Em meio à intensificação do confronto entre Israel e Irã, a comitiva sul-mato-grossense que foi até Tel Aviv para participar do Consórcio Brasil Central, que deveria ocorrer de 7 a 14 de junho, até o momento, não tem previsão de retorno.
A reportagem do Correio do Estado conversou com o secretário executivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, que informou que, apesar do conflito, está tranquilo em um hotel com muita segurança com relação aos bombardeios.
A comitiva deixou Mato Grosso do Sul para participar de uma missão especial, a convite do governo israelense, por meio da Embaixada de Israel no Brasil, e tinha como objetivo estreitar trocas em áreas estratégicas de desenvolvimento.
Além de Senna, estão em Tel Aviv a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), Christinne Maymone, e o responsável pelo setor de tecnologia da pasta, Marcos Espíndola.
O evento, que tinha previsão de encerramento para o último sábado, e após o qual ocorreria o retorno da comitiva, acabou tendo o planejamento atrasado por conta do ataque realizado por Israel ao Irã, na madrugada de sexta-feira (13).
Após o ataque israelense, o Irã respondeu lançando mísseis balísticos que atingiram o centro de Tel Aviv. Com isso, a agenda e outros compromissos foram adiados, já que o país entrou em alerta.
Conforme publicado por meio das redes sociais, Ricardo Senna informou neste domingo (15) que a Embaixada Brasileira está em alinhamento com o governo de Israel para viabilizar uma maneira segura de retirar os representantes do Estado.
“Reforço que continuamos bem e em segurança. O hotel tem vários abrigos, os alarmes são disparados com antecedência e conseguimos nos proteger quando há esses ataques”, explicou Senna.
Por medidas de segurança, o Aeroporto Internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, está fechado desde o início do confronto, o que se tornou um desafio para deixar o país, já que o espaço aéreo de Israel, Irã, Iraque e Jordânia também está fechado.
As últimas informações divulgadas pelo governo brasileiro indicam que o Itamaraty está em negociações com o governo de Israel para uma possível retirada por terra até a fronteira da Jordânia — de onde os brasileiros poderão embarcar quando for seguro.
Fuso horário
A diferença entre o fuso horário do Brasil (considerando o horário de Brasília) e o de Israel é de seis horas; ou seja, Israel está seis horas à frente do Brasil.