25%.

"No período (entre hoje e terça), permanece essa condição de tempo seco e quente, especialmente à tarde. Na quarta-feira, o deslocamento de uma frente fria provocará aumento da nebulosidade sobre o sul do Estado. Na quinta-feira, essa frente fria já se afasta para o oceano, sem afetar significativamente o tempo", explicou Helena.

RECOMENDAÇÃO

Por conta do risco à saúde, a recomendação é que pessoas não pratiquem exercício físico e evitem muito esforço durante a tarde. A ingestão de água também precisa ser priorizada. 

Para o corpo humano manter-se hidratado, a orientação é ingestão de dois litros de água por dia. Crianças e idosos exigem atenção redobrada. Recomendação médica também indica o uso de soro fisiológico para a limpeza das vias aéreas.

LISTA DE CIDADES COM ALERTA

Alcinópolis 
Anaurilândia 
Aparecida do Taboado 
Aquidauana 
Bandeirantes 
Bataguassu 
Brasilândia 
Camapuã

Campo Grande 
Cassilândia 
Chapadão do Sul 
Corguinho 
Corumbá
Costa Rica 
Coxim 
Dois Irmãos Do Buriti

Figueirão 
Inocência 
Jaraguari 
Nova Alvorada do Sul
Nova Andradina 
Paranaíba 
Paraíso das Águas
Pedro Gomes

Ribas do Rio Pardo 
Rio Negro
Rio Verde de Mato Grosso 
Rochedo 
Santa Rita do Pardo 
Selvíria
Sidrolândia
Sonora

São Gabriel do Oeste 
Terenos
Três Lagoas
Água Clara

Cidades

Cai o número de endividados no país, aponta entidade do comércio

Avaliação é de que dívidas pesarão mais na renda das famílias em 2025

06/02/2025 21h00

Imagem ilustrativa

Imagem ilustrativa Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

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Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias endividadas caiu no país, chegando a 76,1%, de acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O resultado de janeiro representa uma queda de 0,6 ponto percentual em relação a dezembro e de 2 p.p. no comparativo com o mesmo período em 2024.Imagem ilustrativaImagem ilustrativa

Em janeiro, 20,8% dos brasileiros destinaram mais da metade dos rendimentos às dívidas, o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias destinaram 30% dos ganhos para esta finalidade, um aumento de 0,2 p.p.. O estudo mostrou o crescimento da percepção de endividamento, com 15,9% da população considerando estar “muito endividada”, contra 15,4% no final do ano passado.

“Os juros elevados e a seletividade do crédito fazem com que os consumidores procurem fazer menos dívidas e, como efeito adverso, aumentam sua percepção de endividamento. A leve melhora da inadimplência indica que houve um esforço nas casas brasileiras para equilibrar suas finanças, mas o comprometimento crescente da renda acende um sinal de alerta para a economia em 2025”, avalia o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

Segundo a entidade, como consequência dessa preocupação crescente, menos famílias estão com dívidas em atraso. Elas agora representam 29,1%, diante dos 29,3% de dezembro. O percentual daquelas que não têm condições de pagar o que devem também teve recuo mensal, de 13% para 12,7%. Apesar disso, os resultados ainda se mantêm acima dos patamares observados em janeiro de 2024, de 28,3% e 12%, respectivamente.

“Apesar da queda do endividamento, as dívidas estão consumindo uma parcela maior da renda das famílias brasileiras, especialmente por causa dos juros altos e prazos mais curtos. Esse cenário pode manter a inadimplência em patamares elevados nos próximos meses”, explica o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.

A pesquisa também analisou o endividamento por faixa de renda. Houve queda de 0,8 p.p. entre as famílias que recebem mais de dez salários mínimos (65,3%) e de 1 p.p. entre as que ganham até três salários mínimos (79,5%), no comparativo com dezembro. 

As famílias mais vulneráveis - até 3 salários mínimos - representaram o único grupo cujo percentual de endividamento aumentou, na comparação com janeiro de 2024 (79,2%).

Já a saída da inadimplência demonstra ser um caminho mais longo. A redução da parcela de consumidores com dívida em atraso ocorreu apenas entre os que ganham de três a cinco salários mínimos, saindo de 28,1% em dezembro para 27,5%. No decorrer de 1 ano, houve alívio apenas na faixa entre cinco e dez salários mínimos, com o índice caindo de 22,7% para 22%.

O cartão continua sendo a principal modalidade de crédito utilizada pelos consumidores, atingindo 83,9% do total de devedores, mesmo com a retração de 2,9 p.p., na comparação anual. Em contrapartida, destacam-se o crédito pessoal, com um aumento de 1,3 p.p., atingindo 10,9%, e os carnês, com crescimento de 0,6 p.p. em relação a 2024, chegando a 16,8%.

Apesar da recente melhora dos índices de endividamento e inadimplência, a CNC alerta que o endividamento das famílias pode voltar a crescer ao longo do ano. Os percentuais devem começar a subir a partir de março, fechando 2025 com 77,5% das famílias brasileiras endividadas e 29,8% inadimplentes.

