Cidades

Vacinação

Saiba quem pode se vacinar contra COVID-19 segundo o Calendário Nacional de Vacinação

Em Campo Grande, a vacinação está disponível para a população em 74 unidades básicas e de saúde da família

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Desde 1º de janeiro de 2024, a vacina contra a Covid-19 foi incluída pelo Ministério da Saúde ao Calendário Nacional de Vacinação, ou seja, assim como outros imunizantes, as doses passam a serem disponibilizadas todos os anos para grupos específicos.

Entre o público-alvo estão as gestantes e puérperas, bebês a partir de seis meses, crianças até 5 anos, imunossuprimidos e idosos. 

“Nesse momento o reforço vacinal deixa de ser aplicado em toda a população indiscriminadamente, como era até o ano passado, mas isso não quer dizer que quem deseje iniciar o ciclo, ou atualizar alguma dose em atraso, não possa buscar a unidade de saúde de referência”, explica a superintendente de vigilância em saúde de Campo Grande, Veruska Lahdo.

Ainda conforme a superintendente, as doses estão disponíveis em todas as unidades de saúde, assim como as demais vacinas do calendário de rotina. “Os pais e responsáveis podem buscar qualquer uma das 74 unidades básicas e de saúde da família para vacinar as crianças que tenham até quatro anos, onze meses e 29 dias”, garante.

Neste público, são ministradas três doses, uma aos seis meses, outra aos sete e a última aos nove meses de idade. Crianças que ainda não tenham completado o esquema vacinal, ou que tiverem doses em atraso e forem menores de cinco anos, também serão imunizadas seguindo o mesmo intervalo entre doses.

A Secretaria Estadual de Saúde (SES/MS) também garante que todas as vacinas contra Covid-19 estão disponíveis nos 79 municípios do estado. 

"Sabemos da eficácia da vacinação no contexto do enfrentamento da Covid-19, neste sentido é de suma importância que as pessoas que pertencem aos grupos prioritários procurem uma unidade de saúde e recebam o reforço com a vacina bivalente, a vacina está disponível em todas as salas de vacina do estado e é de suma importância que os mais vulneráveis procurem se vacinar o mais breve possível", reforça o gerente de imunização da SES, Frederico Moraes.

Para o público-alvo das gestantes, a SES/MS ressalta que não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo suficiente para a vacinação que a própria mulher confirme o seu estado de gravidez.

Além disso, a SES considera puérpera todas as mulheres no período até 45 dias após o parto e essas estão incluídas na população indicada para a vacinação. Neste casos, deverão apresentar documento que comprove o puerpério (certidão de nascimento, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o parto, entre outros).   

Outros públicos

O reforço vacinal também passa a ser aplicado dentro da rotina de vacinação das crianças a partir dos cinco anos, adolescentes, adultos e idosos, desde que o paciente se enquadre nos requisitos. Divididos em dois, há quem receba o reforço a cada seis meses e quem tenha apenas uma dose aplicada por ano.

O grupo que receberá o reforço vacinal a cada seis meses está subdividido em três: Pessoas com 60 anos ou mais, com 5 anos ou mais e que possuam algum imunocomprometimento e gestantes e puérperas. Para todos é necessário o esquema vacinal completo e a última dose aplicada há pelo menos seis meses.

Já o outro grupo, que também precisa obedecer ao mesmo critério de intervalo de doses, e receberá uma dose anual, possui mais subdivisões. Estão nele: Pessoas vivendo em instituições de longa permanência e seus trabalhadores, Indígenas e Quilombolas, Trabalhadores da Saúde, Pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades e privados de liberdades e adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema prisional e pessoas em situação de rua.

Gestantes devem se vacinar para proteger o bebê

 

Ao menos cinco bebês de dois a nove meses morreram de COVID-19 em Mato Grosso do Sul, no ano de 2023. Ao todo, foram 11 óbitos em crianças menores de cinco anos. Já o número total de casos confirmados da doença encerrou o ano com 29.277 pessoas infectadas pelo vírus.

O médico infectologista e pesquisador da Fiocruz, Julio Croda, alerta sobre a importância da vacinação, sobretudo nos grupos prioritários, de gestantes e puérperas para garantir uma dupla proteção: a mãe e ao bebê.

"A vacina de COVID é super importante para a gestante, principalmente no último trimestre da gestação. Essa vacinação, no último trimestre da gestação, vai proteger até seis meses o recém-nascido, então esse é o principal objetivo. Depois de seis meses, o bebê pode tomar a vacina Pfizer Baby e, portanto, garantir sua proteção. Importante entender que hoje, o óbito está concentrado nos idosos imunossuprimidos e nas crianças, justamente menores de dois anos, porque não tem essa imunidade. Então, a estratégia de vacinar a gestante é fundamental", explica o médico especialista, Julio Croda.

Além disso, o médico infectologista ressalta que as gestantes devem estar atentas aos demais imunizantes preconizados pelo Ministério da Saúde e que fazem parte do Calendário Nacional de Vacinação, como a vacina DTPA.

