Cidades

PRESERVAÇÃO

Serra da Bodoquena; abaixo-assinado defende águas cristalinas e lista problemas da região turística

Maior cachoeira de Mato Grosso do Sul, Boca da Onça volta a jorrar água, mas ameaças aos pontos turísticos locais são antigos e recorrentes

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Ainda que a chuva tenha trazido a queda d'água de volta para a cachoeira Boca da Onça, os problemas da Serra da Bodoquena são diversos, e passam por ações humanas e pelo descaso do poder público há muito tempo, inclusive fomentando um abaixo-assinado que busca defender as águas cristalinas e biodiversidade local. 

Essa situação de seca da cachoeira acontece há pelo menos três anos na região e, um dos sócios proprietários Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Cara da Onça, Gerson Jara, explica que além dos fatores climáticos, a ação humana tem seu peso. 

"Havia realmente no período de seca um desvio, para manter o fluxo de água em outros atrativos da Boca da Onça. A própria gerência Boca da Onça fala que houve um avanço das áreas agrícolas no entorno dos córregos e mananciais que abastecem a cachoeira", esclarece ele. 

Para Gerson, há uma necessidade urgente de se criar um cinturão de proteção, em torno dos mananciais e onde há mina d'água na região. 

"E acho que também proteger as fontes desaguadouras, córgos e nascentes que não são cercadas e guardas as devidas proporções, na metragem da área de proteção".

Para o empresário, é preciso uma ação acordada entre vários setores, como a Secretaria do Meio Ambiente (Sema), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Ministério Público. 

"E ONG's do meio ambiente, no sentido de cercar e proteger as matas ciliares, áreas de mananciais. Precisa criar uma política de preservação, não só dos córregos e desaguadouros do que abastece a Boca da Onça, como também de todos os corpos da região", expõe. 

Segundo ele, houve uma projeto semelhante no entorno do Salobra, há mais de 15 anos, sendo que as cercas emplantadas já caíram nessa altura do campeonato.  

"Então precisa ter uma ação organizada para preservar. Mas a gente vem percebendo também que a qualidade da água do Salobra tem ficado muito barrenta. As águas, nesse período há uns 10 anos, eram águas turvas, não ficava com cor de barro, agora a água está barrenta e isso vem preocupando a gente", comenta também. 

Abaixo-assinado

Conforme a petição formulada pelo Coletivo Unidos da Serra da Bodoquena, que já conta com 1.512 assinaturas digitais, a expansão agrícola prejudica a área, com o crescente desmatamento e substituição da pastagem para dar lugar às monoculturas de soja e milho.

"Essa expansão é uma das causas dos frequentes turvamentos dos rios de águas cristalinas da Serra da Bodoquena. Na bacia do Rio da Prata, as áreas de monocultura de soja cresceram de 4% em 2010 para 20% em 2020, sendo que quase 13% de área de mata nativa foi desmatada para este fim", cita a responsável pelo documento, Ana Almeida. 

Ela ainda expõe que, nos últimos 10 anos, relatos de moradores confirmam o maior turvamento dos rios, que levam maior tempo para limpeza após o fim das chuvas de grande intensidade. 

"O turvamento compromete a biodiversidade, pois impede a entrada de luz na coluna d’água, impactando negativamente os organismos que realizam a fotossíntese e comprometendo toda a cadeia de seres vivos presentes nos rios", diz ela. 

Ainda, o documento proposto pelo coletivo lista ações para preservação da Serra da Bodoquena: 

  1. Realização da 3ª aproximação do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) para a região da Serra da Bodoquena;
  2. Maior fiscalização quanto à Lei Estadual nº 1.871, de 15 de julho de 1998, que “estabelece a forma de conservação da natureza, proteção do meio ambiente e defesa das margens nas áreas contíguas aos Rios da Prata e Formoso, e dá outras providências”, onde deve ser cumprida a proteção de vegetação nativa de 150 m em cada margem dos rios (Faixa de Proteção Especial);
  3. Como a Serra da Bodoquena está localizada em área de Mata Atlântica, maior fiscalização e respeito à Lei da Mata Atlântica, na qual o licenciamento para desmatamento é extremamente rigoroso;
  4. Fiscalização quanto à aplicação do plano de conservação de solos de Mato Grosso do Sul;
  5. Programa de redução do uso de agrotóxicos nas lavouras, pois, devido ao relevo cárstico, existe alto potencial dos químicos atingirem os lençóis freáticos, comprometendo a saúde dos moradores, dos turistas e da biodiversidade;
  6. Criação do Comitê da Bacia do Rio Formoso para deliberação de ações para conservação de um dos principais rios do maior destino de ecoturismo do Brasil.

