Cidades

"LAR DOCE LAR"

Servidores de MS vindos de Israel chegam ao Brasil nesta sexta-feira (20)

Após saírem da Jordânia, avião com secretário-executivo de Ciência, adjunta da saúde e coordenador de tecnologia de Mato Grosso do Sul desembarca no aeroporto de Guarulhos

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Conforme repassado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), os três servidores sul-mato-grossenses que estavam em missão internacional em Israel devem chegar hoje (20) em solo brasileiro. 

A previsão inicial é que os três servidores chegariam em terras tupiniquins - como abordou o Correio do Estado - ainda na quinta-feira (19), o que não se concretizou. 

Após a escalada de conflitos entre Israel e Irã, o grupo com os três de MS e mais outros 11 brasileiros devem pousar diretamente no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Como os servidores estavam em uma missão internacional custeada pelo governo israelense, a maior parte do grupo de agora repatriados embarcou em voos comerciais via Doha (Catar), com passagens também pagas pelo governo de Israel, responsável por organizar e financiar a missão.

Conforme o senador por Mato Grosso do Sul, a crise vem sendo acompanhada desde o início da escalada de violência, com Nelsinho Trad atuando em articulação com o Itamaraty e a Força Aérea Brasileira (FAB). 

"Seguimos mobilizados para que todos voltem para casa em segurança. A chegada de cada grupo é um alívio, mas o nosso compromisso só termina quando todos estiverem bem”, expôs ele em nota à imprensa. 

Dos repatriados de Mato Grosso do Sul que desembarcam nesta sexta-feira estão:

  • Ricardo Senna, secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso do Sul;
  • Christinne Maymone, secretária-adjunta de Saúde de Mato Grosso do Sul;
  • Marcos Espíndola, coordenador de Tecnologia da Informação da Secretaria de Saúde de MS;

Em terras internacionais

Cabe esclarecer que esses brasileiros em território estrangeiro eram parte das delegações que foram ao Expo Muni e do Consórcio Brasil Central, todos a convite do governo israelense. 

Para além dos três de Mato Grosso do Sul, a lista de repatriados é composta por autoridades do Distrito Federal, Goiás e Rondônia, juntos de uma funcionária da Embaixada de Israel no Brasil. 

Importante destacar que, além da chegada desse grupo, o embarque de uma outra leva de brasileiros que ainda estavam na Jordânia segue sendo acompanhado pela Comissão. 

Entre esse outro pessoal, segundo o senador, aparecem: 

  • Marco Antônio Costa Júnior – secretário de Ciência e Tecnologia do DF
  • Rasível dos Reis Santos Júnior – secretário de Saúde de Goiás
  • Keila Edna Pereira Santos – esposa do secretário Rasível
  • José Eduardo Pereira Filho – secretário-executivo do Consórcio Brasil Central
  • Renata Helena Cese Caram Zuquim,
  • Bruno de Oliveira Watanabe, Fabrício Oliveira dos Santos, Ana Luisa Farias Barros Coêlho – integrantes da equipe do consórcio
  • Maryanne Terezinha Mattos – vice-prefeita e secretária de Segurança de Florianópolis (SC)
  • Vanderlei Pelizer Pereira – vice-prefeito de Uberlândia (MG)
  • Dilermando Garcia Ribeiro Júnior – secretário de Desenvolvimento de Aracaju (SE)
  • Paulo Rogério Rigo – secretário de Proteção Civil de Joinville (SC)
  • Alexandre Augusto Aragon – secretário de Segurança de Porto Alegre (RS)
  • Verônica Pereira Pires – secretária de Inovação de São Luís (MA)

Alertas

Conforme alerta atualizado do Itamaraty, o espaço aéreo de Israel permanece fechado e não há previsão de reabertura. 

Nesse sentido, são emitidas orientações às pessoas que ainda seguem no país, para que fiquem no local de hospedagem e atendam às diretrizes de segurança publicadas pelo Homefront Command de Israel.

É importante esclarecer que, neste momento, como reiterado pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv, não há uma operação oficial de repatriação em curso.

Ou seja, aqueles brasileiros que querem sair de Israel, precisam antes avaliar por conta própria a viabilidade das travessias terrestres, para a qual é preciso atenção especial às exigências de segurança, necessidade de visto e operação das fronteiras.

Além disso, os brasileiros precisam preencher a intenção de saída através do formulário em link disponível pelo alerta consular, para que sejam localizados e colocados nas tratativas de possíveis futuras novas oportunidades de evacuação.

“Permanecemos atentos e mobilizados, na Comissão de Relações Exteriores do Senado. Seguimos à disposição do Itamaraty e da FAB para colaborar com a repatriação de todos os brasileiros que manifestarem interesse em retornar”, concluiu o senador Nelsinho Trad.
**(Com assessoria)

 

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DECISÃO

Justiça volta atrás em decisão e libera joias apreendidas de famoso designer

O juiz entende que se o Fisco promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as mercadorias como providência investigativa

23/12/2025 19h34

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

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O juiz Claudio Müller Pareja, da 2ª Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos de Campo Grande, reconsiderou sua decisão e deferiu liminar para determinar que o fisco estadual libere as joias apreendidas do renomado joalheiro e economista Ara Vartanian, independentemente de recolhimento de tributo, multa ou prestação de garantia.

