Cidades

MOBILIDADE URBANA

Rua Rui Barbosa também terá estações de pré-embarque motivo de "discórdia"

Obra será licitada em outubro e deve custar em torno de R$ 40 milhões em 18 meses de construção

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Barbosa terá o mesmo formato do realizado na Avenida Bandeirantes e na Rua Brilhante, com o ponto de ônibus ocupando uma das pistas da via. 

A previsão é de que a licitação seja lançada no próximo mês.

De acordo com o titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Rudi Fiorese, a previsão é de que sejam investidos em torno de R$ 40 milhões no corredor e de que as obras durem, pelo menos, 18 meses.

“Ali será um pouco diferente da Brilhante e da Bandeirantes, por estar na região central, então teremos uma iluminação diferente, o mobiliário público também será trocado e haverá requalificação das calçadas. Mas o ponto será o mesmo feito nas duas vias”, contou Fiorese.

A diferença ocorre porque a via está dentro do projeto do Reviva Centro, que também deve lançar edital de licitação para a revitalização das vias localizadas no quadrilátero compreendido entre as avenidas Mato Grosso, Calógeras, Fernando Corrêa da Costa e Rua Padre João Crippa. A concorrência será publicada com a qualificação da Rui Barbosa, em outubro.

A obra da Rui Barbosa faz parte do Corredor sul do transporte coletivo de Campo Grande, onde além das intervenções na via, a Avenida Costa e Silva também terá mudanças.

O projeto completo prevê obras de drenagem, requalificação das vias, recapeamento e as estações de embarque e desembarque de passageiros.

Além desse corredor, também será requalificado o Corredor norte, onde estão previstas obras nas avenidas Cônsul Assaf Trad, Coronel Antonino e Mato Grosso e nas ruas Alegrete e 25 de Dezembro, fazendo a ligação dos terminais General Osório e Nova Bahia.

Os recursos para esses projetos vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Mobilidade Urbana, por meio de empréstimo no valor de R$ 110 milhões, com financiamento de mais R$ 91.334.232,00, com contrapartida de R$ 4,8 milhões da prefeitura, totalizando R$ 96,1 milhões, do Ministério do Desenvolvimento Regional.

SUDOESTE

O único corredor já em fase final de implantação é o sudoeste, com a requalificação já pronta da Avenida Bandeirantes e das Ruas Brilhante e Guia Lopes.

Em julho deste ano, a Prefeitura de Campo Grande abriu licitação para contratação de empresa para requalificação da Avenida Marechal Deodoro, no trecho de ligação entre os terminais Bandeirantes e Aero Rancho.

Esta é a última etapa do Corredor Sudoeste do transporte coletivo. A previsão era de que a última etapa fosse iniciada em outubro deste ano; porém, por causa do adiamento das eleições municipais para novembro, nenhuma obra com recursos de convênios pode ser executada.

O investimento previsto é de R$ 12.585.239,82. Serão 1,1 quilômetro de drenagem e 5,5 quilômetros de recapeamento da via, a partir do Terminal Bandeirantes até a rotatória da Avenida Manoel da Costa Lima. A partir da rotatória, inicia-se o trecho em pista dupla, com faixa exclusiva de ônibus rente ao canteiro central, com estações de pré-embarque.

Dois primeiros braços do Corredor Sudoeste do transporte coletivo já estão quase prontos. A Guia Lopes e a Brilhante passaram por instalação de sinalização horizontal e vertical, com instalação de semáforos novos.

Na Rua Brilhante serão instalados semáforos nos cruzamentos com as ruas Argemiro Fialho, Hermenegildo Pereira, Mário Quintanilha, Círiaco Maimone, Manoel Cavalcante Proença, Salim Maluf e Vicente Solari. 

Na Rua Guia Lopes, deverão ser sinalizados os cruzamentos com a Rua Paissandu e a Avenida Salgado Filho. Já na Bandeirantes, os 3,8 quilômetros estão recapeados e a sinalização depende ainda de licitação. Segundo o secretário, o certame deve ser publicado “em breve”.

A obra de recapeamento do Corredor sudoeste foi iniciada em fevereiro de 2017, com o serviço na Brilhante.

Depois de pronto, os pontos que ocupam parte de uma faixa da via deixaram alguns motoristas irritados, porém, a ideia agradou aos pedestres.

AQUIDAUANA

Quatro anos depois, acusado de crime no Rio Miranda vai a júri popular

Acidente entre lancha de servidor público e barco de pesca causou a morte de Carlos Américo e deixou dois feridos

15/04/2025 09h00

Esta foto teria sido tirada momentos antes de a lancha atingir o barco e matar Carlos (de branco e chapéu)

Esta foto teria sido tirada momentos antes de a lancha atingir o barco e matar Carlos (de branco e chapéu) Foto: Arquivo pessoal

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O servidor público Nivaldo Thiago Filho de Souza, acusado de matar e omitir resgate a Carlos Américo Duarte em um acidente entre a lancha que ele pilotava e o barco do pescador, no Rio Miranda, será julgado em júri popular, em Aquidauana, na próxima semana.

O grave acidente ocorreu no feriado de 1º de maio de 2021, no Rio Miranda, na região conhecida como Touro Morto, e só agora, quatro anos após o incidente, o réu terá seu julgamento realizado, no dia 23, no Tribunal do Júri da Comarca de Aquidauana. 

Conforme informa o processo, que contém a denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), Nivaldo Thiago pilotava uma lancha denominada Mamba Negra, sem ter habilitação e sob efeito de álcool, quando colidiu com o barco Beira Rio II, tripulado por três pessoas.

O impacto das embarcações resultou na morte de Carlos Américo Duarte e ainda feriu outras duas pessoas: Caê Duarte (filho de Carlos) e Rosivaldo Barboza de Lima (piloto profissional da embarcação).