 

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ETAPA

Passe da UFMS é realizado hoje com 18 mil inscritos

As provas serão aplicadas na manhã deste domingo (14), das 8h às 13h, em 11 cidades do Estado

14/12/2025 08h00

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14)

Mais uma etapa do Passe da UFMS será realiza neste domingo (14) Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Programa de Avaliação Seriada Seletiva (Passe) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul será realizado na manhã deste domingo (14), com mais de 18 mil inscritos em todo o Estado interessados em ingressar no Ensino Superior.

Com característica específica voltada para alunos que estão no Ensino Médio (EM), o "Passe UFMS" é um modelo de prova que avalia o estudante desde o seu primeiro ano da última etapa da escola.

De forma cumulativa, o aluno deve se inscrever e realizar a prova durante o triênio que encerrará sua fase escolar. Então, no último ano do ensino médio, durante a inscrição da avaliação, é possível escolher o curso que deseja ingressar.

Com a soma dos pontos ao longo das três etapas, a classificação para entrar na Universidade Federal do Estado é baseada na média adquirida. A pontuação de cada uma das tapas tem pesos diferentes na somatória para formar a média geral, sendo a 3ª com maior peso.

  • Neste ano, alunos que completaram o 1º ano do ensino médio irão realizar a primeira etapa do triênio 2025-2027.
     
  • Alunos que no ano de 2025 terminaram o 2º ano do ensino médio irão realizar a segunda etapa do triênio 2024-2026.
     
  • Por fim, os que encerraram o ensino médio e saíram do 3º ano, irão realizar a terceira e última etapa do triênio 2023-2025, para no ano que vem ingressar na universidade.

As provas acontecem das 08h às 13h, no horário de Mato Grosso do Sul nas cidades de Aquidauana, Chapadão do Sul, Campo Grande, Corumbá, Coxim, Dourados, Naviraí, Nova Andradina, Paranaíba, Ponta Porã e Três Lagoas.

Com 60 questões contemplando as quatro áreas de conhecimento, a pontuação máxima total é de 120 pontos. Cada pergunta equivale a 2 pontos, o que totaliza 30 pontos em cada área, sendo elas:

  • 15 de Ciências da Natureza e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Ciências Humanas e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - 30 pontos;
  • 15 de Matemática e suas Tecnologias - 30 pontos;

Cada fase aborda conteúdos que seguem a proposta curricular do respectivo ano. Além disso, as três etapas incluem uma redação dissertativo-argumentativa que soma a pontuação de cada fase e à média final ao terceiro ano.

Cronograma

  • Divulgação do gabarito preliminar da prova objetiva – 16 de dezembro de 2025;
  • Período de recurso administrativo do gabarito preliminar – 17 e 18 de dezembro de 2025;
  • Divulgação do gabarito definitivo da prova objetiva e dos recursos administrativos do gabarito – 29 de dezembro de 2025;
  • Resultado preliminar da prova objetiva – 08 de janeiro de 2026;
  • Período de recurso administrativo do resultado preliminar da prova objetiva – 08 e 09 de janeiro de 2026;
  • Divulgação do resultado final – 11 de março de 2026.

*Colaborou Noysle Carvalho

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Itaquiraí

Mãe e filha morrem em acidente triplo na BR-487

Colisão ocorreu em trecho conhecido como estrada boiadeira, próximo ao município de Itaquiraí

13/12/2025 16h30

Foto: Portal Conesul

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Gabrieli de Freitas Vieira e sua filha Julia Pereira de Freitas, de apenas 3 anos morreram na manhã deste sábado após um acidente triplo na manhã deste sábado (13), na BR-487, próximo a região do Assentamento Santo Antônio, situado em Itaquiraí, distante 405 quilômetros de Campo Grande.

Conforme a imprensa local, ambas estavam em um Jeep Compass com uma familiar de 40 anos, e seguiam de Maringá (PR) com destino a Dourados, cidade em que possuíam comércio. A família seguia na rodovia sentido BR-163 quando tentou uma ultrapassagem forçada e atingiu a traseira de um veículo Polo, que seguia na mesma direção.

Com o impacto da colisão, testemunhas afirmam que o veículo teria capotado e batido na traseira de uma carreta que seguia na pista contrária, impacto suficiente para arremessar o carro da família para fora da pista, ao lado de uma borracharia. 

De acordo com a imprensa local, o acidente aconteceu por volta das 9h30. Gabrieli e a filha morreram no local. Socorrida, a outra pessoa da família foi levada ao hospital de Itaquiraí, consciente e orientada, apesar de cortes na cabeça.

Os demais motoristas envolvidos não sofreram ferimentos graves e testaram negativo para consumo de álcool.. Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, da Polícia Rodoviária Federal e da Perícia estiveram no local. As causas do acidente serão investigadas na Delegacia de Itaquiraí.

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