"Existem outras vacinas que são aplicadas no último trimestre da gestação, justamente para proteger o feto, como a DTP-A, que é a vacina que protege contra difteria, tétano e coqueluche. Isso garante uma proteção para a criança menor de seis meses, que não tem o seu sistema imune amadurecido, e a proteção é dada através dessa transferência de anticorpos maternos pro recém-nascido", esclarece o infectologista. 

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INVESTIGAÇÃO

Vereador de Pernambuco comandava tráfico de drogas na fronteira de MS

Com ligações com o PCC, parlamentar seria chefe de quadrilha que buscava cocaína em Ponta Porã

20/09/2024 09h45

Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal do interior de Pernambuco

Policiais cumpriram mandado de busca e apreensão na Câmara Municipal do interior de Pernambuco Foto: Divulgação/pf

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Um vereador de João Alfredo, município localizado no agreste de Pernambuco, seria o chefe de uma organização criminosa que atuava no tráfico transnacional de drogas, a partir de Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, levando os entorpecentes para vários estados do País.

De acordo com a Polícia Federal (PF), as investigações que culminaram na Operação Olho de Vidro, deflagrada ontem, tiveram início em maio de 2022, após apreensão de um caminhão carregado com maconha e cocaína (cerca de 400 kg), que estava em Ponta Porã. 

“A partir desta ocorrência, foi identificada a atuação de uma organização criminosa”, diz a PF em nota.
Segundo apurado pelo Correio do Estado, o líder da quadrilha seria o vereador pernambucano José Joacir Cristóvão da Silva (Podemos), que é conhecido como Oim por ter um olho de vidro, motivo do nome da operação. 

Durante a operação foram cumpridos 12 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão em nove cidades de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pernambuco, São Paulo, Santa Catarina e Goiás, incluindo a interdição de duas empresas e a apreensão de veículos, imóveis e valores em contas bancárias dos 17 investigados.

Ao Correio do Estado, a PF afirmou que dos 12 mandados de prisão, sete foram cumpridos em Mato Grosso do Sul, além de mais sete prisões em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas. Foram apreendidos quatro pistolas, uma escopeta, cocaína e maconha.

Em João Alfredo, a PF também cumpriu busca e apreensão na Câmara Municipal do município, onde o vereador trabalhava. O líder do grupo, segundo confirmação da PF, não foi preso e seguia foragido até o fim da tarde de ontem.

Oim já tem passagens por receptação qualificada e tráfico de drogas, além de ter ligação com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Além das prisões e buscas realizadas, duas empresas foram interditadas, inúmeros veículos foram apreendidos e grande numerário de valores foi bloqueado nas contas dos investigados”, diz nota da PF.

LOGÍSTICA

De acordo com informações da PF, a droga era adquirida em Pedro Juan Caballero, no Paraguai, e adentrava o território brasileiro por Ponta Porã. De lá, os caminhões seguiam aos seus destinos finais.

A droga era encaminhada “para todo o País, [onde] haviam distribuidores em todas as regiões”, apenas por meio de caminhões.
“Existem várias apreensões relacionadas, mas ainda sem uma quantidade a ser informada”, afirmou a PF à reportagem.

VEREADOR

José Joacir Cristóvão da Silva está no terceiro mandato na Câmara Municipal de João Alfredo. Ele foi eleito pela primeira vez em 2016 e chegou a ser presidente da Câmara Municipal da cidade durante o biênio 2019-2020.

Segundo o advogado do vereador, Ydigoras Ribeiro Junior, em entrevista ao Diario de Pernambuco, ele afirmou que ficou surpreso com a ação policial e disse que ainda não teve acesso aos autos.

“É de total e absoluto interesse do vereador que os fatos sejam devidamente esclarecidos. Ainda mais, por ter absoluta certeza que as imputações que foram veiculadas no dia de hoje não possuem qualquer elemento de veracidade, o que pode afirmar de maneira peremptória”, disse o advogado ao jornal pernambucano.

A mulher dele, Edivania Laura da Silva, conhecida como Vânia de Oim, também seria uma das investigadas pela PF. Ela é uma das candidatas à prefeitura de João Alfredo.Um dos mandados de busca e apreensão, inclusive, teria sido cumprido na residência do casal.

Saiba

A Operação Olho de Vidro, deflagrada ontem pela Polícia Federal, cumpriu sete mandados de prisão temporária em Mato Grosso do Sul e mais sete prisões em flagrante realizadas por posse irregular de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas. No cumprimento dos mandados, foram apreendidas armas, munições e drogas.

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DISPUTA POR TERRAS

Estado e União querem indenizar produtores para encerrar conflitos

Governador Eduardo Riedel esteve ontem em Brasília e conversou com ministro do STF Gilmar Mendes, que lidera a mesa de conciliação sobre o marco temporal

20/09/2024 09h30

Na quarta um indígena foi morto em retomadaem Antônio João

Na quarta um indígena foi morto em retomadaem Antônio João Foto: Reprodução

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Para reduzir os conflitos agrários envolvendo produtores agropecuários e indígenas em Mato Grosso do Sul e buscar reduzir a atuação de traficantes paraguaios nessas áreas, principalmente na fronteira, o governo do Estado e a União vão viabilizar a indenização dos proprietários das áreas em disputa. 

