Cidades

BUSCA POR DIREITOS

Insatisfeitos com proposta da Prefeitura, professores mantêm paralisação com indicativo de greve

Em frente à ACP, servidores da educação aguardam assembleia geral, marcada para 13h30, enquanto diretoria debate oferta de Adriane Lopes

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Profissionais da educação pública da Rede Municipal de Ensino (REME), sem o pagamento de 10,39% previstos até amanhã (30), receberam proposta de Prefeitura de adiantar os 4,78% de dezembro, somando R$ 400 de auxílio alimentação. 

Enquanto a diretoria debate os valores oferecidos por Adriane Lopes - já apresentados pelo Executivo e declinados pela categoria na sexta-feira (25) -, professores aguardam para participar da assembleia-geral, marcada para 13h30. 

"Isso é esmola, a gente não precisa. Não estamos mendigando nada, estamos só atrás dos nossos direitos", comenta Luciane Fortes, 44 anos, sobre o valor oferecido para alimentação. 

Benefício provisório, sobre o qual não corre imposto, os R$ 400 de alimentação vêm como uma forma encontrada pela Prefeitura de seguir o acordo com a categoria, sem deixar de lado a responsabilidade fiscal.

Diante desse cenário, como sinalizou o Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública (ACP), ainda na sexta-feira (25), caso a assembleia decida que o acordo não é satisfatório, fica mantido o indicativo de greve para a próxima quinta-feira (1.º).

"Dos professores não é só o reajuste inflacionário, é pelo piso 20h que temos direito e fizemos negociação anteriormente. Está assinado o documento, para ser cumprido agora. E aos 45 do segundo muda-se tudo", completa Luciane, que é professora há 21 anos.

Vale ressaltar que, caso a prefeita, Adriane Lopes, não cumpra com o chamado "limite prudencial", essa ação poderia resultar em improbidade administrativa, e custar o cargo da atual chefe do Executivo Municipal. 

Entretanto, segundo tabele referencial utilizada pela ACP - conforme a Lei 6.796/22 -, depois de acertado o valor de 5,03%, era esperado o reajuste na casa de 10,39%, em novembro, para que em janeiro de 2023 passasse a valer a correção de 4,78% agendada para dezembro. 

Ainda, seguindo valores de correção - definidos ainda na gestão de Marquinhos Trad enquanto prefeito -, haveriam outros quatro reajustes até 2024, confira:

Reprodução/ ACP

Medidas questionáveis

Importante frisar que, essa proporção da reposição salarial (4,78%) - que deveria ser adotada no próximo mês -, segundo proposta da Prefeitura, passaria a valer já a partir de dezembro, que começa na próxima quinta-feira (1.º).

Na sexta-feira, antes da posição do Executivo, o presidente em exercício da ACP, Lucílio Nobre,  destacou ser um desrespeito o não cumprimento do acordo, feito ainda no começo deste ano. 

"Mesmo com a defasagem salarial, a categoria entendeu a necessidade de escalonamento e aceitou o calendário com parcelamento até 2024. Mais uma vez a prefeitura não faz a gestão e quer que os professores paguem a conta. Não aceitamos mais desvalorização e descumprimento de lei que reconhece nossos direitos. Piso zero nunca mais!”, acrescentou o professor presidente da ACP. 

Também, pela proposta do Executivo, esse valor de R$ 400 seria válido para a carga de 40 horas semanais, sendo proporcional ao valor/hora/aula para aqueles profissionais que cumprem expedientes diferentes. 

Em negociações constantes, Adriane Lopes tem apontado um discurso que incomoda diversos servidores, de que ainda estaria se inteirando das questões do Executivo Municipal, depois de assumir como prefeita. 

"Não assumiu agora, primeiro que estava com ele [Marquinhos] também, segundo que é a preifeitura, ela assume o que a prefeitura deve", finaliza Luciane Fortes. 

 

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16 dias internado

Morre segunda vítima de acidente envolvendo mureta na Gunter Hans

Daniel Moretti, de 26 anos, será velado nesta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande

15/12/2025 09h35

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimo Reprodução Instagram

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Daniel Moretti Nogueira, de 26 anos, morreu na madrugada desta segunda-feira (15), no Hospital Santa Casa, após ficar 16 dias internado em estado gravíssimo.