“A necessidade de recorrer ao crédito para consumo, somada à manutenção de juros elevados, deve tornar a gestão financeira um desafio ainda maior para os consumidores brasileiros”, disse o economista Felipe Tavares.

Cidades

CPIs sobre PCC, Comando Vermelho e milícias avançam no Senado e na Câmara

Objetivo no Senado é apurar causas do aumento do poder das facções, enquanto na Câmara o foco são supostas reuniões com integrantes do governo

06/02/2025 20h00

Foto: Reprodução

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O Senado e a Câmara poderão instalar em breve comissões parlamentares de inquérito (CPIs) para investigar facções criminosas como o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV), além das milícias.

No Senado, o requerimento foi protocolado nesta quinta-feira , 06, pelo senador Alessandro Vieira (MDB-SE).

Já na Câmara, um pedido foi apresentado por Kim Kataguiri (União-SP). No requerimento de Kim, o foco são as reuniões de supostos integrantes das facções com representantes do governo Lula (PT), reveladas por reportagens do Estadão.

A proposta mais avançada é a de Alessandro Vieira, no Senado. Segundo ele, o requerimento já tem as 27 assinaturas necessárias, e conta com o apoio do novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

No pedido, Vieira fala sobre a necessidade de investigar as causas do aumento do poder das facções e de estudar os casos dos Estados que conseguiram conter o problema, como Santa Catarina.

Dentre as 27 assinaturas coletadas por Vieira, predominam nomes de oposição - caso de Sérgio Moro (União-PR), Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

"Se está diante de um preocupante estado de coisas, o qual torna imprescindível a atuação investigativa do Poder Legislativo, através de CPI especialmente constituída para tanto, como forma de oferecer ao país soluções legislativas", diz um trecho do requerimento.

O pedido de Kim Kataguiri tem como objeto a possível influência do PCC e do Comando Vermelho nas políticas públicas para o setor carcerário. No pedido, o deputado federal cita a participação de dirigentes da ONG Pacto Social & Carcerário de S.P em reuniões nos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos; e as reuniões de Luciane Barbosa Farias, a Dama do Tráfico, nas duas pastas.

Ambos os casos foram revelados pelo Estadão. No fim de janeiro, os líderes da Pacto Social foram denunciados pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), sob a acusação de integrar o PCC e de atuar de acordo com as ordens da facção.

"A participação dessas ONGs (como a Pacto Social) na formulação do Plano Pena Justa (determinado pelo Supremo Tribunal Federal) levanta suspeitas graves, que merecem ser investigadas. Temos cada vez mais indícios da complexidade e do tamanho do crime organizado no nosso país. E esse nível de infiltração dele na política institucional pode significar que estamos indo por um caminho sem volta. Acredito que teremos facilidade em coletar as 171 assinaturas necessárias (para a CPI)", diz Kataguiri.

O deputado, que integra o Movimento Brasil Livre (MBL), pretende começar a coleta de assinaturas na segunda-feira.

"A crise na Segurança Pública é provavelmente o maior problema nacional, com impactos negativos em todos os aspectos da vida dos brasileiros, mas há muito tempo o debate fica restrito a trocas de farpas entre adeptos do populismo penal (bandido bom é bandido morto) e da abordagem exclusivamente sociológica (pomba branca e passeata pela paz)", diz Alessandro Vieira.

"Por que alguns Estados apresentam bons números históricos, como Santa Catarina, ou conseguiram reduções expressivas nos indicadores de violência, como Sergipe, enquanto outros seguem em uma situação trágica, a exemplo do Rio de Janeiro e do Amapá? É uma pauta urgente do Brasil e precisa fugir da armadilha paralisante da polarização", argumenta o senador.

Relembre os casos

Em novembro de 2023, o Estadão revelou que a mulher de um líder do Comando Vermelho no Amazonas participou de reuniões com dirigentes dos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos no governo Lula (PT).

Ex-estudante de Direito, Luciane Barbosa Farias é casada com Clemilson Farias, o Tio Patinhas, ex-líder do Comando Vermelho no Amazonas. Ela se reuniu com o então titular da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) do Ministério da Justiça, Rafael Velasco Brandani, levada pela advogada criminalista Janira Rocha.

Janira recebeu pagamentos de cerca de R$ 23 mil de um integrante do Comando Vermelho dias antes de uma das reuniões.

Na semana passada, a Justiça Federal decretou a prisão de Luciane Barbosa Farias pelos crimes de associação para o tráfico, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ela se encontra foragida até o momento.

Além de Luciane Barbosa Farias, também se reuniram com dirigentes dos ministérios da Justiça e dos Direitos Humanos os representantes da ONG Pacto Social & Carcerário de S.P. Em meados de janeiro, a ONG foi alvo da operação Fake Scream, deflagrada pela Polícia Civil de São Paulo e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-SP.

A investigação começou em 2021, quando policiais interceptaram um informe sobre as atividades da ONG destinado a presos do PCC.

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