Esse é o encaminhamento definido pelo governador Eduardo Riedel (PSDB) em reunião com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que também contou com integrantes do Ministério da Justiça e do Palácio do Planalto.

Esta solução deve  contribuir para acabar com o impasse no município de Antônio João, que resultou na morte de Neri Ramos da Silva, indígena guarani kaiowá morto pela Polícia Militar em operação que cumpre determinação judicial em virtude da inércia do processo demarcatório de terras,  avaliou Riedel, em Brasília, após reunião com Gilmar Mendes e uma vídeo conferência na quarta-feira com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

“Foi uma reunião muito positiva é com o ministro Gilmar Mendes, que lidera a mesa de Conciliação do STF, com todos os atores envolvidos. Nós trouxemos documentações relativas  aos conflitos em Mato Grosso do Sul, especificamente todas as áreas que estão em estudos, estudadas, declaradas, homologadas, demarcadas, o grau de litígio de cada uma delas para que a gente possa avançar em soluções concretas”, declarou o governador.

“Ontem ainda conversei com o presidente Lula por telefone, discutindo um pouquinho especificamente o conflito. Ele reiterou o desejo de buscar soluções nessas áreas que têm dois princípios constitucionais em conflito: direito de propriedade, títulos legais, a cadeia dominial. E a demarcação por parte de antropólogos de áreas  indígenas. Então a gente vai buscar a solução através da indenização dos proprietários nas áreas que onde isso couber”, completou Riedel.

Para o governador sul-mato-grossense, o que se busca nesse momento para a questão fundiária envolvendo indígenas “é a tentativa e a busca de apaziguar os ânimos, de colocar uma solução”.

“Até porque nós estamos buscando a solução para a área. Esse momento é de apaziguar, que os indígenas também tenham paciência no sentido de entender que todos estão envolvidos na busca de uma solução, para eles e para os proprietários, esse é o nosso objetivo”, declarou o governador ao Correio do Estado.

RELATÓRIO

Além da questão  fundiária, existe a atuação do crime organizado. A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul elaborou um relatório que aponta interferências de traficantes paraguaios em áreas indígenas do Estado, citando o município de Antônio João. 

O levantamento entregue ao STF e ao governo federal aponta os problemas do crime organizado na região. O governador destacou que existe preocupação com essas ações ilícitas, mas reforçou que são coisas distintas, a ação criminosa e a demarcação de terras indígenas e que precisam ser cuidadas com ações distintas. 

“Temos que separar as duas coisas, uma coisa são os conflitos agrários, da demarcação de terra. Essa é uma situação. A outra situação é o crime organizado em algumas situações. Essas situações elas estão postas como em Antônio João, por interesse e fragilidade institucional. A partir do conflito agrário, o crime organizado se aproveita e pode se utilizar esse território pra ilícitos do crime organizado”, explicou Riedel.

“Ali, em Antônio João, especificamente, a gente tem um relatório de inteligência mostrando um pouquinho da atuação do crime organizado, tanto do lado do Paraguai quanto do lado brasileiro e é uma coisa que preocupa a todos, mas isso não tem correlação direta com a demarcação das áreas indígenas. E importante deixar isso bem separado”, completou o governador.

FICHA CRIMINAL

Morto durante um confronto na Terra Indígena Ñand Ru Marangatu na madrugada de quarta-feira, em Antônio João, o indígena Guarani Kaiowá Neri Ramos da Silva, de 23 anos, tinha diversas passagens pela polícia por roubo e latrocínio, segundo o Batalhão de Choque da Polícia Militar.

Uma dessas ocorrências teria sido em 2015, em Antônio João, quando a vítima de latrocínio foi morta com um tiro na cabeça, segundo a PM.

Sobre o conflito que terminou com a morte do indígena na quarta-feira, o Choque informou que equipes foram acionadas na Terra Indígena Ñande Ru Marangatu, localizada na Fazenda Barra, na região de fronteira com o Paraguai, com denúncia de que havia um confronto na região.

Em nota divulgada nas redes sociais, o Choque afirma que, na tentativa de dispersar o tumulto, um dos indígenas que estava escondido na vegetação atirou em direção às forças de segurança e atingiu o escudo protetor da tropa de um dos policiais.
Os agentes de segurança afirmam ter reagidi e atirado em direção a mata, atingindo o indígena na cabeça.

O corpo do indígena Guarani Kaiowá foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde será periciado por peritos federais que vieram de Brasília (DF) para investigar o caso. (Colaborou João Gabriel Vilalva)

Saiba

Após a morte de Neri Ramos da Silva, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) soltou uma nota em que diz que recebeu com preocupação a afirmação do secretário de Segurança de MS, Antonio Carlos Videira, sobre o possível envolvimento de indígenas com o tráfico de drogas.



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