Cidades

DIGNIDADE MENSTRUAL

Sem previsão no orçamento, projeto de distribuição de absorventes é vetado

Prefeito chegou a dizer que incluiria absorventes na cesta básica para população carente

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O prefeito de Campo Grande, Marcos Trad (PSD), vetou totalmente projeto de lei que determinava a distribuição de absorventes para mulheres em situação de vulnerabilidade social na Capital.

O veto foi publicado no Diário Oficial do Município desta segunda-feira (9), sob a justificativa de vício de iniciativa e falta de previsão orçamentária.

Na última quarta-feira (4), em evento de assinatura do Fundo de Investimentos Sociais (FIS), o prefeito informou que o gasto anual com a distribuição de absorventes seria de R$ 10.590.00,00. 

Ele levantou a possibilidade de incluir os absorventes nas cestas básicas que são distribuídas à população carente.

Últimas notícias

O objetivo da proposta era combater a pobreza menstrual que assola meninas adolescentes que não possuem condições de adquirir o item de higiene e, muitas vezes, até se ausentam das aulas durante o período menstrual.

Segundo a autora da proposta na Câmara Municipal, vereadora Camila Jara (PT), adolescentes em situação de vulnerabilidade social enfrentam dificuldades durante o ciclo menstrual devido a falta de acesso à itens de higiene, como absorventes.

Em alguns casos, mulheres usam pedaços de pano, papelão, jornal ou miolo de pão para substituir o absorvente. 

Com isso, adolescentes desistem de seus compromissos cotidianos durante o ciclo menstrual, como abandono das aulas.

O Projeto de Lei 10347/2021 em combate à pobreza menstrual foi apresentado na Câmara Municipal no 28 de maio.

A proposta era distribuir gratuitamente absorventes higiênicos à mulheres cisgênero e homens trans em situação de extrema vulnerabilidade. 

Em manifestação, a Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) se posicionou a favor do veto, afirmando que o cadastramento por meio do CadÚnico, previsto no projeto, inviabiliza a proposta.

"No que tange ao art. 5º, que sinaliza como indicadores sociais “Cadúnico e dados disponíveis no Centro de Referência de Assistência Social, para a definição das mulheres que menstruam, mulheres cisgênero e homens trans em situação de vulnerabilidade ocorre que o cadúnico , enquanto Sistema de Informação do Governo Federal não gera dados que possam consubstanciar a definição do objeto deste Projeto de Lei, qual seja, “mulheres que menstruam”, tendo apenas a informação “sexo” e “Idade”, e tendo seus filtros limitados quanto sua base geral", diz a mensagem.

Já a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) alega que não há previsão orçamentária específica na Lei Orçamentária Anual (LOA) 2021 para atender as despesas que irão surgir da aplicação desta lei.

Também não há solicitações de áreas técnicas para a inclusão das despesas na proposta da LOA 2022, já enviada para análise da Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin).

A Sesau afirma ainda que não há nenhum programa ou financiamento específico do Fundo Nacional de Saúde ou da Secretaria Estadual de Saúde (SES) que contemple a despesa solicitada.

Desta forma, a prefeitura afirma que, embora nobre a pretensão, o veto total se faz necessário.

EDUCAÇÃO

MS entra na discussão nacional para proibir o uso de celulares nas escolas

Alems analisa projeto de lei, de autoria do deputado Roberto Hashioka, para impedir alunos de acessarem os dispositivos

16/11/2024 09h00

Muitos estudantes ainda ulitilizam aparelhos celulares nas salas de aulas em Mato Grosso do Sul

Muitos estudantes ainda ulitilizam aparelhos celulares nas salas de aulas em Mato Grosso do Sul Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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Mato Grosso do Sul entrou de vez na discussão nacional sobre a proibição do uso de celulares nas escolas. Projeto de lei encaminhado nesta semana, pelo deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil), à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (Alems) tem por objetivo impedir que estudantes de escolas públicas e privadas no Estado possam acessar o equipamento enquanto estiverem dentro das instituições de ensino.

Conforme o texto do Projeto de Lei nº 263/2024, a determinação é direcionada para “dispositivos eletrônicos e quaisquer equipamentos que possuam acesso à internet, tais como celulares, tablets, relógios inteligentes e outros dispositivos similares”.

O projeto foi apresentado um dia após a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovar texto que proíbe a utilização de celulares nas escolas paulistas, tanto públicas quanto privadas.

A discussão já tomou o País, e conforme mostrou o Correio do Estado no mês passado, atualmente, 21 estados contam com leis que visam estabelecer regras para o uso desses aparelhos nas escolas. 

Apesar disso, segundo a pesquisa TIC Educação 2023, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBR), apenas 12% das unidades de ensino declararam adotar a medida na íntegra.