Segundo os autos, Nivaldo fugiu do local sem prestar socorro às vítimas. No momento do acidente estavam dentro da embarcação, junto com o réu, sua esposa e filho. 

Carlos Américo, segundo consta no laudo de exame pericial da Marinha do Brasil, presente nos autos, sofreu fraturas na mandíbula esquerda, fratura raquimedular da coluna vertical e fratura no braço esquerdo, vindo a falecer no local.

A colisão ocorreu em uma curva do rio, que a lancha Mamba Negra adentrou em alta velocidade, de acordo com o relato das vítimas.

O caso foi recebido pela Justiça em 24 de fevereiro de 2023. A juíza responsável pelo processo entendeu haver provas suficientes da materialidade do crime e indícios consistentes da autoria, tornando Nivaldo réu em ação penal.

O processo seguirá para julgamento no Tribunal do Júri, como determina a Constituição Federal para crimes dolosos contra a vida.

Com o julgamento agendado, o juiz conduzirá a sessão e, com o júri formado por sete cidadãos, decidirá pela aplicação da pena, caso haja condenação.

SERVIDOR PÚBLICO

Nivaldo Thiago Filho de Souza é servidor público estadual, lotado na Secretaria de Estado da Casa Civil. Na época do acidente, o réu ocupava cargo em comissão de direção gerencial superior e assessoramento, na função de assessor especial.

Sua remuneração fixa no cargo era de R$ 11 mil e, no mês seguinte ao ocorrido, ele recebeu um aumento de salário, passando a receber R$ 17 mil.

Mesmo tendo seu nome envolvido em um acidente com morte, Nivaldo Thiago se manteve no cargo público na Casa Civil e, em 2023, foi promovido para administração superior e assessoramento na função de assessor especial I, tendo outros aumentos de salário, que foi de R$ 18 mil até R$ 28 mil.

Esse vínculo funcional foi encerrado após um pedido de exoneração, com efeito a partir de 22 de julho de 2024, conforme publicado em resolução oficial do governo do Estado.

Porém, no mês passado, de acordo informações do Portal da Transparência do governo do Estado, o réu foi recontratado para ocupar o mesmo cargo na Casa Civil, desta vez recebendo o valor fixo de R$ 29.276,76, salário está a apenas R$ 5 mil do que ganha o titular da Pasta, que recebe R$ 34 mil.

Diferentemente do secretário, Nivaldo também recebe remunerações eventuais do mesmo valor que o seu salário, ou seja, o réu ganhou em março salário bruto de quase R$ 60 mil, recebendo mais de R$ 42 mil líquidos. 

Nivaldo também esteve lotado anteriormente na Secretaria de Estado de Cultura de Mato Grosso do Sul, exercendo cargo em comissão de direção gerencial superior e assessoramento, antes de ser transferido para a Casa Civil, em 2021.

ALCOOLIZADO

Conforme informa o boletim de ocorrência registrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no dia do acidente no Rio Miranda, Nivaldo foi abordado pela corporação na rodovia.

O réu teria informado que se envolveu em um acidente no rio e que estaria levando a sua família para o hospital mais próximo. Ele também teria se recusado a realizar o teste do bafômetro.

Apesar de ter recusado, Nivaldo teria admitido ter consumido bebida alcoólica antes de assumir o comando da embarcação. 

De acordo com a denúncia do MPMS, Nivaldo não tinha habilitação (Arrais), que é obrigatória para pilotar barcos e lanchas nos rios do Estado.

Sua conduta pode ser enquadrada como homicídio doloso (art. 121, caput, do Código Penal) e tentativa de homicídio doloso contra as vítimas sobreviventes (art. 121, caput, combinado com art. 14, II, do Código Penal).

SAIBA

Inicialmente, houve divergência sobre o local do crime, já que as coordenadas indicavam que ele teria acontecido em área próxima a Corumbá. No entanto, por meio de laudo técnico, as informações foram corrigidas, confirmando que a colisão ocorreu em Aquidauana.

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Cidades

Estudantes de medicina viram "mulas" do tráfico de cocaína

Com mandados em MS, a Polícia Federal apura o envio da droga para o estado de Goiás, de onde a droga era remetida ao exterior de forma camuflada

15/04/2025 08h15

Estudantes de medicina viram 'mulas' do tráfico de cocaína

Estudantes de medicina viram 'mulas' do tráfico de cocaína Polícia Federal

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A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (15) a Operação Sinal Sujo, de combate ao tráfico internacional de drogas. Durante a investigação, equipes descobriram o envolvimento de alguns alunos brasileiros do curso de medicina que estudam na Bolívia. 

Com mandados em Campo Grande e Corumbá/MS, Manaus/AM, Itamaraju/BA, Volta Redonda/RJ, Rolim de Moura e Espigão d’Oeste/RO, a operação apura o envio de cocaína da fronteira do Brasil com a Bolívia para o Estado de Goiás, de onde a droga era remetida ao exterior de forma camuflada.

Na ação, o grupo utilizava de osciloscópios — instrumentos normalmente usados em laboratórios de engenharia e eletrônica — como compartimentos ocultos para o transporte internacional da droga.

Ainda foram identificadas cinco cargas de drogas enviadas pelo grupo criminoso aos países de Portugal, Espanha e Inglaterra e, através de cooperação policial internacional com a Alemanha - foram apreendidas três cargas destas que estavam em trânsito para o destino final.

Por fim, estudantes de medicina tiveram atuação comprovada no pagamento das remessas da droga ao exterior funcionando como uma ponte financeira e logística do esquema.

Na ação policial realizada na manhã desta terça-feira conta com a participação de mais de 50 policiais no cumprimento de 10 mandados de busca e apreensão nos cinco Estados.

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