Cidades

abaixo de zero

Impossível prever, diz doutor sobre nivel mínimo do Rio Paraguai

Carlos Padovani projeta para a próxima semana menor nível em 124 anos. Porém, por ser uma seca sem precedentes, não se arrista a prever até quando vai continuar a vazante

Continue lendo...

Na próxima semana o nível do Rio Paraguai deve superar seu mais baixo índice da história, que foi de 61 centímetros abaixo de zero, registrado em 1964. As medições são feitas há 124 anos e, por conta do ineditismo e da severidade da estiagem, nem mesmo do doutor Carlos Padovani se arrisca a fazer uma projeção sobre o nível mínimo que o rio deve atingir neste ano na régua de Ladário, que serve de referência para o Pantanal. 

Nesta segunda-feira, o rio amanheceu com 51 centímetros abaixo de zero, faltando 11 centímetros para superar a marca histórica. Desde o começo de setembro a queda foi de 35 centímetros. No mês anterior, o recuo havia sido bem maior, de 64 centímetros. 

Estudioso do comportamento do Rio Paraguai faz mais de duas décadas e com doutorado feito em 2013 sobre a dinâmica das cheias do Pantanal, Carlos Padovani é referência nacional quando o assunto é projeção sobre as cheias e secas do rio. 

Desta vez, porém, ele não se arrisca a fazer projeções sobre o nível mínimo que o rio pode atingir. “Toda projeção tem um pouco de chute, mas ela é feita com base em números e no comportamento do rio em anos anteriores. Mas, como nunca tivemos algo parecido com o que está acontecendo agora, só me arrisco a projetar que na próxima semana o nível deve ficar abaixo daqueles 61 centímetros negativos de 1964”, afirmou o pesquisador nesta segunda-feira. 

O segundo pior nível, de 60 centímetros abaixo de zero em Ladário, foi registrado em 2021. Naquele ano, a mínima ocorreu em 17 de outubro. Depois disso o rio começou a subir. Naquele ano, no último dia de setembro, o rio estava 13 centímetros mais alto do que nesta segunda-feira (30). 

ÁGUA EXTRA

A situação só não está pior porque no final de junho e primeiras semanas de julho a Usina Hidrelétrica de Manso, em Mato Grosso,  liberou volume extra de água durante três semanas. 

Por conta disso, o Rio Cuiabá, um dos principais tributários do Rio Paraguai, chegou a subir 70 centímetros em plano período de estiagem extrema, que começou em outubro do ano passado em quase toda a região centro-oeste. A chuvas ficaram quase 50% abaixo da média histórica na bacia pantaneira, que é de 1.200 milímetros.

No dia 27 de junho o nível na régua de Cuiabá estava em 90 centímetros. Dez dias depois, em 8 de julho, chegou a 1,57 metro. Depois disso começou a baixar, mas até hoje está na casa dos 94 centímetros. 

E isso ocorre porque a usina está liberando uma média de 80 metros cúbicos de água por segundo, o que é quatro vezes mais do que a vazão natural nesta época do ano. Em 2021, a mínima na régua de Cuiabá chegou a apenas 4 centímetros. Mas, apresar desta água extra, o nível em Ladário tende a ser o pior da história, pois todos os afluentes do Rio Paraguai estão com vazão menor que o normal. 

Mas, o que doutor pela USP tem certeza é de que, por mais que as chuvas cheguem com regularidade a partir de outubro em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, esta água vai demorar semanas para chegar à região de Ladário e alterar significativamente o cenário. 

Para a retomada do transporte hidroviário, suspenso desde julho, é necessário que o nível ultrapasse a marca de um metro em Ladário, o que é 1,5 metro acima daquilo que está nesta segunda-feira. Caso ocorram chuvas dentro da média, isso deve ocorrer somente em meados de janeiro do próximo ano, assim como ocorreu no final de 2021 e começo de 2022. 

E por conta da falta de água, o transporte de minérios e grãos caiu em quase 52%% neste ano, conforme dados da Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq). Entre janeiro e julho do ano passado foram despachados 5,4 milhões de toneladas dos portos de Ladário, Corumbá e Porto Murtinho. Neste ano, foram apenas 2,6 milhões. 

Oportunidade

Feirão de Emprego oferece vagas para trabalhadores com 60 anos

A Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul promove uma ação nesta terça-feira (1º) com vagas para pessoas acima de 60 anos em Campo Grande

30/09/2024 15h15

Divulgação Funtrab

Continue Lendo...

O Feirão da Empregabilidade oferece, nesta terça-feira (01), 153 vagas de emprego em oito empresas do comércio varejista para pessoas com idade a parti de 60 anos na Capital.


A ação, promovida pela Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), em alusão ao Dia Nacional da Pessoa Idosa, comemorado em 1º de outubro, também irá oferecer mais de 1,9 mil oportunidades em diversas áreas.


Sobre as 153 oportunidades de trabalho, estão os seguintes ramos de atuação:

  • comércio varejista;
  • limpeza terceirizada;
  • frigorífico;
  • cervejaria;
  • reciclagem;
  • rede atacadista;
  • consultoria de RH.


Empresas


Os empregadores vão desde setores de serviços médicos até rede atacadista e limpeza terceirizada, que optam por candidatos com idade a partir de 60 anos.