Para o parlamentar autor do projeto, a medida é importante para que os estudantes possam se concentrar nas atividades pedagógicas.

“Essa é uma questão que já se discute muito nacionalmente, sobre a interferência do uso do celular durante a aula. Há pesquisas que mostram que um aluno que abre o celular durante a aula demora 20 minutos para se concentrar novamente, o que atrapalha o rendimento dos estudantes em sala de aula”, afirmou o deputado.

Segundo ele, a proibição em São Paulo foi uma “inspiração” para que Mato Grosso do Sul também apresentasse uma legislação sobre o tema, que também ganhou atenção do Ministério da Educação (MEC).

No mês passado, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei nº 104/2015, que proíbe o uso de celular e de outros aparelhos eletrônicos portáteis nas salas de aula de escolas públicas e particulares, inclusive no recreio e nos intervalos entre as aulas. O projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da Casa.

TEXTO

Pelo texto de Hashioka, “os estudantes que optarem por levar seus celulares e outros dispositivos eletrônicos para as escolas deverão deixá-los armazenados, de forma segura, sem a possibilidade de acessá-los durante o período das aulas, assumindo a responsabilidade por eventual extravio ou dano, caso exerçam essa opção”. 

O documento também classifica o período de aula como todo o tempo que o estudante estiver dentro da escola, “incluindo os intervalos entre as aulas, recreios e eventuais atividades extracurriculares”.

O projeto também determina que “as secretarias municipais, bem como a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul e as escolas da rede privada, deverão estabelecer protocolos para o armazenamento dos dispositivos eletrônicos durante todo o horário escolar”.

Em alguns casos, no entanto, deverá haver exceções, como “quando houver necessidade pedagógica” ou em caso de “alunos com deficiência que requerem auxílios tecnológicos específicos para participação efetiva nas atividades escolares”.

Como o projeto de lei foi apresentado na quarta-feira, antes do início do feriadão estadual, ele ainda não foi apreciado pela Casa de Leis e pode receber emendas de outros parlamentares.

Depois disso, seguirá para a Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Caso receba parecer favorável, o projeto tramitará nas comissões de mérito e depois seguirá para votação no plenário.

O deputado afirmou que nas próximas semanas tentará conseguir aliados para o projeto e espera que, caso ele passe na Alems, seja sancionado pelo governo do Estado.

Mato Grosso do Sul agora é um dos seis estados que ainda não tem uma legislação sobre o tema em vigor.

SAIBA

Apesar de não ter uma lei que proíba o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula, no mês passado, a Secretaria de Estado de Educação (SED) afirmou que consta no regimento escolar uma regra que veda o uso de celulares em sala de aula e orienta quanto à utilização, que pode ser feita a pedido do professor responsável.

O regimento é válido para todas as unidades da Rede Estadual de Ensino (REE). Na Capital, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) informou que desde 2019 proíbe o uso de celulares em sala de aula nas escolas municipais.

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Campo Grande

Pitbull é baleado após disparos contra portão de residência

As circunstâncias do ataque a tiros estão sendo investigadas pela Polícia Civil de Campo Grande. Até o momento, nenhum suspeito foi detido.

16/11/2024 08h45

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário/ Depac Cepol

Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário/ Depac Cepol Divulgação/

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A proprietária de uma residência no Jardim Tijuca, em Campo Grande, viveu momentos de terror na noite desta sexta-feira (15), quando dois homens não identificados dispararam contra o imóvel e atingiram um cachorro pitbull que estava no quintal.

De acordo com o boletim de ocorrência, o ataque a tiros ocorreu por volta das 23h, quando a proprietária observou dois homens estacionando um carro branco em frente ao imóvel e, em seguida, disparando em direção ao portão.

Em depoimento, a vítima relatou que, no momento dos tiros, estava com o filho de 15 anos e ambos ficaram apavorados. Os disparos atingiram o cachorro pitbull da família, que estava no quintal. A ação foi inteiramente registrada pelas câmeras de segurança instaladas no imóvel.

Após os homens irem embora, a mulher retirou o filho do imóvel e levou o animal ao veterinário. Por volta das 23h, ela entrou em contato com o número 190 para registrar o caso.

Os policiais foram até o local e encontraram no chão cápsulas de calibres 380 e 9 milímetros.

Em busca de respostas sobre o caso, a mulher foi questionada pelos policiais sobre o que ocorreu horas antes do crime. Em resposta, a vítima relatou que, minutos antes dos tiros, as crianças brincavam em frente à casa.

Equipes da perícia técnica realizaram os procedimentos de praxe, e as cápsulas foram recolhidas para análise. Até o momento, nenhum suspeito foi localizado. As motivações do crime serão apuradas pela Polícia Civil.

O caso foi registrado como disparo de arma de fogo na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

 

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