Ele é o motorista do carro que se envolveu em um acidente grave, em 29 de novembro de 2025, na mureta da avenida Gunter Hans. Na ocasião, Ângelo Antônio Alvarenga Perez, de 23 anos, passageiro, faleceu no local do acidente.

Daniel Moretti, de 26 anos, ficou 16 dias internado em estado gravíssimoCarro ficou completamente destruído. Foto: divulgação

Conforme apurado pela reportagem, os jovens seguiam em um Peugeot 2008 na avenida Gunter Hans, sentido centro-bairro, por volta das 22 horas, quando colidiu violentamente contra a mureta do corredor de ônibus. O motorista vinha em alta velocidade e freou quando viu a mureta, mas, não conseguiu evitar a colisão.

A lateral direita do veículo ficou destruída. Daniel Moretti era o motorista e foi socorrido em estado grave. Já Ângelo Alvarenga era o passageiro e morreu no local.

Quatro viaturas do Corpo de Bombeiros (CBMMS), duas da Polícia Militar (PMMS), uma da Polícia Civil (PCMS), uma da Polícia Científica e um carro funerário estiveram no local para socorrer as vítimas, isolar a área, recolher os vestígios do acidente, realizar a perícia e retirar o corpo.

Daniel Moretti será velado a partir das 10h desta segunda-feira (15), no Cemitério Memorial Park, em Campo Grande.

O acidente repercutiu na imprensa campo-grandense e pôs em questão a inutilidade da mureta do corredor de ônibus da Gunter Hans, que está sem utilidade há anos devido a obra inacabada.

INADIMPLÊNCIA

Imasul divulga mais de 9 mil empresas inadimplentes por Lei da Logística Reversa

Fabricantes e importadoras que venderam produtos em 2022 e não implementaram sistema de acordo com a lei estão sujeitos a multas por crime ambiental

15/12/2025 09h32

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa

Imasul divulga nome de 9 mil empresas inadimplentes devido a lei de logística reversa Divulgação: Governo do Estado

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Publicado no Diário Oficial do Estado de Mato Grosso do Sul desta segunda-feira (15), o Instituto do Meio Ambiente do Estado, o Imasul, por meio de edição de suplemento, divulgou mais de 9 mil empresas que não cumpriram com a lei da logística reversa.

Segundo o documento, 9.130 comerciantes geraram embalagens descartáveis há 3 anos atrás, em 2022 e ainda não comprovaram a existência de um sistema de logística reversa, que é previsto obrigatoriedade na legislação de Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), baseada na Lei nº 12.305 de 2010.

A lei a princípio estabelece para fabricantes, importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e também poder público, a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, com foco principal na destinação correta de embalagens e resíduos pós-consumo.

Os produtos e, consequentemente, empresas sujeitas à logística reversa, são as que fabricam mercadorias de:

  • Agrotóxicos e embalagens;
  • Óleos lubrificantes, com resíduos e embalagens;
  • Pneus inservíveis – que estão no fim da vida útil;
  • Lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e de mercúrio;
  • Baterias e pilhas;
  • Equipamentos eletroeletrônicos, que geram lixo eletrônico;
  • Medicamentos domiciliares vencidos ou em desuso, além das embalagens;
  • E embalagens de alimentos, bebidas, produtos de higiene, cosméticos, limpeza, entre outros.

Agora, as empresas citadas no documento são consideradas inadimplentes e estão sujeitas à multas e penalidades ambientais, com base no Decreto Federal nº 6.514/08 e na Lei Federal de Crimes Ambientais, que responsabilizam sobre crimes do tipo.

Entre as identificadas, aparecem empresas da área de saúde e medicamentos, como farmácias e clínicas odontológicas, além de empresas de eletrônicos, confeitarias, de decoração e papelaria, agrícolas e têxtil. Também estão na lista comércios de bebidas, alimentos e calçados.

Confira a lista divulgada no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul aqui.

* Saiba

Algumas grandes empresas contam com programas individuais que estabelecem sistemas de coleta das embalagens, como em comércio de cosméticos, com a devolução de frascos nas próprias unidades, ou também no comércio de bebidas com a criação de embalagens retornáveis, com reintrodução na cadeia produtiva.

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