Feirão da Empregabilidade


Para iniciar o mês empregado, o interessado deve ir até a sede da Funtrab, localizada na Rua 13 de Maio, nº 2.773, entre as ruas Dom Aquino e Cândido Mariano, das 8h às 11h.
O candidato precisa levar os seguintes documentos:

  • RG;
  • CPF;
  • Carteira de Trabalho para se cadastrar.

Assine o Correio do Estado

Lá vem eles de novo ...

Inmet renova alerta para nova onda de calor em Mato Grosso do Sul

A oitava onda de calor deste ano deve se instalar no centro do país por uma semana, iniciando no dia 2 e se encerrando no dia 8 de outubro.

30/09/2024 15h00

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado

Recomenda-se a ingestão de muita água, devido ao calor e tempo seco no estado Arquivo

Continue Lendo...

Após um breve refresco no fim de semana, causado pela passagem de uma frente fria em Mato Grosso do Sul, a semana começa com um novo alerta de perigo emitido pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), devido à chegada da oitava onda de calor nenhum país.

Conforme informações do Inmet, as temperaturas no estado, especialmente no centro-norte e na região pantaneira, devem ficar pelo menos 5ºC acima da média. A umidade relativa do ar deve ficar em torno de 20%, o que, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é considerado um risco leve para a saúde humana.

Segundo informações do instituto meteorológico Climatempo, São Paulo, o oeste de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso e Goiás devem ser mais afetados pelas altas temperaturas. A tendência nessa região é o aumento do potencial para focos de incêndio, e a fumaça deve voltar a tomar conta das cidades na região centro do país. 

A capital de Mato Grosso do Sul, Campo Grande, passou a semana passada com o ambiente branco e esfumaçado, gerando alertas nos postos de saúde do município devido a problemas de saúde.

Ainda de acordo com a Climatempo, a onda de calor que inicia na próxima terça-feira (2) deve permanecer por uma semana, saindo somente no dia 8 de outubro.

Em algumas capitais, a temperatura deve voltar a ultrapassar os 40ºC. Na última semana, diversas cidades de Mato Grosso do Sul, como Água Clara, registraram 43ºC, com a umidade do ar abaixo de 10%.

Nesta segunda-feira, Campo Grande deve registrar temperaturas próximas de 40ºC. Em Cuiabá, a temperatura atinge seu pico nesta terça-feira (1º).


Secretária  alerta sobre cuidados com a saúde

Com o calor extremo e a umidade relativa do ar abaixo de 12%, a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) emitiu um alerta nesta quinta-feira (5) sobre os perigos e cuidados com a saúde durante este período difícil, em que os campo-grandenses estão enfrentando registros extremos de temperatura.

De acordo com dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), a umidade do ar ideal para a saúde humana deve estar entre 50% e 60%. Por isso, quando o índice fica abaixo de 21% a 30%, é decretado estado de atenção. Quando fica abaixo de 12%, é considerado alerta vermelho, e a população precisa redobrar os cuidados.

Preocupada com a possibilidade de que muitos campo-grandenses possam enfrentar problemas de saúde nos próximos dias, a Sesau alerta a população sobre a necessidade de cuidados com sintomas como tosse seca, dificuldade para respirar, cansaço, dor e ardência nos olhos, nariz e garganta, rouquidão, dor de cabeça, lacrimejamento e vermelhidão nos olhos.

Dicas de Prevenção e Cuidados
Para minimizar os efeitos adversos do calor e da seca, confira as orientações do médico:

Hidrate-se constantemente: Beber água regularmente é essencial, principalmente para crianças e idosos que podem não perceber a necessidade de se hidratar. Ofereça líquidos diversas vezes ao dia e monitore o estado de hidratação.

  • Evite atividades físicas nos horários mais quentes: Praticar exercícios ao ar livre deve ser evitado entre 10h e 16h, quando as temperaturas e a radiação solar estão mais elevadas.
  • Cuide da pele e lábios: Use hidratantes ricos em emolientes logo após o banho e durante o dia. Para os lábios, um protetor labial ajuda a prevenir rachaduras e desconforto.
  • Proteja os olhos: O uso de lágrimas artificiais pode aliviar a irritação ocular em ambientes secos.
  • Evite banhos quentes e longos: Prefira banhos curtos e frios para não remover a oleosidade natural da pele, que ajuda na proteção contra o ressecamento.
  • Umidifique os ambientes: Utilize umidificadores de ar para manter a umidade em níveis confortáveis (entre 40% e 60%). Essa prática alivia o ressecamento das vias respiratórias e da pele.
  • Ventile os ambientes: Embora a umidificação seja importante, garantir a circulação de ar fresco evita o acúmulo de alérgenos e melhora a qualidade do ar interno.
  • Soluções salinas nasais: O uso de soro fisiológico nas narinas ajuda a manter as vias respiratórias umedecidas, prevenindo irritações.
  • Cuidados com grupos vulneráveis: Crianças e idosos devem ser monitorados e estimulados quanto à hidratação e ao conforto em ambientes secos.
  • Essas medidas ajudam a mitigar os efeitos adversos do calor extremo e da baixa umidade, protegendo a saúde da população de Mato Grosso do Sul durante esse período crítico.

*Colaborou Glaucea Vaccari 

 

Assine o Correio do Estado

 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).