De acordo com os autos, o juiz entendeu, na decisão anterior, que a retenção das mercadorias teria natureza acautelatória (garantia) e investigativa, pois havia a suspeita de irregularidade documental e a possibilidade de providências administrativas e penais. Naquele momento, os fatos não se apresentaram como meio coercitivo de cobrança tributária.

Porém, o Fisco quantificou a base de cálculo, apurou o suposto tributo devido e aplicou a multa a empresa Avartanian Comércio Ltda., com indicação de valores expressivos, inclusive com menção à precificação das mercadorias. Houve,portanto, a constituição do crédito tributário, em linha com o lançamento de ofício.

Diante deste cenário, a situação se altera, pois se a administração promoveu a apuração do valor tributável e a constituição do crédito, não há justificativa de reter as joias como providência “investigativa” por tempo indeterminado. 

"A partir disso, a manutenção da apreensão passa a produzir efeito prático típico de sanção política, pois condiciona, na realidade, a liberação do bem à satisfação de exigência fiscal", diz o juiz Claudio Müller Pareja no documento.

O magistrado dá continuidade e afirma ser inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos, de acordo com as diretrizes do Supremo Tribunal Federal (STF). "A Administração dispõe de meios próprios para a cobrança do crédito constituído, sem necessidade de constrição material destinada a compelir o contribuinte".

Ainda de acordo com a decisão, a manutenção da apreensão só se justificaria caso houvesse ato da autoridade policial indicando a necessidade da medida para a apuração do suposto crime. Contudo, não há informação nos autos acerca desse ato.

A decisão limita-se a reconhecer, em juízo de probabilidade, que a manutenção da retenção, após a quantificação do tributo e da multa, revela-se incompatível com a vedação sumulada pelo STF, devendo a discussão sobre o crédito seguir pelas vias ordinárias de impugnação e cobrança.

Apreensão de joias

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Ara Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Habeas Corpus negado

Em novembro, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, seu advogado Augusto de Arruda Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O juiz Robson Celeste Candeloro, do Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande, indeferiu o pedido, na última quinta-feira (18), pois "revela-se precipitado impetrar habeas corpus contra mero ofício da Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso do Sul, o qual apresentou notitia criminis que sequer foi acolhida pela autoridade policial, além de exagerado elevar tal documento, sem nenhum poder coercitivo estatal".

Cidades

Universidades federais sofrem corte de R$ 488 milhões no Orçamento 2026

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições

23/12/2025 19h00

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus Cidade Universitária, em Campo Grande

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A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) divulgou um comunicado nesta terça-feira, 23, informando que o orçamento das universidades e institutos federais para 2026 sofreu um corte de R$ 488 milhões, o que representa uma redução de 7,05% nos recursos discricionários (não obrigatórios) das instituições.

Em nota, a Andifes manifestou "profunda preocupação" e afirmou que o corte promovido pelo Congresso no Projeto de Lei Orçamentária Anual enviado pelo Executivo agrava o quadro "já crítico" das instituições. O orçamento discricionário é utilizado para pagamento de contas de água, luz, limpeza, entre outras, como o pagamento de bolsas de assistência estudantil.

O Estadão questionou o Ministério da Educação (MEC) sobre quais serão as medidas para recompor o corte feito pelo Congresso, mas ainda não obteve resposta.

Conforme a Andifes, os cortes "incidiram de forma desigual entre as universidades e atingiram todas as ações orçamentárias essenciais ao funcionamento da rede federal de ensino superior"

A instituição afirma que uma das áreas mais afetadas será a assistência estudantil, fundamental para garantir que estudantes de baixa renda consigam permanecer na universidade. Apenas nesta ação, diz a Andifes, R$ 100 milhões foram cortados, o que representa uma redução de 7,3% no orçamento da área.

"Os cortes aprovados agravam um quadro já crítico. Caso não haja recomposição, o orçamento das Universidades Federais em 2026 ficará nominalmente inferior ao orçamento executado em 2025, desconsiderando os impactos inflacionários e os reajustes obrigatórios de contratos, especialmente aqueles relacionados à mão de obra", diz o comunicado.

A instituição diz ainda que cortes na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e no Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CNPq) fragilizam o desenvolvimento científico do País.

"Estamos, portanto, em um cenário de comprometimento do pleno desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Universidades Federais, de ameaça à sustentabilidade administrativa dessas instituições e à permanência dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica", afirma a Andifes.

A instituição diz ainda que está articulando com o Congresso e o Governo Federal para recompor o orçamento.

A luta das universidades federais por mais orçamento é antiga. Após enfrentarem um relação turbulenta com o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, as instituições retomaram o diálogo com o governo federal após o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Apesar disso, também tiveram de enfrentar restrições orçamentárias. Em maio, as universidades anunciaram uma série de medidas de economia, como cortes nos gastos de combustível até a interrupção da compra de equipamentos de informática e passagens aéreas. A medida ocorreu devido a diminuições orçamentárias aprovadas pelo Congresso e sancionadas por Lula. Na época, uma mudança na forma como eram feitos os repasses também estrangulou a verba para universidades. Após reclamações, o governo federal anunciou a recomposição do orçamento.

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